Premissas
necessárias para que nos entendamos bem desde o início: o nosso raciocínio é
baseado em fatos demonstráveis. No entanto, é sempre uma hipótese e, portanto,
é uma "verdade" pessoal que pode ser rejeitada ou criticada.
1) A primeira deve ser reiterada não só em honra da
verdade, mas por afeto e solidariedade: o Papa Francisco, que goza de uma
"frágil saúde de ferro", está bem e porta com alegria e leveza as
fraquezas da sua idade e não poupa esforços e empenho no seu serviço à Igreja e
ao mundo.
2) A segunda deve ser destacada por necessidade do
raciocínio que segue: em 30 meses, Jorge Mario Bergoglio se tornou o líder
moral e religioso mais importante do mundo, e as suas palavras não são apenas
ouvidas, mas a cada dia chegam a "plateias" inesperadas,
ultrapassando todo tipo de barreira religiosa, linguística, cultural, política
e cultural. A sua liderança, sem dúvida, é a que tem maior autoridade, é a mais
sólida e convincente no mundo de hoje, e isso não acontecia no panorama
internacional há muitos anos.
3) Com base nessa realidade da qual Francisco é
protagonista, reconhecida pelos seus piores detratores, há apenas a verdade da
sua palavra e a sua coerência de vida. Francisco fala como um profeta
(encarnando a missão profética da Igreja) sem se importar com os cálculos
diplomáticos, com os jogos de poder muitas vezes obscuros, com as conveniências
do momento, e faz isso usando a denúncia, mas também a esperança, trazendo de
volta para hoje – dos subterrâneos das bibliotecas – Jesus e o seu Evangelho.
4) Obviamente, tudo isso fez com que ele se
tornasse o líder mais amado, reconhecido como pastor e guia, e, portanto,
ouvido por milhões e milhões de pessoas, dentro e fora da Igreja, mas, ao mesmo
tempo, aconteceu outra coisa, natural e evidente: pouco a pouco, as fileiras
dos seus adversários foi crescendo em número, agressividade e consistência. São
as forças, diversas e compósitas, que vão desde os piedosos "ateus
devotos" a algumas corporações, aos conservadores e reacionários, aos
corruptos de todas as camadas, aos bem-pensantes por conveniência carreirista,
aos pusilânimes que são sempre "moderados" (quando se trata dos seus
interesses), aos nostálgicos mal educados a uma fé que deveria sempre embasar o
poder.