Hoje, na abertura da coletiva de imprensa sobre os
trabalhos do Sínodo, o padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, leu uma
segunda declaração sua sobre o desajeitado "furo", falso e
jornalisticamente pouco decoroso, sobre um suposto tumor cerebral do Papa
Francisco.
O Pe. Lombardi, em certo ponto, disse:
"Reitero que a publicação ocorrida é um grave ato de irresponsabilidade,
absolutamente injustificável e inqualificável. E também é injustificável
continuar alimentando tais informações infundadas. Por isso, esperamos que esse
assunto se encerre, portanto, imediatamente".
Nós também desejamos a mesma coisa, especialmente
por respeito ao Papa Francisco. Mas o fato é de tal gravidade, e sem
precedentes, que é preciso abordar algumas perguntas, uma em particular: por
que uma publicação jornalística, envolvendo vários dos seus empregados, chega a
extremos que o Pe. Lombardi definiu como "irresponsáveis"?
A resposta agora é simples e clara: o jornal
Quotidiano Nazionale – ainda não sabemos com que grau de consciência – caiu em uma
terrível armadilha de um personagem que, apresentado como grande luminar da
neurocirurgia mundial, na realidade, acabou se revelando, de modo despudorado,
como um mitômano desavergonhado.
O
neurocirurgião japonês Takanori Fukushima, que foi apontado como o médico que
estaria tratando um tumor benigno cerebral do papa Francisco, deletou duas
publicações de seu blog onde narrava viagens ao Vaticano e encontro com o
religioso.
A
primeira mostrava uma foto realizada em outubro de 2014, ao final de uma
audiência geral, na praça São Pedro, durante uma visita do cirurgião ao
Vaticano. Fukushima explicou no blog que foi convidado para um evento especial,
ocasião em que pode se encontrar com Francisco. Também foram publicadas imagens
de uma visita em janeiro de 2015, quando Fukushima aparece nos corredores do
Vaticano.
Estas são
fotografias publicadas pelo Dr. Fukushima no seu blog (em japonês):
Olhe para o
aperto de mão... o corte dos perfis... o fundo das colunas:
O nome do
médico japonês apareceu também na edição de Nápoles do jornal Corriere della
Sera sobre uma investigação da Procuradoria de Salerno sobre alguns subornos no
hospitais Ruggi para evitar listas de espera para as cirurgias.
Em maio
passado, sete médicos foram inscritos no registro dos investigados, com a
acusação de terem embolsado propinas dos pacientes de até 20 mil euros. Entre
os cirurgiões investigados, também está o Dr. Fukushima.
Estamos certos de que logo virão as desculpas do
Quotidiano Nazionale.
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Instituto Humanitas Unisinos
Reportagem de Luis Badilla
Fonte: Il Sismografo
Tradução: Moisés Sbardelotto.
Com informações em destaque: Paraná Online
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