sábado, 28 de novembro de 2015

Papa: "O dinheiro roubado, quando você morrer, vai deixa-lo aqui e outro o usará. Mas deixará aqui também as feridas causadas nas pessoas".


VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO
AO QUÉNIA, UGANDA E REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA
(25-30 DE NOVEMBRO DE 2015)

ENCONTRO COM OS JOVENS

DISCURSO DO SANTO PADRE

Estádio Kasarani, Nairobi (Quénia)
Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015


Muito obrigado pelo terço que rezastes por mim. Obrigado, muito obrigado!

Obrigado pela vossa presença, pela vossa entusiasta presença aqui! Obrigado, Linette e Manuel, pelas vossas reflexões.

Há uma pergunta que está na base de todas as perguntas que me fizeram Linette e Manuel: «Porque acontecem as divisões, as lutas, a guerra, a morte, o fanatismo, a destruição entre os jovens? Porque há este desejo de nos autodestruirmos? Nas primeiras páginas da Bíblia, depois de todas as maravilhas que Deus fez, um irmão mata o seu próprio irmão. O espírito do mal leva-nos à destruição; o espírito do mal leva-nos à desunião, leva-nos ao tribalismo, à corrupção, à dependência da droga... Leva-nos à destruição através do fanatismo.

Manuel perguntava-me: «Que fazer para que um fanatismo ideológico não nos roube um irmão, não nos roube um amigo?» Há uma palavra que pode parecer incómoda, mas não a quero evitar, porque vós a usastes antes de mim: usaste-la quando me trouxestes os terços, contando os terços que rezastes por mim; usou-a também o Bispo, quando vos apresentou, dizendo que vos preparastes para esta visita com a oração. A primeira coisa que eu diria é que um homem perde o melhor do seu ser humano, uma mulher perde o melhor da sua humanidade, quando se esquece de rezar, porque se sente omnipotente, porque não sente necessidade de pedir ajuda ao Senhor à vista de tantas tragédias.

A vida está cheia de dificuldades, mas há duas maneiras de olhar as dificuldades: ou se olham como algo que te bloca, que te destrói, que te paralisa, ou se olham como uma oportunidade real. A escolha depende de vós: para mim, uma dificuldade é caminho de destruição ou oportunidade para superar a minha situação, a da minha família, da minha comunidade, do meu país?

Moços e moças, não vivemos no céu; vivemos na terra. E a terra está cheia de dificuldades. A terra está cheia não só de dificuldades, mas também de atractivos para o mal. Mas há algo que todos vós, jovens, tendes e que dura por um certo tempo, um período mais ou menos longo: a capacidade de escolher qual caminho quero seguir, qual destas duas coisas quero escolher: deixar-me vencer pela dificuldade ou transformar a dificuldade numa oportunidade, para que a vencer seja eu?

Algumas das dificuldades que mencionastes são verdadeiros desafios. Assim, primeiro, impõe-se uma pergunta: quereis superar estes desafios ou deixar-vos vencer pelos desafios? Quereis ser como os atletas que, quando vêm jogar aqui no estádio, querem ganhar, ou como aqueles que já venderam a vitória aos outros e meteram o dinheiro ao bolso? A escolha é vossa! 

“A ineficiência do sistema prisional não pode levar à privatização”, afirma nota da CNBB


NOTA DA CNBB CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL

P - Nº. 0878 /15

“Eu estava na prisão, e fostes visitar-me” (Mt 25,37)

O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília, nos dias 24 e 25 de novembro de 2015, acompanha, com preocupação, a tramitação, no Senado Federal, do PLS n.º 513/2011 que estabelece normas gerais para a contratação de parceria público-privada para a construção e administração de estabelecimentos penais.

Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional, a população carcerária do Brasil ultrapassa o número de 600 mil pessoas. Percebem-se escassos sinais de melhoria que atendam à finalidade de reinserção social dos apenados. Ainda permanecem graves violações de direitos e garantias fundamentais.

O atual sistema prisional, competência do Estado brasileiro, mostra-se falido e incapaz de cumprir suas finalidades institucionais. 

Afirma o Papa Francisco e nós bispos com ele: “É doloroso constatar sistemas penitenciários que não buscam curar as chagas, sarar as feridas, gerar novas oportunidades. (...). É sempre mais fácil encher os presídios do que ajudar a andar para frente quem errou na vida (...). Neste período de detenção, de modo particular, é necessária uma mão que ajude a reintegração social, desejada por todos: reclusos, famílias, funcionários, políticas sociais e educativas. Uma reintegração que beneficia e eleva o nível moral de todos” (Papa Francisco). 

Massiva manifestação para fechar mostra de arte profana em Pamplona, Espanha


Cerca de 2 mil pessoas se manifestaram ontem ante o Município de Pamplona (Espanha), a fim de pedir ao prefeito da cidade, Joseba Asirón, que retire a exposição blasfema colocada desde sexta-feira passada na sala Conde Rodezno.

Na mostra intitulada “Enterrados”, foram expostas diversas fotografias ofensivas tiradas por Abel Azcona, que roubou mais de 200 hóstias consagradas para fazer esta exposição.

Os manifestantes gritavam: “Asirón, retira a exposição” ou “Blasfêmia não é cultura”. Os cidadãos exigiram que tal mostra fosse fechada.

Os atos de rechaço a esta exposição aconteceram desde que foi inaugurada no dia último dia 20 de novembro. A mostra gerou grande indignação entre os católicos locais e fez com que a associação ‘Abogados Cristianos’ apresentasse uma queixa criminal contra Azcona, pois através da mostra foram violados vários itens do Código Penal espanhol relacionados ao tema religioso.

Na queixa apresentada por ‘Abogados Cristianos’, atribuem ao autor um delito reiterado de profanação e outro contra os sentimentos religiosos citados nos artigos 524 e 525 do Código Penal.

Solicitaram à equipe de governo que até hoje, 27 de novembro, “seja retirado da exposição 'Enterrados' da sala municipal de Conde Rodezno, todo elemento que esteja relacionado com a profanação cometida por seu autor, a qual ofendeu grande maioria de cidadãos de Pamplona". 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

CNBB fala sobre rompimento de barragem e alerta para código de mineração


NOTA DA CNBB SOBRE O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO

P - Nº. 0863/15

“Toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto” (Rm 8,22)



O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília dias 24 e 25 de novembro de 2015, manifesta sua profunda solidariedade aos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco Mineradora, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana-MG. Com o mesmo sentimento expresso pela nota da Presidência da CNBB em solidariedade à Arquidiocese de Mariana, emitida no dia 11 de novembro, assistimos, atônitos e indignados, ao rastro de destruição e morte, consequência dessa tragédia, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, cujas causas devem ser rigorosamente apuradas e os responsáveis obrigados a reparar os danos causados.

As vidas dos trabalhadores e moradores tragadas pela lama, bem como a fauna e flora destruídas exigem profunda reflexão acerca do desenvolvimento em curso no país. É preciso colocar um limite ao lucro a todo custo que, muitas vezes, faz negligenciar medidas de segurança e proteção à vida das pessoas e do planeta. Com efeito, lembra-nos o Papa Francisco que “o princípio da maximização do lucro, que tende a isolar-se de todas as outras considerações, é uma distorção conceitual da economia” (Laudato Si, 195).

A atividade mineradora no Brasil carece de um marco regulatório que tire do centro o lucro exorbitante das mineradoras ao preço do sacrifício humano e da depredação do meio ambiente com a consequente destruição da biodiversidade. Urge recordar que “o meio ambiente é um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade e responsabilidade de todos” (Laudato Si, 95). Lamentavelmente, esta grave ocorrência nos faz perceber que este princípio não é levado em conta pelo atual desenvolvimento que tem o mercado e o consumo como principal finalidade. 

Nova York: bebê abandonado em um presépio


O zelador da igreja do Menino Jesus do Queens, um dos maiores distritos de Nova York, nessa segunda-feira à noite, viu-se confrontado com uma cena inacreditável. Alertado pelo choro de um bebê, foi até o presépio colocado em uma capela, onde encontrou um pequeno ainda com o cordão umbilical, entre as estátuas da Sagrada Família.

Segundo a polícia, o recém-nascido tinha quatro ou cinco horas de vida quando foi encontrado, evidentemente abandonado pela sua mãe. O pároco Christopher Heanue escreveu na página do Facebook que a criança pesa pouco mais de 5 quilos e mede 43 cm. "Eu acredito - disse o religioso - que a mãe encontrou neste lugar o seu ‘refúgio’, o lugar onde o seu filho seria acolhido”.


A história tocou também mons. Octavio Cisneros, bispo auxiliar da Diocese do Brooklyn, que disse: "Há uma criança, envolta em panos, em um guardanapo”, convidando a rezar “por ele, pelos seus pais e por quem vai recebê-lo na sua casa”. 

Papa se encontra com autoridades e diplomatas de Uganda


VIAGEM DO PAPA FRANCISCO À ÁFRICA
– QUÊNIA, UGANDA e REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA -

DISCURSO

Encontro com as autoridades de Uganda e com o corpo diplomático

Palácio do Governo – Kampala
Sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Senhor Presidente,
Ilustres membros do Governo,
Distintos membros do Corpo Diplomático,
Amados Irmãos Bispos,
Senhoras e Senhores!

Obrigado pela vossa amável recepção! Estou feliz por me encontrar no Uganda. A minha visita ao vosso país tem como objectivo principal comemorar o cinquentenário da canonização dos Mártires do Uganda pelo meu predecessor, o Papa Paulo VI. Mas espero que a minha presença seja vista também como um sinal de amizade, estima e encorajamento para todos os habitantes desta grande nação.

Os Mártires, tanto católicos como anglicanos, são verdadeiros heróis nacionais. Dão testemunho dos princípios orientadores expressos no lema do Uganda: Por Deus e pelo meu País. Lembram-nos a importância que a fé, a rectidão moral e o serviço ao bem comum desempenharam e continuam a desempenhar na vida cultural, económica e política do país. Recordam-nos também que, apesar das nossas crenças religiosas e convicções diferentes, somos todos chamados a procurar a verdade, a trabalhar pela justiça e a reconciliação, e a respeitar-nos, proteger-nos e ajudar-nos uns aos outros como membros da única família humana. Estes altos ideais são pedidos particularmente a homens e mulheres como vós que tendes o dever de assegurar com critérios de transparência um bom governo, um desenvolvimento humano integral, uma ampla participação na vida pública da nação e também uma sábia e justa distribuição dos recursos que o Criador derramou tão abundantemente sobre estas terras.

A minha visita visa ainda chamar a atenção para a África no seu conjunto, para a promessa que representa, as suas esperanças, as suas lutas e as suas conquistas. O mundo olha para a África como o continente da esperança. O Uganda foi realmente abençoado por Deus com abundantes recursos naturais, que sois chamados a administrar como guardiões responsáveis. Mas a nação foi abençoada sobretudo no seu povo: através das suas famílias sólidas, da sua juventude e dos seus idosos. Anseio pelo meu encontro de amanhã com os jovens, a quem dirigirei palavras de encorajamento e estímulo. Como é importante que lhes sejam oferecidas a esperança, a oportunidade de receber uma instrução adequada e um trabalho remunerado e sobretudo a oportunidade de participar plenamente na vida da sociedade! Quero assinalar também a bênção que recebeis através dos idosos. São a memória viva de cada povo. A sua sabedoria e experiência deveriam ser sempre valorizadas como uma bússola capaz de permitir que a sociedade encontre a orientação certa para enfrentar os desafios do presente com integridade, sabedoria e clarividência. 

Papa visita bairro pobre e denuncia injustiça e marginalização


VIAGEM DO PAPA FRANCISCO À ÁFRICA
– QUÊNIA, UGANDA e REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA -

DISCURSO

Visita ao bairro pobre de Kangemi – Nairóbi (Quênia)
Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015


Obrigado por me terdes acolhido no vosso bairro. Obrigado ao Senhor Arcebispo Kivuva e ao Padre Pascal pelas suas palavras. Na realidade, sinto-me em casa partilhando este momento com irmãos e irmãs que ocupam – não tenho vergonha de o dizer – um lugar especial na minha vida e nas minhas opções. Estou aqui, porque quero que saibais que as vossas alegrias e esperanças, as vossas angústias e sofrimentos não me são indiferentes. Conheço as dificuldades que enfrentais dia a dia! Como não denunciar as injustiças que sofreis?

Antes de mais nada, queria deter-me num aspecto que os discursos de exclusão não conseguem reconhecer ou parecem ignorar. Refiro-me à sabedoria dos bairros populares. Uma sabedoria que brota da «obstinada resistência daquilo que é autêntico» (Laudato si’, 112), de valores evangélicos que a sociedade opulenta, entorpecida pelo consumo desenfreado, parecia ter esquecido. Vós sois capazes de «tecer laços de pertença e convivência que transformam a superlotação numa experiência comunitária, onde se derrubam os muros do eu e superam as barreiras do egoísmo» (ibid., 149).

A cultura dos bairros populares, permeada por esta sabedoria particular, «tem características muito positivas, que são uma contribuição para o tempo em que vivemos, exprime-se em valores como a solidariedade, dar a vida pelo outro, preferir o nascimento à morte, dar sepultura cristã aos seus mortos; oferecer um lugar para os doentes na própria casa, partilhar o pão com o faminto: “onde comem 10, comem 12”; a paciência e a fortaleza nas grandes adversidades, etc» (Equipa de Sacerdotes para as «Villas de Emergência» (Argentina), Reflexiones sobre la urbanización y la cultura villera, 2010). Valores baseados nisto: cada ser humano é mais importante do que o deus dinheiro. Obrigado por nos lembrardes que há outro tipo de cultura possível.

Queria começar por reivindicar estes valores que vós praticais, valores que não aparecem cotados na Bolsa, valores que não são objecto de especulação nem têm preço de mercado. Congratulo-me convosco, acompanho-vos e quero que saibais que o Senhor nunca Se esquece de vós. O caminho de Jesus começou na periferia, vai dos pobres e com os pobres para todos.

Reconhecer estas manifestações de vida boa que crescem diariamente entre vós não significa, de forma alguma, ignorar a terrível injustiça da marginalização urbana. São as feridas provocadas pelas minorias que concentram o poder, a riqueza e esbanjam egoisticamente enquanto a crescente maioria deve refugiar-se em periferias abandonadas, contaminadas, descartadas. 

Papa aos religiosos: “Não caiam no ‘mercado’ da tibieza. Deus vomita”


VIAGEM DO PAPA FRANCISCO À ÁFRICA
– QUÊNIA, UGANDA e REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA –

DISCURSO

Encontro com o clero, os religiosos, as religiosas e os seminaristas
Escola Saint Mary’s no Quênia

Quinta-feira, 26 de novembro de 2015

V. Tumisufu Yesu Kristu! [Louvado seja Jesus Cristo!]

R. [Milele na Milele. Amina (Agora e sempre. Amen)]

Muito obrigado pela vossa presença. Gostaria muito de vos falar em inglês, mas o meu inglês é pobre! Tomei nota e quero dizer-vos tantas coisas a todos vós, a cada um de vós, mas sinto-me inseguro se vo-las disser em inglês; prefiro falar na minha língua materna. Mons. Miles é o tradutor. Obrigado pela vossa compreensão.

Quando estava a ser lida a carta de São Paulo, impressionaram-me estas palavras: «É exactamente nisto que ponho a minha confiança: Aquele que em vós deu início a uma boa obra há-de levá-la ao fim, até ao dia de Cristo Jesus» (Flp 1, 6).

O Senhor escolheu-vos a todos; escolheu-nos a todos. E Ele deu início à sua obra no dia em que nos fixou no Baptismo e, depois, no dia em que nos fixou quando nos disse: «Se quiseres, vem comigo». Então pusemo-nos na fila [dos seus seguidores] e começámos o caminho. Mas o caminho foi Ele que o iniciou, não nós. Não fomos nós. No Evangelho, lemos que uma pessoa por Ele curada queria segui-Lo ao longo do caminho, mas Jesus disse-lhe: «Não». No seguimento de Jesus Cristo – tanto no sacerdócio como na vida consagrada – entra-se pela porta; e a porta é Cristo. Ele chama, Ele começa, Ele vai-nos trabalhando. Há alguns que querem entrar pela janela; mas isso não resulta. Por favor, se alguém vir que um companheiro ou uma companheira entrou pela janela, abraçai-o e explicai-lhe que é melhor ir embora e servir a Deus noutro lado, porque nunca chegará ao fim uma obra cujo início não foi dado por Jesus, por Ele mesmo, através da porta.

Isto há-de levar-nos à consciência de ser escolhidos: «Ele fixou-me, fui escolhido». Faz-me impressão o início do capítulo 16 de Ezequiel: «Eras filha de estrangeiros, uma recém-nascida abandonada; mas Eu passei, lavei-te e tomei-te comigo». Temos aqui o caminho, a obra que o Senhor começou, quando pousou o seu olhar sobre nós.

Há alguns que não sabem para que os chama Deus, mas sentem que Deus os chamou. Ficai tranquilos, Deus vos fará compreender para que vos chamou. Há outros que querem seguir o Senhor por conveniência, por interesse. Lembremos a mãe de Tiago e João: «Senhor, peço-te que, ao dividires o bolo, dês o pedaço maior aos meus filhos. Que um fique à tua direita, e o outro a tua esquerda». Esta é a tentação de seguir Jesus por ambição: a ambição do dinheiro, a ambição do poder. Talvez todos nós possamos dizer: «Quando comecei a seguir Jesus, isso nem sequer me passou pela cabeça». Mas a qualquer outro passou, e pouco a pouco foi-o semeando no teu coração como cizânia.

Na vida do seguimento de Jesus, não há lugar para ambições próprias, nem para riquezas, nem para ser uma pessoa importante no mundo. A Jesus segue-se até ao último passo da sua vida terrena: a Cruz. Depois Ele encarrega-Se de te ressuscitar, mas tu deves ir até lá. Isto que vos digo é sério, porque a Igreja não é uma empresa, não é uma ONG. A Igreja é um mistério: é o mistério do olhar de Jesus pousado sobre cada um, que lhe diz: «Segue-me».

Então, que fique claro: quem chama é Jesus; entra-se pela porta, não pela janela; e segue-se o caminho de Jesus.