quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é aprovada como padroeira de Mato Grosso do Sul

Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande (MS)
(Foto: Juliana Aguiar/G1 MS/Arquivo - adaptado)

O projeto de lei, que institui Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como padroeira de Mato Grosso do Sul, causou uma discussão e polêmica entre deputados evangélicos e católicos, mas foi aprovado em primeira votação na sessão desta quarta-feira (20).

A discussão começou depois que o deputado Herculano Borges (SD), evangélico, pediu vistas ao projeto, mas teve sua solicitação derrotada em plenário, por 12 votos a 10, o que manteve o projeto em pauta.

Herculano justificou que o Estado é formado por católicos, evangélicos, espíritas e pessoas ‘sem fé’, e que o projeto não poderia ser aprovado em detrimento da questão religiosa das pessoas que não professam a fé católica.

Os deputados Zé Teixeira (DEM) e Cabo Almi (PT) argumentaram que o projeto deveria ser colocado em votação, e que o plenário deveria decidir sobre a instituição ou não da padroeira do Estado.

“Deputado Herculano isso aqui não é questão de brincadeira. Respeito vossa excelência e vossa excelência tem que me respeitar também”, disparou o petista.

Paulo Siufi (PMDB), autor do projeto, disse que considerava ‘desnecessário’ o acirramento da discussão. “Esse acirramento é desnecessário. Tenho minha religião respeito as outras e tenho que defender o projeto. Ele não é inconstitucional, teve o parecer da Procuradoria e também da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)”.
  
Além de Herculano, os deputados Lídio Lopes (PEN), Maurício Picarelli (PSDB) e Rinaldo Modesto (PSDB), todos evangélicos, foram contrários ao projeto.

Missão de Natal: recolocar Jesus na manjedoura


O anjo do Senhor, encarregado de dar aos pastores a alegre notícia do nascimento de Jesus, em Belém, assim se expressou: “eu vos anuncio uma grande alegria: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor!” (Lc 2,10-11). 

Quando os pastores chegaram à Gruta de Belém, viram este sinal: um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura (Lc 2,7). Jesus veio ao mundo sem um lugar para nascer e viver. Nasceu numa gruta improvisada. Foi acolhido, de improviso, numa manjedoura. E de lá encantou, provocou, redimiu e salvou o mundo. Deus, em Belém, quebrou o silêncio do universo e preencheu o vazio da existência humana. Assim como a Estrela de Belém é maior do que todas as outras estrelas, a manjedoura de Belém é também maior do que todas as manjedouras do mundo. Ela é o hi fi das redes sociais de Deus. A manjedoura que acolheu Jesus, seu primeiro berço, hoje está vazia, como vazia está a vida humana. Há um esvaziamento muito grande na vida, na mente e no coração de muitas pessoas. Consequentemente, há um progressivo esvaziamento do espírito do Natal.

Em tempo passado, era politicamente correto cantar: 

“Tudo está no seu lugar, graças a Deus” (Benito de Paula). Hoje não é nem político e nem correto. Tudo ou quase tudo no Brasil está fora de lugar. A sociedade brasileira está doente, dando sinais inequívocos de morte: a política e a economia não estão nos seus lugares. Os traficantes, de todas as matizes, estão fora de lugar. A violência e a corrupção estão fora de lugar. Os crimes organizados estão fora de lugar. A discriminação e o preconceito estão fora de lugar. Os revolucionários, os reacionários e os conservadores estão fora de lugar. A agende da ideologia de gênero está fora de lugar, ao desconstruir os conceitos de pessoa e de família. Papai Noel não está no seu lugar. O Natal não está no seu lugar. Jesus não está no seu lugar. Tudo, enfim, está fora de lugar.

“Sem Jesus não tem Natal”, diz dom Guilherme


Numa época marcada pelo consumo, o bispo de Iparemi (GO), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora, dom Guilherme Werlang lembra que o comércio não pode nos dar a paz. O religioso afirma que estamos vivendo numa época comandada pelo dinheiro, definido pelo papa Francisco com um “falso deus” em sua encíclica Laudato Si.

O Natal só pode ser celebrado se tivermos o menino Jesus e o comércio roubou dos cristãos e da humanidade a criança. Trocou a essência do Natal pelo papai Noel”, afirmou. Para dom Guilherme, as luzes e os enfeites podem ser importantes, mas só se sua finalidade for para homenagear a verdadeira luz.

O verdadeiro sentido do Natal, roubado pelo sentido comercial que a data adquiriu, precisa ser recuperado na avaliação de dom Guilherme. “Se você perguntar para 100 crianças se preferem o menino Jesus ou o Papai Noel? A maioria dirá que prefere o papai Noel, inclusive os filhos das famílias cristãs. Muitas crianças de famílias cristãs não sabem dizer uma ou três frases sobre o menino Jesus”.

Para o bispo é necessário revolver este problema encontrando novamente a criança, o menino Jesus, na gruta de Belém, filho de Maria, concebido pelo poder do Espírito Santo. “Só ele pode nos trazer a paz, o amor, a reconciliação, a justiça, o perdão. Sem essa criança, que Deus nos envia, como a luz do mundo, nós continuaremos a tatear na escuridão da noite da humanidade”, disse.

Tudo começou ali!


Transcorridos muitos séculos desde que Deus criou o mundo e fez o homem  à sua imagem; - séculos depois de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer o arco-íris, sinal de aliança e de paz; - vinte e um séculos depois do nascimento de Abraão, nosso pai; - treze séculos depois da saída de Israel do Egito, sob a guia de Moisés; - cerca de mil anos depois da unção de Davi, como rei de Israel; - na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel; - na nonagésima quarta Olimpíada de Atenas; - no ano 752 da fundação de Roma; - no ano 538 do edito de Ciro, autorizando a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém; - no quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto, enquanto reinava a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo: JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses, nasceu da Virgem Maria, em Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador! Ele é Emanuel, Deus Conosco”. Este é o solene anúncio oficial do Natal, feito pela Igreja na primeira Missa da noite de Natal!

O Natal é a primeira festa litúrgica, o recomeçar do ano religioso, como a nos ensinar que tudo recomeçou ali. O nascimento de Jesus foi o princípio da revelação do grande mistério da Redenção que começava a se realizar e já tinha começado na concepção virginal de Jesus, o novo Adão. Deus queria que o seu projeto para a humanidade fosse reformulado num novo Adão, já que o primeiro Adão havia falhado por não querer se submeter ao seu Senhor, desejando ser o senhor de si mesmo e juiz do bem e do mal. Assim, Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, o Verbo eterno, por quem e com quem havia criado todas as coisas. Esse Verbo se fez carne, incarnou-se no puríssimo seio da Virgem, por obra do Espírito Santo, e começou a ser um de nós, nosso irmão, Jesus. Veio ensinar ao homem como ser servo de Deus. Por isso, sendo Deus, fez-se em tudo semelhante a nós, para que tivéssemos um modelo bem próximo de nós e ao nosso alcance. Jesus é Deus entre nós, o “Emanuel – Deus conosco”, a face da misericórdia do Pai.

Jesus Menino, o rosto da paz


Eis que o rosto de Deus se tornou visível em Jesus, o Cristo, nascido da Virgem Maria. Ele é o “Príncipe da Paz” (Is 9,5) e “para a paz não haverá limites” (Is 9,6). Cada vez que celebramos o Natal volta-nos novamente este espanto e admiração: Deus se fez um de nós, sem deixar de ser Deus, assumindo nossa humanidade, “fez-se carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). Nele foi aberto definitivamente o caminho de Deus para a humanidade e, consequentemente, da humanidade para Deus e da fraternidade humana. Toda a procura pelo transcendente, que de muitos modos todas as culturas e povos tiveram, encontrou, nesta pequena criança, seu ponto de chegada e sua realização definitiva. Assim testemunha a Carta aos Hebreus: “O Filho é a irradiação da sua glória e nele Deus se expressou tal como é em si mesmo” (Hb 1,3).

Com que olhar iremos contemplar Jesus Menino? O olhar distraído de quem está ocupado e preocupado com tantas atividades, sobretudo num ano que está findando? Talvez algumas pessoas nem recordem que a notícia que motiva o Natal é única: “hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,11). Ou o olhar autocentrado, voltado para si próprio, e indiferente ao que acontece ao seu redor, na família e na sociedade? O olhar da fé, porém, consegue ir além do que humanamente enxerga. Os personagens natalinos carregam este olhar: os pastores, que foram onde os anjos lhes indicara, viram o Menino, contaram aos outros e louvavam a Deus; o olhar de Maria, que “guardava todas estas coisas no seu coração” (Lc 2,19); o velho Simeão, que “tomou o menino nos braços e louvou a Deus” (Lc 2,28); os três sábios do Oriente que “ajoelharam-se diante dele, e lhe prestaram homenagem […] ofereceram presentes ao menino” (Mt 2,11); o olhar preocupado de José, diante do pedido do anjo “levante-se, pegue o menino e a mãe dele, e fuja para o Egito!” (Mt 2,13). O olhar da fé permite que concentremos nosso relacionamento com Deus e com os irmãos a partir de Cristo. Queremos superar uma religiosidade vaga de um “espírito natalino”, sem concretude, baseado em sentimentos e que acaba na ceia da noite de Natal. Não, nossa fé revela o Deus vivo, que tanto ama a humanidade a ponto de enviar seu Filho para ser nosso Salvador (cf. Jo 3,16). Nós o encontramos na concretude das palavras de acolhida, proximidade com os sofredores, atitudes misericordiosas e o amor como única motivação que moveu a vida de Jesus de Nazaré.

O Segredo dos Deuses: quem é quem na investigação da TVI que desmascarou a IURD


“O Segredo dos Deuses”, a primeira série informativa da televisão portuguesa, revela uma rede de adoções ilegais de crianças portuguesas levadas para o estrangeiro por bispos da IURD.

À medida que os 10 episódios vão sendo revelados, conheça os principais intervenientes deste enredo:

Igreja Universal do Reino de Deus 


É uma denominação cristã, evangélica neopentecostal, fundada em 9 julho de 1977 no Brasil.

Chega a Portugal em 1989, compra o cinema império em Lisboa e em 1995 tenta comprar o Coliseu do Porto, o que acaba por causar uma enorme reação popular nas ruas da cidade. Esta pessoa coletiva religiosa defende a teoria da prosperidade e, em Portugal, declara, mais de 30 milhões de euros/ano em ofertas, livres de impostos. Até hoje, nunca divulgaram o número de fiéis que têm no nosso país.

A IURD garante que tem 9 milhões de fiéis espalhados por 182 países, 320 bispos e cerca de 14 mil pastores.

A Universal tem sido ao longo dos tempos alvo de críticas, controvérsias e de muitos processos judiciais.

O seu fundador e líder Edir Macedo Bezerra é um dos homens mais poderosos do mundo, considerado como o pastor mais rico do Brasil, com um património superior a mil milhões de dólares.

Edir Macedo é dono de um banco no Brasil, do grupo e da TV Record, a segunda maior emissora de televisão no Brasil.

Edir Macedo Bezerra


Líder máximo e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. Nasceu a 18 de fevereiro de 1945.

Começou como vendedor de lotaria e atualmente é um dos homens mais ricos e influentes no Brasil.

Bispo evangélico, fundou a IURD em 9 de julho de 1977 no Brasil.

Casou em 1971 com Ester Bezerra, com quem teve duas filhas biológicas - Cristiane Cardoso (1973) e Viviane Freitas (1975) – e adotou Moisés Bezerra.

Em 1990, compra a rede Record de televisão e em 2013 o Banco Renner.

O PRB surge como o braço político ligado à IURD e conquista terreno no Brasil.

Chegou a estar preso em 1992 e atualmente responde num processo que está em investigação em S. Paulo, em que está acusado de charlatanismo, formação de quadrilha para lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A TVI sabe que também está a ser investigado pelo FBI, em Nova Iorque.

Líder carismático defende a vasectomia e o aborto.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Vamos até Belém!


Todo ano celebramos o Natal. Não, porém, como uma mera repetição. Tanto mudam as circunstâncias em que ocorre o Natal, como mudamos nós. Em nossas lembranças, certamente conservamos a memória de Natais felizes. Mas também de Natais não tão felizes. Natais na abundância e Natais na carência. Natais rodeados de amigos e familiares, e Natais na solidão. Natais pacíficos e Natais nas trincheiras. Natais com saúde e Natais na doença, na dor e na perda.

Nestes dias, somos invadidos por sentimentos contraditórios e ambivalentes. Aliás, assim é a vida humana. Só que, nesta época, esses sentimentos correm o risco de serem exacerbados pela propaganda, pela música, pelas luzes. Há de se evitar a euforia inconsequente, mas também não podemos cair na melancolia.

Portugal: "Presépio" do Santuário de Fátima escandaliza fiéis


A reitoria do Santuário de Fátima decidiu colocar este "Presépio" na Basílica do Santuário, no ano do Centenário das Aparições. A evidente falta de beleza destas figuras gerou uma onda de protestos na página do Santuário e um pouco por toda a internet. Será muito difícil perceber que isto é horrível e uma ofensa à Sagrada Família? Quem dirige o Santuário de Fátima (padre Carlos Cabecinhas) parece não conseguir ver o que todos nós vemos.

O Santuário de Fátima diz que este é um conjunto de três peças, instalado na nave do lado da Epístola, que "recupera a Sagrada Família e, na figura de Maria, o Escultor faz aparecer um coração sobre o peito materno da Virgem".

Paulo Neves, diz o Santuário, "trabalha a figura humana a partir da valorização da forma arcaica que a arte dos inícios do século XX veio enaltecer (movimentos estéticos como o Cubismo), sobretudo a partir do conceito de máscara que surge esculpida a partir da sinuosidade das linhas que o tronco, como matéria-prima, dita na hora de sulcar e talhar o lenho".

"O Presépio é desenvolvido em madeira de cedro esculpida e tem uma volumetria de 350x200x200cm".