sábado, 27 de outubro de 2012

Arquidiocese de São Luís Ordenará 27 Diáconos Casados



A cerimônia de ordenação acontecerá no dia 24 de novembro, no ginásio Castelinho.

Pela primeira vez em São Luís, 27 homens casados serão ordenados como diáconos permanentes da Arquidiocese de São Luís. A ordenação será realizada pelo Arcebispo de São Luís, dom José Belisário, no dia 24 de novembro, no Ginásio Georgiana Pflueger (Castelinho) a partir das 17h. O diaconato é o primeiro grau de sacramento da Igreja Católica. Os novos diáconos não poderão exercer o sacerdócio por serem casados, mas têm importante papel na igreja, pois uma de suas principais funções é instruir a comunidade, na qual estão inseridos, na correta participação em suas paróquias e principalmente levar a palavra de Deus à população.

Os 27 homens que serão ordenados no próximo mês pertencem 15 paróquias da capital, e foram indicados pelos párocos de suas igrejas. O principal requisito é ser casado e atuante em sua comunidade. Durante quatro anos esses homens estudaram Teologia no Instituto de Estudos Superiores do Maranhão (Iesma), antigo Seminário Santo Antônio, localizado na Rua do Rancho, no Centro e passaram por diversos processos de avaliação, que incluía entrevistas, visitas as famílias e consultas com as comunidades.
Ordenação
Essa é a primeira vez em São Luís que acontecerá ordenação de diáconos permanentes. Em 400 anos de evangelho na capital só havia sido feito ordenações de diáconos provisórios, título recebido por seminaristas, antes de serem ordenados padres.
Os candidatos ao diaconato afirmam estar muito felizes com a possibilidades de participar e ajudar ainda mais em suas paróquias. Esse é o caso do veterinário George dos Santos Castro, de 43 anos, membro da paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Cohab.
“Frequento a igreja desde a adolescência. Hoje me sinto realizado em poder me tornar diácono permanente, pois assim poderei atuar ainda mais na minha comunidade, levando a palavra de Deus”, disse George Castro.
O médico veterinário enfatizou que as famílias dos candidatos a diáconos são fundamentais em todo o processo de avaliação, pois o principal requisito é ser casado a pelo menos cinco anos para freqüentar a escola de teologia e 10 anos para ser ordenado. As esposas dos candidatos precisaram assinar uma carta ao bispo da capital em que afirmaram aceitar a ordenação dos maridos.
Segundo o padre Abraão Colins, diretor da Iesma, a função de diácono permanente foi dada a outros homens em várias cidades do estado, como Caxias, Viana, Grajaú, Balsas e outras cidades e que a função surgiu antes mesmo do sacramento do presbiterato (padre) e caiu em desuso no século VII, voltando a ser praticado na década de 1960 em todo o mundo. “A expectativa é grande para essa ordenação, pois é inédita na capital que este ano completa 400 anos”, disse o padre.
O padre informou ainda que a ordenação também faz parte da programação da Igreja Católica para os 400 anos de chegada do evangelho na capital.
Os 27 homens que serão ordenados no dia 24 de novembro no Castelinho pertencem as paróquias do São Francisco e Santa Clara, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora dos Remédios, São Francisco, Santa Terezinha, Sant’Ana, Nossa Senhora Aparecida (Foz do Rio Anil), São José e São Pantaleão, São Cristovão, Santo Antônio (Parque Vitória), Nossa Senhora da Conceição (Coroadinho) e São José Operário do Bonfim.
A ordenação é aguardada com ansiedade pelos candidatos e suas famílias, como a do microempresário, Flávio Airton Rodrigues Pereira, que tem sua história de vida ligada a Igreja Católica. “Quando eu era jovem fui seminarista, mas tive que sair porque meu pai estava muito doente e eu tive que trabalhar para sustentar minha família. Essa ordenação é uma grande alegria para toda a minha família”, informou Flávio Rodrigues, de 41 anos.
Mais:
Os poderes de um diácono são: ministrar os sacramentos do batismo e do matrimônio, dar bençãos diversas, dar a benção do santíssimo sacramento, fazer a celebração da palavra, distribuir a sagrada comunhão e fazer pregações.
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Fonte: http://imirante.globo.com/noticias/2012/10/24/pagina321783.shtml


Aprovada mensagem final do Sínodo dos Bispos



Para os padres sinodais, conduzir os homens e as mulheres do nosso tempo a Jesus é uma urgência que diz respeito a todas as regiões do mundo, de antiga e recente evangelização.

Os bispos reunidos em Roma aprovaram nesta sexta-feira, 26, a Mensagem do Sínodo dos Bispos para o Povo de Deus. O texto foi apresentado ao público na Sala de Imprensa da Santa Sé nesta manhã. Ao todo, são onze páginas de reflexões apresentadas em língua italiana.


Participaram da coletiva o Presidente da Comissão para a Mensagem, Cardeal Giuseppe Betori, o Secretário Especial, Dom Pierre Marie Carré, o Diretor da Sala de Imprensa, padre Federico Lombardi, e mais dois membros da Comissão. 


No texto, divido em 14 pontos, os padres sinodais afirmam que conduzir os homens e as mulheres do nosso tempo a Jesus é uma urgência que diz respeito a todas as regiões do mundo, de antiga e recente evangelização. 


Este caminho começa a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo e com a escuta das Escrituras. “Para evangelizar o mundo, a Igreja deve, antes de tudo, colocar-se à escuta da Palavra”, escrevem os Padres sinodais. 

Nova evangelização


Olhando de maneira mais concreta ao contexto da nova evangelização, o Sínodo recorda a necessidade de reavivar a fé, que corre o risco de apagar-se nos atuais contextos culturais, também contra o enfraquecimento da fé em muitos batizados. O encontro com o Senhor, que revela Deus como amor, só acontece na Igreja como forma de comunidade acolhedora e experiência de comunhão; a partir daqui, então, os cristãos passam a ser testemunhas em outros lugares.


Contudo, a Igreja afirma que, para evangelizar, é necessário, antes de tudo, ser evangelizado e lançar um chamado – começando por si mesma – à conversão, porque a debilidade dos discípulos de Jesus pesam sobre a credibilidade da missão. 


A mensagem também cita que a nova evangelização acolhe favoravelmente a cooperação com outras Igrejas e comunidades eclesiais, também elas movidas pelo mesmo espírito de anúncio do Evangelho. Presta-se particular atenção aos jovens, em uma perspectiva de escuta e de diálogo para recuperar, e não mortificar, seu entusiasmo. 


Juventude


Os jovens também são destinatários da Mensagem do Sínodo, definidos “presente e futuro da humanidade e da Igreja”. A nova evangelização encontra nos jovens um campo difícil, mas promissor, como demonstram as Jornadas Mundiais da Juventude.


Família


Os Bispos apontam como lugar natural da primeira evangelização a família, que desempenha um papel fundamental para a transmissão da fé. 


Diante das crises pelas quais passa essa célula fundamental da sociedade, com inúmeros laços matrimoniais que se desfazem, os Padres Sinodais se dirigem diretamente às famílias de todo o mundo, para dizer que o amor do Senhor não abandona ninguém, que também a Igreja as ama e é casa acolhedora para todos. 


A mensagem cita também a vida consagrada, testemunho do sentido ultra-terreno da existencia humana, e as paróquias como centros de evangelização.


Também recorda a importância da formação permanente para os sacerdotes e os religiosos e convida os leigos (movimentos e novas realidades eclesiais) a evangelizar permanecendo em comunhão com a Igreja


Diálogo inter-religioso


Os horizontes da nova evangelização são vastos tanto quanto o mundo, afirma o Sínodo, portanto é fundamental o diálogo em vários setores: com a cultura, a educação, as comunicações sociais, a ciência e a economia. Fundamental é o diálogo inter-religioso que contribua para a paz, rejeita o fundamentalismo e denuncia a violência contra os fiéis, grave violação dos Direitos Humanos.


Igreja em cada região do mundo


Na última parte, a Mensagem se dirige à Igreja em cada região do mundo. Com relação à América Latina, os padres sinodais se dirigem com sentimento de gratidão. 


“Impressiona de modo especial como no decorrer dos séculos tenha se desenvolvido formas de religiosidade popular, de serviço da caridade e de diálogo com as culturas. Agora, diante de muitos desafios do presente, em primeiro lugar a pobreza e a violência, a Igreja na América Latina e no Caribe é exortada a viver num estado permanente de missão, anunciando o Evangelho com esperança e alegria, formando comunidades de verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo, mostrando no empenho de seus filhos como o Evangelho pode ser fonte de uma nova sociedade justa e fraterna. Também o pluralismo religioso interroga as Igrejas da região e exige um renovado anúncio do Evangelho.”


Às Igrejas no Oriente, o Sínodo faz votos de que possa praticar a fé em condições de paz e de liberdade religiosa.


À Igreja na África, pede que desenvolva a evangelização no encontro com as antigas e novas culturas, pedindo aos governos que acabem com conflitos e violências.


Os cristãos na América do Norte, que vivem numa cultura com muitas expressões distantes do Evangelho, devem priorizar a conversão e estarem abertos ao acolhimento de imigrantes e refugiados.


Já a Igreja na Ásia, mesmo constituindo uma minoria, muitas vezes às margens da sociedade e perseguida, é encorajada e exortada à firmeza da fé. 


A Europa, marcada por uma secularização agressiva, é chamada a enfrentar dificuldades no presente e, diante delas, os fieis não devem se abater, mas enfrentá-las como um desafio. 


À Oceania, por fim, se pede que continue pregando o Evangelho.


A Mensagem se conclui fazendo votos de que Maria, Estrela da nova evangelização, ilumine o caminho e faça florescer o deserto.
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O Rosário da Virgem Maria



No final de outubro, muitas comunidades invocam a bênção para as capelinhas de Nossa Senhora e fazem o envio das zeladoras para que promovam a sua visita a todas as famílias católicas. Junto a isso, é reforçado o convite para a oração do Terço, uma vez que outubro, além de ser o mês das Missões, é também o mês do Rosário. Uma das mais eficazes formas de ser missionário e manter viva a chama da fé no coração das pessoas é, certamente, a visita da capelinha de Nossa Senhora associada à oração do Terço.

A oração do Santo Rosário, que é um conjunto de quatro Terços, tem sua origem no século IX da era cristã. Surgiu ao lado dos mosteiros como forma de oração do povo simples, que não tinha condições de participar da oração dos 150 salmos que eram rezados pelos monges. São Domingos de Gusmão lhe deu a forma usual em 1206, propondo a sua oração “pela conversão dos pecadores”. Dividiu o Rosário de 150 Ave-Marias em três terços, com 50 Ave-Marias cada um. Em 1500 associou-se a cada dezena de Ave-Marias um episódio da vida de Jesus ou de Maria. Foi assim que surgiu o Rosário com os mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos. Em 2002, João Paulo II lhe acrescentou os Mistérios Luminosos, propondo o acréscimo de mais 50 Ave-Marias. Com isso, o Rosário passou a ser composto por quatro Terços de 50 Ave-Marias cada um.

Na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, escrita por ocasião do lançamento do Ano do Rosário em 2002, o papa João Paulo II disse que “o Rosário é oração amada por numerosos santos e estimulada pelo magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece uma oração de grande significado e destinado a produzir frutos de santidade”. Mais adiante, a partir da convicção de que a “família que reza unida permanece unida”, propõe “o relançamento do Rosário nas famílias cristãs como ajuda eficaz para conter os efeitos devastadores da crise de nossa época”. Por isso pede “a todos aqueles que se dedicam à pastoral das famílias para sugerirem com convicção a recitação do Rosário”.

Na Diocese de Santa Cruz do Sul temos a alegria de contar com muitas capelinhas de Nossa Senhora e vários grupos que se reúnem para a oração do Terço. Pessoalmente sou testemunha de que nos lugares onde esta prática é mais usual, as comunidades são mais sólidas e as famílias se conservam mais unidas. Por isso, estamos distribuindo por toda a Diocese um pequeno manual, destinado, principalmente, para as crianças, que traz orientações sobre a oração do Rosário. Queremos que todas as pessoas aprendam esta oração e a rezem seguidamente na família, nos grupos de oração e de forma individual.

Que Nossa Senhora do Rosário siga a nos guiar nos passos de seu filho Jesus de Nazaré e nos firme na fé no Deus Pai, Filho e Espírito Santo! Amém.

Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Recuperar os fiéis perdidos e conquistar os indiferentes?



Como a Igreja Católica pode responder à indiferença daquela parcela da população que não crê, que se afastou na religião ou que nunca a conheceu? Quem responde as perguntas é o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis.

“Eu acho que é importante que nós saiamos ao encontro do nosso povo, sobretudo nas periferias de nossas grandes cidades. O Brasil, e eu diria a América Latina de modo geral, passam por um processo cada vez mais forte de urbanização. As populações estão se concentrando nas grandes e médias cidades. Hoje, no Brasil já cerca de 80% da população está vivendo nas cidades. Então, é claro que as cidades aumentam, crescem e nós muitas vezes não temos um número suficiente de ministros ordenados e muitas vezes também não temos o número suficiente de leigos preparados para atender as necessidades religiosas, espirituais desta população que cresce cada vez mais em nossas cidades”.


“De que maneira ir ao encontro deles? Criar centros de encontro das pessoas que vivem nestas áreas, criar pequenas comunidades, como vimos no Documento de Aparecida: fazer da Igreja uma rede de pequenas comunidades eclesiais, vinculadas à paróquia, à diocese, porque nós devemos sempre promover e estimular uma pastoral orgânica, de conjunto. Portanto, este trabalho não pode ser autônomo, não pode ser independente, como ocorre muitas vezes com nossos irmãos evangélicos”.
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