segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Padres pedem ajuda de deputados para sanar ondas de invasões e vandalismo em igrejas católicas


Líderes de igrejas católicas que foram palco de vandalismo em Campo Grande pediram ajuda aos deputados estaduais para que o problema seja solucionado.

“O Governo do Estado, o poder público, está vendo o que tem acontecido, não é possível que eles não saibam. Vou pedir reunião com secretário de segurança [Antonio Carlos Videira] para que isso seja resolvido”, afirmou o deputado Paulo Siufi (MDB).

De acordo com Siufi, padres pediram a ajuda do parlamentar para chamar atenção das autoridades na solução do problema. Só neste ano, mais de cinco igrejas católicas já foram invadidas por vândalos, além de uma evangélica, da Assembleia de Deus.

“O problema é que eles não levam nada de valor financeiro, mas eles atacam a nossa fé. Eles levam crucifixo achando que é de ouro só porque é dourado, quebram o sacrário e jogam as hóstias no chão”, reclamou o parlamentar.

Deputados se manifestaram durante sessão de quinta-feira (23) e decidiram abrir comissão para dar início a ações que possam resolver o problema. “Antes eram fatos que não chocavam muito por serem situações individuais, mas a partir do momento que envolve templos sagrados, a situação fica mais séria”, defendeu o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (MDB).

Segundo Siufi, as igrejas que já foram alvo de vandalismo são: Catedral Santo Antonio, São Francisco de Sales (bairro Ana Maria do Couto), Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Moreninhas), Paróquia Santa Rita de Cássia (bairro Universitário) e Nossa Senhora da Saúde (Vila Ipiranga).

Um dos padres que pediram apoio aos parlamentares, Paulo Halber, da Paróquia São Francisco de Sales disse que estão cogitando comprar aparelhos de segurança para inibir a ação dos criminosos.

“A comunidade tem que recuperar o que foi roubado nessas três últimas igrejas que dá em torno de R$ 10 mil, além de R$ 6 mil que vamos precisar para colocar os alarmes. Começamos a pensar como conseguiremos esse dinheiro, porque é um lugar pobre, não temos em caixa, vivemos de doações”, lamentou o pároco.

Cenas de sexo e violência aumentam classificação etária da novela 'Jesus'. Católicos boicotam novela.

​​
A novela "Jesus", trama de Paula Richard da Record, deve ser reclassificada. Segundo determinação do Ministério da Justiça, a trama deve ser recomendada para menores de 12 anos, e não para dez anos. O folhetim é exibido entre 20h50 e 21h45.

Documento divulgado pelo Diário Oficial da União desta quarta (29) diz que conteúdo da trama tem cenas de sexo e de violência. No entanto, despacho por Geraldo Luiz Nugoli Costa, diretor do departamento de políticas públicas, publicou texto em que justifica a mudança. 

"Durante a análise da novela foram constatadas tendências como apelo sexual, consumo de droga lícita, presença de arma com violência, morte intencional, ato violento, pena de morte, presença de sangue e crueldade todas agravadas por relevância e todas incompatíveis com a autoclassificação sugerida", cita o despacho. 

O texto ainda diz que os contrapontos apresentados pelo roteiro não são suficientes para "atenuar o impacto imagético e contextual" mostrados nos capítulos. Não há informações de que cenas foram consideradas impróprias para idade fixada antes pelo Ministério da Justiça. 

Segundo despacho, a emissora já foi notificada para adequar o conteúdo da novela para crianças maiores de dez anos, mas as mudanças não foram suficientes, de acordo com o órgão. A Record tem cinco dias para colocar a nova classificação no ar.

Sacerdote que trabalhou na nunciatura em Washington D.C. afirma: "Viganò diz a verdade"


Monsenhor Jean-François Lantheaume, ex-membro do corpo diplomático do Vaticano que serviu na nunciatura em Washington DC, afirma que o ex-núncio nos Estados Unidos, Dom Carlo Maria Viganò “diz a verdade” em sua explosiva denúncia de 11 páginas onde afirma que o Santo Padre conhecia os casos de abuso do ex-Cardeal Theodore McCarrick e nada fez a respeito.

O documento contém acusações específicas contra bispos veteranos e cardeais de que os mesmos sabiam há mais de uma década sobre as acusações de abuso sexual que pesavam contra o arcebispo Theodore McCarrick e nada fizeram. O arcebispo Viganò também declara que, em 2009 ou 2010, o Papa Bento XVI impôs sanções a McCarrick “similares aos que o Papa Francisco lhe impôs” e que McCarrick foi proibido de viajar e falar em público.

Mais adiante em sua declaração, Viganò diz que isto foi comunicado a McCarrick em uma reunião tempestuosa na nunciatura em Washington D.C. pelo então núncio Dom Pietro Sambi. Viganò cita diretamente monsenhor Lantheaume em seu comunicado e diz ter contado a ele sobre este encontro, após sua chegada em D.C para substituir Dom Pietro Sambi como núncio em 2011.

“Monsenhor Jean-François Lantheaume, então Conselheiro da Nunciatura em Washington e Encarregado de Negócios interino após a morte súbita do Núncio Pietro Sambi em Baltimore, me contou quando cheguei a Washington - e ele está pronto para testemunhar sobre isto - sobre uma conversa tempestuosa, com duração de mais de uma hora, que o núncio Sambi teve com o cardeal McCarrick, quem ele havia convocado à Nunciatura. Monsenhor Lantheaume me disse que "a voz do Núncio podia ser ouvida até o final do corredor".

Arcebispo pede ao Papa que cancele Sínodo dos Jovens


O Arcebispo da Filadélfia (Estados Unidos), Dom Charles Chaput, pediu ao Papa Francisco que cancele o Sínodo dos Jovens, programado para outubro deste ano, e dedique um encontro semelhante para refletir sobre a vida dos bispos.

Em uma coletiva realizada no Seminário São Carlos Borromeu, em 30 de agosto, segundo informa ‘Catholic Philly’, publicação oficial da Arquidiocese de Filadélfia, Dom Chaput disse: "Eu escrevi ao Santo Padre e pedi para que cancele o próximo Sínodo dos Jovens".

"Neste momento, os bispos não teriam absolutamente nenhuma credibilidade ao se referir a este tema", assinalou.

O Prelado também pediu ao Papa Francisco “para começar a fazer planos para um Sínodo sobre a vida dos bispos".

De acordo com ‘Catholic Philly’, o porta-voz da Arquidiocese, Kevin Gavin, confirmou que o prelado enviou a carta ao Papa Francisco, mas "não fez comentários adicionais".

Museu Nacional do Rio de Janeiro, o maior museu de história natural da América Latina


O Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído neste domingo à noite (2) por um incêndio de grandes proporções, era o maior museu de história natural e antropológico da América Latina, com mais de 20 milhões de peças e uma biblioteca com mais de 530.000 obras.

Criado em 1818 por Dom João VI e instalado desde 1892 no antigo palácio imperial de São Cristóvão, o museu se encontra na Quinta da Boa Vista, que abriga igualmente um excepcional jardim botânico de 40 hectares.

O museu, que comemorou em junho seu bicentenário, recebia 150.000 visitantes por ano e era um importante centro de pesquisa e estudo, integrado desde 1946 à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

– Joia cultural e tesouro científico –

Antiga residência da família real portuguesa e depois da família imperial brasileira, o Palácio de São Cristóvão se estende por 11.400 m2, dos quais 3.500 m2 de salas de exposição.

De 1889 a 1891, este edifício neoclássico sediou a Assembleia Constituinte do Brasil, antes de receber em 1892 o Museu Real, localizado até então no centro do Rio de Janeiro, e que incluía coleções, especialmente egípcias, adquiridas pela família real portuguesa.

Sua biblioteca possuía 537.000 livros, incluindo 1.560 obras raras, como um exemplar de “História Natural” de 1481, segundo o site do museu http://www.museunacional.ufrj.br.

O museu é particularmente conhecido por seu rico departamento de paleontologia, com mais de 26.000 fósseis, incluindo o esqueleto de um dinossauro descoberto em Minas Gerais e inúmeros espécimen de espécies extintas, como preguiças gigantes e tigres dentes de sabre.

Sua coleção de antropologia biológica incluía o mais antigo fóssil humano descoberto no Brasil, conhecido como “Luzia”.

Com 6,5 milhões de espécimes, seu departamento de zoologia contava com uma coleção excepcional de peixes (600.000), anfíbios (100.000), moluscos, répteis, conchas, corais e borboletas.

Seu herbário, com 550.000 plantas, foi criado em 1831.

Papa: silêncio e oração diante de quem busca o escândalo


Nesta segunda-feira, 3 de setembro de 2018, quando o pontificado do Papa Francisco completa 2 mil dias, o Pontífice retomou sua habitual agenda, inclusive celebrando as missas na capela da Casa Santa Marta.

O Papa comentou o Evangelho do dia, extraído de Lucas, afirmando que a vontade de “escândalo” e de “divisão” só pode ser combatida com o silêncio e a oração.

De volta a Nazaré, Jesus é acolhido com reserva. A Palavra do Senhor cristalizada nesta narração permite, portanto, “refletir sobre o modo de agir cotidiano, quando há incompreensões” e entender “como pai da mentira, o acusador, o diabo, atua para destruir a unidade de uma família, de um povo”.

Nenhum profeta é bem recebido em sua Pátria

Ao chegar à sinagoga, Jesus é acolhido com grande curiosidade: todos querem ver com os próprios olhos as grandes obras de que foi capaz em outras terras. Mas o Filho do Pai Celeste usa somente “a Palavra de Deus”, um hábito que adota quando “quer vencer o Diabo”. E é justamente esta atitude de humildade que deixa espaço à primeira “palavra-ponte”, esclareceu o Papa, uma palavra que semeia a “dúvida”, que leva a uma mudança de atmosfera, “da paz à guerra”, “do estupor ao desprezo”. Com o “seu silêncio”, Jesus vence os “cães raivosos”, vence “o diabo” que “tinha semeado a mentira no coração”.

“Não eram pessoas, era um bando de cães selvagens que o expulsaram da cidade. Não raciocinavam, gritavam. Jesus ficou em silêncio. Levaram-no até ao alto do monte com a intenção de lançá-lo no precipício. Esta passagem do Evangelho termina assim: com o seu silêncio vence aquele bando selvagem e vai embora, pois não tinha chegado ainda a hora. O mesmo acontece na Sexta-feira da Paixão: as pessoas que no Domingo de Ramos fizeram festa para Jesus e disseram “Bendito és Tu, Filho de Davi”, diziam crucifica-o: tinham mudado. O diabo semeou a mentira em seu coração, e Jesus fazia silêncio.”

O que Marina Silva pensa sobre religião, aborto e casamento gay?



Nas pesquisas de intenções de votos para as eleições presidenciais 2018, Marina Silva permanece entre os três primeiros colocados. Será a terceira vez que as opiniões de Marina serão objeto de análise e, como não há sinais de mudanças significativas na forma de pensar da ambientalista, as várias declarações dadas em campanhas anteriores continuam válidas – e relativamente polêmicas.

Embora sua trajetória política tenha se desenvolvida na esquerda brasileira, Marina é evangélica, pertence à igreja Assembleia de Deus e não esconde as posições moralmente conservadoras que tenta conciliar com a defesa de pautas sociais vistas como progressistas, como reforma agrária, desarmamento e políticas rigorosas de preservação do meio ambiente.

Aborto, casamento entre homossexuais e laicidade do estado foram temas recorrentes nas entrevistas concedidas durante as campanhas de 2010 e 2014. Na primeira disputa, após ter deixado o Partido dos Trabalhadores (PT), ela concorreu ao cargo pelo Partido Verde (PV) e surpreendeu alcançando 19,3% dos votos válidos. Em 2014, Marina esteve prestes a entrar na disputa com seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, mas não houve tempo o suficiente para alcançar o número de assinaturas válidas necessárias para o reconhecimento da sigla pela justiça eleitoral. A situação a fez aceitar o convite de Eduardo Campos (PSB-PE) para ser sua vice. Uma tragédia, contudo, obrigou-a a assumir a dianteira como candidata oficial do Partido Socialista Brasileiro. No início da campanha, Campos morreu num acidente aéreo. Ao fim do primeiro turno, Marina terminou com 21,3%.

Dessa vez, se Marina candidatar-se novamente, será a primeira vez que disputa a presidência da república pelo partido que ela mesma fundou.

Relembre o que a ambientalista já declarou sobre religião e temais morais: 

domingo, 2 de setembro de 2018

O que João Amoêdo pensa sobre aborto, drogas, casamento gay e desarmamento?



João Amoêdo tem 55 anos e vem de uma carreira bem-sucedida na iniciativa privada, tendo trabalhado em empresas como Citibank, Unibanco e BBA-Itaú. É formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e até a criação do Partido Novo, em 2011, seu nome não era conhecido no meio político brasileiro. A motivação para que uma nova legenda fosse criada veio da insatisfação de Amoêdo com a alta carga tributária do país e os péssimos serviços prestados pelo governo à população.

Em junho de 2017 Amoêdo deixou o cargo de presidente do Novo para dedicar-se à sua possível candidatura à presidência da República, fato que foi confirmado em novembro do mesmo ano. Ele e o Novo defendem que a pessoa deve ter uma liberdade responsável. Isso vale para a população e para os candidatos da legenda.

Em entrevista ao HuffPost Brasil, em dezembro de 2017, Amoêdo disse que o Novo “adotou a pauta liberal mais relacionada à economia e quanto às outras pautas comportamentais, a gente tem dito que o candidato do Novo tem total liberdade para definir a agenda deles”. Entretanto, questões como aborto e descriminalização das drogas seriam tratadas em um segundo momento em seu governo, como explicou à Gazeta do Povo, em novembro de 2017.