sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Agressão à Igreja Católica



A polêmica contra a Igreja Católica é falsa. O cardeal dom Orani Tempesta recusou liberar o Cristo Redentor para o filme ironicamente chamado “Inútil paisagem”, do cineasta José Padilha — que faria parte do longa-metragem “Rio, eu te amo” —, mas não o proibiu. As ofensas à Igreja Católica são parte da sacrofobia, e da cristofobia em particular, e muito comuns em artistas que se valem do escândalo como marketing pessoal. Uniram-se contra a legítima defesa do divino. Há uma clara manifestação de ódio contra a Igreja. Saudades do gênio Glauber Rocha, que respeitava o sagrado.

Dom Orani tem a governança sobre o Cristo Redentor. A proteção à imagem sagrada é dever do cardeal. Cristianismo, budismo, judaísmo, hinduísmo, islamismo e outras religiões governam a si mesmas. A cena pode ser realizada em qualquer outro lugar, mas negar à Igreja Católica o direito constitucional sobre si própria é uma expressão do autoritarismo cultural. É negar ao católico o direito de ser católico. Herbert Marcuse e Theodor Adorno estudaram esse fenômeno da liberação repressiva.

O culto da teofobia pretende destruir todas as dimensões do sagrado, negando sua autonomia. É a lógica da repressão black bloc. A ofensa não é à Cúria, mas ao Deus por ela anunciado. A imposição do profano como exercício da “liberdade de expressão” é típica do nazibolchevismo. Eis a liberdade repressiva tal como vimos nos regimes nacional-socialista, comunista e no terrorismo islâmico contemporâneos. A repressão quer exercer a dominação da intolerância e da censura prévia ao sagrado. Nietzsche propôs a destruição de todos os valores da civilização judaico-cristã, seguida à risca pelo nazismo.

Apresentado logotipo da visita do Papa ao Sri Lanka


A arquidiocese de Colombo publicou o logotipo da visita do PapaFrancisco ao Sri Lanka. O Pontífice visita o país entre os dias 12 e 15 de janeiro do próximo ano e de 15 a 19 estará nas Filipinas.

No centro do logo está a cruz do Sri Lanka, inspirada na cruz de São Tomé, encontrada – por volta de 1912 – nas escavações arqueológicas realizadas no centro histórico de Anuradhapura (uma das antigas capitais do Sri Lanka, famosa por suas ruínas otimamente conservadas pelas antigas civilizações locais). É também a cruz gloriosa ou a cruz da ressurreição, de onde brota a vida.

A cruz está em azul para lembrar a consagração do país a “Nossa Senhora de Lanka”, realizada após a Segunda Guerra Mundial. E como confirma o site da arquidiocese de Colombo, ela “fala também do nosso amor e da devoção que dedicamos a Nossa Senhora”. O azul é a cor utilizada pela cruz da bandeira católica do Sri Lanka.

Filipinas publica site e logomarca da visita do Papa ao país


A Conferência Episcopal das Filipinas publicou o site oficial da visita do Papa Francisco ao país, a ser realizada de 15 a 19 de janeiro de 2015. O portal http://papalvisit.ph vai apresentar todos os pormenores da visita, além de publicar o programa oficial quando este for divulgado pelo Vaticano.

Após a confirmação da viagem às Filipinas e Sri Lanka, ocorrida em 29 de julho, o Cardeal Louis Tagle, arcebispo de Manila, afirmou que a visita do Papa ao maiorpaís católico da Ásia será um “tufão espiritual”. “Misericórdia e compaixão”, por sua vez, são as duas palavras que definem o espírito desta visita, segundo o Núncio Apostólico em Manila, Dom Giuseppe Pinto.

O site, de fato, dá destaque a estas duas palavras – “Mercy and Compassion”, em inglês – que também estão em primeiro plano, em cursivo, na logomarca da visita, junto às palavras ‘Pope Francis e Papal visit 2015 – Philippines”.

Compõe ainda a logomarca uma imagem do Papa Francisco, sorrindo. Atrás do Pontífice, está colocada uma cruz branca e dourada de onde partem oito raios, transmitindo a ideia da compaixão e do amor misericordioso de Jesus e a obra evangelizadora da Igreja. Completando a composição, uma chama com as cores da bandeira das Filipinas e uma bandeira com um sol e oito raios e três estrelas, sobre um triângulo equilátero branco colocado ao lado de um estandarte.

O que devemos pensar a respeito do candomblé?


A história da Salvação passou por diversas fases, culminando com a vinda de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Desde o início, Deus teve que usar de uma pedagogia toda especial para retirar o homem da idolatria, seja de falsos deuses, seja de forças e princípios cósmicos. O candomblé e as religiões pagãs, todavia, permanecem nessa atitude de idolatria.

No candomblé, o deus maior não pode ser cultuado, mas tão-somente os orixás, as divindades menores que regem a vida de cada homem de acordo com a personalidade de cada um. Da mesma forma que nas antigas religiões greco-romanas, existe no candomblé um "deus", uma força cósmica para cada característica humana. E, igualmente, o "Deus" criador de todas as coisas não pode ser adorado, visto não ser possível manter nenhum tipo de relacionamento com o homem, dada a Sua perfeição e imutabilidade.


Não há como negar que existe uma certa lógica nesse pensamento pagão, pois, de fato, Deus Criador está muito além do homem, mera criatura. Ele "habita em luz inacessível" (ITm 6,16), porém, o Catecismo vai mais além e diz que "Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar de sua vida bem-aventurada." Para tanto, na plenitude dos tempos enviou Seu Filho (Gl 4,4), "como Redentor e Salvador (...). Nele e por Ele, chama os homens a se tornarem, no Espírito Santo, seus filhos adotivos" e, deste modo, torna-os seus herdeiros e participantes de sua vida. (CIC 01) 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Coréia do Norte proíbe os católicos de irem à missa do Papa Francisco em Seul


A Coréia do Norte rejeitou o convite da arquidiocese de Seul na Coréia do Sul e não permitirá a participação dos católicos na missa que o Papa Francisco presidirá na catedral de Myeondong no próximo dia 15 de agosto.

Assim informou a Associação de Católicos Norte-coreanos (KCA, por suas siglas em inglês), instituição dependente do governo, em uma carta na qual acusa a Coréia do Sul de “não ter cancelado as exercitações conjuntas com os EUA, gesto que torna a visita impossível“.


Segundo um funcionário da Conferência Episcopal sul-coreana, telefonado pela agência AFP,  “esta carta significa que o Norte considera difícil aceitar o convite e gerir a questão”.


O convite havia sido feito pela Arquidiocese de Seul ao governo de Pyongyang em 26 de maio, e depois reiterado nos dias seguintes.

Mensagem do Papa a Congresso do Celam sobre família



MENSAGEM
Mensagem do Papa Francisco ao I Congresso Latino-americano para a Pastoral Familiar (Cidade do Panamá, 4 a 9 de agosto de 2014)
Quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Queridos irmãos,

Uno-me de coração a todos os participantes neste I Congresso latino-americano de Pastoral Familiar, organizado pelo Celam, e os parabenizo por esta iniciativa em favor de um valor tão querido e importante hoje em nossos povos.

O que é a família? Para além de seus prementes problemas e de suas necessidades urgentes, a família é um “centro de amor”, onde reina a lei do respeito e da comunhão, capaz de resistir aos ataques da manipulação e da dominação dos “centros de poder” mundanos. Na casa familiar, a pessoa se integra natural e harmonicamente em um grupo humano, superando a falsa oposição entre indivíduo e sociedade. No seio da família, ninguém é descartado: tanto o idoso como a criança são bem vindos. A cultura do encontro e o diálogo, a abertura à solidariedade e à transcendência têm nela o seu berço.
Por isso, a família constitui uma grande “riqueza social” (cf Bento XVI, Cart. Enc. Caritas in veritate, 44). Neste sentido, gostaria de destacar duas contribuições primordiais: a estabilidade e a fecundidade.

As relações baseadas no amor fiel, até a morte, como o matrimônio, a paternidade, a filiação ou a irmandade, aprendem-se e se vivem no núcleo familiar. Quando estas relações formam o tecido básico de uma sociedade humana, dão-lhe coesão e consistência. Pois não é possível formar parte de um povo, sentir-se próximo, ter em conta os mais distantes e desfavorecidos, se no coração do homem estão quebradas estas relações básicas, que lhes oferecem segurança em sua abertura aos demais.

Além disso, o amor familiar é fecundo, e não somente porque gera novas vidas, mas porque amplia o horizonte da existência, gera um mundo novo; faz-nos acreditar, contra toda desesperança e derrotismo, que uma convivência baseada no respeito e na confiança é possível. Frente a uma visão materialista do mundo, a família não reduz o homem ao estéril utilitarismo, mas dá canal aos seus desejos mais profundos.

Papa retoma catequese evidenciando as bem-aventuranças

CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia !

Nas catequeses anteriores vimos como a Igreja é um povo, um povo preparado com paciência e amor de Deus, e ao qual todos nós somos chamados a pertencer. Hoje eu gostaria de destacar a novidade que caracteriza este povo:  é realmente um novo povo que se fundamenta na nova aliança estabelecida pelo Senhor Jesus com o dom de sua vida. Esta novidade não nega o caminho anterior, ou se opõe a ele, mas sim o leva adiante, o leva ao cumprimento.

1.            Há uma figura muito significativa, que atua como um elo entre o Antigo e o Novo Testamento: a de João Batista. Para os Evangelhos Sinóticos, ele é o “precursor”, aquele que prepara a vinda do Senhor, predispondo o povo à conversão do coração e a receber o consolo de Deus que está próximo. No Evangelho de João é a “testemunha”, pois permite-nos reconhecer em Jesus, Aquele que vem do alto para perdoar os nossos pecados e fazer de seu povo a sua esposa, primícias da nova humanidade. Como um “precursor” e “testemunha”, João Batista desempenha um papel central em toda a Escritura, pois atua como uma ponte entre a promessa do Antigo Testamento e seu cumprimento, entre as profecias e a realização em Jesus Cristo . Com o seu testemunho, João nos mostra Jesus e nos convida a segui-Lo, e nos diz, sem meio termo, que isso requer humildade, arrependimento e conversão: é um convite que faz se à humildade, arrependimento e conversão.

2.            Assim como Moisés realizou uma aliança com Deus em virtude da lei recebida no Sinai, assim Jesus, em uma colina à beira do lago da Galiléia, entrega aos seus discípulos e à multidão um novo ensinamento, que começa com as bem-aventuranças. Moisés deu a Lei no Sinai e Jesus, o novo Moisés, dá a lei na montanha, à beira do lago da Galiléia. As bem-aventuranças são o caminho que Deus mostra como uma resposta ao desejo de felicidade que é inerente ao homem, e aperfeiçoa os mandamentos da Antiga Aliança. Estamos acostumados a aprender os Dez Mandamentos – é claro, todos vocês sabem, aprenderam na catequese – mas não estamos acostumados a repetir as bem-aventuranças. Vamos memorizá-las e imprimi-las em nosso coração. Façamos uma coisa: eu vou dizer uma depois da outra e vocês repetem. Concordam?

Primeira:
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus”.
“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”.
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”.
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados”.
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.
“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus”.
“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus”.
“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e vos perseguirem e disserem todo o mal contra vós por minha causa.” Eu ajudo vocês: [o Papa repete com as pessoas] “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e vos perseguirem e disserem todo o mal contra vós por minha causa”.
“Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso recompensa nos céus”.

Bravo! Mas vamos fazer uma coisa: eu vou dar uma lição de casa, uma tarefa para fazer em casa. Peguem o Evangelho, aquele que vocês têm… Lembrem-se que vocês devem sempre levar um pequeno Evangelho com vocês, no seu bolso, bolsa, sempre; aquele que vocês têm em casa. Peguem o Evangelho, e nos primeiros capítulos de Mateus – creio que no capítulo quinto – estão as bem-aventuranças. E hoje, amanhã, vocês leem em casa. Vocês irão ler? [O povo responde: Sim] Não se esqueçam, porque é a lei que Jesus nos dá! Vocês irão fazer? Obrigado.

No Angelus, Papa destaca necessidade de compaixão e partilha

ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 3 de agosto de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Neste domingo, o Evangelho nos apresenta o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes (Mt 14, 13-21). Jesus o realiza ao longo do lago da Galileia, em um lugar isolado onde havia se retirado com os seus discípulos depois de saber da morte de João Batista. Mas tantas pessoas os seguiram e os alcançaram; e Jesus, vendo-as, sentiu compaixão e curou os doentes até a noite. Então os discípulos, preocupados com a hora tardia, sugeriram-lhe despedir a multidão para que pudesse ir aos povoados comprar algo para comer. Mas Jesus, tranquilamente, respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14, 16); e fazendo-se levar cinco pães e dois peixes, abençoou-os e começou a fracioná-los e a dá-los aos discípulos, que os distribuíam ao povo. Todos comeram e ficaram satisfeitos e mesmo assim sobrou!

Neste acontecimento, podemos ver três mensagens. A primeira é a compaixão. Diante da multidão que O segue e – por assim dizer – “não O deixa em paz”, Jesus não reage com irritação, não diz: “Este povo me cansa”. Não, não. Mas reage com um sentimento de compaixão, porque sabe que não o procuram por curiosidade, mas por necessidade. Mas estejamos atentos: compaixão – aquilo que sente Jesus – não é simplesmente sentir piedade; é mais! Significa com-paixão, isso é, identificar-se no sofrimento do outro a ponto de tomá-lo para si. Assim é Jesus: sofre junto a nós, sofre conosco, sofre por nós. E o sinal dessa compaixão são as numerosas curas por Ele realizadas. Jesus nos ensina a colocar as necessidades dos pobres antes das nossas. As nossas necessidades, por mais legítimas, não serão nunca tão urgentes como aquelas dos pobres, que não têm o necessário para viver. Nós falamos dos pobres. Mas quando falamos dos pobres, sentimos que aquele homem, aquela mulher, aquelas crianças não têm o necessário para viver? Que não têm o que comer, não têm o que vestir, não têm a possibilidade de remédios… Também que as crianças não têm a possibilidade de irem à escola. E por isto, as nossas necessidades, por mais legítimas, nunca serão tão urgentes como aquelas dos pobres que não têm o necessário para viver.