No último domingo, 10, ocorreram diversos atos
anticristãos em Fontainebleau, na França, como o incêndio de duas igrejas, a
demolição de uma emblemática cruz e a profanação e roubo da Eucaristia.
Desconhecidos profanaram e incendiaram a igreja
católica Saint Louis, localizada na cidade de Fontainebleau, ao sul de Paris.
Presume-se que os autores ingressaram no templo durante as primeiras horas do
domingo. O incêndio foi reportado aproximadamente às 7:30, quando se abriram as
portas da igreja.
Segundo informou ao Le Figaro Jean-Luc Marx,
prefeito do Seine-et-Marne, o município onde ocorreram estes casos, os autores
amontoaram cadeiras e tapetes em três áreas da igreja: aos pés da capela de
Franchard, na capela de São José e na área do coro. Depois lhes atearam fogo.
Acrescentou ainda que fizeram isso de propósito porque eram “os bens mais
valiosos e simbólicos. Estas pessoas conheciam seu valor patrimonial e
religioso”.
A estrutura do templo não ficou danificada porque
só foram incendiadas essas partes. Para sufocar as chamas, foram necessários
cerca de 20 bombeiros.
Por sua parte, Padre José Antonini, pároco do
centro missionário do Fontainebleau, indicou a Le Parisien que as hóstias
consagradas foram jogadas no chão, vários objetos desapareceram e as estátuas
da Capela de São José estavam colocadas de cabeça para baixo, o que “leva a
pensar que se tratou de uma profanação”.
Também se perdeu nas chamas um altar do século XVI
e o Menino Jesus do presépio estava no piso. O sacerdote manifestou que está
com “o coração partido” diante de ato como esse.
Por outro lado, Nathalie Enserguiex, membro da
comissão diocesana de arte sacra, reportou o desaparecimento de uma imagem de
Nossa Senhora de Franchard, que data do século XIV e que é considerada como
“uma das estátuas mais belas da Virgem e do Menino, de Seine-et-Marne”.
Enserguiex disse que ainda não se sabe se foi roubada ou queimada. Além disso,
foi roubado o cálice sagrado que continha as hóstias.
O prefeito Marx indicou a Le Parisien que ainda não
se identificou os culpados, embora se presume, devido às informações da polícia
que patrulha os lugares de culto, que se trata de uma represália de “algumas
pessoas sem lar que foram hóspedes na igreja e que tiveram alguns problemas com
ela”.
Além disso, Jean-Jacques Barbaux, presidente do
Conselho Provincial, disse que a polícia judicial de Versalles está encarregada
da investigação e que se destinará uma ajuda especial para restaurar a igreja.
Dom Jean-Yves Nahmias, Bispo do Meaux, celebrará
uma Missa de reparação no próximo domingo, 17 de janeiro, na igreja de Saint-
Louis.
Por outro lado, a igreja de Veneux-os-Sablons, a
apenas dez quilômetros de distância da Saint Louis, também foi vítima de um
incêndio que se reportou às 10:20. Entretanto, Jean-Luc Marx esclareceu que
este sinistro não teve uma origem criminal, mas que “sua origem foi produto
acidental de uma falha no sistema de calefação”.
O ocorrido danificou consideravelmente a estrutura
e ocasionou a derrubada de uma parte. Para apagar o fogo, foram necessários 30
bombeiros, incluindo as equipes especializadas na proteção de obras de arte, e
outros 10 para proteger os edifícios vizinhos e evitar que a igreja colapsasse
totalmente.
Do mesmo modo, na noite de sábado, desconhecidos
derrubaram a emblemática Croix de Guise (Cruz de Guise) que estava no bosque do
Fontainebleau desde 1563. Durante o governo “de terror” de Robespierre, foi
derrubada e voltou a ser colocada durante a Restauração em 1827.
Este ato foi descoberto no mesmo dia que os
incêndios causados na igreja Saint- Louis e na do Veneux-os-Sablons. A Cruz
está localizada no caminho entre os locais onde ocorreram ambos os incêndios.
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ACI Digital
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