Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande (MS) (Foto: Juliana Aguiar/G1 MS/Arquivo - adaptado) |
O projeto de lei, que
institui Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como padroeira de Mato Grosso do
Sul, causou uma discussão e polêmica entre deputados evangélicos e católicos,
mas foi aprovado em primeira votação na sessão desta quarta-feira (20).
A discussão
começou depois que o deputado Herculano Borges (SD), evangélico, pediu vistas
ao projeto, mas teve sua solicitação derrotada em plenário, por 12 votos a 10,
o que manteve o projeto em pauta.
Herculano justificou que
o Estado é formado por católicos, evangélicos, espíritas e pessoas ‘sem fé’, e
que o projeto não poderia ser aprovado em detrimento da questão religiosa das
pessoas que não professam a fé católica.
Os deputados
Zé Teixeira (DEM) e Cabo Almi (PT) argumentaram que o projeto deveria ser
colocado em votação, e que o plenário deveria decidir sobre a instituição ou
não da padroeira do Estado.
“Deputado
Herculano isso aqui não é questão de brincadeira. Respeito vossa excelência e
vossa excelência tem que me respeitar também”, disparou o petista.
Paulo Siufi (PMDB),
autor do projeto, disse que considerava ‘desnecessário’ o acirramento da
discussão. “Esse acirramento é desnecessário. Tenho minha
religião respeito as outras e tenho que defender o projeto. Ele não é
inconstitucional, teve o parecer da Procuradoria e também da CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça)”.
Além de Herculano, os
deputados Lídio Lopes (PEN), Maurício Picarelli (PSDB) e Rinaldo Modesto
(PSDB), todos evangélicos, foram contrários ao projeto.