Os exorcistas "no particular ministério
exercido, em comunhão com seus bispos", manifestem "o amor e o
acolhimento da Igreja àqueles que sofrem por causa da obra do maligno": é
o que escreve o Papa Francisco numa mensagem enviada ao presidente da
Associação Internacional Exorcistas (AIE), Pe. Francesco Bamonte, que nestes
dias realizou seu primeiro Congresso após o reconhecimento jurídico por parte
da Congregação para o Clero, em junho passado. O evento, que teve a
participação de 300 exorcistas provenientes do mundo inteiro, tratou em
particular da difusão e consequências do ocultismo, satanismo e esoterismo. A
esse propósito, a Rádio Vaticano ouviu o porta-voz da Associação, o psiquiatra
Valter Cascioli. Eis o que disse:
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Papa acenderá as luzes da maior árvore de Natal do mundo
De sua casa, no Vaticano, usando um ‘tablet’, o
Papa acenderá este ano a maior árvore de Natal do mundo, no próximo dia 7 de
dezembro.
Instalada na encosta do Monte Ingino, na região
central da Itália, o efeito cromático da árvore em toda a região é único: mais
de 250 pontos de luz verde delineiam o perfil da árvore, que tem mais de 650
metros de altura. Iluminada também com 300 lâmpadas coloridas, tem no topo uma
estrela de mil m2. A realização entrou em 1991 no Livro Guiness dos recordes,
dez anos depois da primeira instalação.
A árvore fica acesa todo o período de Natal, até
depois da Epifania, e dezenas de milhares de pessoas visitam a região para
admirá-la.
Papa Francisco: estar do lado dos pobres é Evangelho, não comunismo
Terra, casa, trabalho: esses foram os três pontos
fundamentais em torno dos quais desenvolveu-se o longo e articulado discurso do
Papa Francisco aos participantes do Encontro Mundial dos Movimentos Populares,
recebidos esta terça-feira na Sala Antiga do Sínodo, no Vaticano. O Pontífice
ressaltou que é preciso revitalizar as democracias, erradicar a fome e a
guerra, assegurar a dignidade a todos, sobretudo aos mais pobres e
marginalizados.
Tratou-se de um veemente pronunciamento, ao mesmo
tempo, de esperança e de denúncia. Um discurso que, por amplidão e
profundidade, tem o valor de uma pequena encíclica de Doutrina Social. Ademais,
era natural que os Movimentos Populares solicitassem este encontro com o Papa
Francisco.
Efetivamente, na Argentina, como bispo e depois
como cardeal, Bergoglio sempre se fez próximo das comunidades populares como as
de "catadores de papel" e "camponeses". No fundo, nesta
audiência retomou o fio de um compromisso jamais interrompido.
O Santo Padre evidenciou já de início, no discurso,
que a solidariedade – encarnada pelos Movimentos Populares – encontra-se
"enfrentando os efeitos deletérios do império do dinheiro".
O Papa observou que não se vence "o escândalo
da pobreza promovendo estratégias de contenção que servem unicamente para
transformar os pobres em seres domésticos e inofensivos". Quem reduz os
pobres à "passividade", disse, Jesus "os chamaria de
hipócritas". Em seguida, deteve-se sobre três pontos chave:
"Terra, teto, trabalho. É estranho – disse –,
mas quando falo sobre estas coisas, para alguns parece que o Papa é comunista.
Não se entende que o amor pelos pobres está no centro do Evangelho."
Portanto, acrescentou, terra, casa e trabalho são "direitos
sagrados", "é a Doutrina social da Igreja".
Dirigindo-se aos "camponeses", Francisco
disse que a saída deles do campo por causa "de guerras e desastres
naturais" o preocupa. E acrescentou que é um crime que milhões de pessoas
padeçam a fome, enquanto a "especulação financeira condiciona o preço dos
alimentos, tratando esses alimentos como qualquer outra mercadoria". Daí,
a exortação do Papa Francisco a continuar "a luta em prol da dignidade da
família rural".
Em seguida, o Santo Padre dirigiu seu pensamento
aos que são obrigados a viver sem uma casa, como experimentara também Jesus,
obrigado a fugir com sua família para o Egito. Hoje, observou, vivemos em
"cidades imensas que se mostram modernas, orgulhosas e vaidosas".
Cidades que oferecem "numerosos lugares" para uma minoria feliz e,
porém, "negam a casa a milhares de nossos vizinhos, incluindo as
crianças".
Com pesar, Francisco ressaltou que "no mundo
globalizado das injustiças proliferam-se os eufemismos para os quais uma pessoa
que sofre a miséria se define simplesmente 'sem morada fixa'".
O Papa denunciou que muitas vezes "por trás de
um eufemismo há um delito". Vivemos em cidades que constroem centros
comerciais e abandonam "uma parte de si às margens, nas periferias".
Por outro lado, elogiou aquelas cidades onde se
"segue uma linha de integração urbana", onde "se favorece o
reconhecimento do outro". Em seguida, foi a vez de tratar da questão do
trabalho:
"Não existe – ressaltou – uma pobreza material
pior do que a que não permite ganhar o pão e priva da dignidade do
trabalho." Em particular, Francisco citou o caso dos jovens desempregados
e ressaltou que tal situação não é inevitável, mas é o resultado "de uma
opção social, de um sistema econômico que coloca os benefícios antes do
homem", de uma cultura que descarta o ser humano como "um bem de
consumo".
Falando espontaneamente, ou seja, fora do texto, o
Pontífice retomou a Exortação apostólica "Evangelii Gaudium" para
denunciar mais uma vez que as crianças e os anciãos são descartados. E agora se
descartam os jovens, com milhões de desempregados, disse ainda. Trata-se de um
desemprego juvenil que em alguns países supera 50%, constatou. Todos, reiterou,
têm direito a "uma digna remuneração e à segurança social".
Aqui, disse o Pontífice, encontram-se
"catadores de papel", vendedores ambulantes, mineiros,
"camponeses" aos quais são negados os direitos do trabalho, "aos
quais se nega a possibilidade de sindicalizar-se". Hoje, afirmou,
"desejo unir a minha voz à de vocês e acompanhá-los em sua luta".
Em seguida, Francisco ofereceu sua reflexão sobre o
binômio ecologia-paz, afirmando que são questões que devem concernir a todos,
"não podem ser deixadas somente nas mãos dos políticos". O Santo
Padre afirmou mais uma vez que estamos vivendo a "III Guerra
Mundial", em pedaços, denunciando que "existem sistemas econômicos
que têm que fazer a guerra para sobreviver":
"Quanto sofrimento, quanta destruição _ disse
o Papa –, quanta dor! Hoje, o grito da paz se eleva de todas as partes da
terra, em todos os povos, em todo coração e nos movimentos populares: Nunca
mais a guerra!"
Um sistema econômico centralizado no dinheiro –
acrescentou – explora a natureza "para alimentar o ritmo frenético de
consumo" e daí derivam feitos destrutivos como a mudança climática e o
desmatamento. O Papa recordou que está preparando uma Encíclica sobre a
ecologia assegurando que as preocupações dos Movimentos Populares estarão presentes
nela. O Pontífice perguntou-se por qual motivo assistimos a todas essas
situações:
"Porque – respondeu – neste sistema o homem
foi expulso do centro e foi substituído por outra coisa. Porque se presta um
culto idolátrico ao dinheiro, globalizou-se a indiferença." Porque, disse
ainda, "o mundo esqueceu-se de Deus que é Pai e tornou-se órfão porque
colocou Deus de lado".
Igreja sem Maria torna-se num orfanato – o Papa com o Movimento Schoenstatt
O encontro com o Papa Francisco foi em forma de diálogo, com perguntas e respostas, inspiradas nos temas que acompanharam a preparação das celebrações do Centenário de Schoenstatt.
Sobre a família o Papa disse que “a família cristã e o matrimonio nunca foram tão atacados como agora, direta ou transversalmente”. E reiterou que “não se pode reduzir o sacramento do matrimonio a um rito social”. “Casamento é para sempre”, lembrou, ressalvando “que na sociedade, hoje, é comum a cultura do provisório”.
O Papa afirmou que a missão da Igreja é ajudar 'corpo a corpo', não fazendo proselitismo, mas acompanhando. “A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração”, disse ainda, citando Bento XVI.
sábado, 25 de outubro de 2014
Os eventuais governantes eleitos podem ser espinhos agudos na vida do povo brasileiro
O encontro e o confronto de Jesus com
as pessoas são carregados de ensinamentos. Ninguém passa em vão ao seu lado e
todos são conduzidos à escolha de valores, com os quais podem orientar os rumos
de suas vidas. Também os adversários são positivamente provocados a fazerem
suas opções, como aconteceu com líderes de tendências religiosas e políticas,
quais sejam os fariseus e os saduceus. As correntes de pensamento e orientação,
cada qual com seus mestres, mostravam as preferências, quando constituíam
escolas ou até seitas.
Não é difícil perceber que os
ensinamentos de Jesus molestavam seus interlocutores (Cf. Mt 22, 34-40).
Demonstra-o bem a atitude de grupos de ativistas que confabulavam para fazê-lo
cair numa armadilha e posteriormente denunciá-lo às autoridades. Para
colocá-lo à prova, alguém lhe pergunta sobre o maior mandamento da lei de
Moisés. Os escribas listavam nada menos do que seiscentos e treze mandamentos,
dos quais trezentos e sessenta e cinco eram proibições e duzentos e quarenta e
oito preceitos. E estes perguntavam sobre o valor dos mandamentos, ou se alguns
eram mais consideráveis, ou um deles pudesse ser o "mais" importante
de todos.
A resposta de Jesus conduz o diálogo
ao centro das opções a serem feitas e dá critérios para discernir o cumprimento
da lei: não é mais decisivo a quantidade de preceitos a serem obedecidos, mas a
qualidade e os motivos da obediência. A obediência a Deus é uma questão de
amor. Só quando se escolhe com amor para obedecer é que se realiza a vontade de
Deus. O obediente é diferente do escravo, porque ama a quem obedece. O
essencial não é tanto seguir escrupulosamente um código de normas, mas os
motivos e os beneficiários de nossa obediência, Deus e o próximo. O maior
mandamento da lei é “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com
toda a tua alma e com todo o teu entendimento! Esse é o maior e o primeiro
mandamento. Ora, o segundo lhe é semelhante: Amarás teu próximo como a ti
mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos” (Mt 22,
37-40).
Todas as nossas escolhas nos demais
campos da vida haverão de ser condicionadas a estas prioridades, amar a Deus e
ao próximo. Daí nascem, por exemplo, os critérios para a vida em família, como
expressou magnificamente a Mensagem dos Padres Sinodais, divulgada há poucos
dias: "Existe também a luz que de noite resplandece atrás das janelas nas
casas das cidades, nas modestas residências de periferia ou nos povoados e até
mesmos nas cabanas: ela brilha e aquece os corpos e almas. Esta luz, na vida
nupcial dos cônjuges, se acende com o encontro: é um dom, uma graça que se
expressa – como diz o Livro do Gênesis (2,18) – quando os dois vultos estão um
diante do outro, em uma “ajuda correspondente”, isto é, igual e recíproca. O
amor do homem e da mulher nos ensina que cada um dos dois tem necessidade do
outro para ser si mesmo, mesmo permanecendo diferente ao outro na sua
identidade, que se abre e se revela no dom mútuo". A partir do amor a Deus
e ao próximo se ilumina o trabalho humano e o esforço por construir um mundo mais
justo, as decisões no estudo e na ciência, as prioridades na organização da
sociedade ou as iniciativas de reconciliação entre pessoas e grupos. Daí nascem
também critérios para as escolhas a serem feitas pelos cidadãos no campo da
política!
“É preciso reler o Evangelho pela ótica gay”, escreve Frei Betto
O frade dominicano e escritor Frei Betto publicou
um polêmico artigo no Jornal O Globo intitulado “Deus é gay”?
Ovacionado pelos seguidores da Teologia da
Libertação e setores da sociedade que toleram uma Igreja subtraída de sua
Moral e Tradição, o religioso tenta justificar suas palavras na conduta do Papa
Francisco, sequestrada para justificar sua tese de que a Igreja deve adotar uma
leitura homossexual das escrituras.
Betto afirma que “nunca antes na história da
Igreja um papa ousou, como Francisco, colocar a questão da sexualidade no
centro do debate eclesial: homossexualidade, casais recasados, uso de
preservativo etc.”. A citação do Frei que também é jornalista é no mínimo uma
desinformação . Todos estes temas foram abordados com amplitude por São João
Paulo II em sua Teologia do Corpo.
Papa Francisco receberá o maior prêmio da Universidade israelense Bar Ilan
A Universidade israelense Bar Ilan de
Tel Aviv dará ao Papa Francisco sua mais alta honraria, a Award Distinction
(Prêmio de Distinção), no dia 27 de outubro, no Vaticano, na presença de
dirigentes da Universidade além de empresários da América Latina e da Espanha.
Um comunicado do Instituto explica que
a Universidade decidiu atribuir o prémio ao Papa argentino "pelos seus
esforços contínuos e pelo seu compromisso em construir pontes entre mundos
diferentes, promovendo a paz e a harmonia entre as Nações e as crenças,
defendendo os direitos humanos e lutando por eles”.
Anunciado encontro de movimentos populares no Vaticano
O Pontifício Conselho Justiça e Paz,
em parceria com a Academia Pontifícia das Ciências Sociais e com líderes de
diversos movimentos, organizou para os dias 27 a 29 de outubro de 2014 um
Encontro Mundial dos Movimentos Populares.
A iniciativa foi apresentada nesta sexta-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé
pelo cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz,
por dom Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da Academia Pontifícia das Ciências
Sociais, e por Juan Grabois, do Comitê Organizador do Encontro e da
Confederação de Trabalhadores da Economia Popular.
O primeiro e o terceiro dias (27 e 29)
acontecerão no Salesianum; o segundo dia (28) na Sala Antiga do Sínodo, com a
participação do Santo Padre. O encontro é voltado principalmente às
organizações e movimentos dedicados às populações excluídas.
Bispos e outros trabalhadores de
vários países estão convidados para estimular o diálogo e a parceria desses
movimentos com a Igreja. A reunião acontecerá em espanhol, francês, inglês,
italiano e português. O encontro se encerrará com a criação de uma instância
internacional de coordenação entre os movimentos populares, com o apoio da
Igreja.
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