terça-feira, 2 de abril de 2019

Homilia do Papa Francisco no encerramento de sua viagem ao Marrocos



Viagem do Papa Francisco ao Marrocos
Santa Missa no Parque Esportivo
Príncipe Moulay Abdellah
Domingo, 31 de março de 2019

«Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos» (Lc 15, 20).

Assim nos leva o Evangelho ao coração da parábola onde se apresenta o comportamento do pai quando vê regressar o seu filho: comovido até às entranhas, não espera que ele chegue a casa, mas surpreende-o correndo ao seu encontro. Um filho ansiosamente esperado. Um pai comovido ao vê-lo regressar.

Mas não foi a única vez que o pai correu. A sua alegria seria incompleta sem a presença do outro filho. Por isso, sai também ao seu encontro, para convidá-lo a tomar parte na festa (cf. 15, 28). Contudo o filho mais velho parece não gostar das festas de boas-vindas, custava-lhe suportar a alegria do pai, não reconhece o regresso do seu irmão: «esse teu filho» (15, 30) – dizia. Para ele, o irmão continua perdido, porque já o perdera no seu coração.

Incapaz de participar na festa, não só não reconhece o irmão, mas tão-pouco reconhece o pai. Prefere ser órfão à fraternidade, o isolamento ao encontro, a amargura à festa. Custa-lhe não só compreender e perdoar a seu irmão, mas também aceitar ter um pai capaz de perdoar, disposto a esperar e velar por que ninguém fique fora; enfim, um pai capaz de sentir compaixão.

No limiar daquela casa, parece manifestar-se o mistério da nossa humanidade: por um lado, temos a festa pelo filho reencontrado e, por outro, um certo sentimento de traição e indignação por se festejar o seu regresso. Por um lado, a hospitalidade para quem experimentara tal miséria e sofrimento, que chegara ao ponto de exalar o cheiro dos porcos e querer alimentar-se com o que eles comiam; por outro, a irritação e o ressentimento por se dar lugar a alguém que não era digno nem merecedor de tal abraço.

Deste modo, mais uma vez vem à luz a tensão que se vive no meio da nossa gente e nas nossas comunidades, e até dentro de nós mesmos. Uma tensão que, a partir de Caim e Abel, mora em nós e que somos convidados a encarar: Quem tem direito a permanecer entre nós, ocupar um lugar à nossa mesa e nas nossas assembleias, nas nossas solicitudes e serviços, nas nossas praças e cidades? Parece continuar a ressoar aquela pergunta fratricida: Porventura sou eu o guardião do meu irmão? (cf. Gn 4, 9).

No limiar daquela casa, surgem as divisões e desencontros, a agressividade e os conflitos que sempre atingirão as portas dos nossos grandes desejos, das nossas lutas pela fraternidade e pela possibilidade de cada pessoa experimentar desde já a sua condição e dignidade de filho.

Mas no limiar daquela casa brilhará também em toda a sua claridade, sem lucubrações nem desculpas que lhe tirem força, o desejo do Pai: que todos os seus filhos tomem parte na sua alegria; que ninguém viva em condições desumanas como seu filho mais novo, nem na orfandade, isolamento ou amargura como o filho mais velho. O seu coração quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (cf. 1 Tm 2, 4).

China: Polícia prende novamente bispo clandestino


Mais uma vez, a polícia chinesa na província de Hebei prendeu, no dia 28 de março, Dom Agostino Cui Tai, Bispo de Xuanhua, junto com o seu Vigário Episcopal, Pe. Zhang Jianlin.

Segundo informa Asia News, não se sabe o motivo nem quanto tempo durará a prisão do Prelado clandestino ou “subterrâneo”, ou seja, fiel à Santa Sé.

Nos últimos meses, indica, o Bispo teve que lutar para fazer prevalecer sua autoridade episcopal, reconhecida pelo Vaticano, contra um sacerdote, Pe. Zhang Li, que o acusa de não seguir as instruções da Santa Sé.

Segundo o sacerdote, o Acordo Provisório para a nomeação de bispos, assinado entre a China e o Vaticano estabelece o fim da Igreja clandestina ou subterrânea e, a partir de agora, todos os fiéis e os bispos deveriam fazer parte da Igreja oficial liderada pela Associação Patriótica Católica Chinesa, controlada pelo governo comunista.

Com o apoio do governo local, Pe. Zhang Li já havia incentivado a polícia a prender o Bispo, que há alguns meses ordenou ao presbítero não exercer o ministério sacerdotal.

Nessa ocasião, a polícia prendeu Dom Agostino por 15 dias, pressionando-o a anular o mandato emitido contra Pe. Li.

A proibição contra o presbítero também foi emitida porque este promove um grupo pentecostal liderado por um pastor protestante, que inventaria milagres para "exagerar" os efeitos da oração.

Segundo alguns sacerdotes locais, a nova detenção de Dom Cui Tai foi porque ele "se expôs" ao revelar publicamente sua identidade episcopal; algo ilegal, apesar de ser reconhecido pela Santa Sé, mas não pelo governo.

De acordo com Asia News, os fiéis e sacerdotes da Diocese pedem orações para que Dom Cui Tai e seu vigário "voltem sãos e salvos o mais rápido possível".

Desde 2007, o Bispo foi preso várias vezes ilegalmente. Em outras ocasiões, determinaram a prisão domiciliar.

A Diocese de Xuanhua foi erigida no final de 1946, mas em 1980 o governo comunista criou a diocese "oficial" de Zhangjiakou, à qual anexou as de Xuanhua e Xiwanzi.

A diocese "oficial" de Zhangjiakou não é reconhecida pelo Vaticano.

Após o Acordo Provisório assinado entre a China e o Vaticano para a nomeação de bispos, a Associação Católica Patriótica Chinesa aumentou seu controle e perseguição contra comunidades clandestinas ou subterrâneas.

A esmagadora maioria são os outros padres


Dizem que ser médico é um sacerdócio tão exigente como ser padre. Concordo. Conheço muitos médicos que não descansam enquanto não conseguem salvar os seus doentes, mesmo quando sabem que não os podem curar. Não desistem deles nem os deixam desanimar. Permanecem atentos e disponíveis para os ouvir e validar os seus sintomas. São fiéis aos valores que professaram quando fizeram o Juramento de Hipócrates e declararam, em primeiro lugar, que toda a sua ação médica será para o benefício dos doentes, evitando todo o mal voluntário e corrupção. Sobre o que vêem e sabem, também juraram guardar “silêncio como um segredo religioso”. Tentar curar e não provocar danos nos doentes é, em resumo, a essência do prático.

Um sacerdote que fez votos perante Deus e perante a Igreja, promete o mesmo que um médico. Enquanto um tenta curar o corpo, o outro tenta curar o espírito, mas ambos percorrem caminhos paralelos que, em alturas de maior fragilidade, se chegam a cruzar. Um padre que acompanha no sofrimento, que reconhece as dores do outro, que salva do sem-sentido de tantas desistências provocadas por dramas, perdas, crises, ruturas e acontecimentos trágicos, que faz ‘banco’ na urgência de poder devolver a paz interior e o sentido de vida a quem se sente desistente, também pode ser considerado um ‘médico’ da alma.

A grande diferença entre um e outro é a transcendência. O padre não é um clínico, como é evidente. Enquanto no médico se vê a ação de um homem sobre outro homem, no padre existe a possibilidade do encontro com Deus. E da cura espiritual, que permite aos homens elevarem-se acima das suas circunstâncias e divinizarem-se, humanizando-se. O paradoxo é grande, mas é real. O médico pode curar ou não as doenças. O padre não tenta sequer curar doentes, mas cuida de restaurar neles a esperança, de lhes transmitir fé e confiança num Deus que, ele sim, pode reforçar a fortaleza interior e dar as forças para avançar, mesmo quando o caminho implica atravessar doenças muito graves ou perdas irreparáveis.

Quem já se sentiu doente e vulnerável do ponto de vista da saúde física conhece, por experiência, o poder terapêutico de um bom médico. Quem já esteve como que caído, perdido ou desistente, quem já passou por dores morais e emocionais provocadas por crises devastadoras ou acidentes inesperados, sabe o poder resgatador e curativo de um bom padre. E é por saber tudo isto e também por estar consciente de que a maioria dos padres da Igreja católica dá verdadeiro testemunho de Deus, que escrevo sobre os outros padres.

Penso nos bons padres que existem em todo o mundo e de quem não se fala por só haver espaço nos media para os tarados e os abusadores. Mesmo sendo estes uma ínfima minoria na Igreja, são estes que deixam marcas devastadoras e indeléveis no tempo. Sobretudo nas suas vítimas. Por causa destes levanta-se uma suspeita geral sobre todos os outros. Hoje em dia qualquer sacerdote que seja visto a abraçar, a acolher no seu gabinete ou a caminhar sozinho ao lado de um jovem, rapaz ou moça, pode ser considerado suspeito pela comunidade.

Detesto generalizações e escrevo contra toda esta onda de suspeição sobre os padres porque conheço centenas deles e com cada um aprendo alguma coisa. Todos me acrescentam paisagem interior, todos me ajudam a expandir o coração e os horizontes, todos me ajudam a perceber o que me faz mais humana, todos me mostram como posso ir mais longe e chegar mais alto, deixando ao meu critério ir por esses caminhos ou por outros. Conheço alguns destes bons padres por os ouvir em homilias, conheço outros porque os leio e, outros ainda, por ter com eles conversas verdadeiramente iluminantes e transformadoras.

Afinal, o STF acertou ao reconhecer a legalidade de sacrifícios de animais em rituais religiosos?


Você pode discordar, torcer o pescoço e xingar a decisão proferida pelo Superior Tribunal Federal, ao reconhecer à legalidade dos sacrifícios de animais em rituais religiosos. O fato é que isso não muda o que está escrito na Constituição Federal Brasileira, a lei máxima do país, aa qual o STF tem por obrigação zelar seu cumprimento.

Para entender a decisão é importante separar convicções religiosas, morais e até filosóficas do direito em si. Não cabe ao STF legislar acerca de doutrinas religiosas, nem sobre moralidade ou filosofia. À Corte cabe apenas observar se determinado ato está ou não em conformidade com a lei.

Ainda que possamos não concordar com o sacrifício de animais em rituais religiosos, é dever reconhecer que este é um direito garantido em consequência da liberdade de culto religioso, algo que, na prática, vale para qualquer religião.

"É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias", diz o parágrafo VI do artigo 5° da Constituição Federal.

Note que está incluso "...e suas liturgias", indicando claramente que a forma de culto também é um direito adquirido, como observou o ministro Alexandre de Morais em seu voto:

"A oferenda dos alimentos, inclusive com a sacralização dos animais, faz parte indispensável da ritualística das religiões de matriz africana”, afirmou o magistrado, segundo o G1.

O direito à vida, também garantido na Constituição, não se aplica aos animais, mas apenas aos seres humanos. No âmbito dos rituais religiosos, o que é considerado "maus tratos" também não se aplica, visto que isso é relativo à interpretação da doutrina religiosa, algo que naturalmente pode ser visto de outra maneira por quem não professa determinada crença.

Assim, o STF entendeu que o sacrifício por si mesmo não constitui ilegalidade, nem maus tratos, até porque há muitas formas de sacrifício animal não contestadas pela sociedade, como o próprio abatimento para consumo e uso de derivados, como a pele e outras partes do animal. Ou seja, a finalidade religiosa é apenas uma entre tantas legalmente existentes, desde que atendendo certas condições.

sábado, 30 de março de 2019

24 horas para o Senhor: Papa afirma que para Jesus antes do pecado, vem o pecador


CELEBRAÇÃO DA PENITENCIAL
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Sexta-feira, 29 de março de 2019

«Ficaram apenas eles dois: a mísera e a misericórdia» (Santo Agostinho, In Johannis 33, 5): assim interpreta Santo Agostinho o final do Evangelho que acabamos de ouvir. Foram-se embora aqueles que tinham vindo para atirar pedras contra a mulher ou para acusar Jesus a propósito da Lei. Foram-se embora; nada mais lhes interessava. Mas Jesus continua... E continua, porque lá ficou o que era precioso a seus olhos: aquela mulher, aquela pessoa. Para Ele, antes do pecado, vem o pecador. No coração de Deus, eu, tu cada um de nós vem em primeiro lugar; vem antes dos erros, das normas, dos juízos e das nossas quedas. Peçamos a graça dum olhar semelhante ao de Jesus; peçamos para ter o enquadramento cristão da vida: nele, antes do pecado, olhamos com amor o pecador; antes do erro, o transviado; antes do caso, a pessoa.

«Ficaram apenas eles dois: a mísera e a misericórdia». Naquela mulher surpreendida em adultério, Jesus não vê uma alínea da Lei, mas uma situação concreta que O reclama. Por isso, fica ali com a mulher, mantendo-Se quase todo o tempo em silêncio; entretanto, por duas vezes, efetua um gesto misterioso: escreve com o dedo por terra (Jo 8, 8). Não sabemos o que terá escrito, e talvez não seja a coisa mais importante: a atenção do Evangelho centra-se no facto de o Senhor escrever. Vem à mente o episódio do Sinai, quando Deus escrevera as tábuas da Lei com o seu dedo (cf. Ex 31, 18), tal como faz agora Jesus. Depois, através dos profetas, Deus prometera que não mais escreveria em tábuas de pedra, mas diretamente nos corações (cf. Jr 31, 33), nas tábuas de carne dos nossos corações (cf. 2 Cor 3, 3). Com Jesus, misericórdia de Deus encarnada, chegou o momento de escrever no coração do homem, dando uma segura esperança à miséria humana: dar, não tanto leis externas que muitas vezes deixam Deus e o homem distantes, mas a lei do Espírito, que entra no coração e o liberta. Assim sucede com aquela mulher, que encontra Jesus e recomeça a viver. Segue a sua estrada, para não mais pecar (cf. Jo 8, 11). É Jesus, com a força do Espírito Santo, que nos liberta do mal que temos dentro, do pecado que a Lei podia obstaculizar, mas não remover.

E ainda assim o mal é forte, tem um poder sedutor: atrai, encandeia. Para desprender-se dele, não basta o nosso esforço, é preciso um amor maior. Sem Deus, não se pode vencer o mal: só o amor d’Ele eleva por dentro; só a sua ternura, derramada no coração, é que torna livre. Se queremos a libertação do mal, temos de dar espaço ao Senhor, que perdoa e cura; e fá-lo sobretudo através do Sacramento que estamos prestes a celebrar. A Confissão é a passagem da miséria à misericórdia, é a escrita de Deus no coração. Sempre que nos abeiramos dela, lemos que somos preciosos aos olhos de Deus, que Ele é Pai e ama-nos mais de quanto nos amamos a nós mesmos.

terça-feira, 26 de março de 2019

Participe da Campanha SOS África!


Centenas de milhares de pessoas foram afetadas pela passagem do ciclone Idai que devastou territórios inteiros na África do Sul, no último dia 14 de março. Moçambique, Zimbabué e Maláui foram os países mais atingidos pela catástrofe que já é a pior da história enfrentada pela população destes países.

Até o momento, pelo menos 750 perderam a vida, mas se estima que esse número possa passar de mil. No cenário urgente de ajuda humanitária, cerca de um milhão e meio de pessoas estão desalojadas.

A missionária comboniana Monica Luparello reside na cidade de Beira, uma das mais danificadas pelo ciclone, e nos deu o seu testemunho da tragédia vivida nos últimos dias:

Para organizar a solidariedade brasileira com as populações atingidas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançam a campanha SOS África: Moçambique, Zimbabué e Maláui.

Os recursos arrecadados serão utilizados para ações de socorro imediato, água potável, alimentos, roupas, cobertores, kits de higiene, remédios, primeiros socorros e tendas, que serão coordenadas pela Cáritas Internacional, organismo da Santa Sé. Com a solidariedade de cada pessoa, a Cáritas Internacional quer ainda ajudar na reconstrução de moradias e meios de vida das populações afetadas nos três países.

“Que o Deus da vida e da ternura derrame suas bênçãos sobre cada pessoa e comunidade pela colaboração e gesto amoroso, em favor das famílias de Moçambique, Zimbábue e Maláui”, diz um trecho da carta assinada pelas presidências da CNBB e da Cáritas Brasileira, enviada para todas as paróquias do Brasil.

Missionário em Moçambique: é preciso rezar, não só sentir a dor do povo afetado pelo Idai


Missionário da Comunidade Canção Nova, Pe. Ademir Costa, está atuando há um ano na cidade de Tete, região central de Moçambique, que não foi atingida diretamente pelo ciclone Idai de 14 de março. O registro é de problemas na comunicação e no abastecimento de combustível, além da falta de comida devido à interdição das estradas e da circulação de veículos.

As áreas mais afetadas pelo ciclone tropical são as costeiras de Sofala, Zambézia e Inhambane. Pe. Ademir relata que muitas aldeias foram levadas pela fúria das águas. Só na vila costeira de Dombe, em Manica, onde se encontram os missionários da Fazenda da Esperança e da Comunidade Obra de Maria, as Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada e os Padres Brancos, 120 pessoas morreram: “eles sofreram muito. Tiveram que ficar refugiados junto com o povo, num colégio um pouco mais alto, com centenas de pessoas. Os missionários contaram que a situação foi dramática, inclusive com falta de comida. Não se tinha acesso à cidade. Todas as pontes caíram. Tiveram que esperar as águas baixarem para depois usar barcos para buscar alimento em outras cidades. Eles sofreram junto, mas também já estão cuidando do povo”, contou o missionário.

Fome, plantações de arroz perdidas, medo da cólera e malária

Especialistas acreditam que o fator surpresa é que gerou esse desastre de grandes proporções. A época chuvosa começou em outubro e estava para terminar neste mês de março. Pe. Rafael Ligeiro, da Comunidade Católica Nova Aliança, está na cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia, e antecipa: "já se prevê uma grande fome no país, porque parte das plantações de arroz foram perdidas. Por causa dessa realidade, acredita-se que muito do arroz plantado no país se perdeu pela influência das fortes chuvas”.

O Pe. Ademir acrescenta: “as águas começam a baixar e começam a aparecer muitos corpos que foram levados pelas águas. Então, teremos muitos meses ainda para fazer um balanço geral do que foi essa tragédia. A questão agora também é sobre as doenças, com os casos de diarreia e o medo da cólera e da malária: o povo não tem água e muitos estão bebendo dessas águas que estão acumuladas”.

Papa Francisco destina 150 mil euros para Moçambique, Zimbábue e Maláui



 
O Papa Francisco vai doar 150 mil euros para Moçambique, Zimbábue e Maláui, 50 mil euros para cada um destes países do sudeste da África que foram atingidos pelo ciclone Idai que deixou um rasto de destruição e morte.

O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Integral da Santa Sé, através do qual o Papa vai fazer a sua contribuição, informou que os 150 mil euros vão ajudar a socorrer as populações na primeira fase de emergência que está a decorrer.

Num comunicado, o dicastério explica que a doação pretende ser também sinal de proximidade espiritual e encorajamento de Francisco às pessoas e territórios que foram afetados pela passagem do ciclone Idai há uma semana, de 14 para 15 de março.