domingo, 6 de agosto de 2017

Tia Socorro realiza sonho e 'Caldeirão do Huck' faz homenagem emocionante


Após participar do Especial Inspiração como uma dos cinco brasileiros inspiradores que atuam para a transformação positiva da sociedade, Luciano Huck, ao lado do Padre Fábio de Melo, que apadrinhou a iniciativa de Socorro, realizou o grande sonho da cuidadora de ver o Papa Francisco, no Vaticano. Mas, infelizmente, antes do programa ir ao ar, Maria do Socorro nos deixou em julho.

Apresentador e sacerdote se emocionaram com a história de Tia Socorro, que esteve no programa e morreu pouco tempo depois. (Foto: reprodução) 

O apresentador Luciano Huck e o padre Fábio de Melo prestaram homenagens à Maria do Socorro Pereira, mais conhecida como Tia Socorro, neste sábado (5), durante o programa Caldeirão do Huck, da TV Globo.

"Senhoras e senhores, neste momento, 
eu acho que a maior homenagem que eu podia fazer à memória da Tia Socorro,  a nossa homenagem, 
minha, da equipe do Caldeirão e  do Padre Fábio de Melo, 
vai ser contar a história que a gente escreveu juntos."

Tia Socorro cuidou mais de 300 jovens em 30 anos de trabalho solidário

A Tia Socorro, como era chamada, tinha 52 anos, faleceu no dia 6 de julho devido a um infarto e mantinha, há pelo menos três anos, um espaço que acolhia vítimas de violência doméstica, sexual ou abandono em Mosqueiro. No entanto, o trabalho dela já durava mais de 30 anos e pelo menos 300 jovens passaram por seus cuidados, sendo que nove deles foram adotados. A filha Juliana Rodrigues disse que vai assumir o trabalho do lar.

Apresentador Luciano Huck se manifestou em suas redes sociais lamentando a morte de ‘Tia Socorro’. (Foto: Reprodução)

O trabalho de Socorro ganhou reconhecimento nacional no mês de abril, quando ela participou do especial “Inspiração” do programa Caldeirão do Huck, da TV Globo. O apresentador Luciano Huck homenageou Socorro por meio de postagens em suas redes sociais, inclusive afirmando que ela foi o maior exemplo de altruísmo que ele conheceu.

'Caldeirão do Huck' leva Maria do Socorro ao Vaticano para conhecer o Papa (Foto: Divulgação)

“Estou muito, muito triste. Sinto como se tivesse perdido alguém de minha família. E perdi. Nosso encontro foi tão forte e poderoso, que transcendeu os limites da amizade”, disse o apresentador.

Diáconos permanentes, sua missão


O diácono permanente tem seu lugar único na Igreja, por ser um sacramento de Cristo Servo e manifestação da Igreja servidora. A partir disso, compreendemos sua missão, como bem o expressou nosso Papa Francisco: “O diácono é o guarda do serviço na Igreja. […] Vós sois os guardas do serviço na Igreja: o serviço à Palavra, o serviço no Altar, o serviço aos Pobres. E a vossa missão, a missão do diácono, e o seu contributo consistem nisto: em recordar a todos nós que a fé, nas suas diversas expressões — a liturgia comunitária, a oração pessoal, as diversas formas de caridade — e nos seus vários estados de vida — laical, clerical, familiar — possui uma dimensão essencial de serviço. O serviço a Deus e aos irmãos” (Papa Francisco, 25 de março de 2017).

Historicamente, as funções dos diáconos variaram. Sempre, porém, elas são marcadas pelo “caráter de sacramento da caridade de Cristo preferencialmente aos pobres e excluídos” (Diretrizes para o diaconado permanente da Igreja no Brasil, n. 48). Não são os diáconos os únicos a exercerem sua missão marcada pelo serviço, pois todos os ministérios na Igreja devem trazer esta identidade. Assim motivados, serão apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos, nas comunidades e na missão. Especificamente, “fortalecidos pela graça sacramental, os diáconos servem ao povo de Deus pela diaconia da liturgia, da Palavra e da caridade, em comunhão com o bispo e o seu presbitério” (LG 29). Sua primeira missão é a caridade: “Ele é apóstolo da caridade com os pobres, envolvido com a conquista de sua dignidade e de seus direitos econômicos, políticos e sociais. Está próximo da dor do mundo. Deixa-se tocar e sensibilizar pela miséria e pelas provações da vida” (Diretrizes,n. 58). Na diaconia da Palavra, antes de tudo é ser um humilde acolhedor, deixando-se continuamente guiar por ela. É ser anunciador na presidência da celebração da Palavra, na homilia da celebração eucarística, nos sacramentos do batismo e matrimônio, nas celebrações de exéquias, nos grupos de reflexão, nos cursos de formação, retiros, nas atividades missionárias… Exercem, também, uma missão própria na celebração eucarística. Enfim, sua missão está profundamente ligada à evangelização, em comunhão com os padres das paróquias. Hoje, quando surgem novos desafios para a evangelização, abre-se a possibilidade da atuação dos diáconos em lugares e setores específicos, como a cultura, a comunicação, a saúde ou a justiça. Ou, então, diáconos com missão em colégios, universidades, condomínios, zonais rurais afastadas, etc. 

sábado, 5 de agosto de 2017

Perdas progressivas de católicos no Brasil


Disse o Papa Francisco: “Há quem se aproxime de uma paróquia, por exemplo, à procura de paz, respeito, doçura, e encontra lutas internas entre os fiéis. Em vez da doçura encontra a intriga, a maledicência, as competições, as concorrências, um contra o outro”. A “ambição”, a “inveja”, o “ciúme” nas paróquias e grupos distanciam quem se (re)aproxima da Igreja: “Somos nós a afastá-los”. E não deixamos que o trabalho que faz o Espírito Santo, de atrair as pessoas, continue” (1).

Em pouco mais de sete anos, 67951 organizações religiosas ou instalações filosóficas foram fundadas em nossa pátria. A expansão das crenças religiosas tornou-se um dos fenômenos mais importantes do Brasil nos últimos anos. No total, desde janeiro de 2010, 67951 entidades classificadas como "organização religiosa ou filosófica" ao organismo competente, uma média de 25 por dia foram registradas. De acordo com o jornal O Globo, a enorme expansão pode ser explicada por várias razões, incluindo a relativa facilidade burocrática do procedimento, o crescimento da fé pentecostal e até mesmo a crise econômica que afeta o país e que leva as pessoas a procurar soluções para seus problemas (2).

Em fins de 2016, o Instituto Datafolha publicou uma pesquisa que fez ressoar uma campainha de alarme na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O estudo mostra que, nos últimos dois anos, 9 milhões de pessoas abandonaram o catolicismo no país. Em 2014, a porcentagem da população que declarava ser católica era de 60%, ao passo que em dezembro de 2016 baixou para 50%. No mesmo período, os fiéis pentecostais ou neopentecostais passaram de 18% a 22%. Embora a recente baixa na porcentagem de católicos não foi acompanhada por uma ampla expansão dos fiéis pentecostais ou neopentecostais, o que preocupa os bispos é outro dado: a metade dos que declaram ser pentecostais ou neopentecostais provém da Igreja Católica, onde haviam crescido.

Recentemente, a CNBB organizou um encontro para discutir o crescimento das igrejas pentecostais e neopentecostais. As conclusões identificam diversas causas: os evangélicos contam com uma estrutura mais dinâmica e podem chegar às pessoas de uma forma mais rápida, em qualquer lugar onde estejam; aproveitam a ingenuidade ou a má formação dos católicos – sobretudo, os que vivem nas zonas rurais ou nas periferias das grandes cidades – e levam adiante uma intensa propaganda contra o catolicismo; por último, os evangélicos recorrem a uma forte carga emocional para atrair as pessoas (3).

Nossa Senhora das Neves (Santa Maria Maior)


Nossa Senhora das Neves é também conhecida como Santa Maria Maior. O título de Nossa Senhora das Neves é devido a uma antiga lenda segundo a qual um casal romano, que pedia à Virgem Maria luzes para saber como empregar a sua fortuna, recebeu em sonhos a mensagem de que Santa Maria desejava que lhe fosse dedicado um templo precisamente no lugar do monte Esquilino que aparecesse coberto de neve. 

Isto aconteceu na noite de 4 para 5 de agosto, em pleno verão: no dia seguinte, o terreno onde hoje se ergue a Basílica de Santa Maria Maior amanheceu inteiramente nevado.

No ano de 363 vivia em Roma um ilustre descendente de nobre família romana, o qual, não possuindo herdeiros, resolveu, em combinação com a esposa, consagrar sua imensa fortuna à glória de DEUS e em honra a Santíssima virgem MARIA.

Na noite de 4 para 5 de agosto estava pensando seriamente no assunto, quando a Rainha do Céu apareceu-lhe em sonhos e disse-lhe:

- "Edificar-me-eis uma basílica na colina de Roma que amanhã aparecerá coberta de neve".

Ora, nos dias 4 e 5 de agosto, é a época de maior calor na Itália. Mas no dia seguinte, devido a um estupendo milagre, o monte Esquilino estava coberto de neve.

A população da cidade acudiu ao lugar do prodígio e até mesmo o Papa Libério que recebeu a mesma revelação também em sonho, acompanhado de todo o clero, para lá se dirigiu.

Logo depois de iniciada a construção, a basílica foi denominada de Nossa Senhora das Neves, devido ao fenômeno climático. Este templo, no entanto, é conhecido universalmente pelo nome de Santa Maria Maior (Basilica di Santa Maria Maggiore) por ser a mais importante entre todas as Igrejas de Roma dedicadas à Virgem Santíssima.

A Basílica de Santa Maria Maggiore foi construída no séc. IV pelo Papa Libério, inspirado por um sinal da Virgem, que fez nevar neste local em pleno verão de Roma. É a primeira Igreja dedicada a Virgem Maria no Ocidente, e uma das mais belas e adornadas de toda a cidade. Abriga entre outras coisas um relicário com um pedaço da manjedoura do menino Jesus.

A exuberância desta basílica é representada pela mais pura perfeição artística e se torna num dos mais convidativos locais para recolhimento e oração.

A basílica de Santa Maria Maior é uma das basílicas papais, que possuem trono e altar papais, além de uma porta santa para o jubileu romano.

A cada 5 de agosto uma celebração solene lembra o milagre das neves, com uma chuva de pétalas de  rosas brancas.Ao iniciar o seu pontificado, o Papa João Paulo II pediu que deixassem para todo o sempre, uma lamparina de óleo acesa diante do ícone da Santa Maria Maior.



Ó Maria, Senhora das Neves, Mãe de toda a humanidade.
Venho do tumultuo e corre-corre do mundo. 
O cansaço invade todo o corpo e principalmente a alma. 
É tão difícil aceitar em paz o que acontece ao redor da gente, 
durante um dia de trabalho e de luta.
Por isso eu venho a ti, ó Mãe, 
por que dentro de mim está uma criança insegura. 
Mas junto a ti, sinto-me forte e confiante. 
Renova-me completamente para que eu consiga ver como a vida é bela. 
Levanta-me para que eu possa caminhar sem medo. 
Dá-me a tua mão para que eu acerte sempre o caminho. 
Dá-me tua benção e faz-me compreender que o apostolado sem silêncio é alienação; 
e que o silêncio sem apostolado é puro comodismo. 
Ajuda-me a dizer "SIM", sempre que o Bom Jesus, teu Filho, pedir algo de mim.
Que assim seja, em nome de Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo. Amém

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Vocação existe…!


Agosto é tradicionalmente o Mês Vocacional. Muito se fala, ultimamente, de crise e de diminuição das vocações. A messe cresce sempre mais e o número de operários da vinha do Senhor diminui também sempre mais. Os ordenados e os consagrados envelhecem e as novas gerações optam por outros caminhos vocacionais. Mas, vocação existe, existiu e continuará existindo. Como tudo na vida, precisa ser descoberta, despertada, promovida e cultivada. A crise vocacional é proporcional à credibilidade eclesial e a vitalidade da vida cristã. Quanto mais fraca e frágil forem a eficiência e a eficácia eclesiais, menos vocações teremos.

A Igreja cultiva e promove as vocações mais por atração do que por proselitismo. Vocação é um mistério teândrico (divino-humano). Mais divino do que humano ou mais humano do que divino? Mais divino e mais humano. Para cada vocação, uma ação, uma missão e uma oração. Jesus, o primeiro promotor vocacional, comparou a questão vocacional a uma roça. Chamou o mundo de messe e a humanidade de operário. Dele é que nos vem a inspiração do divino-humano cuidado e cultivo vocacionais, sincronizados: ação-oração: “a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita” (Lc 10,2; Mt 9,37-38). O milagre da ciência e da tecnologia do agronegócio está aí para comprovar: “o chão dá se a gente plantar. Se a gente não planta, o chão não dá”. Ouvi, muitas vezes, meu pai dizer: “o boi, o arroz, o milho e o feijão crescem com os olhos do dono”.

Sofremos muito com os queixumes, por conta da diminuta vitalidade da atividade vocacional. Lamentamos sempre a perca e a diminuição das vocações. E é um fato. Os dados estatísticos estão aí para comprovar. Contra fatos não há argumentos. Mas não podemos ficar estacionados, na defensiva, achando que a culpa é de Deus ou da sociedade, sem assumir o nosso protagonismo. Lembro-me de um antigo cartaz vocacional que dizia: “toda vocação é graça sua”. Este “sua” tanto pode ser atribuído à graça divina como à ação humana. Toda vocação é um dom de Deus. Nossa é a missão de cuidá-la e cultivá-la. Se no final dos esforços vocacionais não tivermos vocações que a comunidade precisa, ainda assim, devemos nos render e afirmar: vocação existe. Basta descobri-la, cultivá-la e promovê-la. 

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Executar a si mesmo


«Será lícito a um réu, condenado à morte em justa sentença judiciária, 
executar sobre si mesmo a sentença capital ?»

Para responder adequadamente, faz-se mister distinguir duas ulteriores hipóteses:

1) As próprias autoridades públicas dão ao réu a ordem de se matar...

a)   Alguns asseveram que o réu, em tais circunstâncias, pode executar a sentença de morte. Sendo justa a condenação, dizem, o juiz tem o direito de confiar a execução da mesma a quem ele queira, inclusive ao próprio condenado; neste caso, o magistrado nomeia para as funções de carrasco o próprio réu, que se tornará assim o carrasco de si mesmo. Sem dúvida, tal alvitre do juiz é cruel; contudo será lícito ao réu prestar-lhe obediência.

b)   Outros moralistas negam essa liceidade. Partem do princípio de que o juiz não tem o direito de mandar que o réu se execute a si mesmo, pois tal ordem não seria ditada pelo bem comum da sociedade, nem concorreria para este, ainda que a execução do condenado fosse, sim, exigida pelo bem comum. Executar-se a si mesmo, portanto, fica sendo um ato intrinsecamente mau, que nenhum juiz tem o direito de impor ao réu e que nenhum réu tem o direito de praticar.

Diga-se agora que, por própria iniciativa,

2) O réu, condenado à morte, desfere o golpe mortal contra si mesmo...

Os moralistas julgam que não há argumento para justificar uma atitude dessas, embora não a reprovem peremptoriamente; lembram que o cristão deve confiar em Deus, e aguardar, como Cristo, a hora previamente estabelecida pelo Pai para deixar este mundo.

Em suma, vê-se que a casuística abordada nesta questão é assaz delicada, podendo tomar aspectos e matizes bem variados. Por conseguinte, a fim de não proferir sentença temerária, torna-se necessário ao interessado ponderar as circunstâncias concretas de cada caso em particular.

«Alguém receia sucumbir a uma tentação e cometer pecado, como, por exemplo, a violação de um segredo profissional. Não teria então o direito de pôr fim à soa vida antes de incorrer em tal culpa ?»

Tomou-se famoso recentemente o nome de Brossolette, soldado francês que estava envolvido em intensa campanha de resistência aos nazistas durante a guerra de 1939-45. Feito prisioneiro, Brossolette resolveu matar-se, pois temia revelar, sob a pressão dos adversários, os segredos estratégicos de seus compatriotas resistentes.

A Igreja, como dizíamos, não julga a consciência íntima dessa pessoa, mas ela pode e deve proferir um juízo sobre a sua maneira visível de se comportar.

Os casos do tipo assinalado são capciosos, pois o motivo da morte se reveste então de aparência nobre e brilhante.

Não obstante, a Moral cristã condena até mesmo tal modo de proceder. O princípio que a move é simples e claro: «Não é lícito cometer um mal certo para evitar um mal incerto ou hipotético», ou ainda : «o fim não justifica os meios». Ora, no caso indicado,

a pessoa agiria diretamente para obter a morte de um inocente (no caso,... do próprio sujeito) — e isto é sempre um mal moral;

o bem só seria obtido em consequência desse efeito mau...; e seria um bem muito problemático e incerto. Com efeito, ninguém pode assegurar que de fato há de violar o segredo profissional ou vai cometer pecado, de sorte que o único meio de escapar a isto seja matar a si mesmo antes que venha a tentação. 

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Palavra de Vida: «O Senhor é bom para com todos; a sua ternura repassa todas as suas obras» (Sl 145, 9).


«O Senhor é bom para com todos; a sua ternura repassa todas as suas obras» (Sl 145, 9).

Este salmo é um canto de glória e de celebração da realeza do Senhor, que domina sobre toda a História. Trata-se de uma realeza eterna e majestosa, mas que se exprime em justiça e em bondade, assemelhando-se mais à proximidade de um pai do que à autoridade de um poderoso.

Este hino, cujo protagonista é o próprio Deus, revela a sua imensa ternura, semelhante à de uma mãe: Ele é misericordioso, compassivo, lento em irar-se. O seu amor e bondade superabundam para com todos…

A bondade de Deus manifesta-se em favor do povo de Israel, mas estende-se sobre tudo o que saiu das suas mãos criadoras, sobre cada pessoa e sobre toda a Criação.

No final do salmo, o autor convida todos os seres vivos a associarem-se a este canto, para que o seu anúncio se multiplique num harmonioso coro a muitas vozes:

«O Senhor é bom para com todos; a sua ternura repassa todas as suas obras». 

terça-feira, 1 de agosto de 2017

RN: Bispo "rasga" o Catecismo e diz que homossexualismo é “dom de Deus”.


Dom Antônio Carlos Cruz Santos, MSC, bispo de Caicó, Rio Grande do Norte, pede que se vença o preconceito contra as pessoas de “orientação homoafetiva” (sic), tal como se superou o existente contra os negros na período da escravidão.

O discurso do senhor bispo, proferido no último domingo, 30, por ocasião do encerramento da festa de Sant’Ana é uma extrema atitude de oportunismo, se aproveitando muitas vezes da fragilidade de fé dos fieis para tentar persuadi-los de seus pensamentos fascistas.



Formalmente, o bispo de Caicó, rasga o Catecismo da Igreja Católica, blefando dentro da Santa Missa, proferindo esta forma heresia e recebendo os aplausos da plateia infiel:

“Na perspectiva da fé quando a gente olha pra homossexualidade, a gente não pode dizer que é opção. Opção é uma coisa que livremente você escolhe e orientação ninguém escolhe. Um dia a pessoa se descobre com esta ou aquela orientação. Escolha vai ser a maneira como você vai viver a sua orientação. Se de uma forma digna, ética, ou, de uma forma promíscua. Mas promiscuidade pode-se viver em qualquer uma das orientações que se tem. Então já que não é escolha, já que não é opção, já que a organização mundial da saúde, desde a década de 90 não considera mais como doença, na perspectiva da fé, n´´os só temos uma resposta. Se não é escolha, se não é doença, na perspectiva da fé, só pode ser um dom. É dado por Deus. Dom é isso: é dado por Deus. Não tem jeito! Se não é escolha, se não é doença, é dom, é dado por Deus. Mas talvez os nossos preconceitos não consigam perceber o dom de Deus”.

Pasmem! Essa gentinha de esquerda foi infiltrada na Igreja para tentar destruí-la, para afastar as pessoas de Jesus, para fazerem o Santo Nome do Altíssimo ser blasfemado e para a Santa Igreja ser tachada de errada, retrógrada, desatualizada e conservadora.

Mas, então, a Igreja discrimina os homossexuais?

Não, a Igreja não discrimina os homossexuais. Inclusive já falamos muitas vezes, em outras matérias, aqui no blog a este respeito. A complementaridade entre homem e mulher foi querida e criada por Deus – basta abrir as primeiras páginas do livro do Gênesis para constatá-lo. Também ela, pois, não deve ser tocada. Trata-se, igualmente, de uma realidade sagrada. Por isso, a Igreja diz aos homossexuais que mudem sua conduta e comportamento. Este, porém, é um apelo que ela dirige a todos os seus filhos. A sexualidade humana, ferida pelo pecado original, tem várias tendências destruidoras, como o adultério, a pornografia, a masturbação etc. Todos os cristãos são chamados a conter a sua pulsão sexual e canalizá-la de forma produtiva no amor. Este, por sua vez, se expressa seja no celibato, seja no matrimônio aberto à vida.

Por isso, a Igreja não discrimina os homossexuais. O que ela prega a eles é o que ensina a todos os católicos, indiscriminadamente: que o exercício da sexualidade só é possível dentro do matrimônio aberto à fecundidade e à procriação, porque este é o projeto original de Deus, desde o princípio da Criação.