O colégio católico "Cathedral High
School", da Arquidiocese de Indianápolis, nos Estados Unidos, cumprirá as
instruções de seu Arcebispo e rescindirá o contrato de um professor que casou
no civil com outro homem.
A decisão ocorreu alguns dias depois de a Escola
Preparatória Jesuíta de Brebeuf se recusar a cumprir uma instrução parecida e,
com isso, ter seu status de “católica” retirado pelo seu Arcebispo, Dom Charles
Thompson.
"É responsabilidade do Arcebispo Thompson
supervisionar a fé e a moral em relação à identidade católica dentro da
Arquidiocese de Indianápolis", disseram autoridades da Cathedral High
School, em uma carta publicada em 23 de junho.
"O Arcebispo Thompson deixou claro que
continuar empregando um professor que contraiu casamento público entre pessoas
do mesmo sexo resultaria na perda de nossa identidade católica, porque o
indivíduo vive em contradição com o ensinamento católico sobre o
matrimônio", continua o texto assinado por Matt Cohoat, presidente da
diretoria de Cathedral High School, e Rob Bridges, presidente do colégio.
A escola, que tem cerca de 1.000 estudantes do
ensino médio, é um dos 68 colégios reconhecidos como católicos pela
Arquidiocese de Indianápolis.
A carta da Cathedral High School indica que a
"decisão angustiante" ocorreu após "22 meses de sérios debates e
um amplo diálogo" com a Arquidiocese sobre a identidade católica da
escola.
O professor em questão não foi mencionado no
documento.
"Leve em consideração que oferecemos
nossas orações e nosso amor a este professor, aos nossos alunos e professores,
ao nosso arcebispo e a todos os associados a Cathedral, enquanto continuamos
educando nossos estudantes na tradição da Congregação da Santa Cruz",
continuou a carta da escola.
"Pedimos que o diálogo sobre essa
situação difícil respeite a dignidade de cada pessoa e que continuem rezando
por nossa família da Cathedral e pela comunidade em geral de Indianápolis”,
acrescentou.
A carta indica que ser católico pode ser
"desafiador" e as autoridades da escola expressaram a esperança de
que a ação não desanime os pais, os funcionários e os alunos.