A vida é uma celebração. Tudo nela tem traços de
alegria e festa, desde que nascemos até que morremos – daí que diversas
culturas acompanhem os rituais de exéquias com danças. Os acontecimentos são
acompanhados de comida e bebida para todos os convidados, exaltando, com isso,
o fato que toca diretamente o coração. Ainda que tais momentos sejam
acompanhados de certos rituais e logísticas próprios, nunca podemos esquecer o
essencial, para não nos distrairmos com o acessório.
Por isso, independente da forma como se comemora, é
importante conhecer o que se está celebrando. Não pode existir uma verdadeira
comemoração quando não há conhecimento do fato celebrado.
Nestes dias, a Igreja se prepara para celebrar o
acontecimento que marcou a história do início da sua evangelização: a Páscoa de
Cristo, ou seja, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Resumimos estes
fatos em uma semana que costumamos chamar de “Semana Santa”.
Nela, fazemos um percurso pelos últimos
acontecimentos vividos por Jesus antes de morrer na cruz e ressuscitar para a
nossa salvação. Certamente, é um período utilizado por muitos para descansar e
passear, mas os que têm fé no Senhor Jesus são convidados a unir-se a Ele na
contemplação do seu mistério redentor.
A razão pela qual muitas vezes não entendemos o
caráter de uma comemoração qualquer se deve a que não conhecemos o homenageado
ou não assimilamos, em nossa consciência emocional, o motivo que nos reúne para
celebrar.
Em outras palavras, às vezes sabemos o que se
comemora, mas nem sempre amamos o celebrado. Em uma festa qualquer, por
exemplo, existem os convidados e possivelmente alguns “convidados dos
convidados”, que talvez nem conheçam o homenageado.