sábado, 1 de agosto de 2015

Caritas Italiana: mais de 100 milhões os cristãos perseguidos


«Perseguidos»: é explícito o título do dossiê publicado pela Cáritas italiana, dedicado a mais de cem milhões de cristãos vítimas, juntamente com outras minorias, de discriminações, perseguições e violências perpetradas por regimes totalitários ou adeptos de outras religiões.

Só na Coreia do Norte calcula-se que estão presos nos campos de detenção entre 50 e 70.000 cristãos. Existe também a realidade dos países africanos e do Próximo e Médio Oriente onde os cristãos são perseguidos com uma violência evidente. A Cáritas calcula que de Novembro de 2013 a 31 de Outubro de 2014 os cristãos assassinados por razões estreitamente ligadas à sua fé foram 4.344, ao passo que as igrejas atacadas pela mesma razão foram 1.062. 

Cinquentenário da presença dos coroinhas malteses na basílica de São Pedro - Fidelidade ao serviço


Passaram cinquenta anos desde quando os primeiros coroinhas malteses chegaram a Roma para prestar serviço no período de Verão na basílica de São Pedro. Corria o ano de 1965, o concílio Vaticano II ainda não se tinha concluído e aqueles jovens vivazes corriam de um altar para o outro para servir a missa. 

Até oito celebrações por dia! Aqueles jovens tornaram-se jornalistas, médicos, advogados, sacerdotes, operários e professores; mas todos conservam a recordação daqueles longos dias do Verão romano, quando cansados mas contentes iam visitar a cidade depois que acabavam o trabalho como ministrantes. Aqueles coroinhas de então, juntamente com os trinta e seis que iniciam o seu serviço neste período, encontraram-se em Roma para dois dias celebrativos do aniversário. E naturalmente iniciaram participando na manhã de quinta-feira, 30 de Julho, na missa celebrada pelo cardeal arcipreste Angelo Comastri na capela do coro da basílica vaticana. 

Morte do leão Cecil é mais importante para a imprensa que abortos do Planned Parenthood?


Políticos americanos recorreram às redes sociais para criticar a diferente cobertura dos meios que recebeu a morte de um leão na África e os abortos e o tráfico de órgãos de bebês executado pela multinacional Planned Parenthood.

A morte do leão conhecido como “Cecil” do Zimbábue, localizado no sul da África, despertou uma onda de indignação nas redes sociais, pois era uma importante atração para os turistas no Parque Nacional Hwange. Walter Palmer, um dentista americano costumava caçar com arco e flecha, caçou o leão depois de pagar 50 mil dólares para "garantir uma caça legal".

Por outra parte, grandes diretivas da Planned Parenthood – a maior multinacional abortista do mundo – foram gravadas através de uma câmera escondida negociando valores entre 30 e 100 dólares pela venda de órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações. Cerca de dez estados do país e o Congresso dos Estados Unidos iniciaram investigações sobre esta organização abortista.

A maior parte da imprensa americana procurou primeiramente silenciar as denúncias contra a Planned Parenthood e posteriormente tentou defender a multinacional pró-aborto. 

China comunista: enquanto o governo manda retirar as cruzes, os cristãos colocam mais cruzes ainda


A Lituânia tem a sua Colina das Cruzes (veja aqui). A China pode agora ter uma Cidade das Cruzes!

Wenzhou tem 3 milhões de habitantes e fica na província de Zhejiang, na China Oriental. É uma cidade costeira que serve como lar para uma das maiores comunidades cristãs da China, com cerca de 300 mil católicos e um milhão de protestantes, tanto membros de igrejas sancionadas pelo governo quanto de “assembleias domésticas” clandestinas, que tornam a cidade conhecida como "Jerusalém do Oriente".

As autoridades da região, no entanto, insistem em remover as cruzes "não autorizadas" que os cristãos colocam nas igrejas locais. A “campanha do mal” para remover as cruzes é coordenada pelo Partido Comunista, dizem os ativistas cristãos. Segundo eles, mais de 1.200 cruzes foram retiradas das igrejas da província de Zhejiang desde o final de 2013, quando essa ordem foi dada pelo governo. Houve um pico de remoções nas últimas semanas.

Diante da repressão, um bispo de 89 anos de idade, acompanhado por 20 sacerdotes, foi protestar pessoalmente diante da sede do governo local. A imagem de dom Vincent Zhu Weifang, que caminha com uma bengala e que liderou o protesto no dia 24 de julho, inspirou muitos católicos locais à resistência, de acordo com fontes consultadas pelo site ucanews.com. Vários policiais apareceram no local durante o protesto, que durou duas horas, mas, segundo testemunhas oculares, não tomaram medidas repressivas naquele momento. 

China: bispo é ordenado após três anos de interrupção nas ordenações


O pe. Joseph Zhang Yinlin, 44, está prestes a entrar na história da presença eclesiástica na China. Em 4 de agosto, ele será ordenado bispo de Anyang, província de Henan. Trata-se do primeiro bispo chinês ordenado publicamente em três anos, graças à retomada do diálogo entre o Vaticano e a China em junho de 2014. O último bispo ordenado no país, em 7 de julho de 2012, é dom Thaddeus Ma Daqin, auxiliar de Xangai. No entanto, ele está sob prisão domiciliar no seminário de Sheshan por ter renunciado ao cargo em protesto contra a Associação Patriótica Católica Chinesa, que é uma espécie de “versão da Igreja católica” controlada pelo governo.

A ordenação estava inicialmente prevista para 29 de julho, mas a diocese decidiu adiá-la para 4 de agosto a fim de fazê-la coincidir com a festa de São João Maria Vianney, o santo padroeiro dos sacerdotes.

Palavra de Vida: "Vivei no Amor".


Nessa frase está contida toda a ética cristã. O agir humano, se quiser corresponder ao projeto pensado por Deus na nossa criação, ou seja, o agir humano mais autêntico, deve ser animado pelo amor. A vivência, a caminhada para chegar à sua meta deve ser orientada pelo amor, que é o resumo de toda a lei.

O apóstolo Paulo dirige essa recomendação aos cristãos de Éfeso, como conclusão e síntese daquilo que ele acabara de escrever-lhes sobre o modo de viver cristão: passar do “homem velho” ao “homem novo”, relacionar-se uns com os outros na verdade e na sinceridade, não roubar, saber perdoar mutuamente, atuar o bem… em uma palavra, “viver no amor”.

Convém ler o trecho completo do qual foi extraída a expressiva frase que nos acompanhará durante todo o mês: “Sede, pois imitadores de Deus como filhos queridos. Vivei no amor, como Cristo também nos amou e se entregou a Deus por nós como oferenda e sacrifício de suave odor.”

Paulo está convencido de que todo o nosso comportamento deve ter como modelo o de Deus. Se o amor é o sinal distintivo de Deus, ele o deve ser também para seus filhos: nisso eles devem imitá-lo.

Mas como podemos conhecer o amor de Deus? Para Paulo é evidente: esse amor se revela em Jesus, que mostra como e o quanto Deus ama. O apóstolo o experimentou em primeira pessoa: “… me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20) e agora revela-o a todos, para que se torne a experiência da comunidade inteira.

“Vivei no amor.”

Qual é a medida do amor de Jesus, modelo do nosso amor?

Sabemos que esse amor não tem limites, não conhece preconceitos nem preferências. Jesus morreu por todos, inclusive pelos seus inimigos, por aqueles que o estavam crucificando. Ama tal e qual o Pai que, no seu amor universal, faz brilhar o sol e faz cair a chuva sobre todos, bons e maus, pecadores e justos. Ele soube dedicar-se sobretudo aos pequenos e aos pobres, aos doentes e aos excluídos; amou com intensidade os amigos; deu atenção toda especial aos discípulos… O seu amor não conheceu reservas, chegando ao ponto extremo de doar a vida.

E agora chama todos a partilhar o seu próprio amor, a amar como Ele amou.

É um chamado que pode assustar-nos, por ser exigente demais. Como podemos ser imitadores de Deus, que ama a todos, ama sempre, toma a iniciativa? Como podemos amar na mesma medida do amor de Jesus? Como viver “no amor”, conforme nos pede a Palavra de Vida?

Isso só é possível quando antes se fez a experiência de ter sido amado. Na frase “Vivei no amor, como Cristo também nos amou”, a palavra como também pode ser traduzida com porque. 

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Os pecados mortais e a operação Lava-Jato


A chamada operação policial Lava-Jato trouxe à sirga uma cópia de crimes. Sem embargo, surdiram outrossim os eventuais pecados dos envolvidos. Nem todo pecado é um delito castigado pelo Estado. Por exemplo, o adultério é um pecado mortal, porém, não é mais  uma infração punida pela autoridade pública.   

Quase todo crime é igualmente um pecado; exemplificando: a prática do homicídio, tipificada no artigo 121 do código penal, implica um pecado gravíssimo. Quem mata outrem vulnera a comunidade política e ofende Deus, o dador da vida. Eis o quinto mandamento da lei de Deus: “não matarás!”

Há dois jaezes de pecado: o pecado venial e o pecado mortal. Este produz a ocisão da graça santificante, vale dizer, bloqueia o liame entre Deus e a criatura. Aquele, de pequena  monta, torna-nos paulatinamente lânguidos e, por conseguinte, proclives à perpetração de um mal maior.

Como saber se minha ação ou omissão constitui um pecado mortal ou um pecado venial? É fácil! Se meu comportamento lanhar um dos preceitos do decálogo (dez mandamentos[1]), então, cometo um pecado mortal, porquanto dá-se o decesso da graça divina. Os dez mandamentos de Deus, encontradiços no testamento velho, correspondem à normativa de direito divino natural e, portanto, têm de ser referendados pelo Estado. Desta feita, v. g., o artigo 5.º, caput, da constituição federal, não criou o direito à vida, nem tampouco o direito à propriedade. A lex legum apenas legitimou direitos naturais preexistentes, legiferados antanho pelo próprio Criador do universo. 

Protestantes arrependidos pela destruição de imagens na Reforma


A comunidade protestante alemã apresentou suas desculpas pela vasta destruição de imagens religiosas realizada durante o período da Reforma. Em uma declaração da Evangelische Kirche in Deutschland (EKD) divulgada pelo semanário católico “The Tablet”, os responsáveis religiosos sublinharam que a comunidade protestante condena com firmeza esta prática de destruição. Assim informou a imprensa vaticana, L'Osservatore Romano.

“As imagens – salientou o Bispo Petra Bosse-Huber, durante uma reunião da delegação da EKD e do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla – há muito tempo tornaram-se expressão da piedade protestante”.

Significado da imagem

Os líderes religiosos das duas Igrejas encontraram-se em Hamburgo nos dias passados para discutir a aprofundar o significado da imagem do ponto de vista Ortodoxo e Protestante. Por ocasião do encontro, o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I e o Presidente da Evangelische Kirche in Deutschland, Bispo Bedford-Strohm, enviaram sua saudação aos participantes, abençoando o encontro.

Remoção de imagens e vitrais

Durante os trabalhos foi destacado que a destruição de imagens era mais comum no período imediatamente posterior à Reforma. Na primeira metade do século XVI, as estátuas da Virgem Maria e dos Santos, assim como vitrais com imagens sacras, retratando eventos milagrosos e sobrenaturais, foram removidos das igrejas e das capelas e muitas vezes destruídos.