sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Um livro que conta como a Bíblia foi formada pela Igreja Católica


A palavra cânon vem do grego kanón = régua, que por extensão passou a significar catálogo.

Na linguagem católica há livros protocanônicos (catalogados em primeira instância), que os protestantes chamam simplesmente “canônicos”.

Há livros deuterocanônicos (catalogados em segunda instância, depois de discutidos), que os protestantes têm como “apócrifos”. São sete: Tobias, Judite, Eclesiástico, Baruque, Sabedoria, 1/2 Macabeus, além de fragmentos de Daniel e Ester.

Há outrossim livros apócrifos, que os protestantes designam como pseud-epígrafos (=falsamente intitulados): Evangelhos de Tomé, de Pedro, de Nicodemos...

2. Os critérios de inspiração bíblica

A S. Escritura não define o seu catálogo, de modo que é preciso consultar outras instâncias para poder afirmar que tal ou tal livro é inspirado por Deus. – E quais seriam essas instâncias?

1) Há quem diga que “O Espírito Santo afirma claramente que a Bíblia é inspirada por Deus”. Esta é uma noção muito subjetiva, que qualquer personagem pode professar a respeito do Alcorão, dos Vedas...

2) A inspiração divina pode ser averiguada pela inspiração que a Bíblia causa no crente. Com outras palavras: o livro é inspirado porque inspira. – Ora são muitos os livros que inspiram, e, por vezes, mais do que alguns livros bíblicos; ver a propósito as narrativas de guerra de Josué.

3) A sublimidade de estilo do livro o comprovaria como inspirado. – A propósito observamos que muitos livros bíblicos foram redigidos em estilo pouco elegante; tenha-se em vista o Apocalipse, que emprega construções gregas correspondentes a “nós vai”, “eu lhe digo: Toma teus papéis”.

4) O autor do livro e seu nome garantem a inspiração. – Ora há vários livros cujo respectivo autor é ignorado; ver Hb.

Ainda que um livro trouxesse o rótulo: “inspirado por Deus”, não se lhe poderia dar crédito, pois é muito fácil dizer isto sem prova ulterior.

Por conseguinte o critério de inspiração e canonicidade há de ser depreendido de algo de fora da Bíblia, ou seja, da tradição oral, que é anterior à escrita e a acompanha sempre, através do Magistério da Igreja. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Papa: "Seguir Jesus implica rejeitar mentalidade mundana".


PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça de São Pedro
Domingo, 13 de Setembro de 2015


Amados irmãos, bom dia!

O Evangelho de hoje apresenta-nos Jesus que, a caminho para Cesareia de Filipe, pergunta aos discípulos: «Quem dizem os homens que Eu sou?» (Mc 8, 27). Eles respondem aquilo que o povo dizia: alguns consideravam-no João Baptista renascido, outros, Elias ou um dos grandes Profetas. O povo estimava Jesus, considerava-o um «enviado de Deus», mas ainda não conseguia reconhecê-lo como o Messias, aquele Messias prenunciado e esperado por todos. Jesus olha para os apóstolos e pergunta de novo: «Mas vós, quem dizeis que Eu sou?» (v. 29). Eis a pergunta mais importante, com a qual Jesus se dirige directamente a quantos o seguiam, para comprovar a sua fé. Pedro, em nome de todos, exclama com prontidão: «Tu és o Cristo» (v. 29). Jesus fica admirado com a fé de Pedro, reconhece que ela é fruto de uma graça, de uma graça especial de Deus Pai. E então revela abertamente aos discípulos o que o espera em Jerusalém, ou seja, que «o Filho do homem iria sofrer muito... ser morto e, depois de três dias, ressurgir» (v. 31).

Ao ouvir isto, o próprio Pedro, que acabara de professar a sua fé em Jesus como Messias, escandaliza-se. Desviando-se um pouco com o Mestre, repreende-o. E como reage Jesus? Por sua vez repreende Pedro por isto, com palavras muito severas: «Vai-te da minha frente, Satanás!» — chama-lhe Satanás! — «Pois não aprecias as coisas de Deus, mas só as dos homens» (v. 33). Jesus apercebe-se de que em Pedro, como nos outros discípulos — também em cada um de nós! — à graça do Pai se opõe a tentação do Maligno, que pretende distrair-nos da vontade de Deus. Anunciando que terá que sofrer e ser morto para depois ressuscitar, Jesus deseja fazer compreender a quantos o seguem que Ele é um Messias humilde e servo. É o Servo obediente à palavra e à vontade do Pai, até ao sacrifício completo da própria vida. Por isso, dirigindo-se a toda a multidão que estava ali, declara que quem quiser ser seu discípulo deve aceitar ser servo, como Ele se fez servo, e adverte: «Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me» (v. 34).

Pôr-se na sequela de Cristo significa carregar a própria cruz — todos temos uma... — para o acompanhar no seu caminho, um caminho desagradável que não é o do sucesso, da glória passageira, mas aquele que leva à liberdade verdadeira, que nos liberta do egoísmo e do pecado. Trata-se de rejeitar abertamente aquela mentalidade mundana que coloca o «eu» e os próprios interesses no centro da existência: não é isto que Jesus quer de nós! Ao contrário, Jesus convida a perder a vida por Ele, pelo Evangelho, a fim de a receber renovada, realizada e autêntica. Graças a Deus, estamos certos de que no final este caminho conduz à ressurreição, à vida plena e definitiva com Deus. Decidir segui-lo, o nosso Mestre e Senhor que se fez Servo de todos, exige que se caminhe depois d’Ele e se ouça atentamente a sua Palavra — recordai-vos: ler todos os dias um trecho do Evangelho — e os Sacramentos.

Há jovens aqui na praça: rapazes e moças. Pergunto-vos: sentistes vontade de seguir Jesus mais de perto? Reflecti. Rezai. E deixai que o Senhor vos fale.

A Virgem Maria, que seguiu Jesus até ao Calvário, nos ajude a purificar sempre a nossa fé de falsas imagens de Deus, para aderir plenamente a Cristo e ao seu Evangelho.

Depois do Angelus: 

O ex-católico


O ex-católico é aquele que, durante toda sua vida religiosa, jamais entendeu a Igreja, jamais leu o Catecismo, enfim, jamais se prestou a compreender a busca da fé e a história do catolicismo. Ao absorver inconscientemente uma pesada propaganda anticatólica nas escolas, universidade, imprensa e até mesmo em círculos religiosos não-católicos, o ex-católico torna-se o um feroz crítico e algoz da antiga fé. Mas quem não odiaria a Igreja, quando os lugares de excelência da formação das idéias ou acólitos de outras religiões repetem as “lendas negras” de sempre: Cruzadas, inquisição, pedofilia, apoio ao nazismo, atraso cultural, científico e civilizador? Quem não odiaria a Igreja, quando por vezes há um clero relapso nos assuntos da fé? Despreparado para defender os pontos essenciais da Igreja, acaba por enfastiar-se da missa, participando de forma mecânica dos cultos. Vai mais além, segue tudo aquilo por “tradição”, como se fizesse favores ou fosse condescendente com uma igreja corrompida, fora de seu tempo, anacrônica e obscurantista. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Por que os refugiados sírios estão procurando a Europa em vez de seus vizinhos árabes?


A Arábia Saudita e vários de seus vizinhos do Oriente Médio pintaram os refugiados sírios e iraquianos que poderiam entrar em seus territórios como “violentos” e “hostis”, embora a maioria deles sejam muçulmanos, assim como os habitantes desses países. Esses governos árabes têm alegado que os refugiados sírios e iraquianos poderiam levar consigo “ideologias subversivas”, incompatíveis com a sua “estabilidade”.

Ironicamente, é o mesmo tipo de discurso adotado por um número muito considerável de ocidentais para rejeitar o acolhimento dos mesmos refugiados, confundindo-os um tanto arbitrariamente com “terroristas”, “jihadistas” ou “adeptos de um plano de islamização da Europa”. Na realidade, a maior parte dos refugiados está fugindo precisamente dos terroristas, dos jihadistas e dos que pretendem impor a todos um islã extremista e fundamentalista. Em sua maioria, os refugiados são vítimas do mesmo terror que assusta os europeus – e não parceiros desse terror.

Aleteia conversou com Roland Lombardi, consultor independente em relações internacionais, especializado em Norte da África, Oriente Médio e desafios ligados a defesa, segurança e geopolítica. Mencionamos a ele a crise de refugiados que a Europa enfrenta hoje, ligada, em grande parte, a pessoas que fogem da Síria. Considerando que os países do Golfo Pérsico estão muito mais próximos da Síria do que a Europa Ocidental, o que pode ser inferido dessa escolha dos refugiados pela Europa como destino?

Roland Lombardi respondeu:

Primeiro, eu gostaria de fazer alguns esclarecimentos. É verdade que o maior número de refugiados da crise atual vem da Síria. Logo atrás deles, em termos de números, vêm os somalis, afegãos e africanos subsaarianos. Vale a pena destacar que, poucos anos atrás, esses refugiados se dirigiam à Líbia, a Israel e ao Líbano. Os líbios estão atualmente imersos no caos. Israel endureceu as suas políticas, especialmente em matéria de imigração. E o Líbano já não tem capacidade de assimilar mais refugiados [há no país mais de 1,1 milhão de refugiados sírios]. Esta conjuntura leva os refugiados a rumarem para a Europa.

Papa: a família nos salva da colonização do dinheiro


PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Praça São Pedro
Quarta-feira, 16 de Setembro de 2015


Locutor:

Concluímos as reflexões sobre a família hoje, nas vésperas do Encontro Mundial das famílias em Filadélfia e do Sínodo dos Bispos aqui em Roma, dois acontecimentos que darão nova luz à dimensão universal desta comunidade humana fundamental e insubstituível que é a família. Frente à mentalidade materialista que impera sobre a humanidade, é preciso promover uma nova aliança entre o homem e a mulher que possa orientar a política, a economia e a convivência civil. Deus confiou à família o projeto de tornar «doméstico» o mundo. Assim que tudo o que acontece entre o homem e a mulher deixa marcas na criação; em concreto, o pecado original – a rejeição à bênção de Deus – deixou o mundo doente. Mas, Deus nunca abandonou o homem; no livro do Gênesis, a promessa feita à mulher parece garantir a cada nova geração uma bênção especial para defender-se do maligno. Além disso, antes de expulsar os primeiros pais do Paraíso, Deus prepara-lhes túnicas de peles, um sinal da sua ternura que chegará à plenitude com a vinda de Jesus. Com isso, podemos ter a certeza de que cada família é uma bênção para o mundo, até ao final da história.

Programa da viagem do Papa Francisco a Cuba e aos Estados Unidos


O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé anunciou nesta terça-feira o programa completo da visita apostólica do Papa Francisco a Cuba e Estados Unidos. A seguir o programa:

Sábado, 19 setembro

- 10h15 Partida do Aeroporto Fiumicino de Roma

- 16:00 Chegada em Havana e cerimônia de boas-vindas no Aeroporto José Martí.

Domingo, 20 de setembro

- 09:00 Missa e Angelus na Praça da Revolução na Havana.

- 16:00 Visita ao Presidente de Cuba e ao Conselho de Ministros no Palácio da Revolução na Havana.

- 17:15 Celebração das Vésperas com sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas na Catedral da Havana.

- 08:30 Encontro com jovens no Centro Cultural Padre Félix Varela.

Segunda-feira, 21 de setembro

- 08:00 Partida do aeroporto José Martí para Holguin.

- 09:20 Chegada ao aeroporto Frank País em Holguin.

- 10:30 Missa na Praça da Revolução em Holguin.

- 15:45 Francisco abençoa a cidade da Loma de la Cruz.

- 16:40 Parte do aeroporto de Frank País para Santiago de Cuba.

- 17:30 Chegada ao Aeroporto Antonio Maceo, em Santiago de Cuba.

- 19:00 Encontro com os Bispos no seminário de São Basílio Magno

- 19:45 Oração a Nossa Senhora da Caridade com os bispos e na basílica menor do Santuário de Nossa Senhora da Caridade, em Santiago. 

Parem o Islã!


Olá pessoal, meu nome é Mona Walter, como vocês podem ver, sou uma negra africana, mas eu moro na Suécia há 20 anos, e na Suécia foi onde descobri o Islã e o que o Islã defende, e o que o Islã significa para os não muçulmanos, os descrentes “karfis” como vocês.

De acordo com o Islã, eu tenho que me cobrir toda senão sou uma puta; de acordo com o Islã, meu marido pode me bater; de acordo com o Islã, judeus e cristãos não têm direito de serem judeus ou cristãos; de acordo com o Islã, meninas jovens tem que se casar com a idade de nove anos.



Eu gostaria que vocês pudessem ler os textos islâmicos, que vocês pudessem ler o Alcorão, que vocês pudessem ler os ensinamentos de Maomé, e em comparação com a democracia e os direitos humanos, se a gente não ficar de pé e não lutar contra o Islã, se a gente não lutar contra os apologistas, contra o politicamente correto, nós vamos ter a Sharia, é isso que vai acontecer com nossas crianças.

Nossas crianças vão ter duas escolhas: virarem muçulmanas ou morrerem! É o que está acontecendo no Iraque e na Síria, e as pessoas ainda têm a cara de pau de dizer que isso não tem nada a ver com o Islã, o que o ISIS está fazendo não tem nada a ver com Islã, o Boko Haram..., que não tem nada a ver com Islã.

Então temos que ficar de pé e lutar por nossos direitos humanos, temos que lutar por nossa democracia, temos que lutar juntos e dizer NÃO ao Islã, dizer NÃO à Sharia, porque há cem anos atrás, algo aconteceu na Turquia. Os muçulmanos decidiram que não queriam mais permitir cristãos, eles mataram três milhões de cristãos. Armênios, assírios,... tiveram duas opções: morrer ou virar muçulmano! E três milhões de cristãos foram mortos só por serem cristãos. Se você quiser isso, diga sim ao Islã mas se não quiser isso diga NÃO ao Islã. NÃO ao Islã e SIM à democracia e aos direitos humanos.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Mensagem do Papa para a 24ª Jornada Mundial do Enfermo, em 2016


Mensagem do Papa Francisco para o
XXIV Dia Mundial do Enfermo

Tema: «Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5)»

Terça-feira, 15 de setembro de 2015


Amados irmãos e irmãs!

A XXIV Jornada Mundial do Doente dá-me ocasião para me sentir particularmente próximo de vós, queridas pessoas doentes, e de quantos cuidam de vós.

Dado que a referida Jornada vai ser celebrada de maneira solene na Terra Santa, proponho que, neste ano, se medite a narração evangélica das bodas de Caná (Jo 2, 1-11), onde Jesus realizou o primeiro milagre a pedido de sua Mãe. O tema escolhido – Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5) – insere-se muito bem no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A celebração eucarística central da Jornada terá lugar a 11 de Fevereiro de 2016, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, e precisamente em Nazaré, onde «o Verbo Se fez homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14). Em Nazaré, Jesus deu início à sua missão salvífica, aplicando a Si mesmo as palavras do profeta Isaías, como nos refere o evangelista Lucas: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (4, 18-19).

A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita interrogativos que nos atingem em profundidade. Por vezes, o primeiro momento pode ser de rebelião: Porque havia de acontecer precisamente a mim? Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido…

Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva; e não porque faça desaparecer a doença, a tribulação ou os interrogativos que daí derivam, mas porque nos dá uma chave para podermos descobrir o sentido mais profundo daquilo que estamos a viver; uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus, que caminha ao nosso lado, carregando a Cruz. E esta chave é-nos entregue pela Mãe, Maria, perita deste caminho.