sábado, 25 de abril de 2015

Deputado norte-americano quer trocar estátua do beato Junípero Serra pela de uma astronauta lésbica no Capitólio


Um deputado americano abertamente homossexual pretende substituir a estátua do Frei Junípero Serra, missionário católico considerado o Fundador do Estado da Califórnia, pela estátua de Sally Ride, falecida astronauta e ativista gay, no Capitólio em Washington. A iniciativa se dá no contexto em que o Papa Francisco visitará a capital americana e canonizará Junípero Serra. Levantando a voz contra a proposta foi lançada uma campanha na internet pedindo salvar a estátua de Frei Serra.

O Capitólio dos Estados Unidos, onde se reúnem os deputados e senadores americanos, acolhe em seu hall de entrada 100 estátuas que recordam importantes figuras da história da nação. Entre elas a imagem do Frei Junípero Serra, missionário espanhol do século XVIII e evangelizador da atual Califórnia.

São João Paulo II beatificou Frei Junípero Serra no dia 25 de setembro de 1988. O Papa Francisco anunciou que ele será canonizado este ano, durante sua visita aos Estados Unidos.

A iniciativa de retirar a imagem do Beato é promovida pelo senador Ricardo Lara e foi aprovada pelo Senado da Califórnia, no último 13 de abril, com 22 votos a favor e 10 contra.

Entretanto, para que a proposta da mudança de imagens seja definitiva, o governador da Califórnia, Jerry Brown, e a assembleia do estado devem aprovar a votação.

Assim, cidadãos americanos lançaram a campanha “Salvemos Serra” que promove que os moradores do estado da Califórnia entrem em contato com seus legisladores para pedir-lhes que se contraponham à retirada da imagem do Beato Junípero Serra. A campanha teve também uma versão que permite que cidadãos de outros estados americanos e outros países se juntem aos californianos para impedir que a estátua do “Pai da Califórnia” seja banida do lugar onde são tomadas as decisões políticas dos EUA. 

CNBB manifesta solidariedade aos cristãos perseguidos e ao povo armênio


MENSAGEM DE SOLIDARIEDADE
AOS CRISTÃOS PERSEGUIDOS
E AO POVO ARMÊNIO
NO CENTENÁRIO DO GENOCÍDIO

  
“Se um membro sofre,
todos os membros sofrem com ele” (1Cor 12,26).


Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 53a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, manifestamos nossa solidariedade aos irmãos e irmãs que sofrem uma perseguição cruel e violenta na Síria, Iraque, Irã, Índia, Egito, Argélia, Burundi, Líbia, Nigéria, Tunísia, Sudão, Quênia, Indonésia, Coreia do Norte e outros lugares.

Por professar a fé cristã, esses irmãos e irmãs vivem em constante ameaça de vida devido à política de extermínio, através da expulsão de suas casas e cidades, do estupro e outras violências físicas, chegando até ao martírio. A eles nos unimos na oração, na comunhão dos afetos e sofrimentos e na fidelidade a Cristo que neles continua a sua Paixão.

Esses irmãos e irmãs perseguidos não estão esquecidos. Convidamos nossas comunidades a interceder por eles e partilhar recursos, mantendo um forte elo de unidade e compaixão. “Assim como na Igreja antiga o sangue dos mártires se tornou semente de novos cristãos, também nos nossos dias o sangue de muitos cristãos se torna semente da unidade” (Papa Francisco, Discurso no encontro com o Patriarca Karekin II, 05.08.2014).

No espírito fraterno de compromisso e solidariedade, abraçamos o povo Armênio, que faz memória do centenário do genocídio de 1.500.000 filhos e filhas. Acolhemos em nossa oração os sofrimentos e dores desses irmãos e irmãs, certos da consolação e da compaixão do Deus da Vida, que defende a dignidade, a liberdade, a paz e a reconciliação entre todos os povos. 

Por ocasião do Ano da Vida Consagrada, CNBB envia mensagem a religiosos


MENSAGEM ÀS PESSOAS DE VIDA CONSAGRADA


“Enviou-os [...] a toda cidade e lugar para
onde Ele mesmo devia ir” (Lc 10,1).


Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 53a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, manifestamos a todas as Consagradas e a todos os Consagrados o nosso apreço e a nossa comunhão, neste Ano da Vida Consagrada proclamado pelo Papa Francisco.

Expressamos a nossa gratidão à Vida Consagrada que por primeiro proclamou o Evangelho nesta Terra de Santa Cruz, na qual partilhou o dom da fé. Desde o início da Igreja em nossas terras, muitos Consagrados e Consagradas foram e são pioneiros nos mais diversos ambientes, na evangelização, na promoção humana e na vida contemplativa, doando a própria vida para testemunhar a alegria do Evangelho e o amor pelos pequenos e pobres. Inflamados pelo amor a Cristo, em atitude de desprendimento e de saída, a exemplo do Mestre que “veio para servir”, lançaram-se à missão para plantar uma Igreja servidora, em áreas difíceis, nem sempre assumidas por todos. Reconhecemos a contribuição que a Vida Consagrada continua dando à evangelização no Brasil, inserida nas periferias geográficas e existenciais às quais é levada “movida pela caridade que o Espírito Santo derrama nos seus corações” (PC, n. 1).

A alegria que “enche o coração e a vida dos que se encontram com Jesus Cristo” (EG, n. 1) continue envolvendo e transformando o coração de todos vocês. Essa alegria é sinal inequívoco da fiel vivência do carisma e da missão que lhes foi concedido como dom. Nossa palavra fraterna recorda o que nos ensinou o Concílio Vaticano II: “quanto mais fervorosamente se unirem a Cristo por uma doação que abraça a vida inteira, tanto mais rica será a sua vida para a Igreja e mais fecundo o seu apostolado” (PC, n. 1). 

Nova presidência toma posse e concede entrevista coletiva


A nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tomou posse na manhã desta sexta-feira, dia 24, durante a sessão de encerramento da 53ª Assembleia Geral (AG) da entidade, iniciada no dia 15, em Aparecida (SP). Também tomaram posse os doze presidentes da Comissões Episcopais.

O arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis, na condição de presidente da Conferência, fez uma série de agradecimentos aos participantes, parceiros e colaboradores pela realização da 53ª AG. Também agradeceu pelos “frutos” do trabalho. “A oração, a convivência fraterna, os temas que pudemos aprofundar, sobre os quais pudemos dialogar, os documentos que aprovamos são alguns dos frutos do nosso trabalho que nos fizeram crescer na corresponsabilidade colegial pela Igreja no Brasil”, disse o cardeal.

Dom Damasceno ainda expressou a gratidão ao episcopado pela confiança do mandato iniciado em 2011, o qual os permitiu “servir com limitações, mas com grande amor, à Igreja no Brasil”, afirmou.

No final de sua fala, dom Raymundo desejou “votos de boas realizações” na condução dos trabalhos da Conferência Episcopal. 

Espiritismo: orientação para os católicos


A Evocação [de Espíritos dos Mortos]

Vimos que a evocação ou a manifestação provocada das almas dos falecidos, que são os "espíritos" do espiritismo, especifica, caracteriza e define o movimento suscitado por Allan Kardec. Sem evocação não há espiritismo. A evocação é a base da doutrina exposta em O livro dos espíritos, como se afirma no próprio subtítulo: "Segundo os ensinos dados por espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns"; e como se explica amplamente na introdução. Em 1861 Allan Kardec publicou sua segunda obra considerada fundamental: O livro dos médiuns, com este significativo subtítulo: "Guia dos médiuns e dos evocadores". Todo o capítulo XXV é dedicado à evocação. Sua exposição neste capítulo inicia com esta afirmação: "Os espíritos podem comunicar-se espontaneamente, ou acudir ao nosso chamado, isto é, vir por evocação".

Nestas palavras já temos uma espécie de definição do termo "evocação": "Acudir ao nosso chamado". Lembra em seguida Allan Kardec que algumas pessoas acham que se deve deixar de chamar por determinado espírito, pois nenhuma certeza poderíamos ter de entrarmos realmente em comunicação com o espírito desejado, já que estamos rodeados de espíritos brincalhões e galhofeiros que se aproveitariam da oportunidade para nos enganar; por isso, dizem, seria melhor fazer uma evocação muito genérica e esperar que determinado espírito se apresente então espontaneamente. Allan Kardec não nega este tipo de manifestações "espontâneas" (que, no entanto, sempre seria provocado ou produzido mediante o médium), mas não concorda com o parecer que acabara de expor: "Primeiramente, porque há sempre em torno de nós espíritos, as mais das vezes de condição inferior, que outra coisa não querem senão comunicar-se; em segundo lugar, e mesmo por esta última razão, não chamar a nenhum em particular é abrir a porta a todos os que queiram entrar. Numa assembléia, não dar a palavra a ninguém é deixá-la livre a toda a gente e sabe-se o que daí resulta. A chamada direta de determinado espírito constitui um laço entre nós e ele; chamamo-lo pelo nosso desejo e opomos assim uma espécie de barreira aos intrusos. Sem uma chamada direta, um espírito nenhum motivo terá muitas vezes para confabular conosco".


Aí está bem claramente definido o pensamento de Kardec e o propósito espírita: chamar ou evocar diretamente bem determinado falecido para confabular conosco. Allan Kardec insiste: "Quando se deseja comunicar com determinado espírito, é de toda necessidade evocá-lo".

Esta é base do espiritismo.

Sobre este fundamento será agora necessário fazer algumas ponderações.

Itália descobre célula do Al Qaeda que planejava atentado contra o Vaticano. Santa Sé nega preocupação por ataque iminente.


A polícia italiana prendeu nove pessoas - na ilha de Sardenha e em outras sete regiões – que pertencem a uma célula do grupo terrorista Al Qaeda, a mesma que teria planejado um atentado contra a Santa Sé em 2010. Por sua parte, o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, negou que atualmente haja uma preocupação por um ataque terrorista.

A Procuradoria pública de Cagliari conduziu as investigações para desmantelar uma rede de organização terrorista Al Qaeda, na Itália.

O procurador público Mauro Mura assinalou que, durante as intervenções realizadas nos últimos anos, encontraram "sinais da preparação de um possível atentado no Vaticano em 2010".

Estas revelações surgiram durante a investigação iniciada em 2009 para fortalecer a segurança, por motivo da celebração da cúpula do G8 na cidade italiana La Maddalena.

Nesse sentido, foram emitidas 20 ordens de prisão, e nove pessoas foram detidas, oito paquistaneses e um afegão, enquanto outros três estão desaparecidos e o resto abandonou a Itália.

As prisões foram feitas nas cidades de Sassari, Bérgamo, Macerata, Roma, Frosinone e Foggia, e os detidos foram acusados de terrorismo no exterior e de favorecer a imigração clandestina. 

CNBB divulga nota sobre o momento nacional


NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO NACIONAL



“Entre vós não deve ser assim” (Mc 10,43).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunida em sua 53ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP, no período de 15 a 24 de abril de 2015, avaliou, com apreensão, a realidade brasileira, marcada pela profunda e prolongada crise que ameaça as conquistas, a partir da Constituição Cidadã de 1988, e coloca em risco a ordem democrática do País. Desta avaliação nasce nossa palavra de pastores convictos de que “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183).

O momento não é de acirrar ânimos, nem de assumir posições revanchistas ou de ódio que desconsiderem a política como defesa e promoção do bem comum. Os três poderes da República, com a autonomia que lhes é própria, têm o dever irrenunciável do diálogo aberto, franco, verdadeiro, na busca de uma solução que devolva aos brasileiros a certeza de superação da crise.

A retomada de crescimento do País, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres. Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente.

A lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise.

A corrupção, praga da sociedade e pecado grave que brada aos céus (cf. Papa Francisco – O Rosto da Misericórdia, n. 19), está presente tanto em órgãos públicos quanto em instituições da sociedade. Combatê-la, de modo eficaz, com a consequente punição de corrompidos e corruptores, é dever do Estado. É imperativo recuperar uma cultura que prima pelos valores da honestidade e da retidão.  Só assim se restaurará a justiça e se plantará, novamente, no coração do povo, a esperança de novos tempos, calcados na ética. 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Carta do Santo Padre para o VIII Encontro Mundial das Famílias


CARTA DO PAPA FRANCISCO
PARA O VIII ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

FILADÉLFIA, 22-27 DE SETEMBRO DE 2015


Ao venerado Irmão D.Vincenzo Paglia
Presidente do Pontifício Conselho para a Família

No final do VII Encontro Mundial das Famílias , o Papa Bento XVI anunciou que a cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos da América, seria a sede do evento sucessivo. Em muitas ocasiões confirmei tal escolha, observando com confiança e esperança este encontro de graça no qual, se Deus quiser, participarei. Ele terá lugar de 22 a 27 de Setembro de 2015 com o tema «O amor é a nossa missão. A família plenamente viva».

A missão da família cristã, hoje como ontem, é anunciar ao mundo o amor de Deus, com a força do sacramento nupcial. A partir deste mesmo anúncio nasce e constrói-se uma família viva, que coloca o lar de amor no centro de todo o seu dinamismo humano e espiritual. Se, como dizia santo Ireneu: «Gloria Dei vivens homo» (Adv. Haer., IV, 20, 7), também uma família que, com a graça do Senhor, vive em plenitude a própria vocação e missão o glorifica.

Recentemente celebrámos a Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos sob o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». No sinal da sinodalidade indicámos as temáticas mais urgentes que envolvem a família na nossa sociedade plural. Na realidade, «não podemos qualificar uma família com conceitos ideológicos, nem falar de família conservadora ou progressista. A família é família!» ( Discurso aos participantes no Colóquio internacional sobre a complementaridade entre homem e mulher , 17 de Novembro de 2014). Os valores e as virtudes da família, as suas verdades essenciais, são os pontos de força sobre os quais se apoia o núcleo familiar e não podem ser postos em discussão. Aliás, somos chamados a rever o nosso estilo de vida que está sempre exposto ao risco de ser «contagiado» por uma mentalidade mundana — individualista, consumista e hedonista — e a reencontrar sempre a via mestra, para viver e propor a grandeza e a beleza do matrimónio e a alegria de ser e fazer família.