Missionário da Comunidade Canção Nova, Pe. Ademir Costa, está atuando há um ano na cidade de Tete, região central de Moçambique, que não foi atingida diretamente pelo ciclone Idai de 14 de março. O registro é de problemas na comunicação e no abastecimento de combustível, além da falta de comida devido à interdição das estradas e da circulação de veículos.
As áreas mais afetadas pelo ciclone tropical são as costeiras de Sofala, Zambézia e Inhambane. Pe. Ademir relata que muitas aldeias foram levadas pela fúria das águas. Só na vila costeira de Dombe, em Manica, onde se encontram os missionários da Fazenda da Esperança e da Comunidade Obra de Maria, as Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada e os Padres Brancos, 120 pessoas morreram: “eles sofreram muito. Tiveram que ficar refugiados junto com o povo, num colégio um pouco mais alto, com centenas de pessoas. Os missionários contaram que a situação foi dramática, inclusive com falta de comida. Não se tinha acesso à cidade. Todas as pontes caíram. Tiveram que esperar as águas baixarem para depois usar barcos para buscar alimento em outras cidades. Eles sofreram junto, mas também já estão cuidando do povo”, contou o missionário.
Fome, plantações de arroz perdidas, medo da cólera e malária
Especialistas acreditam que o fator surpresa é que gerou esse desastre de grandes proporções. A época chuvosa começou em outubro e estava para terminar neste mês de março. Pe. Rafael Ligeiro, da Comunidade Católica Nova Aliança, está na cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia, e antecipa: "já se prevê uma grande fome no país, porque parte das plantações de arroz foram perdidas. Por causa dessa realidade, acredita-se que muito do arroz plantado no país se perdeu pela influência das fortes chuvas”.
O Pe. Ademir acrescenta: “as águas começam a baixar e começam a aparecer muitos corpos que foram levados pelas águas. Então, teremos muitos meses ainda para fazer um balanço geral do que foi essa tragédia. A questão agora também é sobre as doenças, com os casos de diarreia e o medo da cólera e da malária: o povo não tem água e muitos estão bebendo dessas águas que estão acumuladas”.
As áreas mais afetadas pelo ciclone tropical são as costeiras de Sofala, Zambézia e Inhambane. Pe. Ademir relata que muitas aldeias foram levadas pela fúria das águas. Só na vila costeira de Dombe, em Manica, onde se encontram os missionários da Fazenda da Esperança e da Comunidade Obra de Maria, as Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada e os Padres Brancos, 120 pessoas morreram: “eles sofreram muito. Tiveram que ficar refugiados junto com o povo, num colégio um pouco mais alto, com centenas de pessoas. Os missionários contaram que a situação foi dramática, inclusive com falta de comida. Não se tinha acesso à cidade. Todas as pontes caíram. Tiveram que esperar as águas baixarem para depois usar barcos para buscar alimento em outras cidades. Eles sofreram junto, mas também já estão cuidando do povo”, contou o missionário.
Fome, plantações de arroz perdidas, medo da cólera e malária
Especialistas acreditam que o fator surpresa é que gerou esse desastre de grandes proporções. A época chuvosa começou em outubro e estava para terminar neste mês de março. Pe. Rafael Ligeiro, da Comunidade Católica Nova Aliança, está na cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia, e antecipa: "já se prevê uma grande fome no país, porque parte das plantações de arroz foram perdidas. Por causa dessa realidade, acredita-se que muito do arroz plantado no país se perdeu pela influência das fortes chuvas”.
O Pe. Ademir acrescenta: “as águas começam a baixar e começam a aparecer muitos corpos que foram levados pelas águas. Então, teremos muitos meses ainda para fazer um balanço geral do que foi essa tragédia. A questão agora também é sobre as doenças, com os casos de diarreia e o medo da cólera e da malária: o povo não tem água e muitos estão bebendo dessas águas que estão acumuladas”.
Um grande movimento de ajuda humanitária mobiliza o mundo inteiro para ajudar as milhares de pessoas afetadas com a catástrofe, um povo simples e humilde que tenta se proteger em condições assustadoras, em meio às enchentes, mas com fé e esperança. Segundo o Programa Alimentar da ONU, a estimativa é que cerca de 500 mil pessoas irão precisar de ajuda após o Idai. E não só, afirma o Pe. Rafael:
“É preciso rezar por esse povo, não só sentir a dor desse povo, mas rezar. Pedir a Deus que, o Senhor, na generosidade da sua Divina Providência possa manifestar novamente o seu amor, como sempre faz na vida do seu povo que sofre. ”
“Muitos já estão reconstruindo as casas para recomeçar suas vidas, porque eles sabem que Deus dá o pão de cada dia", diz Pe. Ademir, que finaliza:
“É assim que se vive aqui. Se hoje tem alimentação, estão felizes. Se não tiver, amanhã Deus dará. ”
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Vatican News
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