sábado, 9 de janeiro de 2016

Por que deixei o protestantismo?



Nasci em família de "católicos não-praticantes" e, tendo crescido sem nenhuma instrução religiosa, na adolescência comecei aos poucos a descobrir a fé do meu Batismo. No entanto, as dúvidas e uma fé imatura levaram-me ao protestantismo. Eu já conhecia bem a Igreja Católica quando fui atraído para lá, e cheguei a frequentar igrejas presbiterianas e pentecostais. Por algum tempo, estudei autores clássicos e atuais da tradição protestante, e fiz amigos neste meio (inclusive muitos cristãos piedosos e sérios). Também participei ativamente dos cultos, embora nunca tenha sido inscrito como membro de nenhuma igreja.

Aprendi muitas coisas boas com o cristianismo protestante. Existem vários artigos de fé que eles ensinam corretamente, como a autoridade e inspiração das Escrituras, a providência de Deus sobre o mundo, a divindade de Cristo e sua ressurreição, pontos importantes da moral cristã, etc. Admiro a ênfase que colocam na confiança em Cristo e na necessidade de conversão pessoal, e o modo apaixonado como alguns defendem esses artigos de fé. Deixei os protestantes porque percebi a necessidade de algo mais para seguir a Cristo plenamente – ser parte de Sua Igreja. Quanto a todas as coisas que eles pregam e vivem corretamente, não tenho dificuldade em reconhecê-las.

O que me levou ao protestantismo foi a mentalidade de querer investigar e entender perfeitamente todas as questões teológicas possíveis. É claro que muitas vezes eu ficava insatisfeito com a posição da Igreja Católica e então buscava compor meu próprio sistema teológico. O protestantismo me atraiu justamente pela promessa de "liberdade intelectual", que é inerente a ele. Por algum tempo acreditei que a fé poderia  desenvolver-se melhor sem as amarras da tradição católica, porém mantendo o essencial - a partir das Escrituras.

Mas o resultado dessa busca, depois de muita reflexão, é que o protestantismo tem grande dificuldade em manter este núcleo essencial da fé. Em vez de funcionar como Igreja de Cristo, ele cria confusão. Isso vem da própria mentalidade em que opera. E é isso que pretendo demonstrar a seguir. Este artigo é um esforço de resumir os pontos principais de uma longa reflexão.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

São Severino


Severino viveu em pleno século V, quando o Ocidente era acometido por uma sequência de invasões dos povos bárbaros. Sua vida é muito importante, pois foi neste ambiente de conflitos que Severino soube espalhar as sementes do Evangelho de Jesus.

Severino nasceu no ano 410, na cidade de Roma e pertencia a uma família nobre e rica. Era um homem de fino trato, que falava o latim com perfeição, profundamente humilde, pobre e caridoso.

Em 454 encontramos Severino as margens do Rio Danúbio, fronteira com o então mundo pagão, acolhendo a população ameaçado pela destruição bárbara. Ao mesmo tempo, o jovem cristão fazia penitência e tentava atrair os pagãos para a vida cristã.

Esse seu ministério apostólico itinerante frutificou em várias cidades, com a fundação de inúmeros mosteiros. Segundo a tradição, Severino era dotado do dom das profecias e conseguia avisar populações inteiras sobre ataques bárbaros. Com isso evitava muitas mortes, pois as pessoas podiam refugiar-se em outros locais.

Morreu no dia 08 de janeiro de 482 pronunciando a última frase do salmo 150: "Todo ser que tem vida, a deve ao Senhor".

ORAÇÃO


Ó Deus, nosso Pai, nós Te pedimos que, mediante teu Espírito Santo, nos concedeis o dom do discernimento, para percebermos os sinais de teu amor e de tua ação na história humana. E que, a exemplo de São Severino, sejamos capazes de exercer a solidariedade para com todos os homens, sem levar em consideração raça, cultura e religião. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Sobre Corpos e Almas


Uma das discussões mais recorrentes que tenho, tanto no meu trabalho quanto nas relações pessoais, é a respeito da questão da alma. De fato, estou cercado de “espiritualistas” e “materialistas” que insistem em me bombardear, a todo momento, com verdadeiras “catequeses” a respeito de suas posições filosóficas (seria talvez mais preciso dizer “religiosas”) e insistindo para que eu tome uma posição: entre corpo e alma, de que lado eu fico?

Sobre a “dominação mítica e as fábulas religiosas cruéis”

Este é mais um daqueles falsos dilemas em que somos, atualmente, apresentados nos debates e nas conversas, sejam as presenciais, sejam as virtuais, em redes sociais e similares. Tenho muitos amigos materialistas, ou assim declarados, que querem me convencer de que os “espiritualistas” estão errados, e que simplesmente não existe e nem pode existir algo como uma “alminha” que pilota o corpo humano, um “espírito” que habita em nós misteriosamente e que precede, sobrevive ou mesmo independe do corpo, e que a ele se junta acidentalmente em determinado tempo. Este mito “metafísico” é, dizem eles, a sobrevivência de velhos conceitos supersticiosos que precisam ser destruídos pela ciência e pela racionalidade contemporâneas. O corpo seria tudo: “toda física e toda metafísica, todo o sagrado e todo o profano, toda consciência e toda inconsciência”, como um deles me afirmou, categoricamente. Todo o resto, toda a metafísica que defende a existência desse “fantasma esotérico” (como ele chamava a alma humana) seria simplesmente o recurso moralista daqueles que “odeiam o corpo, odeiam a liberdade humana”. Assim, liberdade seria simplesmente a possibilidade de dizer sim a qualquer libido, a qualquer desejo, a qualquer inclinação corporal que não implique a destruição do corpo. O mais seria mera “dominação mítica, fábulas religiosas cruéis”. “Que nos deram vocês, os espiritualistas”, disse-me este meu amigo, “senão a repressão injusta e detestável dos prazeres corporais, em nome das suas fraquezas metafísicas? Vocês não admitem o culto do corpo, porque amam a repressão e a morte. Que fiquem com a morte, vocês que amam o martírio. Deixem a vida para nós, que somos fortes o suficiente para viver sem as ilusões religiosas dos fracos. Renunciaremos a este dualismo medieval entre corpo e alma, quando assumirmos a realidade exclusiva do corpo e do sim a todas as suas exigências!”

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A Igreja brilha com a luz de Cristo, diz Papa na festa da Epifania


HOMILIA
Santa Missa na Solenidade da Epifania do Senhor
Basílica Vaticana
Quarta-feira, 6 de janeiro de 2016


As palavras do profeta Isaías, dirigidas à cidade santa de Jerusalém, convidam-nos a sair – a sair dos nossos fechamentos, a sair de nós mesmos – para reconhecermos a luz esplendorosa que ilumina a nossa existência: «Levanta-te e resplandece, Jerusalém, que está a chegar a tua luz! A glória do Senhor amanhece sobre ti!» (60, 1). A «tua luz» é a glória do Senhor. A Igreja não pode iludir-se de brilhar com luz própria. Lembra-o Santo Ambrósio com uma bela expressão em que usa a lua como metáfora da Igreja: «Verdadeiramente como a lua é a Igreja (…) brilha, não com luz própria, mas com a de Cristo. Recebe o seu próprio esplendor do Sol de Justiça, podendo assim dizer: “Já não sou eu que vivo, é Cristo vive em mim”» (Exameron, IV, 8, 32). Cristo é a luz verdadeira, que ilumina; e a Igreja, na medida em que permanece ancorada n’Ele, na medida em que se deixa iluminar por Ele, consegue iluminar a vida das pessoas e dos povos. Por isso, os Santos Padres reconheciam, na Igreja, o «mysterium lunae».

Temos necessidade desta luz, que vem do Alto, para corresponder coerentemente à vocação que recebemos. Anunciar o Evangelho de Cristo não é uma opção que podemos fazer de entre muitas, nem é uma profissão. Para a Igreja, ser missionária não significa fazer proselitismo; para a Igreja, ser missionária equivale a exprimir a sua própria natureza: ser iluminada por Deus e refletir a sua luz. Esse é o seu serviço. Não há outra estrada. A missão é a sua vocação, refletir a luz de Cristo é o seu serviço. Quantas pessoas esperam de nós este serviço missionário, porque precisam de Cristo, precisam de conhecer o rosto do Pai!

Os Magos, de que nos fala o Evangelho de Mateus, são um testemunho vivo de como estão presentes por todo lado as sementes da verdade, pois são dom do Criador que, a todos, chama a reconhecê-Lo como Pai bom e fiel. Os Magos representam as pessoas, dos quatro cantos da terra, que são acolhidas na casa de Deus. Na presença de Jesus, já não há qualquer divisão de raça, língua e cultura: naquele Menino, toda a humanidade encontra a sua unidade. E a Igreja tem o dever de reconhecer e fazer surgir, de forma cada vez mais clara, o desejo de Deus que cada um traz dentro de si. Esse é o serviço da Igreja, a luz que reflete, fazer emergir o desejo de Deus que cada um traz consigo. Como os Magos, ainda hoje, há muitas pessoas que vivem com o «coração inquieto», continuando a questionar-se sem encontrar respostas certas. A inquietude do Espírto Santo que move o coração. Também elas andam à procura da estrela que indica a estrada para Belém. 

São Raimundo de Peñafort


Raimundo era um fidalgo espanhol descendente dos reis de Aragão. Nasceu em 1175 e desde muito pequeno interessou-se pela vida religiosa e pelos estudos. Foi um ótimo professor de artes e direito e nunca deixou de cuidar das pessoas mais pobres. 

Em 1220 foi ordenado sacerdote e vigário geral da diocese de Barcelona. Depois foi convocado para servir em Roma a pedido do Papa Gregório IX, do qual foi confessor cerca de oito anos. Estando ao lado do papa o exortava para que recebesse os pobres com a mesma dignidade com que acolhia os mais ricos.

Não aceitou ser ordenado bispo por considerar-se indigno do cargo. Na mesma época ajudou Pedro Nolasco, que também seria santo, a redigir as constituições da nascente Ordem da Mêrcês para a Redenção dos Cativos.

Com a chegada dos dominicanos em Barcelona, Raimundo volta para sua terra natal e torna-se um religioso, chegando depois a ser superior da Ordem na Espanha. Neste cargo foi zeloso e amigo de todos seus súditos.

Por inspiração, aos setenta anos, Raimundo voltou ao ensino. Fundou dois seminários onde o ensino era dado em hebraico e árabe, para atrair judeus e mouros ao Cristianismo. Raimundo de Penhaforte morreu com cem anos, em janeiro de 1275. 

ORAÇÃO


Senhor, que destes a São Raimundo de Penhaforte a virtude de uma admirável misericórdia para com os pecadores e os prisioneiros, dignai-Vos, por sua intercessão, quebrar as cadeias dos nossos pecados para podermos cumprir livremente a vossa vontade.

Quebrando ídolos


Maldito o homem que confia em outro homem. (Jr. 17, 5)

O padre que deixa a batina. O famoso cantor que se envolve num escândalo extraconjugal. Um líder de comunidade que simplesmente abandona tudo e desaparece no mapa. A banda que deixa seus fãs a ver navios depois do show. A cantora que num momento de raiva xinga o técnico de som. Quem nunca soube ou presenciou algum caso desses? E quem nunca ouviu alguém dizer “por que eu vou viver isso se nem eles que pregam acreditam no que eles mesmos falam”?

Todos nós, especialmente quando adentramos uma nova realidade, precisamos nos espelhar em pessoas que se tornam nossos modelos de comportamento. Quando chegamos pela primeira vez num grupo de oração, chegamos meio calados, prestando atenção em como as pessoas se portam, como falam, como gesticulam e assim aprendemos os códigos de conduta que são aceitos ou que são considerados inconvenientes naquele local. Esse comportamento é perfeitamente saudável e mostra como sabemos agir em sociedade. Quando se trata de Igreja, a coisa se torna um pouco mais profunda porque envolve uma Verdade que nos é ensinada apenas por meio de líderes que pregam, cantam, celebram, creem e praticam-na. Ao experimentá-la e assumi-la para nossas vidas, tomamos esses líderes como modelos inquestionáveis de encarnação dessa Verdade.

Esquecemo-nos, no entanto, de que, embora cristãos, permanecemos humanos e ninguém está isento de cair numa tentação – inclusive, todos caímos, diariamente e várias vezes por dia. Dessa forma, para cada líder religioso que cai infelizmente ele acaba carregando consigo várias outras pessoas que contavam com seu exemplo para continuar crendo naquela Verdade que ele defendia com tanto ardor. 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Epifania do Senhor*


Epifania significa "manifestação". Jesus se dá a conhecer. Embora Jesus tenha aparecido em diferentes momentos a diferentes pessoas, a Igreja celebra como Epifanias três eventos:

Epifania aos Reis Magos (cf. Mt 2, 1-12).
Epifania a São João Batista no Jordão (cf. Mt 3, 13-17).
Epifania a seus discípulos e começo de Sua vida pública com o milagre em Caná (cf. Jo 2, 1-12).

A Epifania que mais celebramos no Natal é a primeira. A festa da Epifania tem sua origem na Igreja do Oriente. Diferentemente da Europa, no dia 6 de janeiro tanto no Egito como na Arábia se celebra o solstício, festejando o sol vitorioso com evocações míticas muito antigas. Epifanio explica que os pagãos celebravam o solstício invernal e o aumento da luz aos treze dias desta mudança; nos diz também que os pagãos faziam uma festa significativa e suntuosa no templo de Coré. Cosme de Jerusalém conta que os pagãos celebravam uma festa muito antes dos cristãos com ritos noturnos nos quais gritavam: "a virgem deu à luz, a luz cresce".

Entre os anos 120 e 140 dC os gnósticos trataram de cristianizar estes festejos celebrando o batismo de Jesus. Seguindo a crença gnóstica, os cristãos de Basílides celebravam a Encarnação do Verbo na humanidade de Jesus quando foi batizado. Epifanio trata de dar-lhes um sentido cristão ao dizer que Cristo demonstra assim ser a verdadeira luz e os cristãos celebram seu nascimento. Até o século IV a Igreja começou a celebrar neste dia a Epifania do Senhor. Assim como a festa de Natal no ocidente, a Epifania nasce contemporaneamente no Oriente como resposta da Igreja à celebração solar pagã que tentam substituir. Assim se explica que a Epifania no oriente se chama: Hagia phota, quer dizer, a santa luz. Esta festa nascida no Oriente já era celebrada na Gália a meados do séc. IV onde se encontram vestígios de ter sido uma grande festa para o ano 361 dC. A celebração desta festa é um pouco posterior à do Natal.

Enquanto no Oriente a Epifania é a festa da Encarnação, no Ocidente se celebra com esta festa a revelação de Jesus ao mundo pagão, a verdadeira Epifania. A celebração gira em torno à adoração à qual foi sujeito o Menino Jesus por parte dos três Reis Magos (Mt 2 1-12) como símbolo do reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador de toda a humanidade.

De acordo com a tradição da Igreja do século I, estes magos são como homens poderosos e sábios, possivelmente reis de nações ao leste do Mediterrâneo, homens que por sua cultura e espiritualidade cultivavam seu conhecimento do homem e da natureza esforçando-se especialmente para manter um contato com Deus. Da passagem bíblica sabemos que são magos, que vieram do Oriente e que como presente trouxeram incenso, ouro e mirra; da tradição dos primeiros séculos nos diz que foram três reis sábios: Belchior, Gaspar e Baltazar. Até o ano de 474 d.C seus restos estiveram na Constantinopla, a capital cristã mais importante no Oriente; em seguida foram trasladados para a catedral de Milão (Itália) e em 1164 foram trasladados para a cidade de Colônia (Alemanha), onde permanecem até nossos dias.


Ó Deus que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos e servas que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

* No Brasil a Epifania é celebrada no domingo entre 2 e 8 de janeiro. 

Jovem queima Bíblia durante encontro de ateus no Acre.


Este fato triste que aconteceu no Acre nos faz refletir sobre algumas verdades que não são contadas em muitas de nossas escolas e universidades…

Em um evento ateu que diz lutar por um Estado sem religião, a Bíblia Sagrada, Palavra de Deus, foi queimada, no Acre. O responsável pela 4ª edição do “Encontro Nacional de Ateus” (ENA), Felipe Zanon, militante petista, formado em história e estudante do 3º período do curso de Direito da Universidade Federal do Acre (UFAC), disse que a queima da Bíblia Sagrada foi “para protestar contra o mal causado pelo cristianismo ao longo de sua história”. Ele afirma que autorizou o ato blasfemo. Quem fez a queima da Bíblia foi o vocalista da banda Violação Anal, Roberto Oliveira. Ele queimou um exemplar da Bíblia em meio a apresentação de sua banda, na 4ª edição do Sara(te)u – Uma noite dionisíaca realizada na UFAC.

O militante petista disse: “Eu acredito em mim mesmo, no que sou, no que posso! Respeito os demais, suas crenças… Não temos problema nenhum em quem crer ou não em Deus. Nós buscamos a laicidade do Estado, queremos um estado sem religião, todos merecem o mesmo respeito…”


A matéria abaixo citada afirma que Felipe Zanon “já foi policial militar, mas foi expulso da corporação por indisciplina. Em julho do ano passado, foi preso preventivamente acusado de agredir e chantagear garotas com vídeos íntimos. Ao menos quatro jovens, com idades entre 16 e 21 anos, denunciaram o rapaz”.

Reitero a fala de Felipe Zanon que diz “lutar por um Estado sem religião”; ora, a nossa Constituição Federal não impõe aos brasileiros nenhuma religião, e defende a liberdade religiosa. Quem deseja amar, adorar e servir a Deus, que nos deu a Bíblia Sagrada, é o povo. O Estado brasileiro é laico, mas o povo é religioso. Ao menos 90% dos brasileiros são cristãos (católicos, protestantes, ortodoxos, anglicanos, etc…) e têm a Bíblia como Santa Palavra de Deus. Ora, não se pode ofender de maneira tão bárbara a maioria do povo católico. Segundo o Código Penal configura crime. Quem deseja ser respeitado, precisa antes respeitar os outros. Este homem afirmou: “Respeito os demais, suas crenças…”. Se fosse verdade não autorizaria e aprovaria um gesto que ofende a esmagadora maioria cristã. Suas palavras não condizem com o gesto tão ofensivo.