terça-feira, 12 de janeiro de 2016

França: incendiaram igrejas, derrubaram cruzes e profanaram a Eucaristia


No último domingo, 10, ocorreram diversos atos anticristãos em Fontainebleau, na França, como o incêndio de duas igrejas, a demolição de uma emblemática cruz e a profanação e roubo da Eucaristia.

Desconhecidos profanaram e incendiaram a igreja católica Saint Louis, localizada na cidade de Fontainebleau, ao sul de Paris. Presume-se que os autores ingressaram no templo durante as primeiras horas do domingo. O incêndio foi reportado aproximadamente às 7:30, quando se abriram as portas da igreja.

Segundo informou ao Le Figaro Jean-Luc Marx, prefeito do Seine-et-Marne, o município onde ocorreram estes casos, os autores amontoaram cadeiras e tapetes em três áreas da igreja: aos pés da capela de Franchard, na capela de São José e na área do coro. Depois lhes atearam fogo. Acrescentou ainda que fizeram isso de propósito porque eram “os bens mais valiosos e simbólicos. Estas pessoas conheciam seu valor patrimonial e religioso”.


A estrutura do templo não ficou danificada porque só foram incendiadas essas partes. Para sufocar as chamas, foram necessários cerca de 20 bombeiros.

Por sua parte, Padre José Antonini, pároco do centro missionário do Fontainebleau, indicou a Le Parisien que as hóstias consagradas foram jogadas no chão, vários objetos desapareceram e as estátuas da Capela de São José estavam colocadas de cabeça para baixo, o que “leva a pensar que se tratou de uma profanação”.

Também se perdeu nas chamas um altar do século XVI e o Menino Jesus do presépio estava no piso. O sacerdote manifestou que está com “o coração partido” diante de ato como esse. 

Santo Antonio Maria Pucci


No batismo recebeu o nome de Eustáquio Pucci. Nasceu na Itália em 1819. Aos dezoito anos, ele ingressou no convento dos Servos de Maria, onde mudou o nome para Antonio Maria. Em 1847 foi enviado como vice-pároco para a nova paróquia confiada aos servitas e três anos depois se tornou o pároco, função que executou, durante quarenta e oito anos, até morrer.

Dedicou-se com zelo heróico à cura espiritual e material dos seus fiéis, que o chamavam afetuosamente de "o curador". Padre Antonio Maria enfrentou duas epidemias na cidade, tratando pessoalmente dos mais doente, pois tinha o dom da cura e do conselho.

Em 1853 fundou a congregação das Irmãs auxiliares Servas de Maria direcionadas para a educação dos adolescentes, e criou o primeiro orfanato mariano para as crianças doentes e pobres. Alem disto, introduziu outras Organizações já existentes, todas dedicadas às obras de caridade que atendiam os velhos, crianças, doentes e pobres.

Depois de socorrer um doente, numa noite fria e de tempestade, contraiu uma pneumonia fulminante, que o levou à morte em 12 de janeiro de 1892. 

ORAÇÃO


Querido Pai de bondade, olhai com solicitude seu povo e pela intercessão de Santo Antonio de Pucci daí-nos santos pastores para nossas comunidades, que nos guiem pelos caminhos da fraternidade e da justiça. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Os mortos dormem?


No livro do Gênesis encontramos a história da criação do mundo e dos seres viventes. Diz o Gênesis que "O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente" (Gn 2,7).

Neste versículo encontramos a primeira prova da natureza dualística do homem: a carne formada “do barro da terra” e seu espírito que é "um sopro de vida". Somente depois de dadas as duas coisas, diz o Gênesis que "o homem se tornou um ser vivente".

Com efeito, sopro em hebraico é "nashamah". É a mesma palavra usada no Deuteronômio onde lemos: "Quanto às cidades daqueles povos cuja possessão te dá o Senhor, teu Deus, não deixarás nelas alma viva [nashamah]" (Dt 20,16). Ver também 1 Reis 15,29.

Muitos são os exemplos na Escritura onde "nashmah" denota claramente o espírito que Deus deu ao homem, infiltrado no corpo humano através das suas narinas (cf. Gn 2,7) no momento da criação.

A inteligência da alma

Não é por acaso que a Psicologia estuda as faculdades intelectuais humanas. A palavra que no português conhecemos por "alma" não existe no hebraico. "Alma" vem do grego "psychein" que significa "soprar". Deste verbo grego vem a palavra "psique" que significa "sopro", que é raiz da palavra "psicologia".

A etimologia da palavra "psicologia" nos remete à inteligência presente no espírito humano ("sopro"), pela qual recebemos nossas faculdades intelectuais.

Com efeito, a própria Revelação de Deus mostra que é pelo seu espírito que o homem possui inteligência, conforme vimos em Prov 20,27. A mesma verdade encontramos em Jó: "mas é o Espírito de Deus no homem, e um sopro [nashmah] do Todo-poderoso que torna inteligente" (Job 32,8).

Embora as faculdades do corpo como tato, olfato, audição e visão sejam responsáveis pela nossa interação com o mundo, é pelo espírito que temos inteligência; é dele que vem a nossa razão.

Por isso, sobre o espírito humano escreveu Salomão: "O espírito [nashamah] do homem é uma lâmpada do Senhor: ela penetra os mais íntimos recantos das entranhas" (Prov 20,27).

Concordando com Salomão, São Paulo ao escrever aos Romanos faz a relação entre espírito e razão: "Assim, pois, de um lado, pelo meu espírito, sou submisso à lei de Deus; de outro lado, por minha carne, sou escravo da lei do pecado" (Rm 7,26).

As referências acima provam que o espírito humano é dotado de faculdades intelectuais. 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O Batismo: Fonte de Misericórdia


Ensina o evangelista Lucas que, ao iniciar sua vida pública, Jesus se fez batizar no Rio Jordão, por João, o Precursor. Ao descer Jesus às águas, algo sobrenatural se manifestou de forma inequívoca. O Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba e ouviu-se a voz do Pai que proclamou: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem querer” (cf Lc 3, 22). 

Somos acostumados a ver o batismo como ato purificador, simbólico e eficaz. João batizava levando as pessoas a tomarem um bom banho nas águas do Jordão, após o qual se sentiam rejuvenescidas de seus cansaços e fortalecidas para tomarem novo caminho. O costume de batizar para significar tempo novo, limpeza da alma, purificação dos pecados não foi inventado por João Batista e nem por Jesus. Havia em seu tempo, comunidades como a de Qunran, cujos membros se batizavam todos os dias, buscando não somente a limpeza do corpo, mas o restabelecimento de pureza espiritual. 

Porém, algo novo se dá no relato dos evangelistas sobre o batismo de Jesus. Ao mesmo tempo em que os evangelhos mostram que o Menino, nascido de Maria, em Belém, é o Filho de Deus feito homem, o Verbo Eterno que se fez carne, afirmam também que foi batizado por alguém que era pecador, embora fosse o Precursor. A narrativa da voz que veio do alto confirma a realidade divina de Cristo, destacando-o como Filho amado do Pai, sobre o qual estava o Espírito Santo. 

A exegese católica, a ortodoxa e a protestante coincide na mesma crença, afirmando que a filiação divina de Cristo não é igual a filiação dos demais seres humanos, uma vez que Jesus é filho de Deus por natureza e nós o somos por adoção. Tal realidade nos é conferida por misericórdia do Pai, quando somos batizados, ocasião em que somos perdoados de todos os pecados cometidos até então. Portanto, o batismo de Cristo não tem caráter purificador para si mesmo, uma vez que não tinha pecados, mas se deu também por pura misericórdia do Pai que o faz descer às águas batismais carregando sobre si os pecados da humanidade e para nos indicar o caminho da graça a seguir no desenrolar da vida. Na cruz, ele vai levar às últimas consequências este gesto de misericórdia com o banho de seu sangue com o qual nos salvou. 

Ataques extremistas: o temor de um "11 de setembro europeu"


Mais do que ataques isolados, como o que teve por alvo uma delegacia de Paris nesta quinta-feira, o que serviços antiterroristas da Europa temem em 2016 são atentados extremistas múltiplos e coordenados em vários países do continente.

O episódio do 13 de novembro em Paris (130 mortos) demonstrou que várias equipes de homens-bomba decididos, equipados com kalachnikovs e explosivos artesanais, podem causar danos terríveis e traumatizar um país antes de serem neutralizados. Multiplicados em escala continental, o efeito seria ainda mais devastador.

“Acho que, lamentavelmente, em 2015 ainda não vimos o pior”, afirma à AFP, pedindo anonimato, um oficial da luta antiterrorista.

“Chegaremos a um tipo de 11 de setembro europeu: ataques simultâneos em vários países, vários lugares. Algo muito bem coordenado. Sabemos que os terroristas trabalham para isso”, afirma.

“Assistimos atualmente nas regiões controladas pelo Daesh (acrônimo árabe do grupo Estado Islâmico) ao recrutamento de grupos, de jovens europeus, e a seu treinamento, com o objetivo de enviá-los para atacar seus países de origem”, acrescenta.

“Eles têm os documentos falsos necessários, o domínio da língua, dos lugares, armas. Detivemos muitos, mas é preciso reconhecer que estamos acuados pelo número. Alguns passarão, alguns já passaram”, disse.

Os extremistas recém-detidos de volta das “terras da jihad” fazem aumentar a preocupação.

“Os perfis mudam. Vemos que regressam ultrarradicais, bem treinados. Alguns são impulsionados pelos bombardeios russos que, ante a menor suspeita de presença extremista em um povo, atacam todo o setor. Mas outros voltam para realizar missões na Europa”, afirma o oficial.

“Antes, voltavam principalmente pessoas que haviam se equivocado, que não haviam se dado conta do que é a guerra”. Agora são outros, com outros objetivos”. 

Cristãos coptas, caldeus, católicos e muçulmanos: um Natal em janeiro e entre amigos


Nem todo o mundo cristão segue o mesmo calendário. Enquanto algumas tradições seguem o calendário gregoriano, outras seguem o juliano. Assim, nem todos os cristãos celebram o Nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro.

Veja como foram as celebrações de Natal em algumas dessas tradições neste começo de janeiro e como os seus fiéis conviveram entre si e com seus vizinhos não cristãos.

Cairo, Egito: cristãos coptas

O presidente Abdel Fattah al-Sisi participou da vigília de Natal celebrada na noite de 6 de janeiro pelo patriarca copta ortodoxo Tawadros II, na catedral de São Marcos, no Cairo. Al-Sisi pediu desculpas pelo atraso na reconstrução de igrejas destruídas por fanáticos islâmicos, em especial durante os protestos de agosto de 2013, quando vândalos ligados à Irmandade Muçulmana e a grupos salafistas atacaram cerca de 50 lugares cristãos.

É a segunda vez em toda a história que um presidente egípcio participa da solenidade litúrgica do nascimento de Jesus. A primeira foi no ano passado, com o mesmo al-Sisi presente nas celebrações da Igreja copta.

Bagdá, Iraque: cristãos caldeus

O patriarca caldeu Mar Louis Raphael Sako relatou à agência AsiaNews que as celebrações de Natal na capital iraquiana foram compartilhadas com os muçulmanos, que foram a maioria da população da cidade e do país. A Igreja caldeia tem 30 paróquias em Bagdá e mais 35 igrejas afiliadas à comunidade encabeçada pelo patriarca, que celebrou a missa de Natal “em sete igrejas diferentes” e encontrou as igrejas repletas “de gente de muita fé e muita esperança”.

“Muitas famílias muçulmanas participaram da missa de meia-noite. Muita gente simples, que nos deu flores e nos ofereceu suas saudações”. Nem tudo foi “doçura social”, no entanto: o patriarca de Bagdá foi bastante firme contra as hipocrisias e falsas promessas politiqueiras e recusou qualquer presente de “líderes religiosos e políticos” até que seja resolvida a cruel situação de crise que martiriza o país, em particular desde que famigerado grupo Estado Islâmico invadiu a cidade de Mossul e a planície de Nínive, em 2014. O episódio sanguinário assassinou ou expulsou famílias cristãs e yazidis; os sobreviventes continuam sendo alvo de violência, expropriações, sequestros, islamização forçada dos filhos e postura hostil de algumas vertentes do islã. “Precisamos de mudança real e concreta no Iraque: uma nova cultura, não só discursos e declarações de fachada”, declarou o patriarca. 

São Teodósio


Teodósio, cujo nome significa "um presente de Deus", nasceu na Capadócia em 423, de pais ricos, nobres e cristãos. Recebeu uma boa e sólida formação dentro dos preceitos da fé católica. Um dia, lendo a história de Abraão, identificou-se com ele e decidiu sair de sua terra em busca de Deus. Peregrinou para a terra santa.

Dotado de dons especiais como da profecia, prodígio, cura e conselho, Teodósio entrou então para um convento. Mas sentia que aquela não era a sua obra, preferia a vida solitária da comunidade monástica do deserto, como era usual naquela época.

Foi habitar numa caverna. Ali entregou-se à duras penitências e orações, passando a pregar com um senso de humildade que contagiava a todos que por lá passavam. Logo começou a receber discípulos e outros monges formando uma nova comunidade religiosa.

Construiu também três hospitais e ergueu quatro igrejas, mas por causa de perseguições religiosas foi exilado pelo imperador Anastácio.

Teodósio morreu com cento e cinco anos, em 529. Seu enterro foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e inúmeras graças e prodígios foram alcançados pelo seu nome. 

ORAÇÃO


Deus, nosso Pai, educai-nos para o amor, para o perdão, para a paz. Saibamos vos agradecer pelas maravilhas que operais em nós. Dai-nos a fé que remove montanhas e a esperança que nos faz atravessar vales tenebrosos sem vacilar. Amém.

O que é a segunda comunhão?


Em algumas paróquias, depois da celebração da Primeira Comunhão, na qual as crianças recebem a Eucaristia pela primeira vez, solenizou-se, no domingo seguinte, a Segunda Comunhão.

É uma maneira de fazer as pessoas entenderem que a participação na missa, na qual se recebe o Corpo de Cristo, pode e deve se tornar um hábito, repetir-se pelo menos todo domingo.

Nossa vida cristã, de fato, se alimenta dos sacramentos, em particular da Eucaristia, da escuta da Palavra, da oração e das obras de caridade. Não podemos achar que somos cristãos se descuidamos dos meios de graça que o Senhor coloca à nossa disposição.

Nossa fé não é uma teoria, um conjunto de ideias, e sim, antes de tudo, uma vida concreta, amor aos outros, diálogo com Deus.