sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Papa aceita renúncia de bispo que pediu para discutir sacerdócio feminino



O Papa Francisco aceitou a renúncia de um bispo suíço que recentemente convocou um conselho de bispos para discutir as mulheres sacerdotes, segundo informações divulgadas pela sala de imprensa da Santa Sé em 8 de fevereiro.

Trata-se de Dom Denis Theurillat, Bispo Auxiliar da Diocese de Basiléia (Suíça).

Dom Theurillat disse a kath.ch que havia pedido a renúncia cinco anos antes da idade normal de aposentadoria para os bispos devido ao crescente fardo de seu cargo.

Além disso, em setembro de 2020, o Prelado sofreu uma queda e disse que depois disso percebeu que "chegou a hora de deixar o cargo e pensar em um novo capítulo na minha vida".

No entanto, em outra entrevista com kath.ch na época, comentou que gostaria de participar de um conselho sobre mulheres sacerdotes e afirmou que “os fatos estão sobre a mesa, chegou o momento. Todos os bispos do mundo deveriam se reunir e decidir: sim ou não”.

Por sua vez, a Conferência Episcopal Suíça indicou em comunicado que recebeu a notícia "com surpresa" e expressou "sua profunda gratidão por seus 20 anos de serviço", visto que foi um "homem de diálogo, também disposto a construir pontes".

Da mesma forma, a nota dos bispos suíços recordou o trabalho que Dom Theurillat realizou em favor dos jovens ao orientar os grupos nas Jornadas Mundiais da Juventude em Toronto (2002), Colônia (2005), Sydney (2008) e Rio de Janeiro (2012), bem como por seu trabalho na organização do encontro de São João Paulo II com 20 mil jovens durante sua visita à Suíça, em 2004.

Após polêmica, CNBB oferece esclarecimentos sobre Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021



Depois da polêmica gerada pelo texto-base da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2021, por apresentar conteúdo de ideologia de gênero, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota de esclarecimento, por meio da qual reforça que “a Igreja tem sua doutrina estabelecida a respeito das questões de gênero e se mantém fiel a ela” e apresenta outras indicações sobre a CFE.

A Campanha da Fraternidade (CF) é celebrada pela Igreja no Brasil no tempo da Quaresma. A cada cinco anos, é realizada de forma ecumênica, como ocorre neste ano de 2021, quando tem como tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e como lema o trecho da carta de Paulo aos Efésios: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2, 14).

Quando ocorre a Campanha da Fraternidade Ecumênica, a coordenação e preparação da mesma – incluindo o seu texto-base – é de responsabilidade do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), do qual também faz parte da Igreja Católica.

Nos últimos dias, começou-se a questionar, sobretudo nas redes sociais, o conteúdo do texto-base da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE)2021, por suas referências à ideologia de gênero.

O texto afirma em um de seus trechos que “é importante salientar que as relações sociais de classe, de gênero, de raça, de etnia estão historicamente interligadas”.

Em seguida, afirma que um “grupo social que sofre as consequências da política estruturada na violência e na criação de inimigos, é a população LGBTQI+”, e cita dados do ‘Grupo Gay da Bahia’ apresentadas no Atlas da Violência 2020 para falar sobre a violência contra essas pessoas.

Diante da polêmica causada por este conteúdo, a CNBB afirmou em nota que, “respeitando a autonomia de cada irmão bispo junto aos seus diocesanos e como não poucos irmãos nos têm solicitado indicações para informar ao povo sobre a CF 2021”, considera importante destacar alguns aspectos da CFE 2021.

Entre estes, declara que “a Campanha da Fraternidade é um valor que não podemos descartar”. Em seguida, admite que “alguns temas, conforme seu modo de ser apresentado, tornam-se mais difíceis que outros”.

Especificamente sobre o tema polêmico, a CNBB assegura que “a Igreja tem sua doutrina estabelecida a respeito das questões de gênero e se mantém fiel a ela”.

Além disso, fala em concreto sobre o Fundo Nacional da Solidariedade, cujos recursos são arrecadados por meio da Coleta da Solidariedade, durante o ofertório nas Missas de Domingo de Ramos, e destinados a apoiar diferentes projetos no Brasil.

“Os recursos do Fundo Nacional de Solidariedade serão aplicados em situações que não agridam os princípios defendidos pela Igreja Católica”, garantem os Bispos.

Em seguida, o último aspecto que ressalta a nota é sobre a “causa ecumênica” e afirma que esta “se mantém importante”. Neste sentido, cita a Encíclica Ut Unum Sint,de São João Paulo II, ao ressaltar que “uma comunidade cristã que crê em Cristo e deseja com o ardor do Evangelho a salvação da humanidade não pode de forma alguma fechar-se ao apelo do Espírito que orienta todos os cristãos para a unidade plena e visível … O ecumenismo não é apenas uma questão interna das comunidades cristãs, mas diz respeito ao amor que Deus, em Cristo Jesus, destina ao conjunto da humanidade; e criar obstáculos a este amor é uma ofensa a Ele e ao Seu desígnio de reunir todos em Cristo”.

A questão de gênero

Na nota assinada pela presidência da CNBB, ressalta-se o fato de o texto-base da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021ter sido elaborado pelo CONIC. “Não se trata, portanto, de um texto ao estilo do que ocorreria caso fosse preparado pela comissão da CNBB, pois são duas compreensões distintas, ainda que em torno do mesmo ideal de servir a Jesus Cristo”, afirmam os Bispos.

Além disso, afirmam que as reações geradas pelo conteúdo do texto-base “apresentam argumentos que esquecem da origem do texto, desejando, por exemplo, de uma linguagem predominantemente católica”.

Coleta da Solidariedade

A nota faz ainda referência a recentes iniciativas que sugerem que “não se faça a oferta da solidariedade no Domingo de Ramos, uma vez que existiria o risco de aplicação dos recursos em causas que não estariam ligadas à doutrina católica”.

A CNBB afirma, então, que o Fundo Nacional da Solidariedade “segue rigorosa orientação, obedecendo não apenas a legislação civil vigente para o assunto, mas também preocupação quanto à identidade dos projetos atendidos”.

Por fim, os Bispos concluem afirmando que a Campanha da Fraternidade é uma marca da história da evangelização do Brasil e que “cabe-nos cuidar dela, melhorá-la sempre mais por meio do diálogo, assim como nos cabe cuidar da causa ecumênica, um ideal que se nos impõe”.

Confira a nota da CNBB:

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Papa Francisco espera que acordo com a China resolva "questões de interesse comum"


O Papa Francisco confia em que o Acordo Provisório sobre a Nomeação de Bispos na China, assinado entre a Santa Sé e a República Popular da China, em Pequim em 2018, continuará dando frutos e que permitirá “a solução das questões de interesse comum".

No discurso pronunciado nesta segunda-feira, 8 de fevereiro, no Palácio Apostólico do Vaticano perante o Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé, o Pontífice explicou que o acordo, renovado a 22 de outubro de 2020, “trata-se de um entendimento de caráter essencialmente pastoral e a Santa Sé espera que o caminho percorrido continue, em espírito de respeito e mútua confiança, contribuindo ainda mais para a solução das questões de interesse comum”.

Em virtude do acordo, a Santa Sé readmitiu em plena comunhão eclesial os bispos "oficiais" ordenados sem mandato pontifício na China.

Apesar do acordo, o regime comunista chinês não abandonou a perseguição religiosa contra os católicos do país.

Bispo de Formosa comenta Campanha da Fraternidade: "Não percam tempo com a Teologia da Libertação".



O valente bispo da diocese de Formosa – GO acaba de exprimir em plena homilia as orientações que católicos leigos de todo o país têm recebido de sacerdotes e bispos zelosos pela fé.

Esqueçam a Campanha da Fraternidade! E nós acrescentamos: Não entreguem nem um centavo nas coletas da Missa do Domingo de Ramos. Este valor será repassado para a CF Ecumênica! Doe para o seu pároco em outra coleta ou diretamente para quem precisa.

Assista o vídeo:

Centro Dom Bosco na mira da CNLB, após vídeo com denúncias da CF 2021 viralizar



O vídeo em que o Centro Dom Bosco (CDB) escancara o escândalo do Texto Base da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021 está causando chiliques e siricuticos em toda a trupe dos engajados da CNBB.

Uma fonte murmurante contou-nos com exclusividade que hoje o grupo no WhatsApp do Colegiado da Conferência Nacional dos Leigos do Brasil (CNLB), que se arroga o direito de representação do laicato junto à CNBB, está pegando fogo! A decisão do grupo é contra-atacar o CDB. Mas, antes de entramos no assunto, vamos fazer um pouco de contextualização.

Talvez o leitor desconheça a existência deste organismo silencioso ligado à CNBB e isso certamente não é a despeito do mesmo. A sua função principal é a articulação, organização e representação das associações leigas no Brasil, sendo uma espécie de elo entre elas e a CNBB. A sua atuação é discreta e, por isso, pouco percebida na esfera pública. A ideologia que os rege é a Teologia da Libertação e, por isso, cada vez que algum padre ou bispo se posiciona a favor da esquerda, logo o grupo inteiro se mobiliza para obter dezenas de notas de apoio de grupos minúsculos, mas que dão a impressão de representarem milhões de pessoas.

Pois bem, a estratégia de ataque do CNLB ao CDB é a seguinte: primeiro, querem denunciar os vídeos de crítica à CF 2021, para tentar derrubá-los das plataformas de mídias sociais; e, além disso, querem instigar “quem de direito” a processar o CDB (alguém alega, como exemplo, que “o Bernardo Kutcher [entenda-se Küster] só sossegou mais quando o Leonardo Boff processou ele” [sic!]) – segundo disseram, é necessário partir para processos, pois “só nota não resolve para este povo”; por fim, querem fazer pressão sobre a arquidiocese do Rio de Janeiro, para que haja algum tipo de retaliação sobre o CDB (como são covardes, pressionam o arcebispo enquanto ficam escondidinhos atrás da moita – esperamos que Dom Orani não se deixe enredar por estas víboras).

A presidente presidente do CNLB orientou que se evite o debate e a discussão com o CDB (óbvio, eles sabem muito bem que foram apresentados apenas fatos, nada além de fatos) e que todos se devem concentrar apenas em denunciar a “intolerância”. Eles também querem espalhar os vídeos nos grupos, pois, percebem que “quando antecipamos os vídeos em grupos, espalhando estas boas falas e as notas, os vídeos quando chegam já perdem a força”.

Eles pretendem “espalhar as boas ações da Campanha, quanta coisa bonita aconteceu e acontece”. Em áudio, uma das participantes mostra grande preocupação porque “tudo isso vem num crescendo e a gente precisa barrar”.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Palavra de Vida: «Tornai-vos misericordiosos, tal como também o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6, 36)



O evangelista Lucas gosta de realçar a grandeza do amor de Deus através de uma qualidade, que lhe parece capaz de a descrever fielmente: a misericórdia. 

Ela é, na Sagrada Escritura, a caraterística materna, por assim dizer, do amor de Deus, através da qual Ele cuida das suas criaturas, as ampara, as consola, as acolhe sem nunca se cansar. Pela boca do profeta Isaías, o Senhor promete ao seu povo: “Como a mãe consola o seu filho, assim Eu vos consolarei; em Jerusalém sereis consolados” (1).

É um atributo reconhecido e proclamado também pela tradição islâmica. Entre os 99 Nomes de Deus, aqueles que se encontram mais frequentemente nos lábios dos fiéis muçulmanos são: o Misericordioso e o Clemente.

Esta página do Evangelho apresenta-nos Jesus que, perante uma multidão de pessoas provenientes até de cidades e regiões longínquas, lança a todos uma proposta ousada, desconcertante: imitar a Deus, Pai, precisamente no amor de misericórdia.

Uma meta que quase nos parece impensável, inatingível!

«Tornai-vos misericordiosos, tal como também o vosso Pai é misericordioso»

Na perspectiva do Evangelho, para imitar o Pai devemos, antes de tudo, seguir Jesus. Dia após dia, aprender com Ele a ser os primeiros no amor, tal como o próprio Deus faz incessantemente conosco.

É a experiência espiritual descrita pelo teólogo luterano Bonhoeffer (1906-1945): «A comunidade cristã canta todos os dias: “Alcancei misericórdia”. Recebi este dom até mesmo quando fechei o meu coração a Deus; […] quando me perdi e não encontrei o caminho de regresso. Então, foi a palavra do Senhor que veio ao meu encontro. Aí eu compreendi: Ele ama-me. Jesus encontrou-me: Ele esteve perto de mim, só Ele. Foi Ele que me confortou, perdoou todos os meus erros e não me acusou do mal. Quando eu era seu inimigo e não respeitava os seus mandamentos, Ele tratou-me como um amigo. […] É-me difícil compreender porque é que o Senhor me ama tanto, porque é que eu sou tão precioso para Ele. Não posso entender como é que Ele conseguiu – nem porque é que quis – conquistar o meu coração com o seu amor. Só posso dizer: “Alcancei misericórdia”» (2).

«Tornai-vos misericordiosos, tal como também o vosso Pai é misericordioso»

Esta Palavra do Evangelho convida-nos a fazer uma verdadeira revolução na nossa vida: sempre que nos deparamos com uma possível ofensa, em vez de seguir o caminho da rejeição, do juízo precipitado ou da vingança, podemos optar pelo caminho do perdão, da misericórdia.

Não se trata tanto de cumprir uma obrigação que nos sobrecarrega, mas sim de aceitar a possibilidade oferecida por Jesus de passar da morte, do egoísmo, para a vida da verdadeira comunhão. Descobriremos com alegria que recebemos o mesmo DNA do Pai, que não condena ninguém definitivamente, mas dá a todos uma segunda oportunidade, abrindo horizontes de esperança.

Esta tomada de posição também nos permitirá preparar o terreno para relacionamentos fraternos, dos quais pode nascer e se desenvolver uma comunidade humana finalmente orientada para a convivência pacífica e construtiva. 

O que você precisa saber sobre a entrevista de Dom Jaime



Um jovem bem entusiasmado tenta entrevistar seu arcebispo, que, não tendo recebido a devida contextualização se recusa responder às perguntas por medo de se expor.  O fato aconteceu na noite desta segunda-feira, dia 1º de fevereiro na Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, no Rio Grande do Norte, ao final de uma Santa Missa.

A cena registrada em vídeo se espalhou ainda na mesma noite e foi o suficiente para atrair a atenção de haters que rapidamente passaram a julgar o bispo, expor o rapaz e até lançar sobre o líder religioso – pasmem – a pecha de homofóbico. Tudo feito a partir de ilações, prática comum na internet, sem ouvir os lados envolvidos.

Dois dias depois o ocorrido, o rapaz que protagonizou a entrevista se posicionou da forma mais cristã possível, uma atitude admirável que fez calar as hordas de odiadores da internet. Em seu Instagram, Ricardo Sergio, Técnico em Administração esclareceu o ocorrido.

“Gostaria que de forma respeitosa lembrassem que por trás de um Bispo e de um jovem a serviço da sua Paróquia, existem famílias e seres humanos que merecem respeito. Vale ressaltar que de minha parte já está tudo resolvido, estou em paz e dei o perdão necessário como nos ensina Cristo em seu Evangelho”, escreveu Ricardo.

O rapaz ainda relata que conversou com o arcebispo Dom Jaime Vieira Rocha por telefone, e tudo se resolveu. Por outro lado, o arcebispo emitiu uma nota sobre o episódio direcionado ao pároco da paróquia onde se deu o fato. “Em virtude de polêmica suscitada em redes sociais, venho através desta, como já fiz pessoalmente por telefone, pedir desculpas se posso ter causado algum inconveniente aos irmãos dessa amada paróquia no âmbito das relações interpessoais, na noite desta segunda-feira, 01 de fevereiro, após a última novena da Festa de Nossa Senhora da Piedade”.

O arcebispo dirigiu uma palavra ao jovem Ricardo. “Ao agente Ricardo Sérgio e demais membros daquela equipe da Pascom, meu reconhecimento pelo importante trabalho que desempenham, bem como todas as equipes da Pastoral da Comunicação em nossas paróquias, especialmente, durante este período da pandemia, proporcionando que os fiéis possam participar das missas e demais celebrações, mesmo de forma virtual. Que Deus os recompense pelo zelo missionário e evangelizador, por meio da comunicação”.

Biden reverte proibição para pessoas “transgênero” no Exército dos EUA



O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reverteu por meio de uma ordem executiva a proibição que impedia transexuais ou transgêneros de servir nas forças armadas do país.

A Casa Branca informou sobre esta medida junto com várias outras que revertem ordens executivas da administração Trump sobre quem pode estar no Exército.

As ordens anteriores impediam que uma pessoa já em serviço fizesse mudança de sexo ou “transição” e proibiam a aceitação de novos recrutas com diagnóstico de disforia de gênero.

"O presidente Biden acredita que a identidade de gênero não deve ser uma proibição para o serviço militar e que a força dos Estados Unidos radica em sua diversidade", disse um comunicado da Casa Branca de 25 de janeiro.

A nova ordem impede a separação ou remoção daqueles que já servem no Exército enquanto fazem sua mudança de sexo e que estes possam "servir em seu gênero quando a transição for concluída".

A ordem de Trump foi assinada em 2017. Em janeiro de 2019, a Suprema Corte a manteve, mas em fevereiro daquele ano o Departamento de Defesa anunciou uma nova política para permitir que as pessoas que se identificam como "transgêneros" sirvam no Exército, de acordo com algumas exceções.

Sob esta norma revisada, os soldados “transgêneros” não podiam realizar sua mudança de sexo enquanto serviam e não podiam ser diagnosticados com disforia de gênero. Tinham que servir de acordo com seu sexo biológico.

Em 2016, a corporação RAND estimou que havia cerca de 2.450 pessoas "transgêneros" de um total de 1,3 milhão de membros no Exército.