sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

São Pedro Nolasco


No século XII, uma família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.

Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.

No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos.

São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade da Igreja e dos cristãos. Mais tarde, fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.

Em 1256, ele partiu para a glória sabendo que ele, seus filhos espirituais e sua ordem – que foi abençoada pela Igreja e reconhecida pelo rei – já tinham resgatado muitos cristãos da escravidão.

Peçamos a intercessão deste santo para que estejamos atentos à vontade de Deus e ao que Ele quer fazer através de nós.


São Pedro Nolasco, rogai por nós!

Qual a diferença entre ressurreição e reencarnação?


Algumas pessoas creem na doutrina da reencarnação. Até mesmo alguns cristãos chegam a partilhar dessa crença, confundindo-a às vezes com a doutrina da ressurreição. Mas se compararmos estas duas doutrinas, perceberemos que uma nada tem a ver com a outra, mas que ambas se excluem.

Ressurreição significa ressurgir, voltar à vida. Assim, Jesus ressuscitou porque morreu e, após 3 dias, voltou a viver no mesmo corpo (observe que seu corpo havia desaparecido do sepulcro; cf. Mt 28,5-7; Mc 16,6; Lc 24,3-4 e Jo 20,1-9), ainda que este corpo tenha se tornado glorioso, podendo ser tocado (Jo 20,17.27) e também atravessar portas e paredes sem a necessidade de serem abertas ou derrubadas (Jo 20,19.). O corpo de Jesus ressuscitado é um corpo semelhante ao que receberemos no final dos tempos.

Reencarnação significa voltar a encarnar, materializar-se novamente. É uma doutrina espírita, que não possui nenhuma base bíblica, nem encontra amparo na Tradição e no Magistério da Igreja; portanto, não pode ser aceita por nenhum cristão. A doutrina da reencarnação afirma que o espírito do falecido assumirá um novo corpo para fins de purificação, ou seja, as sucessivas reencarnações de um espírito o fazem alcançar a perfeição no final deste longo processo, purificando-se assim das culpas e pecados cometidos nas reencarnações anteriores. Alguns pensadores que acreditam na reencarnação chegam a afirmar duas outras aberrações: que o espírito humano pode reencarnar-se no corpo de algum animal ou vegetal e que quando um espírito atinge a perfeição pode se transformar em deus!

A reencarnação é um absurdo para o cristão por vários motivos:

Em Hb 9,27 lemos que “para os homens está estabelecido morrerem uma só vez e em seguida vem o juízo”. Isso significa que após nossa morte receberemos o veredito final de Deus: ou estamos salvos ou seremos condenados; e se formos condenados, não haverá outra chance (reencarnação) para chegarmos à perfeição.

Em Lc 23,43 lemos que Jesus afirmou ao bom ladrão que fôra crucificado com Ele: “Em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. Pela doutrina do Espiritismo, apesar de ser um bom ladrão, este não estaria totalmente purificado – pois havia roubado – e precisaria encarnar-se novamente. No entanto, Jesus lhe dá a sentença final: ele está salvo.

Os escritores do Novo Testamento afirmam que Jesus morreu pelos nossos pecados, venceu a morte e, assim, nos garantiu a Vida Eterna. Ora, se houvesse reencarnação, para que precisaríamos de um redentor? Nós mesmo, pelos nossos próprios méritos alcançariamos a perfeição e a salvação como Jesus. Logo, a reencarnação mina a base do Cristianismo que é aceitar Jesus como verdadeiro Deus e Homem. 

São Valério Triviri


Uma tradição antiga informa que Valério foi discípulo do apóstolo Pedro que o teria consagrado bispo e enviado para evangelizar a população da Alemanha. Mas historicamente esta informação carece de veracidade.

O que sabemos é que Valério foi realmente bispo em Tréviri realizou um ótimo trabalho de evangelização. Suas ações em favor da fé e da Igreja o incluíram na lista dos santos.

Nos registros do Vaticano encontramos a seguinte afirmação sobre Valério: "converteu multidões de pagãos e operou milagres singelos e expressivos". Talvez o mais significativo, tenha sido quando Valério, trouxe de volta a vida do companheiro Materno com o simples toque do seu bastão episcopal.

Valério morreu dia 29 de janeiro de um ano incerto do século IV.

ORAÇÃO


Inspirai-nos, o Deus de amor, pela intercessão de São Valério, o zelo pastoral pelos mais abandonados e necessitados de conversão. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, Comissão Para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz divulga nota


DIA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO

1. A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB se dirige, neste 28 de janeiro - Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo - a todas as pessoas e instituições que se empenham em eliminar este crime, para encorajá-las a continuar lutando até sua completa erradicação.

2. O dia 28 de janeiro é celebrado no Brasil como o dia “D” do combate ao trabalho escravo. A data lembra o assassinato de três auditores fiscais do trabalho e de seu motorista, ocorrido em 28 de janeiro de 2004, durante a fiscalização de grandes fazendas da região de Unaí (MG). 

3. De 1995 até hoje mais de 50 mil pessoas já foram resgatadas do trabalho escravo pela fiscalização federal. O Brasil, como poucos outros países, tem uma definição legal, clara e atual do que é o trabalho em condição análoga à de escravo. Este se caracteriza pela imposição de jornada exaustiva, ou pela submissão a condições degradantes, ou pela prática da servidão por dívidas ou do trabalho forçado. A comunidade internacional, precisamente a OIT, reconhece e parabeniza o avanço da legislação brasileira neste campo.

4. Nos dias de hoje, ao continuar tratando a pessoa do trabalhador como se coisa fosse a pretexto de auferir mais lucro na sua exploração, a escravidão assume formas diversas, inclusive diferentes da antiga escravidão. Nossa economia deve se prezar acima de tudo pelo valor da dignidade humana, o que implica, entre outras coisas, em abolir a prática do trabalho escravo nas várias atividades onde já foi flagrada nos últimos 20 anos: na pecuária, nas lavouras, no desmatamento, na construção civil, na confecção, nas carvoarias, nos serviços hoteleiros, nos barcos ou nos serviços domésticos.

5. Os trabalhadores e as trabalhadoras em situação de migração são as principais vítimas do trabalho escravo. Entre estes, os estrangeiros, imigrantes em nosso país, são os que estão ainda mais expostos à exploração, devido à sua específica situação de vulnerabilidade e por necessitarem com urgência prover o próprio sustento e o da família. Evidencia-se, pois, a importância de tratar os imigrantes e refugiados com respeito e oferecer-lhes condições dignas de trabalho. O mesmo vale para todos os migrantes.   

Padre é acusado de agressão por vídeo postado nas redes sociais


Um vídeo viralizou nas redes sociais nos últimos dias, ao mostrar um sacerdote saudando crianças durante o rito da paz, na Missa, balançando a cabeça e dando tapas. Diante das cenas, muitos o acusaram de cometer agressão, o que levou outras pessoas, principalmente as que o conhecem a defendê-lo, dizendo se tratar de uma brincadeira.

O caso aconteceu na Paróquia da Ressurreição, em Ceilândia, Brasília. As imagens são do pároco, o Padre José Roberto Angelotto.


Em apenas uma das páginas que postou o vídeo, este já teve mais de 17 milhões de visualizações e quase 400 mil compartilhamentos. Entre os mais de 61 mil comentários, alguns classificaram o sacerdote como agressor.

“Vocês acham normal? Pra mim é um abuso com a inocência das crianças. Pra mim não é brincadeira”, escreveu uma internauta.

Outro comentário dizia: “Com certeza este padre não está no normal... Isso é agressão pura e simplesmente... Nesta hora na missa, inclusive, as pessoas próximas se cumprimentam ou apertam as mãos em sinal de paz ou através de gestos com a cabeça e nunca tentam agredir o outro... Não é brincadeira! Lastimável!”.

Por outro lado, entre as pessoas que disseram ser apenas uma brincadeira do padre com as crianças, um deles afirmou que ações como essa fazem com que os pequenos queiram voltar à Missa. “Obrigada Padre Angeloto, por nos lembrar que rir é o melhor remédio contra o mal humor”, escreveu.

“Também vou à essa igreja”, postou outra internauta, segunda quem esta “é uma igreja enorme e que sempre está lotada”.

“Nunca vi nenhum pai obrigando nenhuma criança a ir ao altar! Ao contrário, vejo crianças atentas a missa, o padre não precisa nem chamá-las que as mesmas vão ao seu encontro no momento certo. É aquela coisa, estão julgando uma parte sem conhecer o inteiro! Essa igreja fica localizada em uma região onde precisa muito da palavra de Deus e vão acabar prejudicando um padre que sabe levá-la excelentemente!”, observou ela.

Casamento entre irmãos poderá ser liberado no Brasil


Projeto já foi aprovado pela Comissão de Constituição de Justiça agora precisa ser votado pelos deputados federais. Apesar de polêmico o projeto já conta com a simpatia de 318 deputados.

De acordo com o projeto os irmãos que manifestarem o desejo de união matrimonial devem obter inicialmente uma autorização dos pais, caso sejam menores de 21 anos. Para maiores de 21 anos bastará procurar um cartório para oficializar a união civil. Caso desejem o casamento no religioso bastará solicitar ao próprio cartório uma carta declaratória. Este documento obrigará padres e pastores a realizarem a cerimônia religiosa.

A previsão de votação do projeto é para o final do primeiro semestre legislativo de 2016. Caso seja aprovado na Câmara dos Deputados bastará a sanção da presidente para que os casamentos possam ocorrer a partir de outubro.

No Brasil esta prática é proibida pelo artigo 1521 do Código Civil. Irmãos de mesmos pais ou de pais diferentes são impedidos de casar, não só por razões de ordem moral, como também genética. No entanto, o deputado federal Carlos Magalhães Pedreira (PT – MA) quer rever este dispositivo legal e aprovar o casamento entre irmãos no Brasil. 

Rebeldes do ERS se detêm em nome do Papa, na República Centro-Africana


Até os rebeldes do ERS, ouvindo o nome do Papa Francisco, pararam. Quando um seminarista da paróquia de Santo André disse aos guerrilheiros ugandenses que seu carro e o computador eram um presente do Papa, não os tocaram”, disse à Agência Fides Dom Juan José Aguirre Muñoz, Bispo de Bangassou, território da paróquia de Santo André de Bakouma, sudeste da República Centro-africana. Em 21 de janeiro a paróquia foi atacada por um grupo de rebeldes do ERS (Exército de Resistência do Senhor), uma formação de origem ugandense que durante anos espalha o terror na região da República Centro-africana.

“Os agressores eram cerca de vinte, em maioria ugandenses, e falavam em swahili e inglês; por isso, precisavam de um intérprete. Agrediram o seminarista e as irmãs de uma ordem mexicana que trabalham lá”, disse o bispo espanhol Fides. O bispo acrescentou que o grupo esteve “nas salas da paróquia e na casa das religiosas durante 2 ou três horas, e foram embora sem saquear a aldeia. Levaram o rádio, dinheiro, alimentos, medicamentos e até roupas intimas, destruíram portas e móveis. Enviei marceneiros para refazer portas e janelas”.

Como recordou, em Bakouma “não há militares da MINUSCA (Missão ONU na República Centro-africana) nem das forças especiais ugandenses e estadunidenses enviadas para expulsar o ERS”. Dom Aguirre explicou que “a MINUSCA enviou uma missão para indagar sobre o episódio, e também os estadunidenses que se encontram em Obo enviaram uma patrulha em helicóptero. Tivemos a impressão que seja os militares ugandenses como os estadunidenses sabiam que nossa paróquia seria atacada”, diz Dom Aguirre, que conclui: “em todo caso, a vida da paróquia continua, as irmãs permaneceram no local, como alicerces de bronze da fé e da missão”. 

O celibato sacerdotal, um caminho de liberdade


“O celibato sacerdotal mantém todo o seu valor, também no nosso tempo, caracterizado por uma profunda mudança de mentalidade e de estruturas”. Palavras que parecem escritas hoje, mas cujo autor é o beato Paulo VI, que as colocava antes das várias questões apresentadas no começo da encíclica Sacerdotalis Caelibatus (n. 1-12). Palavras que inspiraram o congresso internacional que acontecerá do 4 ao 6 de fevereiro de 2016 na Sala Loyola da Pontifícia Universidade Gregoriana. Intitulado “O celibato sacerdotal, um caminho de liberdade”, o congresso deseja investigar a promessa celibatária como valor, analisando a sua positividade como modo autenticamente humano de doar-se na liberdade e a sua legitimidade para afirmar eclesialmente o próprio “sim” a Deus.

O primeiro dia começará com a saudação introdutória do Reitor Magnifíco da Gregoriana, o jesuíta Pe. François-Xavier Dumortier, e com a apresentação do congresso, organizado por mons. Tony Anatrella, psiquiatra, sacerdote da diocese de París e docente no Colégio des Bernardins. A seguinte conferência será do Card. Marc Ouellet, Prefeito para a Congregação dos Bispos, e também membro da Companhia dos sacerdotes de São Sulpizio, cujo carisma é a formação dos candidatos ao sacerdócio na direção dos seminários e na atualização do clero.

Na manhã de sexta-feira, 5 fevereiro, o tema do congresso será abordado segundo uma perspectiva bíblica pela Dra. Rosalba Manes (Faculdade de Missiologia e Teologia – Gregoriana), analisando o dom do celibato como apresentado no Novo Testamento, e por uma perspectiva histórica pelo Pe. Joseph Carola, SJ (Faculdade de Teologia – Gregoriana), que apresentará o apelo à tradição na defesa do celibato sacerdotal por parte do teólogo Johann Adam Mohler.