Quanto tempo pode durar o casamento? Ou ainda, quando é que ele começa a desmoronar? Até há pouco, pensava-se que as primeiras crises chegassem depois de sete anos de “feliz” convivência. Em seguida, o tempo se abreviou, e o prazo de sua validade foi reduzido para cinco anos. Ultimamente, um levantamento feito pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, com aproximadamente 10.000 casais, descobriu que o amor não sobrevive mais de três anos – dado que coincide com outro estudo feito no Reino Unido, entre 2.000 casais.
«Paixão eterna só existe na ficção», afirma o psicólogo Bernardo Jablonksi, autor do livro: "Até que a vida nos separe: a crise do casamento contemporâneo”. Contudo, as diversas separações que ele atravessou podem provir do fato de ter identificado o amor com a emoção: «Na paixão, você sofre, deixa de se alimentar, não consegue dormir. Não poder durar!».
Dessa confusão não escapa outro psicólogo de renome, Aílton Amélio. Fundamentado no princípio de que tudo na vida precisa ser alimentado para não morrer, ele conclui: «O amor pode terminar, porque precisa ser nutrido por fatos. É como andar de motocicleta: se parar, cai».
Apesar da dificuldade de distinguir as coisas, o cineasta Roberto Moreira consegue descortinar uma luz no fundo do túnel: «O amor pode ser eterno, mas a probabilidade é pequena. Relacionamento que dure mais de dez anos é um sucesso». Referindo-se ao seu filme “Quanto dura o amor?”, lançado em 2009, Moreira apresenta a solução do enigma: «Talvez o melhor título fosse “Quanto dura a paixão?”, porque o amor só existe quando o parceiro deixa de ser uma projeção nossa».
Como já se tornou lugar-comum afirmar, amor é a palavra mais inflacionada do planeta. Diz tudo e não diz nada! Pode ocultar um egoísmo tão atroz que seu fruto é o desespero e a morte.
«Paixão eterna só existe na ficção», afirma o psicólogo Bernardo Jablonksi, autor do livro: "Até que a vida nos separe: a crise do casamento contemporâneo”. Contudo, as diversas separações que ele atravessou podem provir do fato de ter identificado o amor com a emoção: «Na paixão, você sofre, deixa de se alimentar, não consegue dormir. Não poder durar!».
Dessa confusão não escapa outro psicólogo de renome, Aílton Amélio. Fundamentado no princípio de que tudo na vida precisa ser alimentado para não morrer, ele conclui: «O amor pode terminar, porque precisa ser nutrido por fatos. É como andar de motocicleta: se parar, cai».
Apesar da dificuldade de distinguir as coisas, o cineasta Roberto Moreira consegue descortinar uma luz no fundo do túnel: «O amor pode ser eterno, mas a probabilidade é pequena. Relacionamento que dure mais de dez anos é um sucesso». Referindo-se ao seu filme “Quanto dura o amor?”, lançado em 2009, Moreira apresenta a solução do enigma: «Talvez o melhor título fosse “Quanto dura a paixão?”, porque o amor só existe quando o parceiro deixa de ser uma projeção nossa».
Como já se tornou lugar-comum afirmar, amor é a palavra mais inflacionada do planeta. Diz tudo e não diz nada! Pode ocultar um egoísmo tão atroz que seu fruto é o desespero e a morte.
Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados - MS