quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sem sofrimento?



Uma vida sem sofrimento é o desejo geral do ser humano. Mas, só pelo fato de sermos criaturas de Deus nos reportamos a Ele para encontrar, com sua ajuda, plena realização. Não somos deuses para tirar todo limite que nos incomoda. Mas no Criador encontramos respaldo suficiente para encontrarmos a fonte de realização plena. Enquanto não entrarmos nesse verdadeiro segredo da vida, labutamos sem percebermos o porquê de tantos limites que nos causam insatisfação.

Em Cristo encontramos o significado do sofrimento para que este se torne instrumento de superação de nossos limites. A doação de si causa alívio da dor ao outro. Somente superamos o nosso próprio sofrimento no amor. A oblatividade pessoal em benefício do outro é um verdadeiro trampolim para superarmos nossos limites e irrealização. A felicidade não se encontra puramente no ter prazeres e bem estar momentâneos. O ideal da vida do amor humano, perpassado pelo divino, faz-nos atingir um objetivo maior de vida. Este leva-nos a superar a dor advinda do sacrifício de si. Viver no maior conforto sensível sem a busca de um objetivo elevado não realiza plenamente o ser humano. A chamada “Teologia da Prosperidade” não focaliza adequadamente a vida com os parâmetros de Cristo. Estes exigem a pobreza do ser, isto é, o esvaziamento dos ídolos para a colocação do amor de Deus, que nos leva a introduzir, no que é material, o enfoque de instrumento e não de finalidade de vida. Uma coisa é a miséria material em que vivem muitos seres humanos, devendo ser superada com a fraternidade, a solidariedade e justiça. Outra é o encaminhamento de vida na perspectiva do amor de Deus,  que nos faz relativizar o que é material e sensível, para fazê-lo ser instrumento bem utilizado para a realização do projeto divino.


A superação da dor, dos sofrimentos e da falta de meios para uma vida digna deve-se fazer. Mas não à custa do sacrifício causado ao semelhante, com a concentração de oportunidades para uns em detrimento de outros. Mas, mesmo com a prática da justiça e da solidariedade, haverá sempre o sofrimento humano. No cadinho da prática da alteridade, com um ideal de vida buscado no amor,  o sofrimento na vida vem compensado com redundância. Este, aliás, se torna regenerador para uma realização pessoal na prática da promoção do outro. É o que vem caracterizado no exemplo e no ensinamento de Jesus: “Eu vos dou um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros” (João 13, 14).

Para termos um “novo céu e uma nova terra” (Apocalipse 21, 1) valem a pena o sacrifício e a luta pela implantação dos valores éticos, humanos, morais e espirituais. Caso contrário, vamos favorecer, pela mentalidade materialista e laicista ao extremo, a prática e a legislação favorecedoras dos apetites instintivos, que podem levar ao egocentrismo. Vai-se paganizar a tal ponto a convivência humana que ela se tornará cada vez mais animalesca, sem perspectivas da grandeza da dignidade humana, criada à imagem de Deus. Todo sofrimento, não buscado, mas inerente à situação humana, no ato da oblatividade de si para melhorar a convivência realmente humana, vale a pena. Cristo o fez de forma totalmente exemplar. Na sua trilha consertaremos nossa convivência. Aí haverá mais solidariedade, respeito aos valores e à dignidade humana. A felicidade rondará melhor nosso convívio. Cada um vai ser valorizado e a natureza será mais respeitada.


Dom José Alberto Moura
Arcebispo Metropolitano de Montes Claros

terça-feira, 30 de abril de 2013

Mensagem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil para o Dia do Trabalhador



Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho (Jo, 5,17)


Ao celebrar o dia do Trabalhador e da Trabalhadora, a CNBB manifesta seu apoio aos que pelo trabalho contribuem na construção de um mundo melhor. O trabalho tem uma dimensão que vai além da produção de riquezas. É o processo de humanização da pessoa e do mundo. Ele “comporta em si uma marca particular do homem e da humanidade, a marca de uma pessoa que atua numa comunidade de pessoas; e uma tal marca determina a qualificação interior do  próprio trabalho e, em certo sentido, constitui a sua própria natureza” (Laborem Exercens 1).

Saudamos com alegria especial os empregados domésticos que, após grande esforço, têm reconhecidos pelo Congresso Nacional seus direitos, no mesmo regime de outros ramos de atividade, com a aprovação da PEC 66/12. Esta vitória implica agora a necessidade de vigilância para que o preceito legal seja cumprido integralmente.


Causa-nos preocupação o grande número de pessoas em situação de trabalho análoga à escravidão, nas atividades rurais e urbanas, especialmente migrantes e imigrantes.  Esta violação à dignidade humana precisa ser coibida e punida com severidade. Um sistema produtivo que desconsidera a centralidade da pessoa, priorizando o lucro e o acúmulo de bens, peca contra a dignidade humana.  Reiteramos o apelo ao Estado brasileiro para que se comprometa efetivamente na defesa e proteção das pessoas vitimadas e também dos que combatem este mal, e que crie políticas públicas que ataquem os fatores geradores: a miséria e a impunidade.

Neste ano em que a Campanha da Fraternidade tratou do tema da Juventude lembramos as condições ainda difíceis pelas quais passa a maioria dos nossos jovens em relação ao trabalho: desemprego, baixa renumeração, condições de trabalho precárias, informalidade, necessidade de conciliar estudos e trabalho e a alta taxa de rotatividade. A sociedade tem a missão de dar à juventude as condições para o pleno desenvolvimento dos seus dons e potencialidades, incluído o que se refere à atividade produtiva. É importante aprofundar a política governamental de incentivo ao primeiro emprego para os jovens.

Lembramos à classe trabalhadora a importância da atenção para a preservação dos seus direitos, garantidos constitucionalmente, especialmente a seguridade social. Os constantes processos de desonerações do chamado setor produtivo, operados pelo governo, não podem implicar em perdas para os trabalhadores e trabalhadoras.

A CNBB convida a todos os trabalhadores e trabalhadoras a continuarem colaborando no aperfeiçoamento da obra da criação, na busca de relações justas e solidárias no mundo do trabalho e na sociedade.

Que São José Operário acompanhe e proteja a todas as famílias trabalhadoras do Brasil.


Brasília-DF, 1º de maio de 2013


Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Participe da 23ª Romaria dos Trabalhadores da Área Itaqui-Bacanga.



Tema:Juventude, Fé e Protagonismo.

Lema: Com as bandeiras nas Ruas ninguém pode nos calar

Nesta quarta-feira, dia 1º de Maio de 2013, a partir das 14h.

Concentração: Praça do Bacanga (em frente à UFMA), seguindo até a Praça da Ressurreição (Anjo da Guarda).

Realização: Paróquias da Igreja Católica da Área Itaqui-Bacanga.

Informações: Gildean Farias (8894-9098/8244-8355) Eunice Cheguevara (8859-2071) Paêta (8862-9651) Fátima Guedes (8703-6748).

São José Operário (1º de maio).



Em 1955, o papa Pio XII instituiu a festa de São José Operário, no dia 1º de Maio - dia em que mundialmente se comemora o trabalho - para ressaltar a nobreza do trabalho, ficando o exemplo de José como aquele a ser seguido por todos os trabalhadores cristãos. Desta forma, o papa homenageia o exemplo de homem laborioso e honesto, fiel à palavra de Deus, obediente e justo.

Leão XIII, na encíclica Rerum Novarum, nos lembra que "os operários e os proletários têm como direito especial o de recorrer a São José e procurar imitá-lo.  José, de fato de família real, unido em matrimônio com a mais santa e a maior entre todas as mulheres, considerado como o pai do Filho de Deus, não obstante tudo passou a vida a trabalhar e tirar do seu trabalho de artesão tudo o que era necessário ao sustento da família."

Que o exemplo de José nos anime e inspire a santificarmos nossas vidas com nosso trabalho.

A Armadilha do “Preconceito” e da “Homofobia”.

O vocabulário que quer a inversão do racional. 


O programa de destruição do cristianismo é mestre em slogans que tem por objetivo a completa mudança das mentalidades.


Os slogans, as frases feitas e o vocabulário pronto são extremamente corriqueiros. O programa de destruição do cristianismo, quer dizer, da santa Igreja Católica é mestre em bravejar slogans aparentemente inofensivos, mas que tem por objetivo último a completa mudança das mentalidades. Seguindo esse modus operandi, o aborto torna-se interrupção da gestação, por exemplo. A contracepção pode se tornar planejamento familiar. Queremos tratar neste breve artigo, todavia, de dois termos muito empregados atualmente pelo politicamente correto e pelo lobby homossexual para a promoção de comportamentos que se opõem francamente à natureza. São esses termos: preconceito e homofobia. Esses termos são utilizados por eles exatamente porque invertem completamente a realidade da questão.

Preconceito e homofobia são expressões muito precisas e que significam algo muito mais sério e profundo do que parece à primeira vista. A intenção com o uso desses termos e pelo próprio sentido deles é afirmar que se opor ao homossexualismo é algo contrário à razão. Convém, para explicitar melhor isso, considerar algumas noções filosóficas.

As três operações do intelecto humano


O conceito é o fruto da primeira operação do intelecto, que se denomina simplex apprehensio (simples apreensão). O conceito é o entendimento pelo intelecto da essência de um dado ser. O conceito é, então, o primeiro fruto da racionalidade humana, se assim podemos dizer. É somente com a segunda operação do intelecto, denominada compositio et divisio(composição e divisão) que se faz um julgamento, fruto dessa segunda operação. Depois de abstrair a essência dos seres materiais o intelecto é capaz de julgar associando (compositio) ou separando (divisio) conceitos, afirmando ou negando o predicado de um sujeito. Assim, depois de abstrair a essência de homem (animal racional) e a essência de justo (aquele que dá a cada um aquilo que lhe é devido), eu posso dizer que um homem é justo ou injusto, por exemplo. Finalmente, com a terceira operação do intelecto e seu fruto que se chamam ambos raciocínio (ratiocinatio) o homem pode progredir no conhecimento, chegando ao conhecimento de algo novo a partir daquilo que já é conhecido por ele: i) todo homem tem um corpo; ii) Ora, Cristo é verdadeiro Homem; iii) Cristo tem, então, um corpo. Eis as três operações do intelecto humano.

Opor-se à prática homossexual é um preconceito?

Depois dessa breve análise das operações do intelecto e de seus frutos, podemos compreender aonde se pretende chegar quando se diz que se opor ao homossexualismo é um preconceito. O preconceito consiste, como o próprio nome indica, em uma maneira de agir que é anterior ao conceito. É uma ação sem qualquer indício de racionalidade, pois o preconceituoso se opõe a algo antes de conhecer a essência daquilo a que se opõe. Assim, aquele que é preconceituoso em relação ao homossexualismo agiria sem pensar, quer dizer, antes de saber exatamente o que significa o homossexualismo.

Isso significaria, então, que aqueles que se opõem ao homossexualismo não agem segundo a razão, mas como animais, julgando simplesmente segundo sentimentos, paixões[1]. Ou ainda, aqueles que se opõem ao homossexualismo agem de maneira irracional porque agem movidos por razões religiosas. Como a religião é, para os modernos, inconciliável com a razão, aquele que julga por motivos religiosos julga sem ter conceitos racionais formados[2]. O que eles pretendem fazer, então, é informar essas pessoas consideradas por eles como preconceituosas e ignorantes, dizendo a elas o que é verdadeiramente o homossexualismo, para que elas tenham um conceito dele e possam julgá-lo a partir disso.

Eles dizem, então, que se trata de “uma expressão legítima de amor”, “algo que faz parte da evolução humana”, “algo que leva certas pessoas à felicidade”, etc. Ao informar as pessoas não dão, então, o conceito correto de homossexualismo – comportamento contra a lei natural[3] e, portanto, irracional, portanto contra a virtude e conducente, como tal, à tristeza. Dão uma definição falsa que apela, sobretudo, aos sentimentos, às paixões. Com essa noção falsa as pessoas passarão a julgar falsamente a homossexualidade, aceitando-a e alguns até mesmo incentivando-a.

Notemos que há, assim, uma inversão completa da realidade, pois, na verdade,  os que se opõem ao homossexualismo o fazem justamente porque possuem o conhecimento exato da essência do homossexualismo, têm um conhecimento exato de seu conceito, e julgam seguindo a razão, baseada sempre na natureza das coisas. Assim, são contrários ao homossexualismo por que tal conduta, opondo-se à natureza, opõe-se à razão, e opondo-se à razão opõe-se ao bem do próprio homem e da sociedade. Assim, pela simples acusação de preconceito, aqueles que defendem a lei natural – participação da lei eterna em Deus e que pode ser e é conhecida pela razão – tornam-se os irracionais.

Por outro lado, aqueles que defendem o homossexualismo, opõem-se, na verdade, à lei natural – sobre a qual deve ser fundada a razão que opera retamente. São os defensores desse comportamento que julgam segundo as paixões e, portanto, de forma irracional, mas, ao acusar os outros de “preconceito” pretendem ser os racionais e os razoáveis. A inversão foi feita com uma só palavra. Com um simples termo – preconceito – a virtude passou a ser o vício e o vício passou a ser virtude. O vício tornou-se um bem e uma condição para a felicidade.

O que significa homofobia?

Algo semelhante ocorre com o termo homofobia. O termo fobia significa geralmente uma aversão[4] (ou medo) exagerada, desproporcional, enfim irracional, em relação a algo que é considerado como um mal. A essa aversão se segue, em geral, um ódio com relação àquilo que é considerado um mal. Assim, a paixão do apetite concupiscível ou irascível seria tal que a razão deixaria de exercer seu domínio sobre as faculdades inferiores. Vemos claramente isso quando falamos de claustrofobia, que é a aversão irracional a lugares fechados ou agorafobia que é o medo irracional de lugares abertos ou públicos. Em todo o caso, a fobia é uma aversão (ou medo) irracional, que precede qualquer julgamento ou que advém de um julgamento falso: todo lugar fechado é perigoso ou todo lugar público é perigoso e deve ser evitado.

Assim, quando se fala de homofobia o que se quer dizer é que existe uma aversão (ou medo) irracional em relação ao homossexualismo devido às paixões que suprimem o uso da razão ou devido ao falso juízo que se faz sobre o homossexualismo, que é, por sua vez, consequência do falso conceito que se tem dele. Voltamos ao mesmo ponto: é preciso informar os homofóbicos da “verdadeira” natureza do homossexualismo. Mais uma vez, com uma só palavra, a inversão completa da realidade foi operada. Aqueles que se opõem ao homossexualismo teriam uma aversão (ou medo) irracional, baseada em paixões que não estão de acordo com a razão. Aqueles que em realidade ordenam suas paixões segundo a razão, sempre com base, portanto, na lei natural, tornam-se os irracionais, enquanto aqueles que agem contra as leis mais básicas e evidentes da natureza e seguem as paixões desordenadas (contrárias à razão), tornam-se os grandes racionais e razoáveis.

Revolução operada

Vemos, então, como duas palavras aparentemente inofensivas operam uma verdadeira revolução. O racional torna-se irracional. O irracional torna-se racional. A virtude, que consiste justamente em uma disposição bem enraizada e dificilmente removível na alma de agir segundo a razão, torna-se vício. O vício, disposição idêntica à outra, mas contrária à razão, torna-se virtude. Não deixemos que esse vocabulário mais do que tendencioso nos seja imposto, enganando-nos. Aquele que se opõe ao homossexualismo não é preconceituoso nem homofóbico. Ele tem aversão a um mal que reconhece, baseado na realidade das coisas, como profundamente contrário à natureza. Um mal que corrompe a moralidade com a mesma gravidade que a negação dos princípios especulativos (princípio de não contradição, por exemplo) corrompe a razão.

O homossexualismo não pode, ademais, levar à felicidade. Ora, o bem de um ser – que é, claro, a sua felicidade – consiste em operar segundo a sua natureza. A natureza do homem é racional. Portanto, a felicidade do homem consiste em agir segundo a razão, conhecendo a verdade, agindo segundo a verdade e deleitando-se nela. Tal felicidade será plena quando atingirmos a Verdade pela visão beatífica e a amarmos em consequência desse conhecimento. Para chegar lá, porém, é preciso desde já agir segundo a razão. A razão nos mostra, por um lado, que o homossexualismo é intrinsecamente mau. Por outro lado, ela nos mostra que devemos aderir plenamente a Deus que se revela – o que pode ser conhecido pelos milagres e profecias, critérios de credibilidade. Ora, o Deus que se revela condenou igualmente o homossexualismo, querendo, porém, a conversão do pecador. É preciso amar as pessoas que possuem a tendência homossexual não para confortá-las em suas tendências, modos ou práticas, mas para desejar-lhes e fazer-lhes o bem, que é viver segundo a lei natural e segundo a lei divina.

Conclusão

Nosso Senhor falou que se conhece a árvore pelos frutos. Ora, os frutos naturais do homossexualismo não existem, ou se existem são frutos que se rebaixam à pura alegria sentimental e passageira, advinda da satisfação das paixões. Os frutos do casamento, do verdadeiro e único casamento possível, entre um homem e uma mulher, são inúmeros, desde que se evite a contracepção e a mentalidade da contracepção. Aqui a alegria é real, pois se age segundo a natureza humana, segundo a razão.

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Autor: Padre Daniel Pinheiro.
Fonte: Montfort.
Disponível em: O Conhecimento dos Santos.

Bento XVI voltará para o Vaticano na próxima quinta-feira.



Cidade do Vaticano (RV) - Nesta quinta-feira, 2 de maio, o Papa emérito Bento XVI voltará para o Vaticano, onde habitará, como anunciado, no convento Mater Ecclesiae.

O retorno do Papa emérito se dará de helicóptero em torno das 16h30-17h locais, partindo da residência pontifícia de Castel Gandolfo, onde Bento XVI residiu nos últimos dois meses.

A notícia foi confirmada aos meios de comunicação pelo diretor da Salta de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi. Respondendo aos jornalistas que queriam saber sobre a saúde de Bento XVI, o porta-voz vaticano afirmou: "É um homem ancião, debilitado pela idade, mas não tem nenhuma doença". (RL)

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Fonte: News.Va

Como nos defendermos das acusações de excomunhão dos padres que fazem declarações favoráveis ao homossexualismo ou outras práticas abominadas pela Igreja (como no caso do Padre Beto de Bauru) e a Não excomunhão dos envolvidos em casos de pedofilia (algo extremamente sério também)?


Olá!
Excelente pergunta!

Nossa defesa parte de mostrarmos a verdade.
Vamos tomar como exemplo o caso de Pe. Beto.

Em primeiro lugar, ele não foi excomungado pela Igreja. Pe. Beto entrou em heresia e foi automaticamente excomungado. A Igreja de Bauru apenas tornou pública essa excomunhão, a fim de que os fiéis não caiam no mesmo erro de uma pessoa também pública.

Em segundo lugar, Pe. Beto entrou em excomunhão não porque tenha defendido os homossexuais, mas ensinar suas próprias opiniões, que não condizem com o que a Igreja ensina. Vamos imaginar que em um escola de inglês exista um professor que esteja ensinando japonês, em vez do inglês. Ora, será que esse professor não está errado por ensinar algo que está contra o que a escola divulga? E se esse professor, publicamente falasse mal de seu local de trabalho, não mereceria também uma punição? O caso de padre Beto é exatamente igual a este, só que muito mais grave: em vez de ensinar japonês, que é um novo idioma a ser aprendido, o referido padre estava ensinando o que ele pensa que deve ser a Igreja, permitindo que muitas pessoas caiam nesses erros e joguem suas almas no inferno.

Em terceiro lugar, é necessário lembrar aos questionadores que a Igreja não trabalha com crimes, mas com pecados. Tanto a homossexualidade quanto a pedofilia são pecados gravíssimos, embora só um deles seja crime em nosso país. Ou seja, nem todo pecado é crime. E, conforme o que dissemos antes, os pedófilos são também excomungados, sem necessária declaração pública do bispo. Se a Igreja local demora a declarar o afastamento de um sacerdote pedófilo da paróquia é porque a Igreja como um todo acredita na justiça: das muitas acusações que vimos contra sacerdotes pedófilos, poucas se mostraram verdadeiras. Justiça se faz com julgamento, se faz com inquisição, e não com acatamento de qualquer denúncia.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Comunicado ao povo de Deus da Diocese de Bauru sobre o Rvedo. Pe. Roberto Francisco Daniel.



É de conhecimento público os pronunciamentos e atitudes do Reverendo Pe. Roberto Francisco Daniel que, em nome da “liberdade de expressão” traiu o compromisso de fidelidade à Igreja a qual ele jurou servir no dia de sua ordenação sacerdotal. Estes atos provocaram forte escândalo e feriram a comunhão eclesial. Sua atitude é incompatível com as obrigações do estado sacerdotal que ele deveria amar, pois foi ele quem solicitou da Igreja a Graça da Ordenação. O Bispo Diocesano com a paciência e caridade de pastor, vem tentando há muito tempo diálogo para superar e resolver de modo fraterno e cristão esta situação. Esgotadas todas as iniciativas e tendo em vista o bem do Povo de Deus, o Bispo Diocesano convocou um padre canonista perito em Direito Penal Canônico, nomeando-o como juiz instrutor para tratar essa questão e aplicar a “Lei da Igreja”, visto que o Pe. Roberto Francisco Daniel recusa qualquer diálogo e colaboração. Mesmo assim, o juiz tentou uma última vez um diálogo com o referido padre que reagiu agressivamente, na Cúria Diocesana, na qual ele recusou qualquer diálogo. Esta tentativa ocorreu na presença de 05 (cinco) membros do Conselho dos Presbíteros.


O referido padre feriu a Igreja com suas declarações consideradas graves contra os dogmas da Fé Católica, contra a moral e pela deliberada recusa de obediência ao seu pastor (obediência esta que prometera no dia de sua ordenação sacerdotal), incorrendo, portanto, no gravíssimo delito de heresia e cisma cuja pena prescrita no cânone 1364, parágrafo primeiro do Código de Direito Canônico é a excomunhão anexa a estes delitos. Nesta grave pena o referido sacerdote incorreu de livre vontade como consequência de seus atos.

A Igreja de Bauru se demonstrou Mãe Paciente quando, por diversas vezes, o chamou fraternalmente ao diálogo para a superação dessa situação por ele criada. Nenhum católico e muito menos um sacerdote pode-se valer do “direito de liberdade de expressão” para atacar a Fé, na qual foi batizado.

Uma das obrigações do Bispo Diocesano é defender a Fé, a Doutrina e a Disciplina da Igreja e, por isso, comunicamos que o padre Roberto Francisco Daniel não pode mais celebrar nenhum ato de culto divino (sacramentos e sacramentais, nem mais receber a Santíssima Eucaristia), pois está excomungado. A partir dessa decisão, o Juiz Instrutor iniciará os procedimentos para a “demissão do estado clerical, que será enviado no final para Roma, de onde deverá vir o Decreto .

Com esta declaração, a Diocese de Bauru entende colocar “um ponto final” nessa dolorosa história.

Rezemos para que o nosso Padroeiro Divino Espírito Santo, “que nos conduz”, ilumine o Pe. Roberto Francisco Daniel para que tenha a coragem da humildade em reconhecer que não é o dono da verdade e se reconcilie com a Igreja, que é “Mãe e Mestra”.
        

Bauru, 29 de abril de 2013.


Por especial mandado do Bispo Diocesano, assinam os representantes do Conselho Presbiteral Diocesano.