Os bispos colombianos denunciaram que a
recente aprovação da adoção gay, por parte do Tribunal Constitucional da
Colômbia, fere os direitos das crianças. Por isso, exortaram os cidadãos a fim
de que se manifestem em defesa da “natureza autêntica da família”. Às críticas
da Igreja Católica são somadas as de políticos e outras comunidades religiosas.
Em um comunicado da Comissão Permanente
da Conferência Episcopal da Colômbia, assinado pelo Arcebispo de Tunja e
presidente da CEC, Dom Luis Augusto Castro, os bispos lamentaram que com a
sentença do Tribunal Constitucional “perdem uma vez mais os menores em estado
de desproteção e a sociedade também perde”.
O Tribunal Constitucional da Colômbia
aprovou ontem, com 6 votos a favor e 2 contra, a adoção para casais
homossexuais, argumentando que busca “proteger direitos de população
vulnerável, como por exemplo as crianças em situação de adoção”.
Isto aconteceu apesar de alguns
políticos locais indicarem que a adoção gay é rejeitada por aproximadamente 85
por cento dos colombianos.
Os bispos colombianos expressaram sua
rejeição à sentença e assinalaram: “Acreditamos firmemente que com a decisão do
Tribunal Constitucional, vulneraram-se os menores de idade”, pois “a adoção,
tanto no direito internacional, como em nossa legislação, é acima de tudo uma
medida de proteção ao menor e nunca deve ser considerada como um ‘direito’ das
pessoas que estão adotando”.
Os prelados ratificaram sua “firme
convicção de que a família, conformada por homem e mulher, é o lugar
privilegiado a fim de oferecer às crianças as melhores garantias para seu bom
crescimento e desenvolvimento”.
Acrescentaram: “Estamos completamente
de acordo com nossa Carta Magna, que no artigo 42 consagra a natureza própria
da família, como a união entre um homem e uma mulher, definindo-a também como
‘núcleo essencial da sociedade’”.
No final da sua mensagem, a comissão
permanente da CEC fez um apelo aos colombianos, a fim de que continuem
vigilantes e se mobilizem “para proteger a natureza autêntica da família, assim
como os direitos fundamentais dos menores de idade”.
“Nem tudo que é legal, como neste caso,
é algo moral”, advertiram os bispos.