sábado, 21 de novembro de 2015

O meu reino não é deste mundo.


Então Pilatos entrou de novo no palácio. Chamou Jesus e perguntou: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus respondeu: «Você diz isso por si mesmo, ou foram outros que lhe disseram isso a meu respeito?» Pilatos falou: «Por acaso eu sou judeu? O teu povo e os chefes dos sacerdotes te entregaram a mim. O que fizeste?» Jesus respondeu: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue às autoridades dos judeus. Mas agora o meu reino não é daqui.» Pilatos disse a Jesus: «Então tu és rei?» Jesus respondeu: «Você está dizendo que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está com a verdade, ouve a minha voz». - João 18,33b-37

O Reinado de Jesus

Celebramos neste domingo a solenidade de Cristo Rei que encerra o Ano Litúrgico. A celebração deste dia é uma grande profissão de fé no Senhor da história que caminha com seu povo.

Diferente dos sinóticos o evangelho de João, que hoje nos é oferecido quase não menciona o Reino de Deus, mas concentra no relato da Paixão o tema da realeza de Jesus.

Sabemos que a vida de Jesus nos revela sua paixão pelo Reino de Deus, centro de suas ações, palavras, orações e silêncios, tomando sempre partido pelos pequenos e pelos pobres.

Paradoxalmente, o relato da Paixão de Jesus no quarto evangelho, nos mostra que tipo de rei é Jesus e qual é seu reino.

No texto de hoje, Pilatos, que ao início não mostrou interesse por Jesus, quando os chefes dos judeus o levam a ele (Jo 18,30), entra de novo ao palácio e O chama.

Tentemos reconstruir esta cena com a ajuda de nossa imaginação.

É de manhã, dentro do palácio se encontra o procurador Poncio Pilatos, representante do Império Romano, interrogando, movido talvez pela curiosidade, um humilde judeu, filho do carpinteiro: Tu és o rei dos judeus?

Diferente do que acontece em Mateus e Lucas, nos quais Jesus fica em silêncio, em João se dá uma longa conversa.

A mesma que está marcada pela incompreensão de Pilatos e dos judeus e pela liberdade e firmeza das respostas de Jesus.

Chama a atenção que sem importar sua condição de estar sendo julgado, Jesus antes de responder-lhe, corajosamente também interroga a Pilatos: "Você diz isso por si mesmo, ou foram outros que lhe disseram isso a meu respeito?".

De alguma maneira, ele tenta fazer o procurador tomar uma postura própria e não se deixar levar pelos chefes judeus ou pela multidão.

Mas Pilatos não quer assumir nenhuma responsabilidade, passa-a para aqueles que o entregaram a ele: o povo judeu e seus chefes. Seu interesse centra-se na ação de Jesus: "O que fizeste?".

Jesus não responde, porque já falou com sua vida e obras para todos/as, porém alguns não quiseram acolhê-Lo. 

Papa: devemos pedir perdão pelo escândalo da divisão


VISITA À IGREJA EVANGÉLICA E LUTERANA DE ROMA

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO

Domingo, 15 de Novembro de 2015


Respostas do Santo Padre às perguntas feitas durante o encontro:

Julius, de nove anos, perguntou: «O que mais gostas do ser Papa?».

A resposta é simples. Do que mais gosto... Se te pergunto do que mais gostas da refeição, dirás do bolo, do doce! Ou não? Mas é preciso comer tudo. Sinceramente, o que mais gosto é ser pároco, pastor. Não gosto de trabalhar no escritório. Não gosto destes trabalhos. Não gosto de dar entrevistas protocolares — esta não é protocolar, é familiar! — mas devo fazê-lo. Então, o que mais me agrada? Ser pároco. E outrora, quando eu era reitor da faculdade de teologia, era também pároco da paróquia que está ao lado da faculdade, e sabes, eu gostava de ensinar o catecismo às crianças e, aos domingos, celebrar a Missa com elas. Havia mais ou menos 250 crianças e era difícil fazer com que todas elas permanecessem em silêncio. O diálogo com as crianças... É disto que eu gosto. Tu és um menino e talvez me compreendas. Vós sois concretos, não fazeis perguntas infundadas, teóricas: «Por que isto é assim? Porquê...». Eis, eu gosto de desempenhar a função de pároco e, como pároco, o que mais me agrada é estar com as crianças, falar com elas; aprende-se muito, aprende-se tanto! Gosto de ser Papa com o estilo do pároco. O serviço. Gosto disto, no sentido que me sinto bem quando visito os doentes, quando falo com as pessoas que estão um pouco desesperadas, tristes. Gosto muito de ir ao cárcere, mas que não me levem para a prisão! Pois falar com os prisioneiros... — talvez tu compreendas o que agora te direi — cada vez que encontro num cárcere, pergunto-me: «Porquê eles, e não eu?». E ali sinto a salvação de Jesus Cristo, o amor de Jesus Cristo por mim, porque foi Ele quem me salvou. Eu não sou menor pecador do que eles, mas o Senhor levou-me pela mão. Sinto também isto. E quando vou ao cárcere sinto-me feliz. Ser Papa é ser bispo, ser pároco, ser pastor. Se o Papa não for bispo, se o Papa não for pároco, se não for pastor, será uma pessoa muito inteligente, muito importante, terá uma grande influência na sociedade, mas acho — penso! — que não será feliz no seu coração. Não sei se respondi àquilo que tu querias saber. 

Terror: “Estupidagem” humana!


O mundo foi, mais uma vez, surpreendido por atos de terrorismo em Paris, na França. O terrorismo impõe uma crueldade implacável, assustadora. Assassina selvagemente inocentes!

O terrorismo é um modo de impor a própria vontade por meio de atos de terror. Ele emprega sistematicamente a violência para fins políticos, promovendo a desorganização da sociedade e desejando a tomada do poder. Diante da violência absurda por ele produzida, somos, mais uma vez, convocados a construir percursos de compreensão, diálogo franco e cidadania, fundados em valores comuns, base de toda a convivência pacífica.

O que move grupos humanos a agir guiados por ideologias que defendem práticas terroristas? Como compreender os discursos construídos a partir de práticas terroristas? Somos surpreendidos por notícias sobre atos de terror! Permanecemos sem palavras, acuados e receosos, apavorados diante da possibilidade de sermos, também nós – ou pessoas queridas e respeitadas –, atingidos por semelhante violência.

Acompanhando as notícias destes últimos dias sobre atos de terror, talvez respondamos como o Papa Francisco, no último domingo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro: “Diante de tais atos, não se pode deixar de condenar a inqualificável afronta à dignidade da pessoa humana. Quero reafirmar, com veemência, que o caminho da violência e do ódio não resolve os problemas da humanidade e que utilizar o nome de Deus para justificar esse caminho é uma blasfêmia!”  

Madre Teresa será canonizada em setembro de 2016


Madre Teresa de Calcutá será canonizada em setembro de 2016, como parte do Jubileu extraordinário. Quem traz a notícia é a agência Agi, indicando como possível data a segunda-feira, 5 de setembro, memória litúrgica da Beata, fundadora das Missionárias da Caridade, e 19º aniversário da sua morte. Segundo Vatican Insider, porém, “é muito mais provável que a canonização aconteça no dia precedente, ou seja, domingo 4 de setembro”.

Conforme relata o mesmo site, “para chegar a oficializar a canonização ainda são necessários alguns passos”. “O milagre atribuído à intercessão da Beata albanesa será examinado pelos cardeais e bispos da Congregação das Causas dos Santos no próximo mês”, escreve a agência. “Embora o exame dos prelados não é de mérito – que é feito pela consulta médica do Dicastério e já aconteceu com êxito positivo – é sempre possível pedido de aprofundamentos que podem adiar mais os tempos do processo. Uma vez que os cardeais e bispos da Congregação se pronunciem, a decisão é apresentada ao papa pelo cardeal prefeito, que aprova o milagre e portanto comunica a data da cerimônia ao consistório de cardeais".

O milagre que poderia elevar Madre Teresa aos altares é a cura inexplicável de um homem brasileiro, da Diocese de Santos, no último estágio de um tumor maligno no cérebro, que aconteceu logo depois que o enfermo tinha orado intensamente à Madre Teresa. No exame o câncer, que já havia se estendido para grande parte do cérebro, desapareceu de improviso. 

“Temos que dizer que o mundo muçulmano está doente”, afirma ensaísta islâmico francês




Muçulmano praticante, médico de formação, ensaísta, especialista na questão do islã na França e autor do livro “França-Islã: o choque dos preconceitos”, Malik Bezouh conversou com Aleteia.

Aleteia: Como você analisa a atmosfera na sociedade francesa depois dos ataques?

Malik Bezouh: Há um medo geral, as pessoas estão claramente com medo. Quanto aos muçulmanos, eles estão inquietos e temem as generalizações. Mesmo assim, temos que sair dessa postura vitimista. Mas só responder às generalizações é estéril. Não podemos nos contentar com isso. O que precisamos é dar mais um passo e explicar. A nossa sociedade está em uma encruzilhada. Este drama é um “agora ou nunca” para fazermos uma espécie de “psicoterapia nacional”.

Qual é a posição que os muçulmanos da França devem adotar?

Existe uma dificuldade com a nossa religião: o fundamentalismo que se expressa através desses ataques não é uma doença, mas sim um sintoma muito mais profundo. Nós temos que ser capazes de dizer que o mundo muçulmano está doente. Seria bom que reconhecêssemos as nossas falhas. Poucos dias antes dos ataques, eu recebi uma “fatwa” nas redes sociais me condenando à morte porque eu sou um “reformador”. Eu não vou desistir, já que eu também sou um ativista do patriotismo francês. Eu acredito no amor da França, eu tenho que me comprometer, isso está nas minhas entranhas. Os católicos têm aprendido a lidar com o anticlericalismo galopante e com a cristianofobia. O islã também tem que aprender a lidar com essa realidade. 

Falsa misericórdia não ajuda os divorciados em nova união, adverte Arcebispo


O Arcebispo da Filadélfia (Estados Unidos), Dom Charles Chaput, assegurou que a verdadeira misericórdia e a confiança no poder transformador da graça de Deus são chaves para ajudar os divorciados em nova união.

“Ironicamente, uma estratégia pastoral que minimiza o pecado em nome da misericórdia não pode ser misericordiosa, pois é desonesta”, assinalou Dom Chaput em um artigo que será publicado pela revista First Things, em dezembro deste ano.

A autêntica misericórdia é evangélica e acredita que “a graça de Deus tem o poder de transformar-nos”, indicou, e precisou que isto é importante para a resposta pastoral da Igreja para os divorciados em nova união.

“Os divorciados e recasados no civil continuam sendo membros bem-vindos da comunidade crente, mas a Igreja não pode ignorar a Palavra de Deus sobre a permanência do matrimônio, nem pode mitigar as consequências das escolhas que as pessoas adultas fazem livremente”, disse.

O Arcebispo recordou a passagem na qual Jesus se encontra com uma mulher acusada de adultério, no exato momento em que seria apedrejada, no Evangelho de João. Todas as pessoas necessitam da misericórdia de Deus, inclusive aquelas que se consideram justas, explicou.

“Somente Jesus pode nos libertar. Somete Ele poderia ter jogado a primeira pedra. Mas Ele não o fez, apenas disse: ‘Nem eu te condeno. Vai e não peques mais”.

“Deus não nos deve o perdão ou a redenção, nem nos deve nada. Nem mesmo a misericórdia de Deus nos dá permissão para continuar pecando”, indicou. Mas, pelo contrário, “nos exige uma resposta: ‘ir e não pecar mais’”.

“Ao perdoar a mulher, Jesus faz por meio da graça o que a lei moral não pode fazer. Concede-lhe uma nova vida e a amizade de Deus”, expressou. 

FBI alertou Itália sobre risco de ataques no Vaticano


Autoridades de segurança dos Estados Unidos alertaram a Itália sobre a possibilidade de terroristas estarem planejando ataques no país. Em entrevista à rádio RAI nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, disse que os alvos seriam, de acordo com o FBI, a Basílica de São Pedro, no Vaticano, e a Catedral de Milão ou o Teatro alla Scala, também em Milão.

Ainda segundo Gentiloni, as forças de segurança da Itália estão trabalhando para identificar cinco possíveis suspeitos. Ele disse que a embaixada americana em Roma não aconselhou que turistas deixem de visitar o país, mas pediu que tomem cuidado em algumas regiões.

Segundo a RAI, porém, "não há sinais diretos de ameaças concretas" em conexão com as informações recebidas. O Ângelus* semanal do papa Francisco ocorreu nesta quarta-feira sem nenhum incidente no Vaticano, apesar de seu contingente de guarda-costas ter sido reforçado. Cerca de 700 soldados estão sendo enviados para Roma por questões de segurança. Já a temporada de óperas no Teatro alla Scala começará em 7 de dezembro. 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CONIC lança, oficialmente, o vídeo institucional da CFE 2016


É com muita alegria que o CONIC apresenta ao grande público o vídeo oficial da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2016. Este ano, a Campanha tem por objetivo o debate de questões relativas ao saneamento básico, desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos. O tema escolhido para a Campanha é “Casa comum, nossa responsabilidade”, e o lema, “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24).


A reflexão da CEF será a partir de um problema que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país. O texto-base está organizado em cinco partes, a partir do método “ver, julgar e agir”. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha de 2016.