terça-feira, 10 de junho de 2014

CNBB distribui folhetos com críticas à gestão do governo para a Copa


A Pastoral do Turismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai distribuir panfletos nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo com críticas à gestão do governo para a competição. Os panfletos dão "cartão vermelho" à  inversão de prioridades no uso do dinheiro público do país para eventos como a Copa do Mundo, e critica o fato de o governo delegar responsabilidades públicas a grandes corporações e entidades privadas que se apropriam do esporte.

A CNBB ressalta, no entanto, que o governo só marcará o "gol da vitória" quando ninguém for perseguido por trabalhar em espaço público, e direitos dos consumidores e torcedores forem respeitados. 

Os folhetos foram impressos em três idiomas (português, espanhol e inglês) e mostram a preocupação da Igreja com oito pontos que merecem “cartão vermelho”. 

Padre usa paramentos de futebol na Santa Missa


E recomeça o Tempo Comum, se estendendo até o dia 30 de novembro de 2014.

O Cônego Luiz Carlos Magalhães aproveitou a cor litúrgica deste Tempo e a iminência da Copa do Mundo da Fifa, e se paramentou de um modo peculiar para torcer pela Seleção Brasileira, confirmando que a capacidade humana em inventar sempre supera as nossas expectativas.

Em defesa dos ateus


O mundo precisa respeitar mais o ateísmo. Pode parecer estranho que uma católica diga isto, mas, por favor, leve em consideração o que eu vou dizer.
 
Eu conheço um monte de ateus. No mundo acadêmico, uma fartura. Muitos deles estão convencidos de que o mundo os odeia. O cristianismo pode não estar no auge da sua popularidade hoje em dia, mas o ateísmo também não está.

 
Se você quer um bom emprego, declarar-se abertamente ateu pode não ser uma boa ideia. Você pode, no máximo, se dizer "não religioso". Mesmo os liberais, apesar do seu desconforto com a religião levada a sério, parecem considerar moralmente positivo frequentar uma igreja, tanto que um recente estudo norte-americano mostrou que os autoproclamados liberais, nos Estados Unidos, são especialmente propensos a exagerar o próprio nível de observância religiosa quando estão em ambientes sociais.
 
Os jornalistas liberais, às vezes, tentam usar casos como este para mostrar que a nossa sociedade é predominantemente pró-religião (e, de passagem, para dar a entender que boa parte das queixas de violações da liberdade religiosa são pura paranoia e busca de atenção). Na verdade, porém, não há muitas razões para que a sociedade se sinta “ameaçada” nem por ateus declarados nem por crentes religiosos, já que o que realmente está espalhado hoje pela sociedade é o triunfo da mornidão.
 

Pároco pede aos catequistas para se vestirem de palhaços na Santa Missa, o que fazer?


A Santa Missa é a celebração de um mistério sagrado; é a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando se tem essa visão as coisas ocupam os seus respectivos lugares, ou seja, Deus se torna o centro da celebração e abusos não acontecem. Entretanto, a Igreja vive um momento ímpar em sua história: o que se vê por todos os lados, é a inculturação, ou seja, o espaço sagrado sendo despido de sua sacralidade em nome de uma maior aproximação com o mundo. O mundo sendo trazido para dentro da Igreja, o rito sendo esvaziado de seu sentido e significado e, consequentemente, Deus sendo deixado à margem.

O Beato Cardeal John Henry Newman, acerca do sentido do sagrado diz que:

Os sentimentos de temor e do sagrado são ou não sentimentos cristãos? Ninguém pode em sã razão duvidar disso. São sentimentos que teríamos, em grau intenso, se tivéssemos a visão do Deus soberano. São sentimentos que teríamos se nos apercebêssemos claramente de sua presença. Na medida em que cremos que Ele está presente, devemos tê-los. Não tê-los é não perceber, não crer que Ele está presente. (Parochial and Plain Sermons, v. 5)

O Papa disse ou não disse isso?


Recebi por torpedo. Uma amiga me encaminhava a frase, dizendo: “O Papa disse”.
 
Era um texto dirigido aos jovens. Eu mal tinha começado a ler, quando saltou à vista uma frase que dizia que precisamos de santos que comam pizza e bebam cerveja, e que tomem refrigerante de cola (e dizia até a marca!). Então percebi que era um texto falso, porque o Papa nunca, jamais teria feito, faz ou fará propaganda de uma marca comercial.

 
Pesquisei e descobri que tal texto já havia circulado na internet há alguns anos, sendo falsamente atribuído ao Papa João Paulo II, e agora o tinham reciclado para atribuí-lo ao Papa Francisco.

 
Outro dia, no Facebook, publicaram um texto com a foto do Papa Francisco. Começava citando algo que o Papa disse no Ângelus, mas depois seguiam umas frases tão repetitivas e enfeitadas, que ficava evidente que o Papa não as havia dito nem de brincadeira!

 
Alguém usou uma parte da homilia do Papa, acrescentou o que lhe deu na telha e publicou, como se o Papa tivesse dito tudo aquilo!
 
E o pior é que tal texto já circulava nas redes sociais e em sites católicos administrados por pessoas que o divulgavam com boa vontade, mas de maneira imprudente.


Diocese entra na justiça contra pastor que incitou urinarem em imagens


A Igreja Católica, através da Diocese de Cajazeiras-PB, acionou a Justiça contra um grupo de evangélicos que teriam urinado sobre a imagem de uma santa na cidade de Carrapateira, no Alto Sertão da Paraíba. O grupo teria ainda incendiado a imagem.

A denúncia foi feita pelo padre Querino Pedro, titular da paróquia de Carrapateira. Ele revelou que estaria havendo uma espécie de perseguição dos evangélicos contra católicos da cidade.

Segundo o Padre Querino, as crianças de famílias católicas estariam sendo amedrontadas nas escolas por fieis de uma igreja liderada pelo polêmico pastor Luiz Lourenço , conhecido na região como Pastor Poroca.

“Eles dizem que as crianças estão condenadas ao inferno. Estão fazendo a cabeça das crianças para repudiarem Nossa Senhora”, comentou.
Padre Querino também denunciou o grupo de evangélicos por estarem pichando as paredes da paróquia com ofensas aos católicos. “Estão chamando os católicos de baratas pretas”, contou.

A Diocese de Cajazeiras emitiu uma Nota de Desagravo contra o grupo, em que diz estar acionando os órgãos públicos responsáveis “para que as devidas sanções sejam tomadas, de acordo com o Código Penal Brasileiro”.

Confira a nota na íntegra:

No Regina Coeli, Papa fala sobre a festa de Pentecostes


REGINA COELI
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 8 de junho de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A festa de Pentecostes comemora a efusão do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no Cenáculo. Como a Páscoa, é um evento que aconteceu durante a pré-existente festa judaica, e que leva a uma realização surpreendente. O livro dos Atos dos Apóstolos descreve os sinais e os frutos daquela extraordinária efusão: o vento forte e as chamas de fogo; o medo desaparece e dá lugar à coragem; as línguas se soltam e todos entendem o anúncio. Onde chega o Espírito de Deus, tudo renasce e se transfigura. O evento de Pentecostes marca o nascimento da Igreja e a sua manifestação pública; e nos surpreendem dois aspectos: é uma Igreja que surpreende e desordena.

Um elemento fundamental de Pentecostes é a surpresa. O nosso Deus é o Deus das surpresas, sabemos disso. Ninguém esperava mais nada dos discípulos: depois da morte de Jesus, eram um grupo insignificante, derrotados órfãos de seu Mestre. Em vez disso, se verifica um evento inesperado que desperta admiração: as pessoas ficam perturbadas porque cada uma ouvia os discípulos falarem em sua própria língua, contando as grandes obras de Deus (cfr At 2,6-7.11). A Igreja que nasce em Pentecostes é uma comunidade que causa admiração porque, com a força que vem de Deus, anuncia uma mensagem nova – a Ressurreição de Cristo – com uma linguagem nova – aquela universal do amor. Um anúncio novo: Cristo está vivo, ressuscitou; uma linguagem nova: a linguagem do amor. Os discípulos são revestidos de poder do alto e falam com coragem – poucos minutos antes estavam todos covardes, mas agora falam com coragem e franqueza, com a liberdade do Espírito Santo.

Assim é chamada a ser sempre a Igreja: capaz de surpreender anunciando a todos que Jesus Cristo venceu a morte, que os braços de Deus estão sempre abertos, que sua paciência está sempre ali nos esperando para nos curar, para nos perdoar. Justamente para esta missão Jesus ressuscitado doou o seu Espírito à Igreja.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Papa alerta sobre cristãos aproveitadores na Igreja


A Igreja “não é rígida”, “é livre”. Foi o que destacou o Papa Francisco, na Missa desta quinta-feira, 5, na Casa Santa Marta. Na homilia, o Pontífice advertiu para três grupos que se declaram cristãos: os “uniformizadores”, os “alternativos” e os “aproveitadores”. Para eles, a Igreja não é a casa própria, mas vivem de aluguel.

Francisco recordou que Jesus reza pela Igreja e pede ao Pai que entre os Seus discípulos não existam divisões nem brigas. Porém, muitos afirmam que pertencem à Igreja, mas estão com um pé dentro e outro fora dela. Desse modo, outorgam-se a possibilidade de estar em ambos os lugares.

Sobre os três grupos de pessoas que se dizem cristãs, o Santo Padre começou por aqueles que querem que todos sejam iguais na Igreja. “A uniformidade. A rigidez. São rígidos! Não têm aquela liberdade que o Espírito Santo dá. E confundem aquilo que Jesus pregou no Evangelho com a doutrina deles de igualdade. E Jesus nunca quis que a sua Igreja fosse rígida. Nunca. E essas pessoas, por esta atitude, não entram na Igreja. Declaram-se cristãos, católicos, mas sua atitude rígida os afasta da Igreja”.

Outro grupo é formado pelos alternativos, que são aqueles que sempre têm uma ideia própria que não condiz com a da Igreja, e sim constitui uma alternativa. Desse modo, a pertença dessas pessoas à Igreja é parcial. “Alugam-na até um certo ponto. Eles não estavam presentes no início da pregação evangélica! Pensemos nos gnósticos que o apóstolo João repreende fortemente: ‘Somos, sim, católicos, mas com essas ideias’. Uma alternativa. Não compartilham aquele sentimento próprio da Igreja”.

O terceiro grupo constitui-se por aqueles que se dizem cristãos, mas não entram no coração da Igreja. São os “aproveitadores”, que querem tirar vantagem da Igreja para interesses próprios, uma situação que existe desde o início dela.

“Nós os vimos em comunidades paroquiais, dioceses, congregações religiosas, em benfeitores da Igreja… são muitos! Vangloriam-se de serem benfeitores, mas do outro lado da mesa, fazem seus negócios. Eles também não sentem a Igreja como mãe, como sua”.