O Pontifício Conselho Justiça e Paz,
em parceria com a Academia Pontifícia das Ciências Sociais e com líderes de
diversos movimentos, organizou para os dias 27 a 29 de outubro de 2014 um
Encontro Mundial dos Movimentos Populares.
A iniciativa foi apresentada nesta sexta-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé
pelo cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz,
por dom Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da Academia Pontifícia das Ciências
Sociais, e por Juan Grabois, do Comitê Organizador do Encontro e da
Confederação de Trabalhadores da Economia Popular.
O primeiro e o terceiro dias (27 e 29)
acontecerão no Salesianum; o segundo dia (28) na Sala Antiga do Sínodo, com a
participação do Santo Padre. O encontro é voltado principalmente às
organizações e movimentos dedicados às populações excluídas.
Bispos e outros trabalhadores de
vários países estão convidados para estimular o diálogo e a parceria desses
movimentos com a Igreja. A reunião acontecerá em espanhol, francês, inglês,
italiano e português. O encontro se encerrará com a criação de uma instância
internacional de coordenação entre os movimentos populares, com o apoio da
Igreja.
Espera-se a participação de cerca de
100 delegados, reunindo trabalhadores em situações de precariedade ou sazonais,
migrantes e participantes de setores populares, informais, sem proteção legal,
sem reconhecimento sindical e sem direitos trabalhistas, além de trabalhadores
rurais sem terra, membros de povos indígenas, moradores de subúrbios e
assentamentos informais e marginalizados sem infraestrutura urbana.
O dirigente popular Juan Grabois
afirma que, além do desejo dos grandes ideais de justiça e de paz, o encontro
tem objetivos concretos: que as maiorias populares tenham acesso a "terra,
teto e trabalho". Grabois agradeceu ao papa porque "ele nos fortalece
para seguir em frente na nossa convicção ativa de que um mundo melhor é
possível".
Dom Marcelo Sánchez Sorondo,
respondendo a ZENIT, declarou que, com a Evangelii Gaudium, o papa Francisco
não mudou a Doutrina Social da Igreja, mas sim o seu enfoque, se levarmos em
conta a frase "globalização da indiferença". Ele precisou também que
não se trata de questões políticas partidaristas ou ideológicas, e sim de
despertar a política, no sentido de “polis”, para a realidade dos
marginalizados, a fim de conseguir a sua integração.
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Fonte: ZENIT
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