sábado, 30 de maio de 2015

É necessário fazer um curso de catequese na Igreja para receber a Primeira Comunhão?


É permitido ao cristão católico aproximar-se da Sagrada Comunhão sem que tenha feito qualquer curso de catequese. Tal diretriz consta do Cânon 912, do Código de Direito Canônico, que é a norma da Igreja para o mundo inteiro:

"Cân. 912 Qualquer batizado, não proibido pelo direito, pode e deve ser admitido à sagrada comunhão."

O mesmo Código relaciona as pessoas impedidas de comungarem, ou seja, os excomungados, os interditos ou aqueles que estão em pecado grave. Eis:

"Cân. 915 - Não sejam admitidos à sagrada comunhão os excomungados e os interditados, depois da imposição ou declaração da pena, e outros que obstinadamene persistem no pecado grave manifesto.

Cân. 916 - Quem está consciente de pecado grave não celebre a missa nem comungue o Corpo Senhor, sem fazer antes a confissão sacramental, a não ser que exista causa grave e não haja oportunidade para se confessar; nesse caso, porém, lembre-se que é obrigado a fazer um ato de contrição perfeita, que inclui o propósito de se confessar quanto antes."

Assim, todo adulto batizado que não esteja impedido por lei, pode aproximar-se da Sagrada Comunhão. Já para as crianças, o Código de Direito Canônico reserva o cânon 913 e seguintes:

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Noivado é etapa importante de conhecimento recíproco para preparar para o matrimônio, lembrou o Papa


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 27 de maio de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Prosseguindo estas catequeses sobre família, hoje gostaria de falar sobre o noivado. O noivado – se ouve na palavra – tem que ser feito com a confiança, a confidência, a confiabilidade. A confidência com a vocação que Deus dá, porque o matrimônio é, antes de tudo, a descoberta de um chamado de Deus. Certamente é uma coisa bonita que hoje os jovens possam escolher se casar na base de um amor recíproco. Mas justamente a liberdade da relação requer uma consciente harmonia da decisão, não somente uma simples compreensão da atração ou do sentimento, de um momento, de um tempo breve…requer um caminho.

O noivado, em outros termos, é o tempo no qual as duas pessoas são chamadas a fazer um bom trabalho sobre o amor, um trabalho participativo e partilhado, que vai em profundidade. Veem uns aos outros: isso é, o homem “aprende” a mulher aprendendo esta mulher, a sua noiva; e a mulher “aprende” o homem aprendendo este homem, o seu noivo. Não desvalorizemos a importância deste aprendizado: é um empenho belo, e o próprio amor pede isso, porque não é somente uma felicidade despreocupada, uma emoção encantada… O relato bíblico fala de toda a criação como de um belo trabalho do amor de Deus; o livro do Gênesis diz que “Deus contemplou toda a sua obra, e viu que era tudo muito bom” (Gen 1, 31). Somente no fim Deus descansou. Desta imagem entendemos que o amor de Deus, que deu origem ao mundo, não foi uma decisão de improviso. Não! Foi um trabalho belo. O amor de Deus criou as condições concretas de uma aliança irrevogável, sólida, destinada a durar. 

“Charlie Charlie” – O Sim e o Não de uma prática bem real e oculta de “invocar os espíritos.”


Nestes últimos dias as redes sociais exponenciaram a “brincadeira” denominada “Charlie, Charlie” que consiste em um jogo no qual dois lápis são colocados em uma cruz sobre um papel, e escreve-se "sim" e "não" em cada aresta do cruzamento e “convida-se” através de uma invocação, o “Charlie”, um suposto espírito mexicano a responder se está ali ou não. Não são poucos os relatos de experiências com esta “brincadeira”, desde situações sérias até situações humorísticas que está ganhando proporção dia após dia. Somente a hashtag #CharlieCharlieChallenge foi usada por 2 milhões de pessoas nos últimos dois dias.

Segundo a BBC News, que investigou o caso da brincadeira e sua invocação demoníaca e a ligação com a cultura mexicana, não há registros desta prática no folclore mexicano. Segundo Maria Elena Navez da BBC, “Não há nenhum demônio chamado ‘Charlie’ no México”. Segunda ela,  “Lendas mexicanas muitas vezes vêm de histórias antigas dos Aztecas e Maias, ou a partir das muitas crenças que começaram a circular durante a conquista espanhola. Na mitologia mexicana pode encontrar deuses com nomes como ‘Tlaltecuhtli’ ou ‘Tezcatlipoca” na língua Nahuatl.”

Outra explicação possível seria um vídeo publicado em 6 de junho de 2014 no Canal YouTube que mostra a invocação de espíritos através do uso de lápis de uma forma diferente da “brincadeira” atual – O vídeo pode ser visto neste link: Jugando Charlie Charlie

Relata-se também que a “brincadeira” seria uma versão simplificada do Ouija ou Tábua Ouija, criada para ser usada como método da necromancia ou comunicação com espíritos, que é realizada usando superfície plana com letras, números ou outros símbolos em que se coloca um indicador móvel e é proveniente dos Estados Unidos no ano 1848. No Brasil realiza-se esta mesma prática, sendo conhecida como “brincadeira ou jogo do copo”.  

Viver com Jesus e Maria: teste de conhecimento sobre os mistérios mais antigos do rosário.


Vamos fazer um teste sobre os mistérios mais antigos do rosário: gozosos, dolorosos e gloriosos. Vejamos se você é conhecedor das Escrituras. Os mistérios do rosário ajudam-nos a conhecer e meditar sobre a vida de Jesus e de Maria. Vamos iniciar este teste com os mistérios gozosos. Comece pelo nº 1 e siga as demais indicações.


1. A anunciação do Anjo Gabriel à Virgem Maria: onde estava Maria quando o Anjo Gabriel lhe disse que ela fora escolhida para ser a mãe do Salvador?

a)   No Templo (vá ao nº 7).
b)   Em Nazaré (vá ao nº 20).

2. Está certo. E, provavelmente é correto afirmar que Zacarias, Maria e os pastores acharam que isto era mais fácil de ser dito do que ser feito. Agora vá ao nº 10.

3.    Correto. A palavra em hebraico diz que este era um horto de oliveiras- lugar onde as olivas eram espremidas para a produção de azeite (muitos anos se tinham passado e acontecimentos tinham ocorrido desde que o menino Jesus fora encontrado no Templo até sua agonia naquele lugar- a distância física entre os dois lugares é muito pequena, cerca de 150 metros). Agora vá ao nº 27.

4. Jesus carregando a cruz: segundo a Bíblia, sábios e historiadores, quanto pesava a cruz de Jesus?

a)   Mais de 130 quilos (vá ao nº 9).
b)   Entre 34 e 57 quilos (vá ao nº 39).

5. Este é um assunto que não podemos esquecer. Lucas termina o seu Evangelho e começa os Atos dos Apóstolos com a Ascensão. Agora vá ao nº 29.

6. Sim. Pela lei, um judeu condenado deveria receber 39 chicotadas. A perda de sangue causada pelas chibatadas apressava a morte do prisioneiro quando era crucificado. Agora siga para o nº 18.

7.  Não. O Templo era em Jerusalém, na Judéia (no Sul), e o Anjo foi à Galiléia (no Norte). Volte ao nº 1.

8. Este é um assunto que não podemos esquecer. Lucas termina o seu Evangelho e começa os Atos dos Apóstolos com a Ascensão. Agora vá ao nº 29.

9. Sim, mas não significa que Jesus tenha carregado todo aquele peso. Alguns sábios mencionam o contido em Romanos para afirmarem que os criminosos condenados carregavam somente a viga horizontal da cruz. Ela devia pesar entre 34 e 57 quilos. Eles dizem que a haste vertical da cruz ficava fincada no chão do local da crucificação. Agora vá ao nº 30.

10.    A apresentação do menino Jesus no Templo: por que Maria e José apresentaram Jesus no Templo quando ele tinha 8 dias de idade?

a)   Esta era a lei e o costume para algumas crianças hebréias (vá ao nº 23).
b)   Eles estavam fazendo o que o Anjo Gabriel havia dito a Maria (siga para o nº 40).

11.    Os mistérios dolorosos começam com a agonia no jardim chamado Getsêmani. O que significa a palavra Getsêmani?

a)   “Lugar do azeite”. (vá ao nº 3).
b)   “Porta dos horrores”. (vá ao nº 41).

12.    Não, esta altura era muito menor. (Vá ao nº 30).

13.    Eles devem ter pensado aquilo, mas não é isto que Lucas diz a respeito deles. (Vá ao nº 29).

14.    O nascimento de Jesus em Belém: este acontecimento também tem participação de anjos. No nascimento de Jesus Cristo eles disseram aos pastores o mesmo que o Anjo Gabriel tinha dito a Maria e a Zacarias. O que foi dito a Nossa Senhora?

a)   Não tenhas medo (vá ao nº 2).
b)   Reze para obter o perdão de Deus. (Siga para o nº 28).

15.    Sinto muito. Vá ao nº 26.

16.    A ascensão de Jesus aos Céus: em que livro Lucas nos fala a respeito de Jesus subindo aos Céus?

a)   Em seu Evangelho. (vá ao nº 5).
b)   Nos Atos dos Apóstolos. (vá ao nº 8).

17.    Com certeza ele sabia. O Anjo Gabriel havia aparecido a Zacarias falando a respeito do nascimento de seu filho, João Batista. Agora vá ao nº 14.

18.    Jesus é coroado de espinhos: por que o soldado romano pôs em Jesus a coroa tecida com ramos de um arbusto espinhento?

a)   Porque era um castigo comum aplicado antes de o condenado ser crucificado (vá para o nº 22).
b)   Foi uma humilhação adicional para aquele que era o Cristo Salvador (vá ao nº 34).

19. Infelizmente, não. Um menino de 12 anos não tinha viajado por sua própria vontade. O evangelho de Lucas diz que Jesus estava com seus pais (2,41-52). Volte ao nº 38.

20. Está correto. Maria estava em um pequeno lugarejo a nordeste onde ela e José iriam criar Jesus. Agora vá ao nº 26.

21. Não. Lucas fala muito sobre Nossa Senhora, mas não fala de sua assunção ou coroação. Vá ao nº 24.

22.    Não. Retorne ao nº 18.

Se Cristo deu o seu corpo a Judas.


O segundo discute-se assim. — Parece que Cristo não deu o seu corpo a Judas.

1. — Pois, como lemos no Evangelho, depois de ter o Senhor dado o seu corpo e o seu sangue aos discípulos, disse-lhes: Não beberei mais deste fruto da vida até àquele dia em que o be­berei de novo convosco no reino de meu Pai. Donde se conclui que aqueles a quem deu o seu corpo e o seu sangue de novo haviam de beber com ele. Ora, Cristo não o bebeu de novo com ele. Logo, não recebeu com os outros discípulos o corpo e o sangue de Cristo.

2. Demais. — O Senhor cumpriu o que mandou, segundo aquilo da Escritura: Começou Je­sus a fazer e a ensinar. Mas ele próprio orde­nou: Não deis aos cães o que é santo. Logo, sabendo que Judas era pecador, parece que não lhe deu o seu corpo nem o seu sangue.

3. Demais. — O Evangelho narra em particular, que Cristo deu a Judas o pão molhado. Se, portanto, deu-lhe o seu corpo, parece que lh'o deu como um bocado. Tanto mais quanto lemos no mesmo lugar que atrás do bocado en­trou nele Satanás. Ao que diz Agostinho: Daqui aprendamos o quanto devemos nos acautelar de receber mal o bem. Se, pois é condenado quem não distingue, isto é, não discerne dos outros ali­mentos o corpo de Cristo, como não o será quem, fingindo-se-lhe amigo, achega-se-lhe à mesa como inimigo? Ora, com o bocado molhado não recebeu o corpo de Cristo, conforme adverte Agostinho, comentando aquilo do Evangelho: ­Tendo molhado o pão, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes: Mas então Judas não recebeu o corpo de Cristo, como o pensam certos, que lêem desatentamente. Logo, parece que Judas não recebeu o corpo de Cristo.

Mas, em contrário, diz Crisóstomo: Judas, sendo participante dos mistérios, não se conver­teu. Por isso mais monstruoso se lhe tornou o crime, tanto por se ter achegado ao sacramento, cheio já do seu mau propósito, como por não se ter tornado melhor, achegando-se a ele, nem pelo medo, nem pelo beneficia nem pela honra. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Se Cristo tomou o seu próprio corpo e sangue.


O primeiro discute-se assim — Parece que Cristo não tomou o seu próprio corpo e sangue.

1. — Pois, não devemos afirmar dos atos e ditos de Cristo senão o que não nos transmitiu a autoridade da Sagrada Escritura. Ora, os Evangelhos não referem ter Cristo comido, o seu corpo nem bebido o seu sangue. Logo, também nós não podemos afirmá-la.

2. Demais. — Nenhum ser pode estar em si mesmo, salvo talvez em razão das partes, isto é, enquanto uma parte está em outra, como o en­sina Aristóteles. Ora, o que é comido e bebido está em quem come e bebe. Logo, estando Cris­to totalmente sob ambas as espécies do sacra­mento, parece impossível que ele próprio rece­besse este sacramento.

3. Demais. — De dois modos podemos re­ceber este sacramento — o espiritual e sacra­mental. Ora, recebê-lo espiritualmente não ca­bia a Cristo, pois, nenhuma graça tinha a rece­ber deste sacramento. E por conseqüência nem o modo sacramental, que sem o espiritual é imperfeito, como se estabeleceu. Logo, Cristo de nenhum modo recebeu este sacramento.

Mas, em contrário, diz Jerônimo: Nosso Senhor Jesus Cristo foi ao mesmo tempo conviva e o banquete, ele próprio a si mesmo se comeu. 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

A confusão mental dos seguidores de Olavo de Carvalho


Há alguns meses publiquei neste blog dois textos sobre um jornalista que se auto-intitula filósofo chamado Olavo de Carvalho. Para minha surpresa, nos últimos dias tenho recebido um enxurrada de comentários raivosos, de pessoas que vêm aqui xingando e descarregando todo tipo de insanidades contra essas duas postagens. Só aprovei aqueles comentários de pessoas que falam com o mínimo de civilidade. Pois bem: todas essas pessoas são seguidoras e admiradoras do tal Olavo de Carvalho.

A questão é que acompanhei durante alguns meses as postagens de textos e vídeos do site do qual Olavo é dono: o Mídia sem Máscara. Como já falei em outras postagens, o site é exclusivamente voltado a falar mal (nem posso dizer que são análises porque não há análises sérias ali, apenas esculachos) da esquerda, do marxismo, do PT, do MST, de Lula, da Dilma, de tudo o que não seja de extrema direita e que não esteja vinculada a uma visão de mundo conservadora, fascista e cristã.

Mas os colunistas são uma verdadeira piada: há um tal de Julio Severo, um protestante homofóbico; Graça Salgueiro, uma senhora que vive desejando golpes militares de direita na América Latina (uma característica desses colunistas: golpes militares podem, desde que sejam de direita e mesmo que sejam contra governos de esquerda eleitos democraticamente); Nivaldo Cordeiro, que praticamente repete as mesmas asneiras ditas e escritas por Olavo de Carvalho, entre vários outros.

Entre um desses admiradores de Olavo está um tal de Leonardo Bruno, que edita um blog chamado Conde Loppeux de La Villanueva e também escreve para o Mídia sem Máscara, mas em quem eu nunca tinha prestado atenção até ele vir aqui me anunciar uma postagem que ele fez respondendo à minha “Olavo de Carvalho e a pieguice intelectual brasileira”. Leonardo é um blogueiro de orientação fascista que xinga a todos os que não estão alinhados a suas ideias. Em um desses comentários, me falou que não interessa que eu tenha publicado artigos e livros porque a universidade brasileira é tão insignificante quanto eu. Agora vejam só: um homem que considera a universidade insignificante apenas porque ela não é a imagem e semelhança do que ele acha que tem que ser. O sujeito é tão ignorante que não entende nada de linguística e antropologia (segundo ele próprio) e fala que essas duas áreas do conhecimento servem apenas para empregar pessoas. Mas pessoas de orientação fascista não suportam a universidade enquanto centro de livre discussão de ideias; ela só é útil pra eles se estiver livre de qualquer oposição e rigidamente controlada por um Estado de extrema direita. Ora, a academia ainda é um dos poucos espaços na sociedade onde convivem ideias pluralistas, há intelectuais de direita, de esquerda, outros que estabelecem diálogos com ambos sem necessariamente aderir a um lado ou a outro. 

Trinitarismo na mídia


Assustou-me ouvir um pregador católico terminar, para milhares de pessoas, a sua pregação com estas palavras: Em nome do Deus Pai, em nome do Deus Filho e em nome do Deus Espírito Santo. Estranho, porque, falando ele a milhões de católicos que acreditam na palavra do seu pregador, ensinou doutrina contrária ao catecismo católico. Certamente não o fez com má intenção, mas errou e alguém deveria fraternalmente corrigi-lo. Imagino que ele terá suas explicações a dar.

O trinitarismo foi uma heresia que, ao afirmar excessivamente a individualidade das três pessoas da Santíssima Trindade, acabou por afirmar a existência de três deuses iguais e não de um só Deus. Ao invés de serem cristãos monoteístas trinitários, os adeptos desta doutrina desembocaram no triteismo. Anunciavam não um, mas três deuses iguais. O Dogma dos cristãos católicos, ortodoxos e evangélicos afirma que no Deus único, vivo e verdadeiro há três pessoas co-eternas e co-iguais, mas Deus é um só, o mesmo em substância, distinto em existências.