quarta-feira, 14 de março de 2018

Vovó do Apostolado da Oração acorda com Jojo Todynho na tela de sua TV 50″


A vovó ligou a TV na Rede Vida pra rezar o seu terço diário, e logo depois pegou no sono. De repente, um grito gingado vindo da TV a desperta: “Que tiro foi esse”? Acordou assustada e gritou: “Maria”! Tossindo e com os olhos remelentos de sono, ela olha pra TV. Não sabia o que estava acontecendo ainda. Pensou até que o canal tinha pulado para a Globo ou para aqueles programas proibidos XXX, pois o que cobria a sua tela quase toda naquele instante eram dois peitos imodestos descobertos de propriedade de uma mulher que balançava a cabeça ostentando seu corpo Todynho. Tentou prestar a atenção, mesmo com a cabeça não funcionando muito bem naquela hora. Até que se deu conta de que a entrevistada foi anunciada como ex-cantora de igreja e que agora cantava Funk boladão. Ao que ela logo reagiu com um espanto: “Nossa! O que houve com essa rapariga? Arrancaram a camisa da moça? E ainda bem que ela não canta mais na Igreja. Com essa voz não duraria um dia com o padre José”.

“Maria, vem aqui por favor”, chamou a sua ajudante que lhe acompanhava durante a noite. Ainda cismada disse: “Tira daí. Tem alguma coisa errada. Era para estar passando aqueles programas que vendem jóias lindas, que eu usava quando mocinha, ou então aqueles carpetes iguais o que tenho lá na minha casa em Maricá. Porém pensando bem, hoje é terça, dia de sertanejo. Minha filha adora ver aqueles moços de calça apertadinha na Rede Vida. Tem um até que parece ser padre. Eu ri quando a Ester disse. Ela deve estar variando das idéias. Padre se veste direitinho. No meu tempo usavam até batina. Como achava bonito aqueles padres em procissão todos de preto. Todo mundo respeitava. Lembro que do meu Apostolado saíram três rapazes para se tornarem padres. Eram muito lindinhos. Ainda bem que Jesus os levou logo bem jovenzinhos, pois senão as moças teriam carregado os rapazotes”. “Tia Helena, eu acho que está na Rede Vida sim”, interrompeu Maria também com ar de confusa enquanto digredia a vovó. “Como assim, minha filha? Não é possivel. Por que não cubriram os melões dessa moça? Parece até quando eu peguei o meu filho Eduardo vendo aquele canal de safadeza da Playboy. Eu dei uma peia nele e mandei o cabra safado ir logo para se confessar com o padre José. Era um garoto sem vergonha demais. Ainda bem que casou e se ajuizou”. “O que eu faço, tia?” Enquanto Maria perguntava aparecia o slogan na TV que dizia: “Rede Vida, o canal da família”.

domingo, 11 de março de 2018

Nota à Thammy Gretchen: “A Igreja não é obrigada”!


Caríssima Thammy Miranda, no uso da minha liberdade religiosa e do ofício sacerdotal que desempenho, e tendo visto seu pronunciamento público veiculado pelo Jornal Extra no dia de ontem, 8 de março, sobre o seu desejo de ser madrinha de batismo, quero expressar a minha orientação. Julgo ser necessário manifestar-me, pois trata-se da fé da minha Igreja e isso gerou dúvidas entre muitos católicos, que inclusive a senhorita talvez possa ter também. Antes de tudo, isso está muito aquém de ser uma questão de preconceito e acolhida, trata-se de matéria de fé. A religião goza de liberdade perante o estado democrático para determinar as regras internas de sua vida moral correspondente ao seu credo. E mesmo que uma constituição não o reconhecesse, isso permaneceria um direito próprio do ato de crer do ser humano enquanto um ente dotado de consciência.

Não sei se sabe, assim como muitos católicos às vezes não o sabem, mas a Igreja tem uma espécie de “constituição” com as normas de fé as quais os bispos e padres devem obedecer sem hesitação, pois eles não estão acima das normas da fé, uma vez que são servos dela. Este conjunto normativo chama-se Código de Direito Canônico. Numa breve pesquisa pela internet até se consegue este livro em PDF para download. E o que diz lá sobre os padrinhos de batismo!? Cânon 872 – Ao batizando, enquanto possível, seja dado um padrinho, a quem cabe acompanhar o batizando adulto na iniciação cristã e, junto com os pais, apresentar ao batismo o batizando criança. Cabe também a ele ajudar que o batizado leve uma vida de acordo com o batismo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes. 

Cânon 874 – § 1. Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que: 1° – seja designado pelo batizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo; O pároco local de acordo com a lei canônica deverá julgar cada caso. Note-se o uso da palavra “aptidão” no final do 1° parágrafo do inciso 1. O que significa? Que há critérios de fé a serem julgados pelo sacerdote antes de admitir padrinhos para o batismo. Ademais, diz que eles “devem ter a intenção de cumprir esse encargo”, que é a missão de ensinar a fé integralmente com todas as suas exigências. Observe ainda que é dito no final do Cânon 872 que o padrinho “deve levar o batizado a ter uma vida de acordo com o batismo“, isto é, dando o padrinho ou madrinha testemunho ao viver de fato a fé e ajudando o batizado “a cumprir com fidelidade as obrigações inerentes“, que em outras palavras significa ensinar o que pede a Igreja para uma vida de cristão-católico. É com base nesses dados que o sacerdote irá julgar a aptidão de ser padrinho ou madrinha. Ele poderá negar o direito de sê-lo ou permitir segundo a lei da Igreja. Portanto, não se trata de uma mera questão documental de seu nome social como disse na reportagem. Pois essa é uma das questões menos relevantes ao processo, embora importante documentalmente. E não! A Igreja não tem obrigação de aceitar você como madrinha de batismo. A fé é da Igreja, o sacramento é católico e supõe leis católicas, e não se pode confundir de modo algum com direitos civis. 

sábado, 10 de março de 2018

Isaías 17 e a guerra na Síria!


Ontem foi postado um texto bíblico de Isaías 17 aqui na página que menciona uma destruição da Síria. Muitos vieram de imediato com links e argumentações sem parar para refletir que o texto, ainda que ele tenha um contexto histórico passado, pode ser relido hoje para perceber a própria instabilidade histórica das nações. As pessoas querem muito se mostrar conhecedoras das coisas se esquecendo que a Palavra de Deus é maior que o contexto original da própria Escritura podendo iluminar outros momentos históricos, e qualquer teólogo sabe disso.

Quantas vezes a Escritura se atualiza sobre nossas próprias vidas? Se não fosse assim, a Palavra de Deus tenderia a ser um livro histórico enfurnado em nossas gavetas. Somos vítimas do chamado historicismo na leitura dos textos sagrados, onde as pessoas se preocupam mais com uma cientifização da sua leitura que com o sentido pleno da palavra. Uma postura mais racionalizante produz a sensação de uma fé mais segura e de mais elevado nível que a de outros, anseio que inclusive leva muitos à soberba. Isso gera muitas vezes um reducionismo da Escritura a dados históricos e exegéticos, que são boníssimos, mas não podem limitar a sua exposição.

Ora, se a Síria foi relativamente destruída no passado, quantas vezes mais será até que as nações se convertam dos seus pecados e ouçam a voz de Deus? Pois a guerra é fruto do pecado humano. Quantas vezes Jerusalém foi destruída e o Templo posto abaixo? Duas! A história da nação israelita se repetiu? Podemos reler numerosas profecias do Antigo Testamento para refletir sobre o destino histórico de Jerusalém na sequência de suas infidelidades à Aliança e como isso tem a ver com a perda de sua identidade, o enfraquecimento da nacionalidade e a dispersão entre os povos.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Thammy diz que vai ser padrinho de um menino: "Igreja é obrigada a aceitar".



Thammy Miranda será padrinho pela primeira vez. O filho “transgênero” de Gretchen vai batizar uma criança junto com a namorada, a modelo Andressa Ferreira, e contou a novidade nas redes sociais. Alguns seguidores, então, quiseram saber se ela vai batizar a criança no modo tradicional mesmo, ou seja, na Igreja Católica, e Thammy explicou que sim, pois já tem a documentação necessária para se tornar padrinho (no sexo masculino mesmo).

"É um afilhado tradicional batizado na igreja católica? Se for, conta pra gente qual igreja aceitou com bons olhos realizar esse batismo. Precisamos falar sobre isso! Tenho essas dúvidas e hoje em dia só encontro igrejas preconceituosas que até filhos de mães solteiras se recusam a batizar", questionou uma internauta.

"Sim. Hoje com a documentação que eu tenho, no caso, tudo no masculino, são obrigados a aceitar", respondeu Thammy.

"Mas será um afilhado tradicional, aquelas da igreja católica?", indagou mais um.

"Exatamente. Já tenho documentos pra isso", reafirmou o filho de Gretchen. 

A condenação da Igreja ao comunismo e ao capitalismo ainda está em vigor?



Um leitor protestante (J.O., RJ) perguntou à nossa redação se a carta encíclica do Papa Leão XIII que condena o comunismo, socialismo e o niilismo e sua associação ao mesmo tem um período vigente pois percebe uma grande concentração de padres e fiéis adotando-o como visões.

Olá, J. O,
a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo, esteja com você e com os seus.

A condenação ao comunismo ainda é vigente porque é uma condenação lógica. De fato, estas coisas afrontam a identidade católica, a práxis, a prática católica, então, sim, há uma condenação a tudo isso: ao comunismo, ao niilismo, ao socialismo e, também, você não citou, ao capitalismo. No Compêndio da Doutrina Social da Igreja, há uma condenação clara ao comunismo e também ao capitalismo.

O que não podemos é tomar uma parcialidade, tipo “Ah, a Igreja condena o comunismo” e ponto. Na verdade, a Igreja condena também, o capitalismo. O que precisamos entender, ao final das contas, é o que a Igreja condena? Já que temos que viver em um dos dois (capitalismo ou socialismo), qual é o que devemos escolher? Então entendemos que é mais fácil viver no capitalismo porque, ao menos, ele nos dá a liberdade religiosa do que no comunismo. Mesmo assim o capitalismo tem os seus problemas! Vemos, por exemplo, George Soros com Globalismo. Globalismo é um conceito capitalista! 

Tanto o capitalismo quanto o socialismo vão seguir o mesmo caminho, a diferença é quem tem o poder. No capitalismo o poder está nas empresas (vide George Soros), no socialismo o poder está no governo. E olhando, por exemplo, para o resultado da Lava Jato,sabemos que, na verdade, as grandes empresas e o governo, estão juntos. A verdade, portanto, é que há uma tentativa de dominação e tanto faz se o nome disso é capitalismo ou socialismo porque os dois estão de mãos dadas desde que eles consigam dominar corações e mentes, e fazer da gente o que bem quiser, e pra isso, têm que instruir famílias, etc.

Então, existe a condenação ao comunismo mas a carta encíclica do Papa Leão XVIII, não acarreta em excomunhão. Repetindo: há a condenação ao comunismo e ao capitalismo, no entanto, não há excomunhão automática de forma tão irrestrita, como muitos afirmam.

A questão da excomunhão é que haveria um decreto de excomunhão automática ipso facto (latae sententiaepara quem é comunista. Isso não existe, e as pessoas gostam de dizer, por exemplo, que "se você votou no PT está automaticamente excomungado", o que não procede. Primeiro porque não se trata de um decreto. Fosse assim, estaria revogado pelo Código de Direito Canônico (CDC) de 1983, mas não é um decreto, é uma consulta feita à Congregação para a Doutrina da Fé, na época pós-segunda guerra em que o mundo estava se dividindo entre capitalismo e comunismo. Naquela época, as pessoas queriam saber qual lado deveriam adotar então consultaram a congregação para saber se o comunismo é compatível com a fé católica e Congregação para a Doutrina da Fé respondeu que a prática comunista não é compatível com a prática católica. Por que prática? Porque a prática comunista, naquela época, que era o stalinismo, era fechar igrejas, proibir a fé, matar as pessoas que eram contra, etc... Então obviamente que, sendo assim, a prática comunista é incompatível. Então a resposta da Congregação para a Doutrina da Fé foi a seguinte: “Se você praticar o comunismo, ou seja, matar as pessoas, fechar as igrejas, proibir o culto, etc, você não consegue ser católico". É, portanto, preciso apostatar a fé católica pra se comportar desta maneira. E a apostasia é condenada, até hoje, pelo Código de Direito Canônico com a excomunhão automática.

quinta-feira, 8 de março de 2018

De um leigo comprometido, sobre a polêmica envolvendo a CNBB!


Participo das coisas da Igreja Católica desde os 13 anos de idade. São quase 30 anos nessa vida. Mas sinceridade? Me sinto tão mal quando existe uma crítica (verdadeira) de católicos engajados a algo na Igreja (como por exemplo essa história da CNBB) e vem um padre ou bispo dizer:

 - Olha, não exponha a Mãe Igreja nas redes sociais... Chame um padre e converse com ele. Procure o bispo da sua diocese...

1. Não pense que criticar algo que acontece na Igreja, ou a postura de alguém na Igreja é criticar a Igreja. Existe diferença e eu sei onde começa um e onde termina o outro. E tem muito leigo engajado e de caminhada que sabe essa diferença. E muitos que já se omitiram ou tentaram falar com os padres e bispos receberam portas fechadas, sabem que é preciso tentar de outra forma.

2. Não pensem que padres ou bispos (ou até o Papa), amam mais a Igreja do que os leigos. Tem leigo que dá a vida na sua paróquia ou diocese, gasta tempo, deixa de ficar com a família, tira até do seu bolso para ajudar a Igreja POR AMOR (nessa hora nego presta). Mas se critica algo (de forma justificada) já não é tão bom.

Não se mede amor à Igreja por usar batina ou não. Não se consagra quem ama mais. Se consagra (ou deveria ser assim) quem tem VOCACÃO. O fato de eu ou outros sermos leigos não quer dizer que amemos menos. Quer dizer que temos outra vocação cujo fim é servir a Igreja de Cristo. Nem todo padre ama a Igreja demais, nem todo leigo ama a Igreja de menos. Se assim fosse não tinha tanto sacerdote dando mal exemplo defendendo o PT e o corrupto do Lula.

Nunca um leigo pode ser considerado superior ao um sacerdote, com relação ao seu chamado. No caso do sacerdote é um chamado nobre. Mas esse chamado não acontece por que a pessoa ama mais a Igreja. A pessoa é chamada por que Deus a escolheu. Ponto. É escolha de Deus. Ele quis por que Ele quis. Deus não premia alguém lhe dando uma vocação. Ele só chama e cada pessoa deve responder.

3. Se eu como leigo não posso expor a Igreja nas redes sociais, por que certos bispos e padres podem expor o nome da Igreja em eventos ligados ao comunismo, a esquerda (que tem valores diferentes a fé católica) ou ajudando a manter ONGs abortistas? Se hoje tem gente criticando alguns setores ligados a CNBB, não seria por que tem gente dando motivo?

4. Sim a Igreja é uma grande família. Mas a família que guarda "podre" de algum familiar, ajuda essa pessoa ou simplesmente passa a mão na cabeça abafando o caso?

O cerne do problema que envolve a CNBB


De tudo que se falou a respeito da CNBB e da Campanha da Fraternidade até agora, contra e a favor, o principal não foi sequer respondido e esclarecido minimamente.

Não podemos deixar que notas e manifestações, favoráveis ou contrárias, anestesiem o cerne do problema:

- Temas, termos e abordagens de ideologia de gênero na Via Sacra elaborada pela CNBB;

- O apelo desarmamentista da cartilha da CNBB, contrários ao ensino da Tradição católica;

- A própria ABONG em nota (26/02) admitiu "ter sido a responsável pela administração dos recursos recebidos" da Campanha da Fraternidade em nome da tal Plataforma;

- O que a CNBB tem a dizer sobre os repasses à ABONG e suas pautas contrárias ao ensino e fé da Igreja?

- Os repasses à Fundação Grupo Esquel, parceiro da ABONG, MST e Cáritas;

Destruição da Síria é cumprimento de profecia?


Queridos amigos, bom dia! Acredito que, em nome da verdade, não devemos nos calar sobre certas coisas. Sem querer causar um acirramento de ânimos, mas querendo apenas esclarecer, como padre e estudioso da Sagrada Escritura, quero me pronunciar a respeito do texto de Is 17,1-2 que tem circulado na internet como sendo uma prova bíblica de que Deus anunciou e está querendo a guerra na Síria.

Tal interpretação de Isaías é um grande equívoco. O contexto do texto é o seguimento: tanto a Síria quanto o reino do Norte, Israel, eram vassalos da Assíria, um grande império no século VIII a.C. A Síria e o Reino do Norte, Israel, se rebelaram contra a Assíria e, por isso, a Assíria marchou contra Damasco em 732 a.C., destruindo a cidade e deportando seus habitantes, como vem descrito em 2Rs 17,1-6. O Reino do Norte, Israel, também foi deportado dez anos depois, e a interpretação do profeta para os acontecimentos foi que este foi um castigo divino pelos pecados que Israel havia cometido.

A profecia de Is 17,1-2 é, portanto, um anúncio de juízo realizado há 2.800 anos e não foi relido pelo cristianismo como anúncio de um juízo futuro para a mesma cidade de Damasco.