"Yahveh" é o nome próprio de
Deus no Antigo Testamento, pois foi assim que Ele se identificou para
Moisés na teofania da sarça ardente:
- “Respondeu Moisés a Deus: "Se eu vou aos israelitas e lhes digo: 'O Deus de vossos pais me enviou a vós', quando me perguntarem: 'Qual é o seu nome?', o que lhes responderei?" Disse Deus a Moisés: "Eu sou aquele que sou". E acrescentou: "Assim dirás aos israelitas: 'Eu sou me enviou a vós'"” (Êxodo 3,13-14).
Nesse momento Deus deu ao homem o único nome que poderia defini-lo de alguma maneira: "Yahveh", que em língua hebraica pode traduzir-se por “Eu sou o que sou”, “Eu sou aquele que é” ou “Eu sou o existente”, tal como o traduziram os tradutores da Septuaginta: "ego eimi ho on". Deus, por ser quem é, é o único verdadeiramente existente no sentido de que não é contingente, o que quer dizer que não precisa de nada nem de ninguém para existir, ao contrário do que ocorre com as criaturas. Ao não ser contingente Deus não foi criado por ninguém, mas é o Criador, princípio e fim de todas as coisas.
Sobre isto o Catecismo da Igreja Católica ensina:
- “Ao revelar seu nome misterioso de Yahveh, "Eu sou aquele que é" ou "Eu sou aquele que sou" ou também "Eu sou quem sou", Deus declara quem Ele é e com que nome se deve chamá-lo. Este nome divino é misterioso como Deus é mistério. Ele é ao mesmo tempo um nome revelado e como que a recusa de um nome, e é por isso mesmo que exprime, da melhor forma, a realidade de Deus como Ele é, infinitamente acima de tudo o que podemos compreender ou dizer: Ele é o "Deus escondido" (Isaías 45,15), seu nome é inefável, e Ele é o Deus que se faz próximo dos homens. Ao revelar seu nome, Deus revela ao mesmo tempo a sua fidelidade, que é de sempre e para sempre, válida tanto para o passado ("Eu sou o Deus de teu pai", Êxodo 3,6) como para o futuro ("Eu estarei contigo", Êxodo 3,12). Deus que revela seu nome como "Eu sou" revela-se como o Deus que está sempre presente junto ao seu povo para salvá-lo” (CIC 206-207).
Como se pode observar, já aqui está implicitamente respondida a pergunta, pois o Catecismo ensina que Yahveh é o nome próprio de Deus, não só de Deus Pai. E se como católicos professamos a doutrina da Trindade - que existe um só Deus em Três Pessoas Divinas: Pai, Filho e Espírito Santo - é natural que cada uma delas possa ser identificada com o nome de Yahveh.
Negar isto conduz inequivocamente a duas opções:
a) ao Arianismo; ou
b) a uma contradição com o que as
Sagradas Escrituras ensinam.
Cai em Arianismo quem pensa que só o Pai é Yahveh, pensando que só Yahveh é Deus, porém nem o Filho nem o Espírito Santo o são. Esta posição foi rejeitada unanimemente desde a Igreja primitiva e igualmente por todos os Padres da Igreja; é isso o que professam hoje seitas como os Testemunhas de Jeová. Veja-se acerca disto:
Cai em Arianismo quem pensa que só o Pai é Yahveh, pensando que só Yahveh é Deus, porém nem o Filho nem o Espírito Santo o são. Esta posição foi rejeitada unanimemente desde a Igreja primitiva e igualmente por todos os Padres da Igreja; é isso o que professam hoje seitas como os Testemunhas de Jeová. Veja-se acerca disto:
- A doutrina da Trindade na Igreja primitiva e os Padres da Igreja.
Contradiz as Sagradas Escrituras quem sustenta que só o Pai pode ser identificado com Yahveh e ao mesmo tempo afirma professar a doutrina da
Santíssima Trindade. Vejamos o porquê: