O Milagre Eucarístico de Lanciano ainda
hoje desafia
a ciência e chama a atenção dos fiéis católicos
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Era uma manhã de
domingo comum, na cidade italiana de Lanciano, no mosteiro de São Legoziano,
onde viviam os Monges de São Basílio. O mais incrédulo deles proferia as
palavras da Oração Eucarística, quando, de repente, ocorreu o inesperado. Os
olhos assustados do religioso denunciavam o evento. Deus havia condecorado a sua
suspeita quanto à transubstanciação com o mais prodigioso dos milagres
eucarísticos de que se ouviu falar.
A hóstia
convertera-se em Carne viva e o vinho em Sangue Vivo. O pequeno monge que
outrora duvidara da presença real de Cristo na Eucaristia agora era obrigado a
reconhecer sua tolice, pedindo perdão a Deus - e à comunidade presente - por
sua falta de fé: "Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para
confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste
Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e
admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do
nosso Cristo muito amado!" 01
Comoção geral. A
pequena assembleia reunida se lançou sobre o altar, chorando e clamando a
misericórdia de Deus. Havia nascido um novo São Tomé. O monge ganhara a fama do
cético apóstolo de Jesus e Lanciano, as multidões que se dirigiram à cidade,
ano após ano, em longas peregrinações.
A princípio, os
fiéis guardaram as relíquias num tabernáculo de marfim, mas, em 1713, foram
transferidas para uma custódia de prata e um cálice de cristal, onde se
encontram até hoje, na Igreja de São Francisco. Enquanto o Sangue se dividia em
cinco fragmentos, coagulados em diferentes dimensões, a Hóstia-Carne aparentava
um tecido fibroso, de coloração escura, e rósea quando iluminado pelo lado
oposto.