quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Papa celebra na Assunção de Maria: “ela nunca nos deixa só”.


HOMILIA
Missa na Solenidade da Assunção de Maria
Praça da Liberdade – Castel Gandolfo
Quinta-feira, 15 de agosto de 2013


Queridos irmãos e irmãs!

Ao término da Constituição sobre a Igreja, o Concílio Vaticano II deixou uma meditação belíssima sobre Maria Santíssima. Recordo somente as expressões que se referem ao mistério que celebramos hoje: a primeira é esta: “A imaculada Virgem, preservada imune da mancha de pecado original, ao fim do curso de sua vida terrena, foi assunta à glória celeste com seu corpo e a sua alma, e pelo Senhor exaltada como a rainha do universo” (n. 59). E então, no fim, há esta outra: “A Mãe de Jesus, como no céu, glorificada em corpo e alma, é a imagem e a primícia da Igreja que deverá ter o seu cumprimento na idade futura, assim na terra brilha como sinal de segura esperança e de consolação pelo Povo de Deus em caminho, enquanto não chega o dia do Senhor” (n. 68). À luz deste belíssimo ícone de nossa Mãe, podemos considerar a mensagem contida nas Leituras bíblicas que escutamos há pouco. Podemos concentrar-nos sobre três palavras-chave: luta, ressurreição e esperança.


O trecho do Apocalipse apresenta a visão da luta entre a mulher e o dragão. A figura da mulher, que representa a Igreja, é por um lado gloriosa, triunfante, e por outro está ainda em caminho. Assim de fato é a Igreja: se no Céu está já associada à glória de seu Senhor, na história vive continuamente as provas e os desafios que comporta o conflito entre Deus e o maligno, o inimigo de sempre. E nesta luta que os discípulos de Jesus devem enfrentar – nós todos, todos os discípulos de Jesus devem enfrentar esta luta – Maria não nos deixa sozinhos; a Mãe de Cristo e da Igreja está sempre conosco. Sempre, caminha conosco, está conosco. Também Maria, em certo sentido, partilha esta dupla condição. Ela, naturalmente, entrou de uma vez por todas na glória do Céu. Mas isto não significa que esteja distante, que esteja separada de nós; antes, Maria nos acompanha, luta conosco, apoia os cristãos no combate contra as forças do mal. A oração com Maria, em particular o Rosário – mas ouçam bem: o Rosário. Vocês rezam o Rosário todos os dias? Mas não sei… (os presentes gritam: Sim!). É mesmo? Então, a oração com Maria, em particular o Rosário tem também esta dimensão “agonística”, isso é, de luta, uma oração que apoia na batalha contra o maligno e os seus cúmplices. Também o Rosário nos apoia na batalha.

A segunda Leitura nos fala da ressurreição. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, insiste no fato de que ser cristão significa crer que Cristo verdadeiramente ressuscitou dos mortos. Toda a nossa fé se baseia nesta verdade fundamental que não é uma ideia, mas um acontecimento. E também o mistério da Assunção de Maria em corpo e alma está todo inscrito na Ressurreição de Cristo. A humanidade da Mãe foi “atraída” pelo Filho na sua passagem através da morte. Jesus entrou para sempre na vida eterna com toda a sua humanidade, aquela que havia tomado junto à Maria; assim ela, a Mãe, que O seguiu fielmente por toda a vida, seguiu-O com o coração, entrou com Ele na vida eterna, que chamamos também de Céu, Paraíso, Casa do Pai.

Também Maria conheceu o martírio da cruz: o martírio do seu coração, o martírio da alma. Ela sofreu tanto, no seu coração, enquanto Jesus sofria na cruz. A Paixão do Filho a viveu até o fim na alma. Esteve plenamente unida a Ele na morte, e por isto lhe foi dado o dom da ressurreição. Cristo é a primícia dos ressuscitados, e Maria é a primícia dos redimidos, a primeira “daqueles que são de Cristo”. É nossa Mãe, mas também podemos dizer que é a nossa representante, é a nossa irmã, a nossa primeira irmã, é a primeira dos redimidos que chegou ao Céu.

O Evangelho nos sugere a terceira palavra: esperança. Esperança é a virtude de quem, experimentando o conflito, a luta cotidiana entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, crê na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. Escutamos o Canto de Maria, Magnificat: é o cântico da esperança, é o cântico do Povo de Deus em caminho na história. É o cântico de tantos santos e santas, alguns notáveis, outros muitíssimo, desconhecidos, mas bem conhecidos por Deus: mães, pais, catequistas, missionários, padres, irmãs, jovens, também as crianças, avôs, avós: estes enfrentaram a luta da vida levando no coração a esperança dos pequenos e dos humildes. Maria diz: “A minha alma engrandece o Senhor” – também hoje canta a Igreja e o canta em toda parte do mundo. Este cântico é particularmente intenso lá onde o Corpo de Cristo sofre hoje a Paixão. Onde tem a Cruz, para nós cristãos, tem a esperança, sempre. Se não tem a esperança, nós não somos cristãos. Por isto eu gosto de dizer: não deixem roubar a esperança. Que não roubem a esperança, porque esta força é uma graça, um dom de Deus que nos leva adiante olhando o Céu. E Maria está sempre ali, próxima a esta comunidade, a estes nossos irmãos, caminha com eles, sofre com eles, e canta com eles o Magnificat da esperança.

Queridos irmãos e irmãs, unamo-nos, com todo o coração, a este cântico de paciência e de vitória, de luta e de alegria, que une a Igreja triunfante com aquela peregrina, nós; que une a terra com o Céu, que une a nossa história com a eternidade, rumo à qual caminhamos. Assim seja.

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Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

No Angelus, Papa reza pela Paz no Egito


ANGELUS
Praça da Liberdade – Castel Gandolfo
Quinta-feira, 15 de agosto de 2013


Queridos irmãos e irmãs,

Ao término desta Celebração nos dirigimos à Virgem Maria com a oração do Angelus. O caminho de Maria rumo ao Céu começou com aquele “sim” pronunciado em Nazaré, em resposta ao Mensageiro celeste que lhe anunciava a vontade de Deus para ela. E na realidade é justamente assim: cada “sim” a Deus é um passo rumo ao Céu, rumo à vida eterna. Porque o Senhor quer isto: que todos os seus filhos tenham a vida em abundância! Deus nos quer todos consigo, na sua casa!

Aparecem infelizmente notícias dolorosas do Egito. Desejo assegurar a minha oração por todas as vítimas e s seus familiares, pelos feridos e por todos os que sofrem. Rezemos juntos pela paz, pelo diálogo, pela reconciliação naquela querida Terra e no mundo inteiro. Maria, Rainha da Paz, rogai por nós: todos digamos: Maria, Rainha da paz, rogai por nós.


Desejo recordar o 25º aniversário da Carta Apostólica Mulieris dignitatem, do Beato Papa João Paulo II, sobre a dignidade e a vocação da mulher. Este documento é rico de ideias que merecem ser retomadas e desenvolvidas; e na base de tudo está a figura de Maria. Façamos nossa a oração presente no fim desta Carta Apostólica (cfr n.31): a fim de que, meditando o mistério bíblico da mulher, condensado em Maria, todas as mulheres encontrem a si mesmas e a plenitude da sua vocação e em toda a Igreja se aprofunde e se entenda mais o tão grande e importante papel da mulher!

Agradeço a todos os presentes, moradores de Castel Gandolfo e peregrinos! Agradeço vocês, moradores de Castel Gandolfo: muito obrigado! E todos os peregrinos, em particular aqueles de Guiné com o seu Bispo.

Saúdo com afeto as alunas do Colégio Pasionista “Michael Ham” de Vicente López, Argentina; bem como os jovens da banda de música do Colégio José de Jesus Rebolledo de Coatepec, México.

E agora, todos juntos, rezemos à Maria:

Angelus Domini…

Desejo a vocês boa festa hoje, dia de Maria: boa festa e bom almoço!


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Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal 

Nomes de "igrejas evangélicas", parece mentira!


O objetivo desse tópico é mostrar como nossos irmãos “separados” (protestantes) abrem suas igrejas como se fossem abrir uma empresa, visando apenas o lucro, enganando seus membros.

A.D.H.O.N.E.P. (ASSOCIAÇÃO DOS HOMENS DE NEGÓCIO DO EVANGELHO PLENO)
A.M.O.R. (ASSEMBLÉIA MINISTÉRIO DE OSTENTAÇÃO AO REBANHO)
ASSEMBLÉIA DE DEUS BATISTA A COBRINHA DE MOISÉS (A QUE ENGOLE AS OUTRAS)
ASSEMBLÉIA DE DEUS CANELA DE FOGO
ASSEMBLÉIA DE DEUS FILADÉLFIA (MINISTÉRIO CANELA DE FOGO)
ASSEMBLÉIA DE DEUS FONTE SANTA EM BISCOITÃO
ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA EM GRAÇA
ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA FIEL ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA
ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA PATRIARCAS DA FÉ BÍBLICA
ASSOCIAÇÃO BATISTA EVANGÉLICA VALE DE LÁGRIMAS
ASSOCIAÇÃO MAR ABERTO
ASSOCIAÇÃO MISSIONÁRIA EVANGÉLICA PARA UMA VIDA NOVA E PLENA
CENTRO ESPIRITA CASA DO VOVÔ FUMO GROSSO
C.E.O. (COMUNIDADE DE EVANGELIZAÇÃO E ORAÇÃO)
COMUNIDADE EVANGÉLICA NÃO HÁ DEUS MAIOR
COMUNIDADE EVANGÉLICA ZADOQUE (PARA QUEM CURTE O ROCK PESADO)
COMUNIDADE INTERNACIONAL ATOS 29
CONGREGAÇÃO ANTI BLASFÊMIAS

CONGREGAÇÃO CRISTÃ DOS FIÉIS VENCEDORES SALVOS DA MACUMBA
CONGREGAÇÃO CRUZADA DE MILAGRES
CONGREGAÇÃO DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO PROVÍNCIA DO CALVÁRIO SANTO
CONGREGAÇÃO J.A.T. (JESUS AMA TODOS)
CONGREGAÇÃO PLENA PAZ AMANDO A TODOS
“IGREIJA” EVANGÉLICA MUÇULMANA JAVÉ É PAI
“IGREIJA” EVANGÉLICA PENTECOSTAL
IGREJA A CHAVE DO ÉDEN
IGREJA “A” DE AMOR
IGREJA A ESCOLHIDA
IGREJA A FÉ DE GIDEÃO
IGREJA A VIDA É SUA
IGREJA A VOZ DA PEDRA ANGULAR
IGREJA A VOZ DIRETA DO ÉDEN
IGREJA ABASTECEDORA DE ÁGUA ABENÇOADA
IGREJA ABOMINAÇÃO À VIDA TORTA
IGREJA ABRE-TE SÉSAMO
IGREJA ACEITA JESUS
IGREJA ADVENTISTA DA SÉTIMA REFORMA DIVINA
IGREJA ADVENTISTA DEUS É VIDA
IGREJA APOSTÓLICA CRISTÃ TERRA FIRME
IGREJA ARCA DA FÉ
IGREJA ARQUEIROS DE CRISTO
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS ADVENTISTA ROMARIA DO POVO DE DEUS
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS BOTAS DE FOGO ARDENTES E CHAMUSCANTES
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS CAPRICHOSOS NA OBRA DE DEUS
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DA BEIRA DA ESTRADA DE TRIBOBÓ
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO PAI DO FILHO DO ESPÍRITO SANTO
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO PAPAGAIO SANTO QUE ORA A BÍBLIA
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS FILHOS E CONSOLAÇÕES
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS NOVA CRIATURA REMOLDADA
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS RETIRO DAS MANGUEIRAS
IGREJA ASSEMBLÉIA DOS SANTOS
IGREJA ASSEMBLY OF THE GOD IN SAO PAULO
IGREJA AUTOMOTIVA MÓVEL DO FOGO SAGRADO
IGREJA AVE CÉSAR
IGREJA BAILARINAS DA VALSA DIVINA
IGREJA BAMBOLÊS SAGRADOS
IGREJA BATE PALMAS 40 DIAS
IGREJA BATISTA A PAZ DO SENHOR
IGREJA BATISTA A PAZ DO SENHOR (ANTI GLOBO)


Veste Imortal


Ser humano algum tem o poder sobre a morte. Esta é o grande desafio, o enigma a ser desvendado e o desespero se não houver solução. Muitos procuram explicação sobre o término da vida terrestre. Ninguém, em base à ciência, à matéria e à razão humana encontra solução plausível para explicar o depois do aqui da terra. As fantasias e as religiões colocam suas teorias e convicções a esse respeito. Desvendar o segredo de Deus sobre o assunto não é da competência humana. Que resposta damos ao questionamento sobre isso?

O próprio Deus vai aos poucos fazendo-nos conhecer o segredo da imortalidade. A Bíblia vai tornando, progressivamente, patente o que não seria claro e reconhecível para nossa inteligência sobre a realidade da vida pós-morte física. Para quem conhece o poder do Filho de Deus e de sua superação da morte com a ressurreição torna-se clara a fé também na ressurreição humana, não apenas no sentido conceitual ou na realidade da imortalidade da alma. A ressurreição do corpo, embora não mais sujeito à lei da matéria, torna-se possível e verdadeira (Cf. 1 Coríntios 15,54-57). Mais: Paulo, inspirado por Deus, lembra o que Deus faz de nosso corpo: “Nossa cidadania, porém, está lá no céu, de onde esperamos ansiosamente o Senhor Jesus Cristo como Salvador. Ele vai transformar nosso corpo miserável, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso” (Filipenses, 3. 20-21). Em vista disso, nosso corpo mortal deve ser respeitado em sua dignidade, vivendo na santidade (Cf. 1 Tessalonicenses 4,1-5). Como Jesus ressuscitou, também os que o seguem serão ressuscitados e levados com ele em sua companhia (Cf. 1 Tessalonicenses 4,13-18).


Na realidade da assunção de Maria ao céu vemos a prática da ressurreição dela como o segredo desvendado por Deus sobre a superação da morte, redundando em vida nova. Esta, no entanto, se dá com a apresentação da pessoa humana diante de Deus, logo após sua partida da vida terrena. A pessoa não fica perambulando em outras vidas, mas vai para a eternidade, ressuscitada para a felicidade imorredoura, se ela aceitou na terra as coordenadas divinas. A carta as hebreus fala diretamente: “E dado que os homens morrem uma só vez e depois disso vem o julgamento...” (Hebreus 9, 27). O ser humano é responsável por responder ao dom da vida para fazê-la frutífera em obras de bem, merecendo depois o prêmio de seu esforço e sua boa vontade para corresponder à graça da salvação.

Como Maria, a cheia da graça, que correspondeu à missão que Deus lhe deu, assim também: “Felizes aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” ( Lucas 11,28). É verdade que Deus toma a iniciativa de nos amar. Mas a correspondência a esse amor será motivo de muita alegria, sabendo que Ele recompensa até mesmo quem fizer o mínimo de caridade para com o semelhante necessitado, por causa de Deus.


Nossa vida terrena realça nossa imortalidade quando a impregnamos de atitudes de amor no trato com o semelhante e na obediência ao projeto divino. Assim imitamos o Filho, que se despojou até dos efeitos de sua filiação divina para nos ensinar a despojar-nos de nossos interesses em bem da causa do amor que nos faz cooperar com a promoção da vida e da dignidade do semelhante.


Dom José Alberto Moura
Arcebispo Metropolitano de Montes Claros

As Indulgências


O noticiário da semana que passou deu destaque às indulgências concedidas pelo Papa Francisco aos participantes da 28ª Jornada Mundial da Juventude - JMJ, que se realizará no Rio de Janeiro, de 22 a 28 de julho próximo. Mais uma vez se percebe, contudo, que não há clareza quanto ao significado da palavra “indulgência”. Foi comum ler notícias com um título mais ou menos assim: “Fiel terá pecado perdoado”; só que essa manchete não era uma referência ao sacramento da confissão (também chamado de sacramento da penitência ou sacramento da reconciliação), mas às indulgências que se poderão obter, cumpridas as condições estipuladas pelo Sumo Pontífice. Para alguns, essa palavra traz lembranças nada agradáveis porque, na Idade Média, fez-se um verdadeiro comércio em torno delas –  um triste e desagradável comércio. Para a Igreja, no entanto, as indulgências constituem um dom, um benefício, uma graça que está à disposição dos fiéis. O Catecismo da Igreja Católica trata dessa questão no capítulo dedicado ao sacramento da Penitência, mesmo porque a doutrina e a prática das indulgências estão estreitamente ligadas aos efeitos desse sacramento (cf. nn. 1471-1479 e 1498). Já o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica dedica um número para apresentá-las: “As indulgências são a remissão diante de Deus da pena temporal merecida pelos pecados, já perdoados quanto à culpa, que o fiel, em determinadas condições, adquire para si mesmo ou para os defuntos, mediante o ministério da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos” (n. 312).


Quando se trata das indulgências, é preciso que fiquem claros quatro aspectos: 1ª) As indulgências não consistem no perdão dos pecados, o qual é dado por Deus ao pecador arrependido, por meio da absolvição, no sacramento da Reconciliação; 2ª) Recebido o perdão dos pecados, permanece ainda a “pena”, como consequência da culpa. Para melhor entender o que isso significa, tome-se o exemplo banal, mas expressivo, do prego na parede. Tirado o prego, permanece o buraco, que deve ser fechado, para que a parede fique perfeita novamente. Quando nos confessamos, se tivermos por Deus um amor sem reservas, e estivermos dispostos a uma conversão radical, juntamente com o perdão dos pecados recebemos o perdão da pena. Caso contrário, permanecem em nós as escórias do nosso egoísmo, da nossa preguiça espiritual; são as zonas de sombra e de imperfeição no nosso amor a Deus; é o nosso amor imperfeito, não radical. Fica, então, a necessidade de uma reparação pelas consequências de nossos pecados. A indulgência nos dá o perdão dessa pena, dessa reparação que teríamos que fazer; 3ª) Para se obter uma indulgência são necessárias algumas condições habituais: a confissão sacramental, a comunhão eucarística e uma oração nas intenções do Papa; 4ª) A indulgência não é uma remissão passiva ou automática de nossas penas; exige, como condição indispensável para se obtê-la, uma autêntica conversão do coração e da vida, a disposição de amar a Deus de todo o coração e o generoso propósito de fazer o bem ao próximo e de evitar todo e qualquer pecado. Como se vê, as indulgências estão longe de ser um incentivo à mediocridade espiritual; são, antes, um estímulo para buscarmos a santidade.

Voltemo-nos, agora, para as indulgências que os participantes poderão obter durante a JMJ do Rio: será concedida uma indulgência parcial aos que rezarem pelas intenções do Papa, completando as preces com a oração oficial da JMJ, a invocação a Nossa Senhora Aparecida e aos patronos da Jornada. Os participantes da JMJ e os que seguirem as celebrações pela televisão, rádio ou pelos novos meios de comunicação social poderão aplicar diariamente uma indulgência plenária em sufrágio das almas dos fieis defuntos.

Com a prática das indulgências na JMJ, a Igreja, além de estimular os jovens a se aprofundarem na fé, quer incentivá-los a buscar, daí por diante, uma vida santa, como autênticos discípulos de Jesus Cristo.



Dom Murilo S.R. Krieger
Arcebispo de São Salvador (BA), Primaz do Brasil 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Masterplan, o plano para destruir a Igreja


Alguém 'esqueceu' em meu consultório médico um envelope grande, fechado. Como, passados dois meses, ninguém veio reclamá-lo, o abri para verificar quem seria seu dono.

O que encontrei foi uma grande surpresa: um Plano Mestre para destruir a Igreja. Não tinha assinatura nem endereço; apenas um plano rigoroso para destruir a Igreja de Cristo. Nele se afirma que mais de 1.300 comunistas se fizeram padres católicos, a fim de minar a Igreja por dentro, de implodi-la desde suas estranhas. Não sei se isto é verdade, mas não resta dúvida de que o Masterplan é uma obra-prima de incrível audácia, e se chegar a funcionar, poderá rachar os alicerces da Igreja Católica.

Animei-me a publica-lo, na esperança de ajudar a abrir os olhos a muitos padres e bons católicos, antes que seja tarde.

Alerta, amigo! Há gente trabalhando duro contra a sua Igreja. Abra os olhos! Não durma, que o diabo está mais acordado que nunca.


O Masterplan parece algo perfeito. Consta de três partes: primeira, o plano completo de destruição; Segunda, como executá-lo, passo a passo e, terceira, quem vai executá-lo.

A essência do Masterplan é incrivelmente simples. Consiste em implantar o amor e a adoração ao homem e suprimir o amor e a adoração a Deus. O Masterplan raciocina assim: uma vez desaparecido o amor a Deus, os homens não mais se amarão e passarão a se odiar.

De maneira que seu objetivo consiste em reduzir o primeiro mandamento da lei de Deus a apenas isto: 'Amar ao próximo como a si mesmo', suprimindo a primeira parte: 'Amar a Deus sobre todas as coisas, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente'.

O plano é bem atraente, pois tudo é sugerido em nome de uma grande causa: o amor ao próximo. E com este lema, nada menos que em nome do 'amor', se consegue facilmente a colaboração sincera de bons católicos, de padres e de bispos, para esta macabra empreitada: acabar com o amor a Deus, com o amor à fonte de todo amor. Em nome do amor, se procura suscitar o ódio à essência do amor, que é Deus.

Talvez agora, querido amigo, você tenha se dado conta da transcendência incalculável desse plano. Tenho certeza de que, à medida que o irá conhecendo em detalhes, se aperceberá da sua natureza simplesmente diabólica; que ele conduz à destruição da Igreja de Cristo desde seu interior; que leva a desalojar Cristo da alma dos cristãos...e, em definitivo, à destruição do amor ao próximo. Porque o amor ao próximo não pode subsistir sem a base essencial do amor a Deus, como o reconhece muito bem o Masterplan.

As diabólicas tramas do Masterplan para implodir a Igreja Católica foram denunciadas por Nossa Senhora, através da vidente mineira, hoje radicada em Anápolis (GO) - Nilda Moreira da Silva. Modesta mãe de família, pobre, adoentada (era a 17ª filha de um casal, nasceu no quarto mês de gestação e passou cinco meses na incubadora), foi, no entanto, escolhida para importantes tarefas, entre as quais, advertir o povo de Deus sobre os perigosos caminhos da modernização da Igreja. Em doze 'mensagens urgentes para salvar a Igreja', Maria alerta para a 'maçonaria eclesiástica', para os 'os falsos cristãos e até mesmo falsos padres', pois 'o diabo esta acordado e tenta se introduzir no interior da Igreja'. Recomenda a todos que não percam tempo, pois 'o que é diabólico anda rápido', sigam os princípios da Igreja deixados pelo próprio Jesus, estejam ligados ao Papa e mantenham-se unidos entre si'.

Essas doze mensagens encontram-se enfeixadas no livro Sou a Senhora do Santíssimo Sacramento... Convertei-vos! Pp.123 e seguintes.

Suas aparições de Jesus e Maria começaram em 1991. Ao longo dos anos, Nilda, que nem sequer sabia da existência do Masterplan, vai citando em seus cadernos de semi-analfabeta, item por item, os objetivos do satânico plano e mostrando o efeito nefasto que já começou a produzir em alguns pontos da Igreja, principalmente na Missa e na Eucaristia, onde sua ação devastadora.

O Masterplan é diabólico. Afirma-se que já existem mais de 1300 padres católicos que realmente não são católicos e sim comunistas ordenados padres.

Esses, porém, não seriam os reais executores do Masterplan. Seus executores seriam os realmente católicos que se deixam enganar. Os bons bispos, os bons padres e as realmente boas freiras, que se deixam embaucar com o slogan do 'amor ao próximo'.
Você e eu, querido amigo católico, são os que o Masterplan quer usar para levar a cabo seus intentos. A você e a mim tentam ludibriar com meias verdades, que são as piores mentiras, para nos induzir a implantar no mundo o amor ao próximo sem o amor a Deus. A você e a mim querem usar para substituir Deus pelo homem; para que se adore o homem e se esqueça Deus; para que se ame a mulher e se esqueça a Virgem. Tudo com a esperança que, faltando o amor a Deus, se destruirá o amor ao próximo e se porá a pique a Igreja de Cristo.

Dir-lhe-ão que se pode ser maçom e católico ao mesmo tempo. Mentira! Não ligue para o que lhe dizem!

Dir-lhe-ão que se pode ser católico e espírita ao mesmo tempo. Mentira! Estão querendo enganá-lo! Conheço muitos que já caíram nesta armadilha.

Dir-lhe-ão que Cristo é bom, mas os padres e a Igreja não prestam. Mentira disfarçada! Trata-se de uma meia verdade, que é a pior das mentiras!

Cristo já nos preveniu que os filhos das trevas são mais astutos que os filhos da luz. Neste momento, muitos filhos da luz se deixaram enganar pelos filhos das trevas. Cuidado, amigo, não se deixe ludibriar!

Mas Cristo nos disse também que permaneceria com sua Igreja até o fim dos séculos, que as portas do inferno jamais prevaleceriam contra ela... e que o céu e a terra passariam, mas suas palavras não passariam.

Portanto, atenção! E, confiante, conte com Cristo, conte com Maria, que é Mãe sua também.

E esteja certo de que, no futuro, continuará existindo o amor ao próximo, porque os homens continuarão amando a Deus, e amando-o com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente. Pelo menos duas pessoas, que somos você e eu! Não é verdade, querido leitor?

A IGREJA MATER - O CHEQUE-MATE

O Masterplan reconhece que, de todas as Igrejas ditas cristãs, o bloco mais firme, aquele que dá sustentação a todas, é a Igreja Católica. Por isso, no dia em que ela desmoronar, as demais virão abaixo por si mesmas.

Para começar essa derrocada, urge tirar-lhe o nome de 'santa', porque assim está chamando constantemente atenção sobre Deus, é algo sagrado, e isto não pode ser. Para faze-lo não é difícil. Basta alegar que esta palavra dificulta a aproximação dos irmãos protestantes. Afirmar que a Igreja é 'una' e 'santa' ofende aos irmãos, e os católicos não devem insistir nisto.

Outra palavra que se precisa suprimir é 'católica', porque está muito arraigada na adoração a Deus e a Cristo e no culto, à Virgem. Para fazê-lo, basta substituir 'católico' por 'universal', que no fim das contas parece dizer a mesma coisa, com a vantagem de tirar o sabor de sagrado, de adoração a Deus e a Cristo, que conota a palavra 'católico'.
No ano de 1980 - segundo o Masterplan - deveria estar implantada no mundo inteiro a 'Igreja Universal', com todas as Igrejas Unidas, na qual seriam incluídos também os judeus, os muçulmanos, os hindus, etc.

O primeiro e único mandamento da 'Igreja Universal' seria 'amar ao próximo como a si mesmo'. Naturalmente, continuaria existindo um Deus todo bondade; um Deus tão bom, que é incapaz de castigar; e como é incapaz de castigar, sem demora o mundo o esquecerá, porque um Deus que não infunde respeito, rapidamente cairá no esquecimento.

Este, naturalmente, era o objetivo final do Masterplan, porém, muitos anos antes devia-se começar com coisas pequenas, bem simples. E, sendo um plano feito para 25 anos, havia que se Ter paciência, constância, e sobretudo conseguir a colaboração de bispos, de padres e de bons católicos. Sempre em nome do 'amor', da 'caridade'. Embora essa palavra 'caridade' também esteja sobrando, pois enquanto fala em amor ao próximo, sugere o amor a Deus, a Cristo, a Nossa Senhora e aos Santos. Assim que nada de 'caridade', só 'amor'. Será muito fácil substituir uma palavra pela outra, pois dizem a mesma coisa e, além disso, 'amor é mais moderna, mais inteligível ao povo e mais capaz de unir as pessoas.

Tudo isto - repito - constitui o objetivo final do plano. No começo deve-se insistir em coisas simples, suprimir as 'pouco importantes', semear uma 'piedade' falsa de compaixão dos não-católicos, aproximar-se deles, abri-lhes as portas da Igreja Católica, abolir as coisas 'sem importância' que os possam ferir.

Dessas coisas 'sem importância', dos primeiros 25 anos do plano, vamos falar no capítulo seguinte.

Antes, porém, de passar a ele, peço que não esqueçam a palavra 'piedade'. Segundo o Masterplan, também essa é supérflua, e deve-se substituí-la por 'compreensão', que expressa o mesmo em relação aos homens, aos irmãos, com a vantagem de não Ter nenhuma conotação de união com Deus, com Cristo, com Nossa Senhora. Será fácil: basta insistir que isto de 'piedade' cheira a beato, a gente hipócrita, sem caráter; basta dizer que 'piedade' sugere uma velha que, nada tendo a fazer, vai matar seu tempo na Igreja.


SEM SINAIS PRESENTES

O passo inicial Masterplan é tirar das pessoas as coisas externas 'sem importância'. Os primeiros anos serão dedicados a conseguir que elas deixem de usar medalhas, escapulários... que os padres e as freiras larguem seus hábitos, etc. Todas essas coisas externas parecem 'sem importância', diz o Masterplan. Na realidade, são testemunhos de vidas que constantemente nos mantêm no ambiente de Deus, de Cristo e da Virgem... e estas são as primeiras coisas que se devem abolir.

O Masterplan propôs-se tirar os hábitos religiosos, justamente por serem testemunhos de vida de pessoas que se doam a Deus. O hábito de uma freira na rua era um grito de uma vida inteira devotada ao amor de Deus; era o grito silencioso, porém constante, de que Deus e Cristo continuam existindo no século XX; de milhares de pessoas dispostas a sacrificar sua 'única' vida por amor a Cristo.

O Masterplan planejou isto muito bem e orgulha-se de Ter usado nada menos que Concílio Vaticano II para levar a cabo seu propósito. O plano era começar a dizer que os hábitos são coisas antiquadas; a seguir, difundir a idéia que, trajados a civil, os padres e as freiras podiam introduzir-se e influir em ambientes nos quais, com o hábito, não poderiam fazê-lo; em terceiro lugar, insinuar que os hábitos se constituem em barreira que separa os 'irmãos' protestantes dos católicos.

O Masterplan teve indiscutivelmente um grande êxito. Já não se vêem freiras nem padres nas ruas, nem em lugar nenhum. Esta é a primeira etapa do plano. A parte final é conseguir que não existam mais padres e freiras. O Masterplan espera que as pessoas acabem esquecendo as figuras do padre e da freira. Não mais os vendo, os jovens irão ignorar sua existência, a ninguém ocorrerá a possibilidade de se tornar padre ou freira.
O segundo objetivo do Masterplan é conseguir que os padres se casem. E eles se casando, será o mesmo que não existirem padres. Deixará de existir a figura do homem que sacrifica toda sua vida por Cristo. Qualquer um poderá ser padre, e se é qualquer um é o mesmo que não seja ninguém. Nisto o Masterplan não teve êxito ainda, mas espera tê-lo antes de 1990.

Mais adiante veremos as pessoas que usaram e continuam usando o Masterplan. Parece incrível, mas é, sem dúvida, uma grande audácia: estão usando a você e a mim, querido leitor, estão usando os bons católicos, os padres, as freiras e os bispos...realmente incrível...usar o bom padre para destruir o sacerdócio...mas veremos isto com detalhes logo adiante.

O plano contra os hábitos inclui também tirar as freiras de seus conventos. A idéia é a mesma: insinuar que os 'irmãos' da rua precisam delas, que uma carmelita pode fazer muito mais cuidando dos doentes, dirigindo escolas, etc. Como podem ver, o plano parece estupendo, cativa até os mais inteligentes. Quem não se comove diante de um chamado urgente de amor ao próximo, de assistir ao que sofre, ao que chora, ao necessitado, tanto mais sabendo-se que é o próprio Cristo que sofre e chora quando sofre e chora um 'irmão'?

O Masterplan está obtendo um grande êxito nisto. Muitas clausuras já não são clausuras. Esses monólitos de amor a Deus estão deixando de existir. O Masterplan tenta arrasá-los, pois sabe que são fogueiras de amor a Deus e a Cristo, sabe muito bem que essas almas sepultadas em vida por Cristo são o fogo que aquece toda a cristandade. Ao saírem elas para a rua, desaparecerão essas fortalezas indevassáveis; ao se trajarem como leigas, logo se darão conta de que se pode assistir ao 'irmão' sem ser freira; inclusive chegarão à conclusão que se pode 'amar' melhor ao 'irmão' não sendo freira.
O Plano está funcionando à maravilha. Sua finalidade, já vimos, é colocar o homem no pedestal de Deus. O homem é Deus. Deus não existe, e se não existe, que sentido faz adorá-lo, sacrificar a ele uma vida inteira? O que faz sentido é realizar tudo em favor ao homem, que é o verdadeiro Deus. O Masterplan reconhece que, enquanto houver conventos de clausura, haverá castelos invencíveis de amor a Deus, e a destruição deles é essencial para implantar o primeiro mandamento do 'amor ao próximo' sem o 'amor a Deus'.

Querido padre ou irmã, por favor, por amor de Deus, volte a colocar outra vez sua batina, seu hábito! Cada saída que der pela cidade estará gritando o amor a Deus e ao próximo, cem mil vezes melhor do que com mil discursos ou com mil 'obras' de caridade; será testemunho vivo do amor a Cristo, de que Cristo continua realmente existindo na vida de vocês.

Sinta-se ufano de ser o que é, e demonstre isto ao mundo! Levei meu filho de seis anos a uma escola de freiras que trajam a civil. Apresentai-o à diretora, e o meu filho lhe perguntou: 'Porque a senhora não se veste de freira? Tem medo de que as pessoas descubram que é freira?. A diretora ficou mais vermelha que um tomate, mas nada respondeu. E o meu filho, dois anos depois, já esqueceu que existem freiras. Para ele só existem 'professoras’.

NADA DE EXTERIOR

Como salientamos no capítulo anterior, o primeiro objetivo do Masterplan é tirar das pessoas as coisas exteriores, alegando que são 'sem importância', que ferem a sensibilidade dos 'irmãos' não-católicos. Já vimos sua ofensiva contra os hábitos religiosos. Mas também existe um plano para conseguir que as pessoas deixem de usar medalhas, escapulários, terços, etc.

O Masterplan considera tudo isto 'importantíssimo', porque estas coisas aparentemente 'sem importância' são as que mantêm um ambiente de Cristo, da Virgem, de Deus... e ele precisa destroná-lo do ambiente.

Quanto ao escapulário e às medalhas, é fácil, diz o Masterplan: basta insistir que são coisas de beatos, coisas externas; coisas 'sem importância' e que, além disso, ofendem as idéias dos 'irmãos' protestantes; portanto, será melhor deixar de usá-los, e assim os protestantes se aproximarão mais facilmente da Igreja.

Até o presente ano (1972), o plano funcionou. O escapulário foi trazido por Nossa Senhora em 1261, quando apareceu em Londres a São Simão Stock, prometendo-lhe o máximo que se pode prometer. Prometeu livrar do inferno a todos que morressem com o escapulário. Mais do que isto não é possível prometer. Garante o Céu a quem morrer com sua vestimenta, com o escapulário. É algo incompreensível, coisas de mãe, mimos de amor. Mas é certo. A Virgem prometeu sem nenhuma condição, sem nenhuma exigência. Simples e impressionantemente: quem morrer com o meu escapulário irá para o céu.

Sou médico e aprendi a experiência a lição da morte. Sei que terei de morrer, que todos teremos de morrer. Sei que as sua mãos, querido leitor, vão morrer um dia, e também os seus olhos e o seu coração. Sei, e você também sabe, que eles apodrecerão e cheirarão tão mal que os seus próprios familiares darão um jeito de enterrá-lo; seus próprios filhos ou pais terão de fazer desaparecer seu corpo embaixo da terra, porque ninguém agüentará sua podridão.

Se, depois de morrer, você ganhou o Céu, fez o que tinha de fazer na terra. Se, ao invés, vai para o inferno, fez papel de bobo nesta vida. Se Kennedy e Cristóvão Colombo estão no Céu, é porque fizeram tudo certo em sua vida; se, porém, estão no inferno, é sinal que simplesmente bancaram os idiotas nesta vida, embora gozassem de muita fama, muita riqueza e poder.

Ganhar o Céu é o objetivo da vida de cada pessoa. Aquele que, no fim, se salva, sabe; mas aquele que não se salva, nada sabe. Pois bem, a Virgem Maria fez o oferecimento mais inaudito da história da humanidade: 'Quem morrer com o meu escapulário não irá para o inferno', o que é o mesmo que dizer: irá para o Céu.

Mais de trinta Papas recomendaram o escapulário, o usaram, o promoveram com as palavras mais bonitas que o vocabulário humano permite. Centenas de milhares de padres e bispos o encareceram ao longo de sete séculos, e o usaram milhões de católicos. Mas, de repente, como num passe de mágica, ninguém mais fala nele. Se alguém o procura numa igreja católica, não sei se o encontrará; os próprios carmelitas, às vezes não o têm, e nem sequer se preocupam em fazê-los. Como num passe de mágica, os escapulários sumiram; como se não servissem para mais nada; como se fossem coisas de beatos. Realmente, o Masterplan parece Ter tido êxito quanto a esta 'coisa sem importância', quanto ao escapulário. No entanto, ele continua sendo a arma singela de nossa Mãe, o mais carinhoso mimo da Virgem a seus filhos.

Querido amigo Católico, deseja ir para o Céu? É bem fácil: procure partir deste mundo com o escapulário. Use o escapulário. Quem lhe garante isto é sua Mãe, a Virgem Maria, a Mãe de Deus. Garantem o mesmo mais de trinta Papas. Não deixe enganar pelos diabólicos artifícios do Masterplan. Deixe que o chamem de 'beato', mas garanta o Céu.

A MISSA APENAS SIMBÓLICA

Também a Missa tinha que ser objeto do Masterplan. Não procura eliminá-la de uma só vez, porque seria impossível. Mas tem contra ela um plano de ataque especialíssimo. Esse plano consiste em tirar-lhe o sentido 'sagrado' de renovação incruenta do sacrifício da cruz, deixando-a reduzida a nada mais que um banquete de confraternização.

O Masterplan diz: os cristãos afirmam que a missa é banquete; pois insistimos nisto, e que fiquem só nisto, num banquete de irmãos.

Para tanto propõe vários detalhes. Vistos em separado, nenhum deles parece tirar qualquer coisa da Missa - diz o Masterplan - porém todos juntos a transformarão num banquete de 'confraternização', e quando o sacrifício do Calvário desaparecer da Missa, a 'fraternidade' também cairá, como cairia um mastro do qual se tirasse a base.

No começo, coisas simples e até razoáveis: que seja rezada no idioma de cada povo, para assim poderem se entender melhor os comensais. Com isto, diz o Masterplan, consegue-se suprimir um pouco o sentido misterioso, sagrado da Missa.

Que o padre olhe de frente para o povo! Isto será facilmente aceito, pois o padre não pode dar as costas aos fiéis. Com esta coisa tão simples, o Masterplan pretende alcançar outras mais importantes. A primeira é que Deus não seja o centro da Missa e sim os homens. Que o padre não olhe para Deus, mas para os homens. Assim o verão assoar o nariz, quando precisar - diz ironicamente.

Parece que nós cristãos engolimos esta pílula como uns patetas. Antes o padre não dava as costas ao povo, mas o rosto a Deus, como fazemos todos nós cristãos: aquele que está assentado na Segunda fila não dá as costas àquele que se encontra sentado na terceira fila, senão que dá o rosto a Deus.

Um pré-requisito essencial para um padre dizer a Missa é Ter diante de si um crucifixo. Mas agora acontece que o padre, ao olhar para o público, o crucifixo olha para o padre, porém dá as costas aos cristãos. E assim se acabará tirando o crucifixo do altar, como já tem acontecido em muitas igrejas.

Antes, no altar havia sempre relíquias de algum santo. Agora não são mais necessárias. Uma simples mesa de madeira, ou seja lá de que for, pois se trata de mero banquete.
Insistir na naturalidade! - encarece o Masterplan. Que o padre utilize as palavras que melhor lhe ocorrem e os movimentos que mais lhe agradam. Desde que faça a genuflexão na consagração, tudo o mais é supérfluo e pode fazê-lo do jeito que quiser. O importante é, pouco a pouco, ir despojando a Missa de tudo o que é misterioso e sagrado. E que, depois de lavar as mãos, continue usando os dedos polegar e indicador, que os use para outras coisas e, por fim também para consagrar.

Que se façam muitas leituras. Assim a Missa parecer-se-á mais aos cultos protestantes - enfatiza o Masterplan. O importante é que o sacrifício do Calvário fique reduzido ao mínimo possível, que deixe de ser o ponto central; que se façam belos sermões, se intercalem comentários, se cante a valer, um canto após outro, se saúdem os irmãos, que eles se peçam perdão, se abracem...insistir em tudo que ajuda a esquecer Deus, a deixar de adorá-lo. Que se adore o homem!

Como vêem, o Masterplan é esquisitamente diabólico, pois se baseia em coisas boas, porém seu objetivo é tirar a adoração a Deus, é fazer esquecer o sacrifício de Cristo...e, destruídos os alicerces, o mastro da 'fraternidade' desabará.

O sacrário tornou-se um problema, agora, porque, ao se colocar de frente para o público, o padre dará as costas ao sacrário. Portanto, será melhor tirá-lo do centro da igreja, deslocando-o para um lado, de maneira que o padre não lhe dê as costas durante a Missa. Desta maneira, explica o Masterplan, tiraremos os sacrários do centro das igrejas, o que representa um grande passo.

Devemos carregar na idéia do banquete. Sugerir que se colocassem mesas nas igrejas, a fim de que os cristãos se juntem, como em mesas de comer, a exemplo de Cristo e dos apóstolos, que se assentaram a uma mesa. Este será o ponto final, lemos no Masterplan, porque desta maneira Cristo estará fora, serão só os 'irmãos' confraternizando. O padre se assentará no meio, como um irmão a mais. A Missa tornar-se-á assim, em definitivo, uma reunião de irmãos, não um ato de adoração a Deus. A idéia do banquete de 'irmãos' eclipsará a do sacrifício de Cristo. Usar-se-á pão comum, e o que sobrar será jogado no lixo como outro pão qualquer, ou então dado aos cães! - Sugere ironicamente o Masterplan, acrescentando: deve-se bater muito na tecla do amor aos 'irmãos' protestantes e fazer com que a Missa se pareça o mais possível aos cultos deles, a fim de melhor atraí-los para a Igreja Católica. Que sutil e fina ironia a do Masterplan!

Cuidado, amigo padre, cuidado!

A EUCARISTIA SEM SENTIDO

Todo o esforço do Masterplan se dirige no sentido de acabar nos homens com o amor a Deus. Eis o seu raciocínio: se não se ama a Deus também não se amará ao próximo; o amor ao próximo não pode existir sem uma razão; o amor ao próximo torna-se impossível sem o amor a Deus.

A Eucaristia se constitui no centro do catolicismo - reconhece o Masterplan - visto ser nada menos que o Cristo- Deus feito pão, para ensinar os homens a se amarem. Não se pode tirar tudo de uma vez, porque nenhum católico aceitaria. Mas propõe um plano de ataque requintadamente diabólico: em primeiro lugar, deve-se procurar suprimir da Eucaristia, o máximo possível, todo o aspecto de sagrado: que as pessoas, por exemplo, não se ajoelhem para tomar a comunhão, insistindo que, por se tratar de uma comida, ela deve ser encarada de uma forma natural. Pegar a hóstia com a mão também ajuda a subtrair-lhe este sentido misterioso, divino, sagrado... é uma comida...então, pegá-la com a mão, normalmente, sem que no-la ponham na boca...Só aos bebês se põe a comida na boca... e que se use pão comum, sem mistérios, que nada soe a sagrado, mas a natural, que se coma, que se mastigue... que se faça como fez Cristo na última ceia.

É uma recomendação capaz de convencer a qualquer um: que se faça como fez Cristo... fazê-lo naturalmente. Mas o verdadeiro objetivo é escamotear gradualmente o sentido sagrado e misterioso da Eucaristia, é esvaziá-la. Mais importante é o segundo ponto: conseguir que Cristo-Deus não seja o centro da Eucaristia, insistindo na idéia da confraternização, do banquete de comunhão dos cristãos, onde eles se reúnem para se expressarem o amor mútuo.

Esta Segunda parte contém o mais essencial - salienta reiteradamente o Masterplan - e mostra que é fácil de conseguir: basta insistir nos elementos 'fraternidade', 'comunhão', 'reunião de irmãos'. E prossegue com ironia, dizendo: deixem que os 'irmãos' se reunam e se amem; mas faltando-lhes Cristo, faltando-lhes o Sagrado, vão terminar brigando 'fraternalmente'.

Para conseguir esse essencial, o Masterplan propõe muitas outras idéias, além das já expostas. Propõe que se eliminem as exposições do Santíssimo Sacramento, porque ali não há 'banquete de irmãos'. Propõe que se façam Missas e Comunhões em casas particulares, porque assim se tira o sentido 'sagrado' da Igreja, da Eucaristia. Claro, não se conseguirá tirar tudo de repente - lembra o Masterplan - mas ajudará a dissipar o sabor 'sagrado' da Eucaristia, substituindo-o por um sabor de confraternização.

O Masterplan sugere mil outros artifícios, que parecem 'sem importância', mas sempre visando o mesmo alvo: despojar a Eucaristia da sua aura 'sagrada'. Assim propõe que se deixe de usar a patena ao distribuir a Comunhão, porque - explica - se caem em pequenos fragmentos de hóstias, isto é de somenos. Afinal, se Deus está em toda parte, que mal faz que esteja também no chão?

Propõe que se trabalhe no sentido de os fiéis levarem hóstias para casa, a fim de colocá-las em quadros, ou que os pais de família as distribuam depois das refeições.

Como se vê uma vez mais, o Masterplan é refinadamente diabólico. Sugere coisas que parecem razoáveis, mas que não passam de solenes mentiras, disfarçadas em pele de verdade.

O objetivo final quanto à Eucaristia é infundir na mente das pessoas que mais importante do que comungar é amar ao próximo. Propagar a idéia que muitos comungam, mas não amam ao próximo... a esses dever-se-ia pendurar ao pescoço uma placa com a palavra 'hipócrita'. Porém, tudo isto aos poucos, mediante insinuações, porque se o expomos de repente, ninguém vai acreditar.

Atenção, amigo, atenção! Os filhos do diabo estão trabalhando duro... e bem. Por isso, novamente, atenção!

Felizmente, nem tudo foi sucesso para o Masterplan. O Concílio Vaticano II reiterou a extraordinária importância da Eucaristia em mais de cem ocasiões, salientando que ela 'é o centro da vida cristã e de todo apostolado... o sacramento especialíssimo para crer no amor a Deus e ao próximo, e dar fruto abundante... a fonte e o cume de todo o trabalho da Igreja... no sacramento da fé o Senhor nos deixou um compromisso de esperança e de força para peregrinar na vida. Nele, os elementos naturais se transformam em sua gloriosa carne e sangue, provendo-nos de um alimento de solidária fraternidade, e uma antecipação do banquete do Céu.'

Tampouco teve êxito em afastar os cristãos da Eucaristia. Constato, dia a dia, o número crescente da leigos que se aproximam com devoção da Eucaristia, a fim de viverem mais intensamente em Cristo e poderem amar mais aos irmãos, fazendo-se eco das palavras de Jesus: 'Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue terá a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é a verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele'.

SEM SANTOS E SEM MARIA

Isto faz parte dos primeiros passos do Masterplan: insistir que só a Deus se deve adorar, não a Nossa Senhora e aos Santos. O Masterplan é muito sutil nisto. Diz que os católicos entendidos sabem que a Igreja Católica só adora a Deus, e que os santos são venerados como amigos de Deus, não adorados. Mas que será muito fácil incutir nas pessoas simples a idéia que a Igreja Católica adora os santos, já que os mantém nos altares, e isso está muito errado, pois só a Deus se deve adorar.

Quanto aos santos, o Masterplan já obteve um êxito considerável. Na maioria das Igrejas da Espanha não se vêem mais santos nos altares; em cada lugar se alega uma razão diferente, mas o fato é que os santos sumiram de muitas igrejas.

Quando a Nossa Senhora... bem, este está sendo um 'osso duro de roer' para o Masterplan. Havia mil argumentos para desbancá-la no Concílio... mas as coisas lhe saíram erradas, Havia também muitas razões: para aproximar os 'irmãos' protestantes, não se devia insistir na grandeza de Nossa Senhora, não se devia lembrar a todo instante que é Mãe de Deus; bastava adorar a Cristo, o restante era desnecessário.

As coisas corriam bem para o Masterplan, no decorrer do Concílio. Parecia que, pela primeira vez na história da Igreja, a Virgem ia ser destronada de seu lugar privilegiado na liturgia e na cristandade... mas veio o papa Paulo VI em pessoa e a denominou 'Mãe da Igreja'... e o Concílio inteiro respondeu enaltecendo-a novamente como a Mãe de Deus, reiterando a sua inquebrantável veneração a tão grandiosa beleza, reafirmando todos os grandes títulos de Mãe, de Rainha... e acrescentando os de 'advogada nossa', 'nossa Auxiliadora' e 'nosso Socorro'. E terminou recomendando-nos a Maria, 'a fim de que, apoiados em sua maternal proteção, nos unamos mais a Jesus'... e nos lembrou que 'Nossa Senhora foi levada ao Céu em corpo e alma e, com sua multiforme intercessão, continua nos obtendo os dons da salvação eterna e continuará a fazê-lo até a consumação dos séculos'.

Como neste ponto se saiu mal durante o Concílio, o Masterplan continua trabalhando em surdina, tratando de mudar o sentido de algumas frases da Bíblia. Está procurando publicar Bíblias em que aparece alterado o capítulo I de São Lucas. Não se ria, querido leitor! Já saiu uma Bíblia católica que omite a frase dirigida a Maria como a 'cheia de graça', e essa Bíblia, editada em 1970, traz o nihil obstat do cardeal Patrick O'Boyle, arcebispo de Washington.

O Masterplan afirma - e com razão - que o capítulo I de São Lucas diz muitas coisas que precisam ser alteradas de qualquer maneira: Maria como Mãe de Deus, como cheia de graça, como bendita entre as mulheres, e a expressão 'me proclamarão bem - aventurada todas as gerações'. Igualmente precisa ser alterado o que diz São Mateus, afirmando que Maria foi Virgem e Mãe ao mesmo tempo, como tinha predito o profeta Isaías, muitos séculos antes. Já existem Bíblias que alteram algumas dessas frases, inclusive uma católica! Portanto, atenção, amigo!

O Masterplan considera essencial destronar a Virgem para destruir a Igreja. Assim sugere que se lhe tire o nome de Mãe de Deus e se a chame apenas de 'mulher', que foi a maneira como Cristo a denominou na Cruz. Sugere que se fale aos quatro ventos sobre os 'irmãos de Jesus', afirmando que Nossa Senhora teve mais filhos, e desta maneira anular-lhe o título de Virgem. Diz que isto será fácil de incutir na gente simples, sem cultura. Sugere que se deixe de rezar o terço, porque isto afugenta os 'irmãos' protestantes. Que não se façam novenas a Nossa Senhora, porque isto cheira a 'beatice'.

Mas a Virgem tem-se tornado um 'osso duro de roer' aos planejadores do Masterplan. No coração dos católicos ela continua sendo a 'cheia de graça', a 'bendita entre as mulheres', a 'Mãe de Deus e nossa Mãe'. Nada se pode dizer mais de uma pessoa do que a Bíblia fala de Maria; não existem palavras no vocabulário humano para dizer mais de um ser. Também não existem mais títulos que a Igreja possa inventar para aplicá-los a Maria: 'Rainha de todos os santos', 'Rainha das Virgens', 'Rainha dos Mártires', 'Porta do Céu', 'Mãe do Criador', 'Vigem Poderosa', 'Sede da Sabedoria', 'Rosa Mística', 'Torre de Davi', 'Casa de Ouro', 'Refúgio dos Pecadores', 'Consolo dos Aflitos', 'Nossa Advogada, nossa Medianeira, nossa Auxiliadora', 'Imaculada Conceição', 'Mãe da Igreja'... não existem palavras nem títulos que a Bíblia ou a Igreja possam idealizar para dizer mais de uma pessoa. Nossa Senhora continua, graças a Deus, no coração de todo bom cristão, e continua sendo o baluarte firme contra as armadilhas do inimigo.

VIVENDO COM O INIMIGO

Não existe pior inimigo do que aquele que se encontra em nosso próprio campo. O plano de Satanás era separar a Igreja do Estado e, em seguida, dividir a Igreja internamente. E o conseguiu.

Isto nos leva ao tema da maçonaria, que é um tema complexo. Os líderes desta sociedade se encontram em postos de comando na maioria das esferas econômicas, políticas, judiciais e sociais, de onde controlam a sociedade. Pat Robertson, em seu livro A Nova Ordem Mundial, depois de reconhecer que 'a maçonaria foi a responsável pelo maior impacto negativo na sociedade atual, tanto ao nível civil como religioso, para acabar com o que é de Deus', cita o ex-primeiro ministro inglês Benjamin Disraeli, que escreveu: 'O mundo é governado por personagens bem diferentes e em número muito inferior do que imaginam os que não se encontram atrás dos bastidores'. E logo depois, cita o presidente norte-americano Wilson Woodrow, cujo conselheiro principal era um desses que operavam por trás dos bastidores. Segundo Wilson, 'existe um poder tão organizado, tão sutil, tão vigilante, tão entrelaçado, tão completo e penetrante, que se a gente resolve condená-lo, deve fazê-lo em voz muito baixa'.

Como se vê, trata-se de uma enorme e perigosa rede mundial. Mas o que mais dói é Ter de reconhecer que essa rede se estende dentro da própria Igreja. É a chamada maçonaria eclesiástica, cujo objetivo consiste em destruir a Igreja por dentro.

Sobre essa estratégia da infiltração existe um livro, publicado por uma enfermeira católica francesa, que em 1960 atendeu a uma vítima de acidente automobilístico, a qual morreu ao dar entrada no hospital. O homem não tinha qualquer identificação, mas trazia na pasta umas notas biográficas, pelas quais ficou sabendo tratar-se de um agente secreto comunista, que conseguira introduzir-se na Igreja, primeiro como seminarista, depois como padre. Ao se dar conta do valor desses escritos, a enfermeira não hesitou em publicá-los. O livro intitulado AA 1025 - Memórias de um anti-apóstolo apresenta o relato da época que o personagem passou no seminário e das artimanhas usadas, ano após ano, para destruir tudo o que era católico romano. A história desse 'anti-apóstolo' começou quando um seu tio, membro do partido comunista, lhe disse: 'Vou enviá-lo para praticar o ateísmo militante internacional. Deverá combater todas as religiões, mas principalmente a católica, por ser a mais organizada'.

As notas também falam na infiltração e colocação de sacerdotes em pontos-chaves da Igreja, nas tentativas de abolir as tradições católicas com o objetivo final de reunir todas as religiões numa única religião universal, numa reunião de escritores para promover estes pontos de vista, e um plano completo de conotações diabólicas. Quando esse homem foi recrutado, era o número 1.025 num programa que enviava rapazes a seminários católicos do mundo inteiro. Desses, mais de 100 já tinham recebido a ordenação sacerdotal. No entanto, isto que foi revelado certamente não passa da minúscula ponta do gigantesco iceberg que se mantém submerso, isto é, oculto.


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Fonte: A Profetisa dos Tempos Finais, de Olivo Cesca.
Disponível em: Fim dos Tempos

Porque um Católico não pode ser Maçom?


Ao longo de sua história a Igreja Católica condenou e desaconselhou seus fiéis à pertença a associações que se declaravam atéias e contra a religião, ou que poderiam colocar em perigo a fé. Entre essas associações encontra-se a maçonaria. Atualmente, a legislação se rege pelo Código de Direito Canônico promulgado pelo Papa João Paulo II em 25 de janeiro de 1983, que em seu cânon 1374, afirma: "Quem ingressa em uma associação que maquina contra a Igreja deve ser castigado com uma pena justa; quem promove ou dirige essa associação deve ser castigado com entredito".

Esta nova redação, entretanto, apresenta duas novidades em relação ao Código de 1917: a pena não é automática e não é mencionado expressamente a maçonaria como associação que conspire contra a Igreja. Prevendo possíveis confusões, um dia antes de entrar em vigor a nova lei eclesiástica no ano de 1983, foi publicada uma declaração assinada pelo Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Nela se apresenta que o critério da Igreja não sofreu variação em relação às anteriores declarações, e a nominação expressa da maçonaria foi omitida para assim incluir outras associações. É indicado, juntamente, que os princípios da maçonaria seguem sendo incompatíveis com a doutrina da Igreja, e que os fiéis que pertençam a associações maçônicas não podem ter aceder à Sagrada Comunhão.


Neste sentido, a Igreja condenou sempre a maçonaria. No século XVIII, os Papas o fizeram com muito mais força, e no XIX persistira nisto. No Código de Direito Canônico de 1917 eram excomungados os católicos que fizessem parte da maçonaria, e no de 1983 o cânon da excomunhão desaparece, junto com a menção explícita da maçonaria, o que pôde criar em alguns a falsa opinião de que a Igreja por pouco aprovaria a maçonaria.

É dificil encontrar um tema - explica Federico R. Aznar Gil, em seu ensaio La pertenencia de los católicos a las agrupaciones masónicas según la legislación canónica actual (1995) - sobre o qual as autoridades da Igreja Católica tenham se pronunciado tão reiteradamente com no caso da maçonaria: desde 1738 a 1980 conservam-se não menos de 371 documentos, aos quais deve-se acrescentar abundantes intervenções dos dicastérios da Cúria romana e, a partir sobretudo do Concílio Vaticano II, as não menos numerosas declarações das Conferencias Episcopais e dos bispos de todo o mundo. Tudo isto está indicando que nos encontramos frente a uma questão vivamente debatida, fortemente sentida e cuja discussão não pode se considerar fechadas.

Quase desde a sua aparição, a maçonaria gerou preocupações na Igreja. Clemente XII, "In eminenti", havia condenado a maçonaria. Mais tarde, Leão XIII, em sua encíclica "Humanum genus", de 20 de abril de 1884, a qualificava de organização secreta, inimigo astuto e calculista, negadora dos princípios fundamentais da doutrina da Igreja. No cânon 2335 do Código de Direito Canônico de 1917 estabelecia-se que "aqueles que dão seu nome à seita maçônica, ou a outras associações do mesmo gênero, que maquinam contra a Igreja ou contra as potestades civis legítimas, incorrem ipso facto em excomunhão simplesmente reservada à Sede Apostólica".

O delito - segundo Federico R. Aznar Gil - consistia em primeiro lugar em dar o nome ou inscrever-se em determinadas associações. (...) Em segundo lugar, a inscrição devia se realizar em alguma associação que maquinasse contra a Igreja: se entendia por maquinar "aquela sociedade que, em seu próprio fim, exerce uma atividade rebelde e subversiva ou as favorecesse, quer pela própria ação dos membros, quer pela propagação da doutrina subversiva; que de forma oral ou por escrito, atua para destruir a Igreja, isto é, sua doutrina, autoridades em quanto tais, direitos, ou a legítima potestade civil". (...) Em terceiro lugar, as sociedades penalizadas eram a maçonaria e outras do mesmo gênero, com o qual o Código de Direito Canônico estabelecia uma clara distinção: enquanto o ingresso na maçonaria era castigado automaticamente com a pena de excomunhão, a pertença a outras associações tinha que ser explicitamente declarada como delitiva pela autoridade eclesiática em cada caso. Os motivos que argumentava a Igreja católica para sua condenação à maçonaria eram fundamentalmente: o caráter secreto da organização, o juramento que garantia esse caráter oculto de suas atividades e os pertubadores complôs que a maçonaria empreendia contra a Igreja e os legítimos poderes civis. A pena estabelecia diretamente a excomunhão, estabelecendo-se também uma pena especial para os clérigos e os religiosos no cânon 2336.

Também recordavam as condições estabelecidas para proceder à absolvição desta excomunhão, que consistiam no afastamento e a separação da maçonaria, reparação do escândalo do melhor modo possível, e cumprimento da penitência imposta. As conseqüências da excomunhão incluiam, por exemplo, a privação de sepultura eclesiática e de qualquer missa exequial, de ser padrinho de batismo, de confirmação, de não ser admitidos no noviciado, e o conselho - no caso das mulheres - de não contrair matrimônio com maçons, assim como a proibição ao pároco de assistir núpcias sem consultar o Ordinário.

A partir da celebração do Concílio Vaticano II, um incipiente diálogo entre maçons e católicos fez com que a situação começasse a mudar. Alguns Episcopados (França, Países Escandinavos, Inglaterra, Brasil ou Estados Unidos) começaram a revisar a atitude frente a maçonaria; por um lado revendo na história os motivos que levaram a Igreja a adotar essa atitude condenadora, tais como sua moral racionalista maçônica, o sincretismo, as medidas anticlericais promovidas e defendidas pelos maçons; e por outro lado, foi questionado que se pudesse entender a maçonaria como um bloco único, sem levar em conta a cisão entre a maçonaria regular, ortodoxa e tradicional, religiosa e aparentemente apolítica, e a segunda, a irregular, irreligiosa, política, heterodoxa.

Estes motivos e as mais ou menos constantes petições chegadas de várias partes do mundo a Roma, diálogos e debates, fizeram com que, entre 1974 e 1983, a Congregação para a Doutrina da Fé retomasse os estudos sobre a maçonaria e publicasse três documentos que supuseram uma nova interpretação do cânon 2335. Neste ambiente de mudanças, não é de se estranhar que o cardeal J. Krol, arcebispo de Filadélfia, perguntasse à Congregação para a Doutrina da Fé se a excomunhão para os católicos que se afiliavam à maçonaria seguia estando em vigor. A resposta a sua pergunta foi dada por seu Prefeito, em uma carta de 19 de julho de 1974. Nela é explicado que, durante um amplo exame da situação, tinha-se dado uma grande divergência nas opiniões, segundo os países. A Sede Apostólica acreditava oporutno, conseqüentemente, elaborar uma modificação da legislação vigente até que se promulgasse o novo Código de Direito Canônico. Advertia-se, entretanto, na carta, que existiam casos particulares, mas que continuava a mesma pena para aqueles católicos que dessem seu nome a associações que realmente maquinassem contra a Igreja. Enquanto que para os clérigos, religiosos e membros de institutos seculares a proibição seguia sendo expressa para a sua afiliação em qualquer associação maçônica. A novidade nesta carta residia na admissão, por parte da Igreja católica, de que poderiam existir associações maçônicas que não conspirassem em nenhum sentido contra a Igreja nem contra a fé de seus membros.

As dúvidas não tardaram em surgir: qual era o critério para verificar se uma associação maçônica conspirava ou não contra a Igreja?; e que sentido e extensão devia se dar a expressão conspirar contra a Igreja?

O clima generalizado de aproximação entre as teses de alguns católicos e maçons foi quebrado pela declaração de 28 de abril de 1980 Conferência Episcopal Alemã sobre a pertença dos católicos à maçonaria. Como aponta Federico R. Aznar Gil, a declaração explicava que, durante os anos de 1974 e 1980, foram se mantendo numerosos colóquios oficiais entre católicos e maçons; que por parte católica tinham sido examinados os rituais maçônicos dos três primeiros graus; e que os bispos católicos tinham chegado à conclusão de que havia oposições fundamentais e insuperáveis entre ambas as partes: "A maçonaria - diziam os bispos alemães - não mudou em sua essência. A pertença à mesmas questiona os fundamentos da existência cristã. (…) As principais razões alegadas para isso foram as seguintes: a cosmologia ou visão de mundo dos maçons não é unitária, mas relativa, subjetiva, e não pode se armonizar com a fé cristã; o conceito de verdade é, também, relativista, negando a possibilidade de um conhecimento objetivo da verdade, o que não é compatível com o conceito católico;

Também o conceito de religião é relativista (…) e não coincide com a convicção fundamental do cristão, o conceito de Deus simbolizado através do "Grande Arquiteto do Universo" é de tipo deístico e não há nenhum conhecimento objetivo de Deus no sentido do conceito pessoal de Deus do teísmo, e está impregnado de relativismo, o qual mina os fundamentos da concepção de Deus dos católicos (…).


Em 17 de fevereiro de 1981, a Congregação para a Doutrina da Fé publicava uma declaração que afirmava de novo a ex-comunhão para os caltólicos que dessem seu nome à seita maçônica e a outras associações do mesmo gênero, com o qual a atitude da Igreja permanece invariável, e invariável permanece ainda em nossos dias.
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