segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Oito coisas que você deve saber sobre o Halloween antes de fantasiar seu filho


“O que o demônio faz para afastar-nos do caminho de Jesus? A tentação começa de forma sutil, mas cresce: sempre cresce. Esta cresce e contagia o outro, é transmitida e tenta ser comunitária. E, finalmente, para tranquilizar a alma, justifica-se. Cresce, contagia e se justifica”, advertiu o Papa Francisco em abril de 2014.

Próximos à noite de Halloween, celebrada a cada 31 de outubro, compartilhamos oito coisas que todo cristão deve saber acerca desta festa pagã que pouco a pouco foi difundida no mundo inteiro.

1. A origem do nome

A Solenidade de todos os Santos é comemorada no dia 1º de novembro e é celebrada na Igreja desde às vésperas. Halloween significa "All hallow's eve", palavra que provém do inglês antigo, e que significa "véspera de todos os santos".

2. As raízes celtas

No século VI a.C., os celtas do norte da Europa celebravam o fim de ano com a festa do “Samhein” (ou Samon), festividade do sol, iniciada na noite do 31 de outubro e que marcava o fim do verão e das colheitas. A respeito, eles acreditavam que naquela noite o deus da morte permitia aos mortos retornarem à terra, fomentando um ambiente de terror.

Segundo a religião celta, as almas de alguns defuntos estavam dentro de animais ferozes e podiam ser libertadas com sacrifícios de toda índole aos deuses sacrifícios, inclusive sacrifícios humanos. Uma forma de evitar a maldade dos espíritos malignos, fantasmas e outros monstros era disfarçando-se para tratar de assemelhar-se a eles e desta maneira passavam despercebidos ante seus olhares.

3. Sua mistura com o cristianismo

Quando os povos celtas foram cristianizados, nem todos renunciaram os seus costumes pagãos. Do mesmo modo, a coincidência cronológica da festa pagã de “Samhein” com a celebração de todos os Santos e a dos defuntos, comemorada no dia seguinte (2 de novembro), fez com que as crenças cristãs fossem misturadas com as antigas superstições da morte.

Através da chegada de alguns irlandeses aos Estados Unidos, introduziu-se neste país o Halloween, que chegou a ser parte do folclore popular do país. Logo, incluindo a contribuição cultural de outros migrantes, introduziu-se a crença das bruxas, fantasmas, duendes, drácula e diversos monstros. Mais tarde, esta celebração pagã foi difundida no mundo inteiro.

4. Uma das principais festas satânicas

Segundo o testemunho de algumas pessoas que praticaram o satanismo e logo se converteram ao cristianismo, o Halloween é considerada a festa mais importante para os cultos demoníacos, porque se inicia o novo ano satânico e é como uma espécie de “aniversário do diabo”. E nesta data os grupos satânicos sacrificam os jovens e especialmente as crianças, pois são os preferidos de Deus. 

Para muito além dos filmes de terror

O risco de pecar, perder a própria alma e ser condenado ao fogo do inferno 
é um drama muito mais terrível – e real – que qualquer conto de terror

Os "filmes de terror" dividem opiniões. Muitos não gostam, porque, depois que assistem, não conseguem dormir à noite. Alguns, impulsionados por uma curiosidade malsã, lançam-se de cabeça nas tramas cinematográficas, chegando a entrar no abismo sem fundo do ocultismo. Entre os dois extremos, há quem simplesmente assista às histórias, prevenido por um sadio ceticismo – não dando crédito a qualquer coisa que veja – e por uma dose de "senso comum" – sem preconceitos ou dogmas materialistas. Afinal, como escrevia Chesterton, "quando se trata de testemunho humano, há uma sufocante enxurrada de testemunhos em favor do sobrenatural" [1].

De fato, é inegável que os "filmes de terror" ajudam a colocar o homem diante de realidades espirituais. Gostos à parte, algumas produções do gênero têm o costume de abordar temas bastante caros à doutrina católica. O diretor do clássico "O Exorcista" ( The Exorcist, 1973) – única película de terror a ser indicada ao Oscar de melhor filme –, por exemplo, confessa ter feito o filme não para ser uma história "de terror", mas para retratar "o mistério da fé". Mesmo sendo agnóstico, William Friedkin explica que, na trama, "o objetivo do demônio não é a menina, mas o sacerdote que está perdendo a fé". O filme fez tanto sucesso nos Estados Unidos, que chegou mesmo a suscitar vocações para a vida sacerdotal.

Mais recentemente, "O Ritual" ( The Rite, 2011), estrelado por Anthony Hopkins, também está baseado na "crise vocacional" de um diácono que, depois de lidar com o ministério de um padre exorcista, acaba se tornando um católico devoto e fiel. A sua emocionante profissão de fé ao final da história ilustra como o contato com o mal pode conduzir as almas a um encontro com Cristo. Não se trata de dar primazia ou "importância excessiva" ao inimigo de Deus. É que, em um mundo materialista como o nosso, em que as realidades sobrenaturais são encaradas com desdém ou desprezo, tomar consciência da força efetiva do mundo espiritual – mesmo que em sua dimensão maligna – pode ser um primeiro passo para se aproximar de Nosso Senhor. 

domingo, 18 de outubro de 2015

"Não podemos contradizer Jesus", diz cardeal sobre Comunhão a divorciados em segunda união.


O Arcebispo de Caracas (Venezuela), Cardeal Jorge Urosa, encorajou os padres sinodais participantes do Sínodo sobre a Família, que acontece durante estes dias no Vaticano, a fim de que não esqueçam os ensinamentos de Jesus e da Igreja ao discutirem acerca da possibilidade de que os divorciados em nova união possam receber o Sacramento da Comunhão.

Em sua intervenção no Sínodo, cujo texto completo foi remetido ao Grupo ACI, o Cardeal venezuelano destacou que “todos estamos animados pelo melhor desejo de encontrar uma solução à essa dolorosa situação”, e destacou que “devemos fazê-lo com o espírito do bom pastor e da verdade que nos liberta”.

O Arcebispo de Caracas refletiu em torno da proposta “da aceitação à mesa da Eucaristia – mediante algumas condições, entre elas um caminho penitencial –, dos divorciados em nova união, mas mantendo a convivência conjugal”.

“Em espírito de misericórdia evangélica, acho que o caminho penitencial deve concluir na conversão, no propósito de emenda e de viver em continência, como ensina com outras palavras São João Paulo II na Familiaris Consortio”, assinalou.

O Cardeal questionou se as palavras do Senhor no Evangelho, os ensinamentos de São João Paulo II, do Papa Emérito Bento XVI e inclusive do Catecismo podem ser esquecidas, a fim de favorecer a comunhão aos divorciados em nova união.

“A misericórdia convida o pecador e transforma em perdão quando este se arrepende e muda de vida. O filho pródigo foi recebido pelo seu pai com um abraço, somente quando voltou para a sua casa”, assinalou.

O Arcebispo venezuelano sublinhou que “o Sínodo deverá indicar linhas de ação que fortaleçam o matrimônio, fazendo com que este seja mais atrativo aos jovens e permaneça vivo no coração dos cônjuges através do tempo”.

Confira a seguir o texto completo da intervenção do Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa, no Sínodo sobre a Família: 

O mundo só mudará com “familias santas”, como a de Santa Teresinha



Os olhos de todos os cristãos e não cristãos estão nestes dias fixos em Roma, onde se realiza a segunda etapa do Sínodo da Família. Centenas de bispos, de especialistas da pastoral familiar, reunidos buscam dar uma resposta  para “reconstruir a família humana” como lugar de alegria, de amor, de esperança,  onde se constrói o futuro de amanhã. A família “está doente”, de uma enfermidade que foi provocada um pouco intencionalmente, pelos meios de comunicação,  que colocam na mesa  das famílias de tudo: coisas boas e ruins, alimentos que saciam e que contaminam e nem sempre os comensais  têm a capacidade de reconhecer  os alimentos contaminados. A família tem também  se fragilizado  por outras causas ideológicas; em vista de solucionar os problemas de desentendimentos  e de conflitos  se tem visto  pessoas da família “fazerem as próprias malas” e irem para outros lugares,  na esperança de criar uma nova família, que não raramente, depois de um pouco de tempo,  também  começa  a  viver em tensões.

A igreja, mãe, mestra e companheira de caminho, está  tomando uma atitude muito séria, acertada: colocar-se na escuta de todos. O Sínodo é o grande espaço da escuta  de todas as vozes do mundo contemporâneo. Questionários preparados corajosamente foram enviados pelo mundo inteiro, seja  a pessoas de fé  e a pessoas sem fé.  A todos a Igreja pediu humildemente uma palavra de luz. Agora, juntos, se reflete sobre as repostas, para depois  dar uma “resposta” oficial do caminho a seguir, para “reconstruir a família”, oferecer remédios  que curam, cirurgia dolorosa, terapias longas,  caminhos  que não serão fáceis. Escutaremos gritos que chegam de todos os lados, de pessoas  que cantam a vitória  e de pessoas  que choram por  derrotas. Mas no amor não existe nem vitória e nem derrota, existe só o amor que ama, perdoa, é misericordioso e caminha  de mãos dadas para  abrir novos caminhos de luz e de esperança. Sem dúvida soam importantíssimas as vozes da  sociologia, da psicologia, da pastoral,  de todas as ciências humanas. A missão da Igreja é buscar caminhos e luz,  venham de onde vierem. Não é condenar, é amar, compreender e anunciar corajosamente a Verdade que liberta. Não a verdade anônima, obscura, ambígua, de superficialidade; a verdade que tem um nome e se chama JESUS. Ele é caminho, luz, verdade e vida.

Em  todo este vai e vem de idéias, de confrontos, de discórdias e quem sabe  de desuniões, a Igreja durante este Sínodo, tomou uma das decisões mais acertadas, mais luminosas para dar uma reposta que não pode ser contestada sobre o caminho a seguir, para reconstruir a família: a canonização dos pais de santa Teresa do Menino Jesus.

Que significa isto? Que mensagem a Igreja quer dar com este gesto profético e testemunhal de um casal  santo e de uma família santa?

Diante da canonização, isto é, da proclamação pela Igreja  como santos os pais de santa Teresinha, Luiz Martin e Zélia Guerin, surge uma pergunta que nos angustia a todos nós, especialmente aos casais   do mundo inteiro: mas como eles fizeram para chegar à santidade? A resposta simples é a mesma, que vale para todas as épocas e tempos: VIVENDO O EVANGELHO NA VIDA DE CADA DIA.  Hoje se recorre,  para “desculpar” a nossa mediocridade, a tantas desculpas que  servem só para nos confundir e não nos dão  uma clareza de vida: os tempos são diferentes, o mundo não é o mesmo,  os filhos não são iguais, a sociedade  é culpada e por aí vai... jamais porém poderá existir em todos os tempos e lugares, alguém que seja proclamado santo  que não tenha vivido o Evangelho. 

Francisco no Angelus: “é decisivo que se faça a paz na Terra Santa”


PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça de São Pedro
Domingo, 18 de outubro 2015

Queridos irmãos e irmãs,

Sigo com grande preocupação a situação de forte tensão e de violência que aflige a Terra Santa. Neste momento existe a necessidade de muita coragem e muita força de vontade para dizer não ao ódio e à vingança e realizar gestos de paz. Por isto rezemos, para que Deus reforce em todos, governantes e cidadãos, a coragem de oporem-se à violência e de dar passos concretos de distensão. No atual contexto médio-oriental é mais do que nunca decisivo que se faça a paz na Terra Santa: isto nos pede Deus e o bem da humanidade.

No final desta celebração, desejo saudar todos que vieram para prestar homenagem aos novos Santos, especialmente as delegações oficiais da Itália, Espanha e França.

Saúdo os fiéis da diocese de Lodi e Cremona, bem como as Filhas do Oratório. O exemplo de São Vicente Grossi sustente o compromisso a favor da educação cristã das novas gerações.

Saúdo os peregrinos que vieram da Espanha, especialmente de Sevilha, e as Irmãs da Companhia da Cruz. O testemunho de Santa Maria Puríssima nos ajudar a viver a solidariedade e proximidade com os mais necessitados. 

Papa: "passar da ambição do poder à alegria de se ocultar e servir"


SANTA MISSA E CANONIZAÇÃO DOS BEATOS:
- VINCENZO GROSSI
- MARIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
- LUDOVICO MARTIN E MARIA AZELIA GUÉRIN

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Praça São Pedro
XXIX Domingo do Tempo Comum, 18 de Outubro de 2015

As leituras bíblicas de hoje apresentam-nos o tema do serviço e chamam-nos a seguir Jesus pelo caminho da humildade e da cruz.

O profeta Isaías esboça a figura do Servo do Senhor (53, 10-11) e a sua missão salvífica. Trata-se dum personagem que não se gaba de genealogias ilustres; mas desprezado, evitado por todos, sabe o que é sofrer. Não se lhe atribuem empreendimentos grandiosos nem discursos célebres, mas realiza o plano de Deus através duma presença humilde e silenciosa, através do seu sofrimento. De fato, a sua missão realiza-se por meio do sofrimento, que lhe permite compreender os que sofrem, carregar o fardo das culpas alheias e expiá-las. A marginalização e o sofrimento do Servo do Senhor, suportados até à morte, revelam-se tão fecundos que resgatam e salvam as multidões.

Jesus é o Servo do Senhor: a sua existência e a sua morte, vividas inteiramente sob a forma de serviço (cf. Flp 2, 7), foram causa da nossa salvação e da reconciliação da humanidade com Deus. O querigma, coração do Evangelho, atesta que, na sua morte e ressurreição, cumpriram-se as profecias do Servo do Senhor. A narração de São Marcos descreve a cena de Jesus a contas com os seus discípulos Tiago e João, que – apoiados pela mãe – queriam sentar-se, à sua direita e à sua esquerda, no reino de Deus (cf. Mc 10, 37), reivindicando lugares de honra, de acordo com a sua própria visão hierárquica do reino. A perspectiva, em que se movem, aparece ainda inquinada por sonhos de realização terrena. Então Jesus dá um primeiro «abanão» naquelas convicções dos discípulos, recordando o caminho d’Ele na terra: «Bebereis o cálice que Eu bebo (…), mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado» (10, 39-40). Com esta imagem do cálice, Ele assegura aos dois discípulos a possibilidade de serem associados plenamente ao seu destino de sofrimento, mas sem garantir os desejados lugares de honra. A sua resposta é um convite a segui-Lo pelo caminho do amor e do serviço, rejeitando a tentação mundana de querer sobressair e mandar nos outros.

À vista de tantos que lutam por obter o poder e o sucesso, por dar nas vistas, frente a tantos que querem fazer valer os seus méritos, as suas realizações, os discípulos são chamados a fazer o contrário. Por isso adverte-os: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo» (10, 42-43). Com estas palavras, Jesus indica o serviço como estilo da autoridade na comunidade cristã. Quem serve os outros e não goza efetivamente de prestígio, exerce a verdadeira autoridade na Igreja. Jesus convida-nos a mudar a nossa mentalidade e a passar da ambição do poder à alegria de se ocultar e servir; a desarraigar o instinto de domínio sobre os outros e exercer a virtude da humildade.

E, depois de apresentar um modelo a não imitar, oferece-Se a Si mesmo como ideal de referimento. No procedimento do Mestre, a comunidade encontrará o motivo da nova perspectiva de vida: «Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos» (10, 45). Na tradição bíblica, o Filho do Homem é aquele que recebe de Deus «as soberanias, a glória e a realeza» (Dn 7, 14). Jesus enche de novo sentido esta imagem, especificando que Ele tem a soberania enquanto servo, a glória enquanto capaz de abaixamento, a autoridade real enquanto disponível ao dom total da vida. Na verdade, é com a sua paixão e morte que conquista o último lugar, alcança o máximo de grandeza no serviço, e oferece-o à sua Igreja. 

A Prostituta da Babilônia


A julgar pelos critérios do fundamentalismo bíblico (palavras literais entendidas literalmente) é certo que não há nenhuma menção da Igreja Católica no livro do Apocalipse como a Prostituta da Babilônia. Por contorções de interpretação (não pelo literalismo bíblico) alguns grupos e indivíduos equiparam a Prostituta em Apocalipse 17,9 com a Igreja Católica, já que Roma é a famosa cidade das sete colinas e a Sé da Igreja é Roma. Esta posição é insustentável, tanto factualmente e pelas únicas palavras da Escritura que nos dizem da doutrina real do Anticristo, as do apóstolo João em suas cartas.
 
Parece que há duas opções: ou interpretar Apocalipse 17,9 de forma absolutamente literal ou de acordo com alguma chave interpretativa que seja metafórica, alegórica ou de outra forma não-literal. Vamos olhar primeiro para interpretação literal.
 
“As sete cabeças representam sete colinas sobre as quais a mulher está assentada.” Primeiro de tudo, nenhum Papa já viveu ou teve o seu “assento” (cathedra ou catedral) em qualquer uma das sete colinas de Roma. Esses montes são pequenos morros (Capitolino, Palatino, Esquilino, Aventino e os três menores “solavancos” no centro de Roma), onde a religião e governo da Roma pagã foi situada. A sede da Igreja Católica no Latrão (a catedral) e no Vaticano (onde vive o papa) não coincide com eles. No momento em que João escreveu Apocalipse os cristãos de Roma viviam na maior parte em Trastevere (trans Tibre), um distrito “além do Tibre” da cidade e ao lado da colina do Vaticano, onde São Pedro foi crucificado e enterrado. O Vaticano está em cima do local de enterro e é hoje a sua própria cidade-estado distinta de Roma e da Itália.
 
Então, do que estava falando S. João quando escreveu o Apocalipse na ilha de Patmos cerca de 96 AD? Obviamente do sistema imperial pagão situado nas Sete Colinas, especialmente do Capitólio (o centro religioso e político) e do Palatino (o palácio imperial). Este poder pagão perseguiu a Igreja de Roma nos dias de Nero (64-67 dC), e em meados dos anos 90 sob Domiciano foi perseguindo os cristãos em todo o mundo romano. Domiciano foi considerado pelo povo uma reencarnação do mal, assim como Nero (o chefe que vivia no momento). Enquanto o anticristo Nero perseguiu unicamente aos cristãos de Roma, Domiciano alargou a perseguição por todo o império. Ambos são, portanto, tipos do perseguidor final, o Anticristo. 

sábado, 17 de outubro de 2015

Cardeal Dolan pede que a Igreja acolha a 'nova minoria': os fiéis que vivem em santidade


Nos últimos tempos, a Igreja parece andar ocupada, mais do que tudo, em acolher as minorias. Desde a "opção preferencial pelos pobres", o zelo pela Sã Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo e pela Verdade do Evangelho parece às vezes ter se tornado, – na prática, – uma questão secundária ou menos importante. Será que a misericórdia cristã implica abrir mão da difusão do Evangelho? Da busca pela santidade?

Neste cenário, vem oportunamente o Cardeal Dolan, Arcebispo de Nova York, pedir que a Igreja dedique um pouquinho de atenção a um novo tipo de minoria excluída, até mesmo dentro da própria santa Igreja: os fiéis católicos. Segue abaixo o conteúdo integral da carta: 

CARTA

A inclusão tem sido um inovador e consistente tema do Sínodo [sobre a família]. A Igreja, nossa família espiritual, congratula-se com todos, especialmente com aqueles que se sentem excluídos. Entre estes, do que ouvi dos observadores e Padres sinodais, estão os solteiros, aqueles que são atraídos pelo mesmo sexo, os divorciados, os viúvos, os imigrantes que acabaram de chegar a um novo país, as pessoas com deficiência, os confinados, as minorias étnico-raciais, os idosos. A Igreja é uma família que ama a todos e congratula-se com suas necessidades.

Poderia eu sugerir que há uma nova minoria no mundo, e até mesmo na Igreja? Estou pensando naqueles que, confiando na Graça e Misericórdia de Deus, se esforçam para viver na virtude e na fidelidade, – dado o fato de que, apenas na América do Norte, somente metade dos casais que se casam procuram a Igreja para contrair o Sacramento do Matrimônio; – casais que, inspirados pelo ensinamento da Igreja, afirmam que o casamento é para sempre, e perseveram nas provações; casais que recebem o Dom divino de ter vários filhos; homens e mulheres jovens que optam por não viver juntos antes do Matrimônio; um homem 'gay' ou uma lésbica que querem viver em castidade; um casal que decidiu que ela vai desistir de uma carreira promissora para ficar em casa e criar seus filhos. Essas maravilhosas pessoas muitas vezes se sentem como uma minoria em seu ambiente cultural, sim, e às vezes até mesmo dentro da Igreja!