A
seleção italiana não se deu nada bem no jogo de ontem e teve que voltar para
casa, mas em compensação os pesquisadores italianos do Hospital Pediátrico Bambino Gesù (Menino Jesus) marcaram um golaço:
eles desenvolveram uma técnica de manipulação de células-tronco
adultas que possibilita o transplante de medula óssea em pacientes que não
tiveram a sorte de encontrar um doador compatível! E assim trouxeram esperança
para crianças afetadas pela leucemia e outras doenças do sangue.
Há
quatro anos, o Vaticano anunciava que investiria milhões em pesquisas com
células-tronco adultas, e hoje os frutos estão sendo colhidos pela
equipe do seu hospital infantil. O procedimento inovador foi testado em 23
crianças com doenças do sangue raras e fatais, e 90% delas obtiveram a cura, que tem
grandes probabilidades de ser definitiva (é preciso a observação ao longo
dos anos)!
Nos
casos de leucemia aguda, a técnica foi testada em mais de 70 pacientes do
Bambino Gesù, com taxas de sucesso de 80%.
Isso significa que essas pessoas têm agora a mesma chance de sobreviver do que
aquelas que possuem um doador perfeitamente compatível.
Antes
dessa descoberta, o doador de medula era, em geral, um irmão imunogeneticamente
compatível com o paciente; porém, essa compatibilidade ocorre em apenas 25% dos
casos. Outra opção é o banco de doadores voluntários de Medula Óssea. Ainda
assim, quatro em cada dez pacientes não conseguem encontrar um doador
compatível com a urgência necessária, e muitos morrem durante a busca.
A
revolução trazida pelo hospital do Vaticano é que sua técnica possibilita que
as células-tronco sejam retiradas da medula do pai ou da mãe do paciente; as
células obtidas são manipuladas para servirem de modo eficaz à terapia. As
crianças de toda a parte poderão ser beneficiadas, especialmente as que vivem
em países mais pobres: segundo Giuseppe Profiti, diretor geral do Bambino
Gesù, a tecnologia
necessária é de baixo custo, o que a torna facilmente
replicável em todo o mundo (Fonte: Radio Vaticana).
Uhúuuul!
Os resultados foram publicados no site
da revista científica “Blood”, sendo noticiados também por importantes jornais
italianos, como o La Reppublica. Enquanto
isso, no Brasil… nada de novo sob o sol: o fato está sendo ignorado pela grande
mídia.