Recebi por torpedo. Uma amiga me encaminhava a frase,
dizendo: “O Papa disse”.
Era um texto dirigido
aos jovens. Eu mal tinha começado a ler, quando saltou à vista uma frase que
dizia que precisamos de santos que comam pizza e bebam cerveja, e que tomem
refrigerante de cola (e dizia até a marca!). Então percebi que era um texto falso,
porque o Papa nunca,
jamais teria feito, faz ou fará propaganda de uma marca comercial.
Pesquisei
e descobri que tal texto já
havia circulado na internet há alguns anos, sendo falsamente atribuído ao Papa João
Paulo II, e agora o tinham reciclado para atribuí-lo ao Papa Francisco.
Outro
dia, no Facebook, publicaram um texto com
a foto do Papa
Francisco.
Começava citando algo que o Papa disse
no Ângelus, mas depois seguiam umas frases tão repetitivas e enfeitadas, que
ficava evidente que o Papa não
as havia dito nem de brincadeira!
Alguém
usou uma parte da homilia do Papa, acrescentou o que lhe deu na telha e publicou,
como se o Papa tivesse
dito tudo aquilo!
E o
pior é que tal texto já
circulava nas redes sociais e em sites católicos administrados por pessoas que
o divulgavam com boa vontade, mas de maneira imprudente.
O que
fazer diante desta avalanche de apócrifos? Como podemos saber se um texto atribuído
ao Papa é
autêntico e vale a pena divulgá-lo, ou se é falso (em cujo caso o melhor a ser
feito é apagá-lo e pedir a quem o enviou que não o compartilhe mais)?
É
simples: selecione o texto, copie e cole-o em um buscador da internet e
observe as ocorrências. Imediatamente, você poderá ver os sites nos quais o texto foi
publicado.
Se o texto realmente
for do Papa, aparecerá, entre as primeiras ocorrências, o
site do Vaticano (www.vatican.va), bem como outras páginas oficiais, como News.va
e Rome Reports,, que costumam divulgar palavras do Papa que
nem sempre saem no site do Vaticano, como, por exemplo, as homilias que Francisco pronuncia
nas missas diárias na capela da sua casa em Santa Marta.
Porém,
se o texto for
falso, as primeiras ocorrências provavelmente serão blogs de pessoas
particulares ou talvez páginas católicas não oficiais, administradas por
pessoas que, pelo visto, se apressaram em publicar algo sem verificar sua
autenticidade.
A
regra de ouro é a seguinte: todo texto atribuído
ao Papa precisa
ser verificado: se for autêntico, divulgue-o; se não for, apague-o.
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Fonte: Desde la Fe
Disponível: Aleteia
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