sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Extremistas hindus contra o aumento da população cristã e muçulmana


Verificar o “desequilíbrio demográfico” controlando o presumível incremento da população de cristãos e muçulmanos na Índia: com este objetivo, o grupo extremista hindu “Rashtriya Swayamsevak Sangh” , rede amplamente difundida, promotora da ideologia exclusivista do Hindutva e de numerosos atos de violência contra minorias religiosas, mobilizou seus membros acusando as minorias não-hindus de “infiltração no território indiano” e de “políticas de conversão”. Citando dados do último censo, o movimento afirma: “A cota da população de religião hinduísta que era 88% – ressalta – desceu para 83,8%, enquanto a população muçulmana que era 9,8% passou para 14,23% de 1951-2011”. 

Nota da Arquidiocese de Mariana sobre a tragédia em Bento Rodrigues


NOTA DA ARQUIDIOCESE DE MARIANA

Somos atribulados, mas não desanimamos; postos em dificuldade, mas não vencidos; prostrados por terra, mas não aniquilados (cf. 1Cor 4,8s)

A Arquidiocese de Mariana lamenta profundamente a tragédia ocorrida na tarde desta quinta-feira, 5 de novembro, no Distrito de Bento Rodrigues, neste Município de Mariana, provocada pelo rompimento da barragem de rejeitos Fundão, da empresa Samarco Mineradora, vitimando centenas de pessoas. Manifestamos nossa mais sentida solidariedade às famílias que tiveram suas casas e seus bens destruídos e às que choram a morte de seus entes queridos, vítimas dessa catástrofe de proporções incalculáveis.

O momento é de unir esforços para minimizar a aflição e o sofrimento de todos os que foram atingidos por essa tragédia. Exortamos nossas comunidades a prestarem sua solidariedade às vítimas, acolhendo-as, doando alimentos e roupas, confortando-as, oferecendo-lhes suas preces. A generosidade de todos será bálsamo a atenuar a aguda dor que toma o coração dos irmãos e irmãs que sofrem com essa terrível catástrofe.

A apuração das responsabilidades por tamanha tragédia é uma exigência da justiça e condição para que tal situação nunca mais se repita. 

O que fazer com o sentimento de culpa?


Desde a era mais primitiva, a culpa ou o sentimento de culpa existiram. O homem, consciente de si e dotado de liberdade, tem como distintivo o chamado à responsabilidade. A característica do ser humano que o chama a ser responsável é a compreensão de si próprio e daquilo que é necessário fazer segundo a sua consciência. A Logoterapia, abordagem psicológica proposta por Viktor Frankl, entende que o homem possui capacidade de escolher em quaisquer circunstâncias o que ele quer ser, e o afirma responsável por essas escolhas. Isso engloba estar atento aos desacordos de suas próprias decisões. Tais desacordos podem gerar a culpa por algo que aconteceu como consequência de um ato.

Frankl (2005) escreveu: “o homem tem o direito de ser considerado culpado e de ser punido. Encontrar uma explicação para a culpa considerando-o como vítima das circunstâncias significa também tirar-lhe a dignidade humana” (p. 45). A Logoterapia ressalta que não se pode tornar ninguém escravo de suas “determinações”, tentando justificar as ações de outrem pondo culpa em fatores externos ou até mesmo internos, ou seja, fazendo vitimizações. É o caso dos crimes em que se procura investigá-los e até mesmo explicá-los pondo a culpa inteiramente nos fatores sociais, biológicos, ambientais, etc., como se o homem fosse uma marionete dos condicionamentos biopsicossociais. Até mesmo o sentimento de culpa pode transformar-se em conquista, pois ele ajuda a rever os caminhos e tomar decisões. 

Vatileaks: O Papa desfez equilíbrios atávicos, talvez corruptos, e há reações pesadas.


Mais uma vez temos a fuga de notícias. Parece que nada mudou...

Um velho vaticanista commo Benni Lai dizia que no Vaticano há muita fofoca porque os padres não tem em casa mulher para poder conversar sobre o que ocorreu no trabalho... mas, é claro, trata-se de uma explicação muito leve para descrever o que realmente está acontecendo. Desenha-se um cenário, que me parece, não corresponde ao que é verdadeiro, que visa dar uma ideia de um Vaticano sem um governo forte, ou então, que seja impossível reformar.

Acho que aconteceram coisas graves, mas circunscritas. E, sobretudo, relativas à esfera econômica sobre a qual se abateu a foice de Francisco. O Pontífice mexeu com equilíbrios atávicos, algumas vezes, corruptos, e isto suscitou reações pesadas no interior da Cúria. Os documentos que estão no centro das fugas de notícias são todas de tipo econômico e isto confirma que o desafio se dá neste terreno. É aqui que está a areia movediça. Daqui é que se fala de uma crise de governo ou de um Papa que não sabe escolher as pessoas certas. O Papa governa de maneira forte e com sucesso, mas podem acontecer incidentes.

As duas pessoas presas foram nomeadas durante o seu pontificado...

A senhora Chaoqui não tinha uma posição tão importante que tivesse ser escolhida pelo Pontífice. Quando ao padre Vallejo Balda, ele já estava na Cúria e o seu nome foi sugerido pelo então arcebispo de Madri (cardeal Rouco). Mas o Papa não o quis como número dois de Pell (o 'ministro da Economia do Vaticano'). Assim, não se pode falar de nomeações erradas, ainda que isto também pode acontecer...

Mas parece haver uma forte contradição entre a espiritualidade da Igreja de Francisco e estes fatos tão terrenos...

A contradição existe. O Vaticano é uma grande administração internacional, feita por homens, uma grande instituição com as suas debilidades. Mais ainda: é composta por tipos humanos muito diferentes, filhos de culturas, mentalidades e hábitos diferentes. Uma Cúria muito variada, filha de uma internacionalização que susbtitui a precedente, toda italiana. Uma instituição sujeita às mesmas leis das classes dirigentes e burocráticas do mundo, que nem sempre são de tão alto nível... acrescento que esta Cúria não está no Céu mas em Roma, e o clima que se respira nesta cidade, certamente, não é o melhor...

Antes o senhor falava da reforma da Cúria. Em que direção se moverá esta reestruturação?

Não é necessária somente uma reforma das estruturas ou do seu conjunto, mas também de uma revolução no recrutamento: é preciso ter a presença de mais mulheres e leigos na máquina administrativa. A burocracia é ainda muito clerical.

A senhora Chaouqui é uma mulher e leiga, mas o seu perfil, inclusive nas colunas sociais, parece ser pouco idôneo para a Igreja...

Não a conheço, mas recordo que ela não tinha um posto importante. Até agora o recrutamento é feito por cooptação clerical e isto é um limite. São necessárias regras: se numa grande empresa são revelados documentos reservados, imediatamente se demite.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Em campanha abortista diabólica, artistas globais insinuam que Maria não era virgem


Os atores do vídeo Bruna Linzmeyer, Barbara Raquel Paz, Johnny Massaro, Nando Alves Pinto, Ricardo Targino, Alexandre Borges, Julia Lemmertz, Mumu, Nanda Costa, Gus Machado e Julia, todos funcionários da Rede Globo participaram de um vídeo abortista.

Logo no inicio do vídeo os atores falam a respeito da gravides da Virgem Maria “Falar de gravidez é um tabu. Vem desde Nossa Senhora, que engravidou virgem. Uma gravides sem sexo, sem corpo, sem desejo e sem medo. (Sem sexo?) Esse lance de virgindade (é) erro de tradução. Do hebraico pro grego…”, dizem os atores.

Sob uma mascara de defesa das mulheres, o promocional diz que a mulher é explorada, obrigada a ter o filho e patati e patata… Ora, ataques tão violentos a mulher que vem, segundo o promocional, da classe intelectual e do show bussines deveriam ser uma verdade inconveniente, mas não, muito pelo contrário. Todos os grandes veículos de imprensa enalteceram o promocional. Que coincidência assombrosa.



O vídeo demonstra um grande problema que vemos hoje: Pessoas desqualificadas a darem qualquer parecer básico sobre como somar 1+1 vomitam sua opinião e gozam de um espaço proeminente na mídia. 

Cresce o mau humor contra o "papa herege"


As tropas ultratradicionalistas não aguentam: o papa que veio do fim do mundo não as agrada, nunca lhes agradou, para dizer a verdade, só que agora o ruído de fundo, o descontentamento que se sentia como um rumor à distância, explodiu.

O papa não é católico, acusam elas, é quase um herege, melhor; elas se aproximam, assim, das clássicas posições sedevacantistas dos lefebrvianos, a Fraternidade São Pio X, que continua sendo, para muitos deles, um ponto de referência.

O ponto de inflexão foi o Sínodo sobre a família ou, melhor, os dois Sínodos: por muito tempo, a ala conservadora mais intransigente cultivou o objetivo de frustrar o projeto reformista do papa que colocava fora de jogo a doutrina concebida como ideologia: quem está em regra está dentro; todos os outros estão fora. Nada de misericórdia, nada de amor de Deus, nada de acolhida: portas fechadas, e não se fala mais disso.

Sobre essa linha se afiava o integralismo duro e piro que tinha mais do que uma tonalidade púrpura nos sagrados palácios, embora certos cardeais integralistas não usassem a linguagem agressiva e feroz de certos grupos e sites da internet.

Por outro lado, um dos Padres sinodais, o arcebispo Tomash Peta, de Astana (Cazaquistão), pertencente à corrente mais intransigente, foi até o fim e disse sem rodeios – retomando uma célebre expressão de Paulo VI – que a "fumaça de Satanás" entrou no Vaticano com o Sínodo e "precisamente através da proposta de admitir à Sagrada Comunhão aqueles que estão divorciados e vivem em uma nova união civil; a afirmação de que a coabitação é uma união que pode ter em si mesma alguns valores; a abertura à homossexualidade como algo dado como normal".

Não é de se admirar, então, que, nas profundezas da internet, entre grupos e associações fundamentalistas, o papa se torna uma espécie de anti-Cristo, um diabo que se infiltrou no topo da Igreja Católica; ambientes marginais dos quais, no entanto, transparece um clima pesado, uma perigosa agressividade mal reprimida.

Não devemos esquecer, contudo, que, se o extremismo religioso católico está irritado com Bergoglio, os primeiros que lhe chamaram de "comunista" foram os fanáticos do hiperliberalismo econômico dos EUA, os líderes do Tea Party, as falanges republicanas aderentes ao cristianismo evangélico com tempero fundamentalista, o do "Cinturão da Bíblia" que se uniam aos ideólogos de Wall Street: que o papa cuide das almas, o capitalismo financeiro em crise nestes anos turbulentos não pode ser tocado, muito menos era tarefa do bispo de Roma falar de direitos sociais.

Em todo o caso, se uma oposição coerente ao papa não consegue ganhar forma e parece estar bastante despedaçada e dividida, grupos e atitudes diversas convergem, porém, em um mau humor crescente contra Francisco e os seus colaboradores.

Só que essa revolta teve que fazer as contas com o imenso consenso que acompanhava o papa argentino, de Manila ao Rio de Janeiro, onde povos católicos inteiros, multidões de "descartados", de marginais reencontravam um guia e uma referência em um mundo regulado pelo poder de uma economia que não tinha – nas favelas filipinas e brasileiras – um rosto humano.

Além disso, é longa a lista das coisas que fazem com que os grupos tradicionalistas se abalem: da crítica às finanças mundiais ao São Francisco ecológico, do ataque contra a corrupção na Igreja ao pedido de pastores "com o cheiro de ovelhas" – isto é, capazes de estar no meio do povo –, da excomunhão direta aos mafiosos e, talvez especialmente, aos muitos silêncios interiores de padres e bispos coniventes à reforma das finanças vaticanas, passando pelo enfraquecimento da corte papal.

E depois houve a recusa de todo critério hierárquico nas nomeações cardinalícias: a escolha não premiava mais dioceses poderosas e carreiras construídas para chegar ao solidéu vermelho, mas homens da Igreja que moram nos lugares complexos de um mundo real: da Birmânia à distante Tonga, de Montevidéu a Agrigento.

A encíclica sobre o ambiente, além disso, mobilizou ao redor do papa mundos que, antes, olhavam apenas com desconfiança para a Santa Sé, mas particularmente aproximou à cúpula da Igreja depois de muito tempo uma miríade de organizações católicas que, do Brasil à África, passando pela Austrália, combateram com o Evangelho em mãos batalhas muitas vezes desesperadas para defender territórios depredados e comunidades humanas despeçadas.

Assim, é o próprio Papa Francisco que descreve o modelo de Igreja que ele tem em mente como uma pirâmide invertida, onde o povo de Deus – conforme a definição do Concílio Vaticano II – é o protagonista e não mais o purpurado da Cúria com o Código de Direito Canônico em mãos.

Por fim, chegou o tema principal, a família, em que Bergoglio deu indicação, sem mudar a doutrina, de abrir as portas para todos: divorciados, conviventes, mães solteiras, homossexuais. Não uma ausência de regras, mas o retorno ao fundamento da fé cristã, o perdão e a acolhida. E, sobre isso, começou uma batalha cultural crucial na Igreja. 

Aumenta nos EUA a demanda por exorcismos


O Padre Gary Thomas, Exorcista da Diocese de São José, Califórnia, Estados Unidos, que por sua vez foi treinado pelo especialista exorcista Padre Carmine de Filippis em Roma, destacou a necessidade crescente do Ministério de exorcismo e descreveu à The Catholic Register alguns detalhes de seu trabalho. "A sociedade está se tornando rapidamente mais pagã. Há pessoas que simplesmente estão caindo longe de Deus e há pessoas que não somente estão se distanciando do Senhor, mas estão caindo em outras coisas buscando respostas às suas perguntas".

Esta busca desordenada também é alimentada por uma cultura contra religiosa e uma grande quantidade de produtos que inclusive chegam a ser industriais, como é o caso do tabuleiro Ouija. "Algumas dessas pessoas nem sequer sabem que o que estão fazendo é perigoso; algumas sabem, mas a maioria não", comentou. Este descuido diante das realidades que significam um risco espiritual é o que motiva que o Padre Thomas fale frequentemente sobre seu ministério. 

Santuário de São Sebastião, no Rio de Janeiro, é elevado a Basílica Menor


O Santuário São Sebastião, dos Frades Capuchinhos, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, foi elevado pelo Papa Francisco ao grau de Basílica Menor, o mais alto posto que uma Igreja pode alcançar. “Com a nova Basílica, a Igreja Católica do Rio assume uma responsabilidade maior de ajudar a cidade e os habitantes”, disse o Arcebispo, Cardeal Orani João Tempesta, durante a celebração no domingo, 1º de novembro.

Dom Orani representou o Papa Francisco e presidiu a cerimônia de elevação, que contou com a presença de autoridades civis e religiosas.

“Com alegria nós participamos desta celebração de elevação do Santuário São Sebastião Frades Capuchinhos à Basílica Menor nesta solenidade de Todos os Santos”, expressou o Cardeal.

Segundo ele, “além da ligação com Roma, da autorização do Santo Padre para que ocorresse essa elevação, nós sabemos que neste ano em que a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro completa seus 450 anos trazemos à tona uma ligação muito importante que sempre existiu e que hoje nós temos o compromisso de reavivá-la nessa nossa cidade, que quando foi criada já nasceu e foi fundada justamente com a devoção a São Sebastião, sendo marcada desde o início pela ligação com a fé católica”.

Durante a cerimônia, foi lido o decreto que elevou o Santuário à Basílica Menor e houve a entrada das insígnias papais: a Umbrela Basilical e o Tintinabulo.

Ao final, foi assinada a ata de elevação da Igreja à Basílica pelo Cardeal Orani, pelo Provincial da Ordem dos Capuchinhos do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Frei Luiz Carlos Siqueira, pelo Reitor do Santuário Basílica de São Sebastião, Frei Arles de Jesus, e pelo secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero.