Thammy Miranda será padrinho pela primeira vez. O
filho “transgênero” de Gretchen vai batizar uma criança junto com a namorada, a
modelo Andressa Ferreira, e contou a novidade nas redes sociais. Alguns
seguidores, então, quiseram saber se ela vai batizar a criança no modo
tradicional mesmo, ou seja, na Igreja Católica, e Thammy explicou que sim, pois
já tem a documentação necessária para se tornar padrinho (no sexo masculino
mesmo).
"É um afilhado tradicional batizado na igreja católica? Se for,
conta pra gente qual igreja aceitou com bons olhos realizar esse batismo.
Precisamos falar sobre isso! Tenho essas dúvidas e hoje em dia só encontro igrejas
preconceituosas que até filhos de mães solteiras se recusam a batizar",
questionou uma internauta.
"Sim. Hoje com a documentação que eu tenho, no caso, tudo no
masculino, são obrigados a aceitar", respondeu Thammy.
"Mas será um afilhado tradicional, aquelas da igreja
católica?", indagou mais um.
"Exatamente. Já tenho documentos pra isso", reafirmou o filho
de Gretchen.
O processo de transformação de Thammy começou em
dezembro de 2014, quando ele passou pela cirurgia da retirada dos seios. Em
junho do ano passado, Thammy conseguiu mudar o gênero em sua certidão
de nascimento para o masculino.
Em
resposta ao questionamento formal de um bispo espanhol, em 2015, o Vaticano
afirmou que pessoas transgênero não podem ser padrinhos ou madrinhas em batizados. De acordo com a Santa Sé, o “comportamento transexual revela de
maneira pública uma atitude oposta à exigência moral de resolver o próprio
problema de identidade sexual segundo a verdade do próprio sexo”.
“Por
isso, essa pessoa não possui o requisito de levar uma vida conforme a fé e às
exigências da posição de padrinho, não podendo, portanto, ser admitido nem ao
posto de madrinha ou padrinho”, afirmou a Congregação para a Doutrina da Fé, um
dos órgãos da Santa Sé. “Não se vê como discriminação, mas somente o
reconhecimento de uma objetiva falta dos requisitos que, por sua natureza, são
necessários para assumir a responsabilidade eclesial de ser padrinho”.
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Com informações: O Globo/Extra
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