segunda-feira, 16 de março de 2015

Participar da Santa Missa aos domingos!


Dentro da quaresma nos é proposto um momento oportuno de reflexão. Somos chamados a fazer exercícios espirituais intensos e de uma acurada revisão de nossa vida e do nosso agir cristão. Por ocasião da quaresma quero propor algumas “gotas” de santidade para a nossa profunda renovação espiritual.

Começo fazendo uma pergunta ao meu leitor: você participa todos os domingos da celebração da Santa Missa? Não vou nem fazer aquela pergunta clássica se você vai assistir à missa, porque isso não existe, você vai é participar, você é ativo, enquanto Assembleia orante dos fiéis, na celebração da Santa Missa.

Na celebração dominical da Santa Missa nós nos reunimos enquanto comunidade eclesial de fiéis. Não existe este negócio de que eu não vou na missa, porque rezo em casa. A única oração agradável a Deus, no recesso de nosso quarto, é a oração individual. Ninguém de nós é ilha, reza sozinho. Por isso a missa é a atualização da paixão, morte e ressurreição de Cristo, conforme a realização do desígnio do Pai: “Jesus se ofereceu na cruz por nós, cumprindo em si mesmo as suas próprias palavras quando disse que: ‘ninguém tem maior do que aquele que dá a sua vida por seus amigos, por quem ama”(Jo 15,13).

A missa é a maior e a mais sublime festa que um batizado deve participar: o que somos e temos, nós recebemos gratuitamente do Senhor, por isso devemos ser agradecidos ao Criador, participando da Santa Missa, que é um preceito dominical. Como é bonito ver famílias unidas chegando para a celebração da Santa Missa. Não por desencargo de consciência ou por pseuda obrigação. Participar, com alegria e ação de graças, da atualização dos mistérios da nossa fé, da Santa Missa quando adoramos ao Deus Uno e Trino, agradecendo as obras de Deus, elevando a nossa gratidão aos céus, para pedir os nossos pedidos, para pedir pelo sufrágio dos fiéis defuntos, para receber o Santíssimo Corpo e o Santíssimo Sangue de Jesus, sua Alma e Divindade. 

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2015: igrejas do Brasil promovem unidade com diversidade.


Uma visão de unidade cristã acompanhada por respeito pela diversidade inspirou o processo de elaboração dos materiais deste ano da Semana Nacional de Oração pela Unidade dos Cristãos e Cristãs (SOUC). O grupo responsável pelo material, formado de representantes de igrejas e organismos ecumênicos, ressaltou o valor da unidade cristã numa época em que a intolerância religiosa cresce ao redor do mundo. O material é publicado em parceria pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e pelo Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos.

Tradicionalmente celebrada entre 18 e 25 de janeiro (no hemisfério Norte) ou em Pentecostes (no hemisfério Sul), a edição deste ano, que será comemorada entre 17 e 24 de maio, enfoca um tema inspirado no evangelho de João: “Dá-nos um pouco da tua água”.

Enviado em 2012 pela Comissão de Fé e Ordem do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), o convite para preparar o material foi, ao mesmo tempo, uma oportunidade e um desafio para o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Liderado pelo presidente, dom Manoel João Francisco, e pela secretária-geral, pastora Romi Bencke, o CONIC reuniu um grupo de representantes de suas igrejas-membro e membros fraternos, como o Centro de Estudos Bíblicos (CEBI) e o Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI).

O grupo de trabalho reuniu-se em fevereiro e março de 2013 e concluiu a proposta em julho. O Comitê Internacional designado pelo CMI e pelo Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos reuniu-se em setembro de 2013, em São Paulo, Brasil, para finalizar o material.

“O grupo brasileiro e o grupo internacional conviveram e trabalharam juntos durante cinco dias na periferia de São Paulo em setembro de 2013. O grupo internacional teve uma rica experiência de descoberta da realidade brasileira e dos desafios à unidade cristã, inseparáveis da luta contra a intolerância cultural e religiosa que cresce no Brasil”, lembrou o Dr. Odair Pedroso Mateus, um dos coordenadores da Comissão de Fé e Ordem do CMI.

O tema de 2015 foi inspirado pelo Evangelho de João, que fala do encontro de Jesus com a mulher samaritana, um símbolo de amor que tem o poder de diminuir as barreiras baseadas na religião, etnia ou cultura. A proposta de material foi elaborada pelo grupo e trabalho do CONIC.

O gesto bíblico de oferecer água a quem chega, como forma de boas-vindas e partilha, e algo presente em todas as religiões no Brasil. Espera-se que o estudo e a meditação propostos sobre a história de Jesus encontrando a mulher samaritana perto do poço possam ajudar as pessoas e as comunidades a perceber a dimensão dialógica do projeto de Jesus, que chamamos de Reino de Deus.

domingo, 15 de março de 2015

Papa diz no Angelus que "Deus nos ama com amor gratuito e sem limites" e lamenta atentados anticristãos que o mundo esconde.


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 15 de março de 2015

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje nos oferece as palavras pronunciadas por Jesus a Nicodemos: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único” (Jo 3, 16). Ao ouvir esta palavra, dirigimos o olhar do nosso coração a Jesus Crucificado e sentimos dentro de nós que Deus nos ama, nos ama de verdade, e nos ama muito! Esta é a expressão mais simples que resume todo o Evangelho, toda a fé, toda a teologia: Deus nos ama com amor gratuito, e sem limites. É assim que Deus nos ama.

Deus demonstrou este amor, sobretudo, na criação, como proclama a liturgia, na Oração Eucarística IV: “fizestes todas as coisas para cobrir de bênçãos as vossas criaturas e a muitos alegrar com a vossa luz”. Na origem do mundo está apenas o amor livre e gratuito do Pai. Santo Irineu, um santo dos primeiros séculos, escreveu: "Deus não criou Adão porque precisava do homem, mas para ter alguém para cumular com os seus benefícios" (Adversus haereses, IV, 14, 1). Assim é o amor de Deus.

Assim prossegue a Oração Eucarística IV: “E quando pela desobediência perderam a vossa amizade, não os abandonastes ao poder da morte, mas a todos socorrestes com bondade, para que, ao procurar-vos, vos pudessem encontrar”. Ele veio com a sua misericórdia. Como na criação, também nas etapas sucessivas da história da salvação ressalta a gratuidade do amor de Deus: o Senhor escolhe seu povo não porque este mereça, e diz-lhe assim: Eu o escolhi, precisamente porque é o menor entre todos os povos. E quando chegada ‘a plenitude dos tempos’, apesar dos homens não terem cumprido mais uma vez a aliança, Deus, em vez de abandoná-los, estreitou com eles um novo vínculo, com o sangue de Jesus, o vínculo da nova e eterna aliança, um vínculo que nada poderá romper nunca. 

Respeitar a Constituição


O Brasil está no limite da governabilidade. A inconformidade com o resultado eleitoral, as denúncias de corrupção, as medidas governamentais contrárias a interesses localizados, a frustração diante de expectativas não realizadas, são fatores que levam ao clima de descontentamento, que se traduz em inquietações generalizadas, com risco de graves equívocos, que colocam em risco a normalidade democrática e a estabilidade constitucional.

Diante disto se faz necessária uma redobrada atenção, para não agravarmos a situação com atitudes precipitadas, inviabilizando as soluções mais adequadas.

Neste contexto, emerge com evidência um critério a ser seguido com absoluta prioridade: o respeito à ordem constitucional. Pois só a garantia constitucional pode assegurar a validade do procedimento democrático que permite avançar soluções viáveis e consensuadas.

Em consequência, devem ser esconjuradas todas as tentativas de quebra constitucional. O zelo pela democracia nos impele a rejeitar com firmeza toda tentativa de golpe.

Portanto, fora o golpe, e fora todas as manobras que induzem a ele!

Pois na verdade, o clima de tensão e de anseio pela superação da crise, podem nos levar a apoiar posições que escondem a intenção de provocar a instabilidade, e assim encontrar respaldo para medidas de exceção, com legalidade aparente e forjada.

Campanha da Fraternidade e corrupção


A Campanha da Fraternidade deste ano realiza-se  no momento em que o povo, em geral, experimenta grande mal estar diante da crise ética e moral por que passam certos setores do nosso país.

Oportunamente, a Campanha da Fraternidade da Igreja neste ano tem como objetivo aprofundar o diálogo e a colaboração entre Igreja e Sociedade. Aliás, a Igreja católica sempre esteve presente, desde o começo, na vida e na história da sociedade brasileira e deseja continuar contribuindo, respeitando a laicidade do Estado e a autonomia das realidades terrestres, com a dignificação do ser humano.  Para tanto, ela  se propõe  a  trabalhar junto com os demais cidadãos e instituições para o bem comum de todos os brasileiros.

No Documento da V Conferência do Episcopado da América Latina e Caribe, os bispos insistem em dizer que "a Igreja não se identifica com os políticos, nem com interesses de partidos. Sua missão neste setor, é ensinar critérios e valores irrevogáveis, orientar as consciências, educar  nas virtudes individuais e políticas, ser advogada da justiça e da verdade.”

Especificamente,  são os cristãos leigos a presença da Igreja no coração do mundo e devem assumir sua responsabilidade na vida pública, contribuindo, à luz do evangelho e do ensino social da Igreja, com a construção de uma sociedade humana e solidária, opondo-se a toda forma  de injustiça. 

sábado, 14 de março de 2015

Carta pastoral de dom Carlos Osoro: "O maior pecado do ser humano é a insensibilidade e a dureza do coração".


TRANSFORMAR O MUNDO EM TEMPLO DE DEUS E DO HOMEM


Deus quer transformar o mundo com a nossa conversão. E a nossa verdadeira conversão começa com um desejo imenso e profundo que implora perdão e salvação. Daí a importância da oração cristã, que é oposta à evasão da realidade ou a um intimismo consolador. A oração cristã é força de esperança, é expressão máxima da fé em um Deus que é Amor e que nunca abandona o homem. A conversão é convite a voltar sempre para os braços de Deus, a confiarmos nele, a nos deixarmos regenerar pelo seu Amor. É uma graça, um dom que abre o coração à bondade de Deus.

Impressionam sempre aquelas palavras do Evangelho: “Fazendo um chicote de cordões, Ele os expulsou do templo…” (cf. Jo 2, 13-25). É um gesto profético de verdadeira provocação, que quer desbaratar toda a manipulação do nome de Deus, que não tolera que o homem e o templo apodreçam. Por isso, Jesus diz: “Não transformeis a casa do meu Pai em um mercado” (cf. Jo 2, 13-25). Esta ação de Jesus nos leva para mais longe. O templo que Ele quer não é um templo construído pelos homens, mas por Deus. Cristo veio para nos ensinar a fazer deste mundo um templo de Deus, onde o homem seja respeitado e considerado com a dignidade com que Deus mesmo o criou. Ele veio para devolver ao ser humano a sua liberdade, oferecendo-nos o caminho que a presenteia a nós, para podermos nós também oferecê-la com a nossa vida: “Destruam este templo e em três dias eu o levantarei… Ele falava do templo do seu corpo” (cf. Jo 2, 13-25).

Para transformar o mundo em templo de Deus e do homem, é necessário saber escutar e obedecer a Deus. O segredo para ter um coração que entenda é formar um coração capaz de escutar. Urge levar a sério a escuta de Deus, ouvir a sua Palavra e, assim, obedecer a Deus, que, em Jesus Cristo, nos presenteou o modo de ser e de viver do homem verdadeiro, o modo de estar junto dos homens. O maior pecado do ser humano é a insensibilidade e a dureza do coração; por isso, converter-se a Cristo, fazer-se cristão, é receber um coração de carne, sensível e com paixão por fazer com que todos os homens sejam tratados como imagem e semelhança de Deus. E, que assim, o mundo se transforme em um templo. 

Francisco: ''O meu pontificado será breve, mas posso estar errado''.


Francisco – relata a Rádio Vaticano, em uma nota que resume a conversa – admite ter a sensação de que o seu pontificado será breve, mas também afirma que pode estar errado e que não prevê, no entanto, a possibilidade de renunciar.

A entrevista, relata a emissora pontifícia, foi realizada por expressa vontade do papa e ocorreu na sala de Santa Marta, onde Jorge Mario Bergoglio encontra os seus colaboradores mais próximos, domina uma imagem da Virgem de Guadalupe, uma figura de fundamental importância e de grande devoção para todo o continente latino-americano.

Nossa Senhora de Guadalupe é, para Francisco, "fonte de unidade cultural, porta para a santidade no meio de tanto pecado, de tanta injustiça, de tanta exploração e de tanta morte".

"Os males do México são todos semelhantes aos do resto do mundo: o drama das migrações e os muros erguidas para combatê-las." Francisco fala da fronteira entre EUA e México, mas também lembra os migrantes forçados a atravessar o Mediterrâneo em busca de uma vida melhor ou em fuga das guerras e da fome.

São os sistemas econômicos distorcidos que provocam esses grandes deslocamentos, a falta de trabalho, a cultura do descarte aplicada ao ser humano. E, depois, a chaga do tráfico de drogas. Onde há pobreza e miséria, o crime floresce.

O Papa Francisco lembra os 43 jovens assassinados pelos traficantes de drogas em be revela que quis prestar homenagem à sua memória também nomeando como cardeal o arcebispo de Morelia, "um homem – diz Francisco – que está em uma zona muito quente e é um testemunho de homem cristão". 

O Papa anuncia a celebração de um Ano Santo especial da Misericórdia


O Papa Francisco anunciou nesta sexta-feira, 13 de março de 2015, na Basílica de São Pedro, a celebração de um Ano Santo especial. Este jubileu da Misericórdia começará nesse ano com a abertura da Porta Santa na Basílica Vaticana durante a solenidade da Imaculada Conceição, 8 de dezembro, e terminará no dia 20 de novembro de 2016 com a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. O Santo Padre, no começo do ano, exclamou: “estamos vivendo o tempo da misericórdia. Este é o tempo da misericórdia. Existe tanta necessidade de misericórdia, e é importante que os fieis leigos a vivam e a levem aos diferentes ambientes sociais. Adiante!”

O anúncio foi feito coincidindo com o segundo aniversário da eleição do Papa Francisco, durante a homilia da celebração penitencial com a qual o Santo Padre deu início às 24 horas para o Senhor, iniciativa proposta pelo Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização com a finalidade de promover em todo o mundo a abertura extraordinária das igrejas e favorecer a celebração do sacramento da Reconciliação. O tema deste ano foi tomado da carta de São Paulo aos Efésios: “Deus rico em misericórdia” (Ef 2,4).

A abertura do próximo Jubileu tem um significado especial já que acontecerá no quinquagésimo aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II, que ocorreu em 1965. Será, portanto, um impulso para que a Igreja continue o trabalho iniciado com o Concílio Vaticano II, informou o Departamento de Imprensa da Santa Sé em um comunicado.