quinta-feira, 10 de maio de 2018

Bélgica: Cardeal apoia “bênção” de casais homossexuais



O Arcebispo de Malinas-Bruxelas (Bélgica), Cardeal Josef De Kesel, expressou seu apoio à bênção de casais homossexuais e comentou que não tem nada contra, desde que sejam em um contexto de “honestidade e lealdade”.

Assim indicou o Purpurado belga depois de um encontro no Palácio da Arquidiocese de Bruxelas com o comitê executivo do grupo LGBT Homosexual Lesbiennewerking Mechelen (HLWM).

A mídia belga informou que o encontro aconteceu no final de abril e que o Cardeal afirmou que “bênção ta vez não seja a palavra adequada, porque é muito semelhante à bênção de um matrimônio. Talvez poderia falar de uma celebração de ação de graças ou de uma oração”.

“Uma oração eclesiástica pelo relacionamento de dois homens ou de duas mulheres com certeza é possível, desde que não pareça um casamento pela Igreja. Neste contexto, não a troca de alianças não poderia ser feita”, indicou o Arcebispo.

De acordo com o site pró-gay Zizo-online, o Cardeal De Kesel disse que, “até pouco tempo, a igreja era muito desdenhosa com os homossexuais e com as lésbicas, mas isso não foi diferente da sociedade em geral. Certamente, na Europa, muitas coisas mudaram para melhor, mas a Igreja na África e especialmente na Ásia, e em alguns lugares da Europa Oriental ainda não. Entretanto, também devemos respeitar essas opiniões”.

“Com certeza não estou a favor de um comportamento promíscuo dos homossexuais nem dos heterossexuais”, acrescentou.

“Nós temos um Cardeal que está seriamente interessado no bem-estar dos gays e das lésbicas”, disse um representante de HLWM depois da reunião com o Arcebispo de Bruxelas, que em 2015 se manifestou a favor de dar a Comunhão aos divorciados em nova união. 

Se decide abortar, “não vou respeitar sua escolha”, diz sacerdote



O sacerdote argentino Leandro Bonnin, levantou a voz novamente em defesa do nascituro e, através da sua conta no Facebook, enviou uma mensagem dura às pessoas que promovem o aborto.

Anteriormente, o sacerdote que vive na província de Entre Rios, havia enviado uma carta a uma jovem que parodiou um “aborto” da Virgem Maria. Também publicou um livro no qual apresenta argumentos simples, mas convincentes, para defender a vida do nascituro.

”Se você pretende matar outro ser humano, se você pretende ter uma autorização para eliminar outro argentino, se escolhe desmembrar um bebezinho inocente ou aspirá-lo como se fosse lixo e ainda pretende que eu financie este homicídio e diga que você tem o ‘direito’ de fazer isso, nesse caso, que fique muito claro, farei o que for possível para impedir e de jeito nenhum vou respeitar a sua escolha”, escreveu.

Na publicação do dia 5 de maio, o sacerdote disse que pode respeitar a decisão de mudar o penteado, de usar certo tipo de roupa ou de fazer uma pequena cirurgia.

“Inclusive se você quisesse fazer uma cirurgia para mudar o nariz, ou para diminuir as orelhas, ou se quisesse cortar seu dedo do pé, ou mutilar qualquer outro membro ou órgão do corpo, eu não concordo com isso e vou lhe dizer, mas não posso impedi-lo, e prometo respeitar a sua escolha... Só não me peça para ajudar a fazer isso, nem que eu aprove a sua escolha”, assinalou. 

Ponderações para os dias que correm...



Caro Amigo, gostaria de partilhar com você algumas ponderações sobre a leitura [de Atos dos Apóstolos, 17]... Talvez lhes pareçam meio técnicas; mas são importantes... Deveriam nos ajudar a pensar sobre como ser cristãos, como ser Igreja e como anunciar o Evangelho nos dias atuais...

Trata-se do capítulo 17 dos Atos dos Apóstolos.

São Paulo está na sua segunda viagem missionária. Chegado da Macedônia, onde tinha sido colocado para correr de Filipos, de Tessalônica e de Bereia, o Apóstolo alcançou Atenas, na Ática.

Aí, pregava e discutia com judeus e tementes a Deus, na sinagoga, e pregava e debatia com os pagãos na ágora, na praça pública ateniense (cf. v. 17).

Falando aos pagãos na ágora, no Areópago, São Paulo, procurou entrar em diálogo com eles a partir da própria cultura gentia, pagã.

Ele tinha consciência de que aqueles pagãos eram pecadores diante de Deus, eram idólatras (cf. vv. 16.24.29.30.31); sabia muito bem que aqueles pagãos viviam na ignorância e precisavam ser notificados do Evangelho para que tivessem a chance de se converterem receberem a salvação em Jesus nosso Senhor (cf. vv. 30s). O Apóstolo não mascarou a verdade, não relativizou nem escondeu Jesus: "Ele é o homem a Quem Deus designou... ao ressuscitá-Lo dos mortos" (v. 31).

Contudo, procurou dialogar: começou elogiando a religiosidade dos gregos, eles que dedicaram um altar ao Deus desconhecido... Nas verdade, o altar era "aos deuses desconhecidos" mas São Paulo, num gesto de boa vontade, deu uma arrumadinha no sentido da dedicatória: "Ao Deus desconhecido!" E se saiu com esta: "O que adorais sem conhecer, isto venho anunciar-vos!" (v. 23)

Aí, usando a pura razão humana e a filosofia grega, mostrou que Deus é o criador de tudo, é o criador e o provedor dos homens e, portanto, não é um ídolo. Por fim, avisou aos atenienses com franqueza que esse Deus único a todos jugaria através de um homem que Ele enviara e ressuscitara dos mortos, Jesus!

O resultado da pregação foi um fracasso quase completo! Os atenienses não deram bola! Desapontado, São Paulo partiu para Corinto, capitada Acaia, uma das cidades mais depravadas do Império Romano (cf. 18.1).

Em Corinto, o Apóstolo mudou de tática completamente: agora resolveu não mais partir da lógica humana, da razão e das razões da cultura helenista, mas do escândalo da Cruz!

Ele mesmo escreveu isto aos coríntios: "Eu mesmo, quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com o prestígio da palavra ou da sabedoria para vos anunciar o mistério de Deus. Pois não quis saber de outra coisa entre vós a não ser Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado... a fim de que a vossa fé não se baseie na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus" (cf. 2,1-5).

O que pensar disto tudo?

A Igreja, os cristãos, a pregação cristã certamente pode e deve dialogar com as culturas, dialogar com as mentalidades de cada época... Mas, NUNCA, sobre pretexto algum, pode esconder o escândalo da Cruz e a loucura do Evangelho! A fé não se baseia em floreios da razão e das razões humanas! O arrazoado humano pode ser caminho, pode ser pretexto de diálogo, mas não pode nunca mutilar ou condicionar a fé!

Esta não pode ser negociada, a integridade da doutrina e a inteireza do dogma não podem ser arranhados sob o pretexto de compreensão, compaixão, ou seja lá o que for! Não se pode colocar o homem e seus estreitos limites, sua razão embotada pelo pecado, no lugar do Senhor Deus e do Seu Cristo!
 

Lampejos de uma luz intensa...



Eis a maior tragédia que poderia acontecer ao catolicismo latino: a perda do sentido do Mistério, do estar diante de Deus, sob Deus e Deus, que é a qualidade mais fundamental da experiência religiosa, sobretudo na Liturgia. Dá-nos Deus, colocar-nos em comunhão com o Divino é o âmago e a razão de ser do fenômeno religioso.

Uma religião que não nos coloque diante do Mistério para que serviria?


Ora, o local no qual o Mistério é feito palpável e nos é dado como dom gratuito e, no entanto, sempre transcendente, é a Liturgia, espaço no qual o Eterno nos visita, dá-nos Sua Vida divina e, assim, nos plenifica, nos salva! Isto é uma constante nas Escrituras Sagradas e na história do cristianismo.

A crise litúrgica da Igreja latina atual coloca em crise a própria percepção da Igreja como religião.

Muitos católicos e não-católicos, infelizmente, experimentam a Igreja como uma ONG preocupada como temas humanos e ecológicos ou, então, como uma instância de moralismo burocrático com aqueles temas chatos e picantes para o gosto da mídia atual: preservativos, união gay, relações pré-matrimoniais, etc.


Mas, uma religião que se ocupe sobretudo e constantemente com isso já não seria mais que uma caricatura de religião... 

Papa Francisco: Reflexões sobre a Santa Missa - Ritos Iniciais (Parte 5/15)


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI
Quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Ritos Iniciais

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje gostaria de entrar no vivo da celebração eucarística. A Missa é composta por duas partes, que são a Liturgia da Palavra e a Liturgia eucarística, tão estreitamente unidas entre si, a ponto de formar um único ato de culto (cf. Sacrosanctum concilium, 56; Ordenamento Geral do Missal Romano, 28). Portanto, introduzida por alguns ritos preparatórios e concluída por outros, a celebração é um único corpo e que não se pode separar, mas para uma melhor compreensão procurarei explicar os seus vários momentos, cada um dos quais é capaz de tocar e abranger uma dimensão da nossa humanidade. É necessário conhecer estes santos sinais para viver plenamente a Missa e apreciar toda a sua beleza.

Quando o povo está reunido, a celebração abre-se com os ritos introdutórios, que incluem a entrada dos celebrantes ou do celebrante, a saudação — “O Senhor esteja convosco”, “A paz esteja convosco” — o ato penitencial — “Confesso”, no qual nós pedimos perdão pelos nossos pecados — o Kyrie eleison, o hino do Glória e a oração da coleta: chama-se “oração da coleta” não porque ali se faz a coleta das ofertas: é a coleta das intenções de oração de todos os povos; e aquela coleta da intenção dos povos eleva-se ao céu como prece. A sua finalidade — destes ritos introdutórios — é fazer com «que os fiéis reunidos formem uma comunidade e se predisponham a ouvir com fé a palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia» (Ordenamento Geral do Missal Romano, 46). Não é um bom hábito olhar para o relógio e dizer: “Estou a tempo, chego depois do sermão e assim cumpro o preceito”. A Missa começa com o sinal da cruz, com estes ritos introdutórios, porque ali começamos a adorar Deus como comunidade. E por isso é importante procurar não chegar atrasado mas, ao contrário, antecipadamente, a fim de preparar o coração para este rito, para esta celebração da comunidade.

Geralmente, enquanto se executa o cântico de entrada, o sacerdote com os outros ministros chega processionalmente ao presbitério, e aqui saúda o altar com uma inclinação e, em sinal de veneração, beija-o e, quando há incenso, incensa-o. Porquê? Porque o altar é Cristo: é figura de Cristo. Quando fitamos o altar, olhamos precisamente para onde está Cristo. O altar é Cristo. Estes gestos, que correm o risco de passar despercebidos, são muito significativos, porque exprimem desde o início que a Missa é um encontro de amor com Cristo o qual , «oferecendo o seu corpo na cruz [...] se tornou altar, vítima e sacerdote» (Prefácio pascal V). Com efeito, sendo sinal de Cristo, o altar «é o centro da ação de graças que se realiza com a Eucaristia» (Ordenamento Geral do Missal Romano, 296), e toda a comunidade em volta do altar, que é Cristo; não para olhar na cara, mas para fitar Cristo, porque Cristo está no centro da comunidade e não longe dela.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

†iCatolica.com apresenta nova logo em comemoração aos 7 anos de existência



O site iCatolica.com localizado em www.icatolica.com, completa 7 anos de existência no dia 22 de maio. O site que começou em 2011 foi criado inicialmente para uma Paróquia da Arquidiocese de São Luís, cujo conteúdo desde o início foi levar conhecimento da fé católica ao máximo de alcance possível.

Com aproximadamente 4 milhões de visualizações desde o seu reinício em 2014 quando, por problemas de domínio, fomos obrigados a mudar de endereço eletrônico duas vezes, o site iCatolica.com continua a todo vapor. 

Confira abaixo os logotipos do site desde 2013:

2013

2014
2015
2016
2017
2018

Papa Francisco: Reflexões sobre a Santa Missa - Por que ir à Missa aos domingos? (Parte 4/15)


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Por que ir à Missa aos domingos?

Bom dia, prezados irmãos e irmãs!

Retomando o caminho de catequeses sobre a Missa, hoje perguntemo-nos: por que ir à Missa aos domingos?

A celebração dominical da Eucaristia está no centro da vida da Igreja (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2177). Nós, cristãos, vamos à Missa aos domingos para encontrar o Senhor Ressuscitado, ou melhor, para nos deixarmos encontrar por Ele, ouvir a sua palavra, alimentar-nos à sua mesa e assim tornar-nos Igreja, isto é, seu Corpo místico vivo no mundo.

Compreenderam isto, desde o princípio, os discípulos de Jesus, que celebraram o encontro eucarístico com o Senhor no dia da semana ao qual os judeus chamavam “o primeiro da semana” e os romanos “dia do sol”, porque naquele dia Jesus tinha ressuscitado dos mortos e aparecido aos discípulos, falando com eles, comendo com eles, concedendo-lhes o Espírito Santo (cf. Mt 28, 1; Mc 16, 9.14; Lc 24, 1.13; Jo 20, 1.19), como ouvimos na Leitura bíblica. Também a grande efusão do Espírito no Pentecostes teve lugar no domingo, cinquenta dias depois da Ressurreição de Jesus. Por estas razões, o domingo é um dia santo para nós, santificado pela celebração eucarística, presença viva do Senhor entre nós e para nós. Portanto, é a Missa que faz o domingo cristão! O domingo cristão gira em volta da Missa. Que domingo é, para o cristão, aquele no qual falta o encontro com o Senhor?

Existem comunidades cristãs que, infelizmente, não podem beneficiar da Missa todos os domingos; no entanto, também elas, neste dia santo, são chamadas a recolher-se em oração em nome do Senhor, ouvindo a Palavra de Deus e mantendo vivo o desejo da Eucaristia.

Algumas sociedades secularizadas perderam o sentido cristão do domingo iluminado pela Eucaristia. Isto é pecado! Em tais contextos é preciso reavivar esta consciência, para recuperar o significado da festa, o significado da alegria, da comunidade paroquial, da solidariedade e do descanso que revigora a alma e o corpo (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2177-2188). De todos estes valores a Eucaristia é a nossa mestra, domingo após domingo. Por isso, o Concílio Vaticano II quis reiterar que «o domingo é, pois, o principal dia de festa a propor e inculcar no espírito dos fiéis; seja também o dia da alegria e do repouso, da abstenção do trabalho» (Const. Sacrosanctum concilium, 106).

A abstenção dominical do trabalho não existia nos primeiros séculos: é uma contribuição específica do cristianismo. Por tradição bíblica, os judeus descansam no sábado, enquanto na sociedade romana não estava previsto um dia semanal de abstenção dos trabalhos servis. Foi o sentido cristão do viver como filhos e não como escravos, animado pela Eucaristia, que fez do domingo — quase universalmente — o dia do descanso.

Sem Cristo estamos condenados a ser dominados pelo cansaço do dia a dia, com as suas preocupações, e pelo medo do amanhã. O encontro dominical com o Senhor dá-nos a força para viver o presente com confiança e coragem, e para progredir com esperança. Por isso nós, cristãos, vamos encontrar-nos com o Senhor aos domingos, na celebração eucarística.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Papa Francisco: Reflexões sobre a Santa Missa - O que é a Missa? (Parte 3/15)


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O que é a Missa?

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Prosseguindo as Catequeses sobre a Missa, podemos questionar-nos: o que é essencialmente a Missa? A Missa é o memorial do Mistério pascal de Cristo. Ela torna-nos partícipes da sua vitória sobre o pecado e a morte, e confere pleno significado à nossa vida.

Por esta razão, a fim de compreender o valor da Missa devemos então entender em primeiro lugar o significado bíblico do “memorial”. Ele «não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas... tornam-se de certo modo presentes e actuais. É assim que Israel entende a sua libertação do Egito: sempre que se celebrar a Páscoa, os acontecimentos do Êxodo tornam-se presentes à memória dos crentes, para que conformem com eles a sua vida» (Catecismo da Igreja Católica, 1363). Jesus Cristo, com a sua paixão, morte, ressurreição e ascensão ao céu levou a cumprimento a Páscoa. E a Missa é o memorial da sua Páscoa, do seu “êxodo”, que cumpriu por nós, para nos fazer sair da escravidão e nos introduzir na terra prometida da vida eterna. Não é somente uma lembrança, não, é mais do que isso: significa evocar o que aconteceu há vinte séculos.

A Eucaristia leva-nos sempre ao ápice da ação de salvação de Deus: o Senhor Jesus, tornando-se pão partido para nós, derrama sobre nós toda a sua misericórdia e o seu amor, como fez na cruz, de modo a renovar o nosso coração, a nossa existência e a nossa forma de nos relacionarmos com Ele e com os irmãos. O Concílio Vaticano II afirma: «Sempre que no altar se celebra o sacrifício da cruz, na qual Cristo, nossa Páscoa, foi imolado, realiza-se também a obra da nossa redenção» (Cost. dogm. Lumen gentium, 3).

Cada celebração da Eucaristia é um raio daquele sol sem ocaso que é Jesus ressuscitado. Participar na Missa, em particular aos domingos, significa entrar na vitória do Ressuscitado, ser iluminados pela sua luz, abrasados pelo seu calor. Através da celebração eucarística o Espírito Santo torna-nos partícipes da vida divina que é capaz de transfigurar todo o nosso ser mortal. E na sua passagem da morte para a vida, do tempo para a eternidade, o Senhor Jesus arrasta também a nós com Ele para fazer a Páscoa. Na Missa faz-se a Pascoa. Nós, na Missa, estamos com Jesus, morto e ressuscitado e Ele arrasta-nos em frente, para a vida eterna. Na Missa unimo-nos a Ele. Aliás, Cristo vive em nós e nós vivemos n’Ele: «Estou crucificado com Cristo — diz Paulo — , já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim» (Gl 2, 19-20). Paulo pensava desta forma.

Com efeito, o seu sangue liberta-nos da morte e do medo da morte. Liberta-nos não só do domínio da morte física, mas da morte espiritual que é o mal, o pecado, que se apodera de nós todas as vezes que somos vítimas do pecado nosso e alheio. E então a nossa vida é contaminada, perde beleza, perde significado, desflorece.