MENSAGEM
DE SOLIDARIEDADE
AOS
CRISTÃOS PERSEGUIDOS
E
AO POVO ARMÊNIO
NO
CENTENÁRIO DO GENOCÍDIO
“Se
um membro sofre,
todos
os membros sofrem com ele” (1Cor 12,26).
Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 53a Assembleia
Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, manifestamos nossa
solidariedade aos irmãos e irmãs que sofrem uma perseguição cruel e violenta na
Síria, Iraque, Irã, Índia, Egito, Argélia, Burundi, Líbia, Nigéria, Tunísia,
Sudão, Quênia, Indonésia, Coreia do Norte e outros lugares.
Por professar a fé cristã, esses irmãos e irmãs
vivem em constante ameaça de vida devido à política de extermínio, através da
expulsão de suas casas e cidades, do estupro e outras violências físicas,
chegando até ao martírio. A eles nos unimos na oração, na comunhão dos afetos e
sofrimentos e na fidelidade a Cristo que neles continua a sua Paixão.
Esses irmãos e irmãs perseguidos não estão
esquecidos. Convidamos nossas comunidades a interceder por eles e partilhar
recursos, mantendo um forte elo de unidade e compaixão. “Assim como na Igreja
antiga o sangue dos mártires se tornou semente de novos cristãos, também nos
nossos dias o sangue de muitos cristãos se torna semente da unidade” (Papa
Francisco, Discurso no encontro com o Patriarca Karekin II, 05.08.2014).
No espírito fraterno de compromisso e
solidariedade, abraçamos o povo Armênio, que faz memória do centenário do
genocídio de 1.500.000 filhos e filhas. Acolhemos em nossa oração os
sofrimentos e dores desses irmãos e irmãs, certos da consolação e da compaixão
do Deus da Vida, que defende a dignidade, a liberdade, a paz e a reconciliação
entre todos os povos.
Expressamos também nossa proximidade a todos os que
são perseguidos por causa de sua fé. Renovamos nossa confiança no diálogo
inter-religioso, em especial com o Islã.
Reafirmamos o que declarou o Concílio Vaticano II:
“para que se estabeleçam e consolidem as relações pacíficas e a concórdia no
gênero humano, é necessário que, em toda a parte, a liberdade religiosa tenha uma
eficaz tutela jurídica e que se respeitem os supremos deveres e direitos das
pessoas de praticarem livremente a religião na sociedade” (DH, n. 15).
Nossa Senhora Aparecida, que como Mãe, aos pés da
cruz, acompanhou o martírio de seu Filho, proteja, anime e fortaleça esses
irmãos e irmãs na sua cruz e sofrimento.
Aparecida – SP, 24 de abril de 2015.
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo
de Aparecida
Presidente
da CNBB
Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo
de São Luís do Maranhão
Vice
Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo
Auxiliar de Brasília
Secretário
Geral da CNBB
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