segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Pedagogia Litúrgica para o mês de Fevereiro de 2016


A misericórdia no Tempo Quaresmal

Neste mês de fevereiro, a Liturgia conclui a primeira parte do Tempo Comum num contexto tipicamente vocacional, a partir da experiência mística e espiritual de quem escuta e acolhe a Palavra de Deus. A resposta vocacional de Isaias (1L) e dos Apóstolos (E) não acontece unicamente na esfera da experiência emocional, mas principalmente pela experiência mística da transcendência divina. Ao contemplar a glória divina, Isaias e os Apóstolos se prontificam ao seguimento e à missão. Por isso, a proposta celebrativa para o 5º Domingo do Tempo Comum - C desenvolve-se num contexto vocacional, com destaque para o chamado ao discipulado a partir da escuta e do acolhimento da Palavra. Só quem ouve e acolhe a Palavra é capaz de se dispor ao seguimento, no discipulado e, igualmente ao envio missionário.
  
Quaresma no contexto do Ano Santo da Misericórdia

Concluída a primeira parte do Tempo Comum, a Liturgia conduz os celebrantes para o seu grande retiro anual, que é a Quaresma. E, como não poderia deixar de ser, a Quaresma deste ano é iluminada pela luz da misericórdia divina. Uma luz que ilumina a vida pessoal, para que sejamos misericordiosos como o Pai é misericordioso (Lc 6.36). O motivo de uma Quaresma iluminada pela misericórdia situa-se no contexto do Ano Santo da Misericórdia. Por isso, se a natureza da Quaresma tem um caráter, em si, misericordioso, o tem com mais intensidade neste tempo tão rico devido ao Ano Santo da Misericórdia.

É justo que vivamos esta Quaresma meditando e refletindo de modo mais profundo a misericórdia divina, para que também nós possamos ser misericordiosos, como o Pai é misericordioso. Por isso, a proposta celebrativa do 1º Domingo da Quaresma - C, pretende incentivar os celebrantes a crescerem na misericórdia, não só como sentimento, de quem tem dó e pena dos sofredores — embora isso seja louvável — mas como atitude de quem vence as tentações do comodismo e da “mundanização” para crescer na solidariedade, no serviço fraterno e na confiança em Deus. 

Após reabilitação, imagem de padre Cícero entra em Igreja Católica pela 1ª vez


Os católicos fiéis a padre Cícero Romão Batista, considerado santo popular no Nordeste, celebraram um dia histórico neste sábado (30) em Juazeiro do Norte: pela primeira uma imagem do padre foi autorizada a entrar dentro de um templo católico, permitido após a reabilitação da Igreja com o padre. O evento ocorreu durante a romaria das Candeias, que atrai cerca de 300 mil católicos à cidade.

Padre Cícero morreu sem conciliação com a Igreja Católica após o caso conhecido como "milagre da hóstia", no final do século XIX. Segundo a crença popular, uma hóstia dada pelo padre Cícero virou sangue na boca de uma beata. A Igreja Católica afirmou que o padre interpretou de forma equivocada a teologia bíblica e foi proibido de exercer funções eclesiásticas.

Em dezembro de 2015, o Vaticano anunciou a reconciliação de padre Cícero com a religião. Com o perdão, não há mais fatores impeditivos para que o "santo popular" do interior do interior do Ceará seja beatificado ou canonizado, segundo o chanceler da diocese do Crato, Armando Lopes Rafael. Leia o resumo da carta em que o Vaticano declara reconciliação com padre Cícero.

"Houve certo erro por parte de igreja em condenar o padre Cícero, mas com esse perdão temos uma renovação na fé que o Papa Francisco nos convidar a celebrar", diz o padre Cícero José, da paróquia de Juazeiro do Norte.


Palavra de Vida: “Qual mãe que consola os filhos, assim vou dar-vos meu consolo.” (Is 66,13).


Quem nunca viu uma criança chorar e lançar-se nos braços da mãe? Qualquer que seja a razão da preocupação, grande ou pequena, a mãe enxuga suas lágrimas, cobre-a de carinhos e pouco depois a criança volta a sorrir. Basta-lhe sentir a presença e o afeto da mãe. É isso que Deus faz conosco, comparando-se Ele mesmo a uma mãe.

É com essas palavras que Deus se dirige ao seu povo que retorna do exílio da Babilônia. Depois de ver destruídas suas próprias casas e arrasado o Templo, depois de ter sido deportado para uma terra estranha onde teve de amargar desilusões e desconforto, o povo volta à própria pátria, tendo de recomeçar tudo a partir das ruínas da destruição sofrida.

A tragédia vivida por Israel é a mesma que se repete ainda hoje para tantos povos em guerra, vítimas de atos terroristas ou de exploração desumana. Casas e ruas devastadas, marcos simbólicos da própria identidade arrasados, bens depredados, lugares de culto destruídos.

Quantas pessoas sequestradas, milhões de fugitivos, milhares que encontram a morte nos desertos ou pelas rotas do mar. Parece um apocalipse.

Essa Palavra de Vida é um convite a acreditar na ação amorosa de Deus, mesmo lá onde não se percebe a sua presença. É um anúncio de esperança. Ele está ao lado de quem sofre perseguições, injustiças, exílio. Está conosco, com a nossa família, com o nosso povo. Ele conhece a nossa dor pessoal e a dor de toda a humanidade. Ele se fez um de nós, até o ponto de morrer na cruz. Por isso Ele sabe compreender-nos e consolar-nos. Exatamente como uma mãe que toma a criança ao colo e a consola. 

Santa Brígida de Kildare


Em meio ao grande florescimento de santos irlandeses, entre os séculos IV e VIII, destaca-se essa mulher, venerada como a segunda padroeira da Irlanda, depois de são Patrício. Ela fundou o primeiro convento feminino na 'ilha dos santos', a partir do qual se originaram centenas de lendas e diversas comunidades femininas, todas inspiradas na regra ditada por essa santa, as quais enriqueceram o calendário de outros inúmeros santos.


No centro da espiritualidade de Kildare se encontra o constante apelo à misericórdia divina e à caridade para com os pobres. Com efeito, a santa aparece habitualmente representada em companhia de uma vaca, visto ser venerada como padroeira dos leiteiros e (por que não?) dos pacíficos ruminantes, fonte de precioso alimento, pois o senso prático da excelente mulher encontrara meio de saciar a fome de muitos pobres que batiam às portas do convento.

Semelhanças entre o Islamismo e o Protestantismo.


O Protestantismo e o Islamismo são dois perigos para a humanidade. Há semelhança do islamismo com o protestantismo. Muitos não sabem que o Islamismo está sempre exercendo uma influência sobre o protestantismo, e os dois têm muitas semelhanças.

No Islamismo é somente o Alcorão. No Protestantismo é somente a Bíblia.

Aos 40 anos de idade o anjo Gabriel aparece a Muhammad, ordenando que recitasse uma mensagem divina (o livro sagrado) e estas revelações continuaram por 23 anos até a morte de Muhammad no ano 632 d.C. No protestantismo as seitas surgem muitas vezes através de “revelações divinas” com doutrinas contraditórias como se Deus fosse contraditório.

A intolerância religiosa é comum no protestantismo e no islamismo.

No islamismo movidos por ódio, falso zelo, fanatismo religioso, praticam a iconoclastia, ou seja perseguição aos católicos com destruição de imagens sagradas de igrejas católicas ou não. No protestantismo, também movidos por ódio e falso zelo, muitos pastores incitam os seus fiéis a fazerem o mesmo contra a igreja Católica, como é comum se ver nas redes sociais e páginas policiais.

Em relação às imagens, é muita hipocrisia essa perseguição contra os católicos e religiões de origem africanas, haja vista que muitas igrejas evangélicas usam imagens. Fica a pergunta: por que então não se vê um protestante quebrar imagens de outras igrejas protestantes? A resposta: intolerância contra a Igreja Católica Apostólica Romana.

No islamismo, a religião é imposta aos que não são da mesma crença. Uma imposição com mortes e perseguição. No protestantismo não há diferença porque os protestantes surrupiaram sob sangue derramado, todos países ricos antes católicos. É sabido que os saqueadores sempre gananciam as coisas de maior valor de suas vítimas, nem que para isso as exterminem. Tal procedimento histórico praticado pelo protestantismo.

Há muitos outros países ricos que continuam católicos, como o Canadá, Suíça, Austrália, Itália, França, Irlanda, Bélgica, etc., que muito enganador protestante omite porque não os conseguiu surrupiar.

Todos os países ditos “protestantes e ricos”, já eram ricos e católicos antes do protestantismo ser fundado no século 16 e confiscá-los. O povo foi obrigado a “engolir” o protestantismo porque os reis e príncipes cobiçavam as terras e bens materiais doados pelos católicos à Igreja. Prova isto o fato de que as primeiras providências eram recolher ao fisco real, tudo o que da Igreja Católica poderia se converter em dinheiro. Daí veio a “riqueza” protestante. Os reais países colonizados pelos protestantes continuam pobres, miseráveis ou na semi-barbárie, são eles a África do Sul, Índia, Nigéria, Botswana, Jamaica, Bahamas, Guiana e São Vicente e Granadinas. Por que os protestantes não os enriqueceram? Os protestantes eram tão incapazes que sequer se esforçaram para evangelizar o povo destes países, parecem ter surgido apenas para implicar com a Igreja Católica. A grande Índia, por exemplo, foi abandonada por eles, e seu pobre povo continua a ser entregue aos diversos deuses pagãos. Isso sempre é omitido pelos protestantes que preferem fazer cultos arruaceiros dentro de ônibus e metrôs dos países católicos.

Vale a pena fazer um estudo sobre a inquisição protestante e esclarecer sobre a danosa e tenebrosa chegada do protestantismo ao Brasil marcado com carnificina, intolerância, vandalismo e destruição que promoveram para implantar o protestantismo.

Santa Veridiana


Veridiana nasceu em 1182, na Itália, e viveu quase toda a vida enclausurada numa minúscula cela. Pertencente a uma família nobre e rica, os Attavanti, Veridiana levou uma vida santa. Sua pessoa era tão querida que durante a vida recebeu a visita de Francisco de Assis.

Veridiana sempre utilizou a fortuna familiar em favor dos pobres. Um dos prodígios atribuídos à ela, mostra bem o tamanho de sua caridade. Consta que certa vez um dos seus tios, muito rico, deixou à seus cuidados grande parte de seus bens, que eram as colheitas de suas terras. Mesmo sendo um período de carestia, o tio nem pensava nos pobres e vendeu a colheita toda. Mas quando o comprador chegou para retirar a mercadoria nada havia no celeiro. Veridiana tinha dado tudo aos pobres.

O tio ficou furioso e ordenou a Veridiana que solucionasse o problema, já que fora a causadora dele. No dia seguinte, na hora marcada, as despensas estavam novamente cheias, e o negócio pode se concretizar. Um sinal da presença de Deus na vida da jovem italiana.

Veridiana após uma peregrinação ao túmulo de Tiago em Compostela, decidiu-se pela vida religiosa e reclusa. Para que não se afastasse da cidade, seus amigos e parentes construíram então uma pequena cela, próxima ao Oratório de Santo Antônio, onde ela viveu 34 anos de penitência e solidão. A cela possuía uma única e mínima janela, por onde ela assistia à missa e recebia suas raras visitas e refeições, também minúsculas, suficientes apenas para que não morresse de fome.

Conta-se que sua santa morte, a 01 de Fevereiro de 1242, foi anunciada pelo repicar dos sinos de Castelfiorentino, sem que ninguém os tivesse tocado. 

ORAÇÃO


Santa Veridiana, pedimos por vossa intercessão, que Deus nos dê a graça de sermos humildes e praticarmos com ardor, verdadeiros atos de caridade, engrandecendo o coração de Deus, e ajudando o próximo. Amém! Santa Veridiana rogai por nós!

domingo, 31 de janeiro de 2016

Religião não é investimento humano, diz Papa


ANGELUS

Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 31 de janeiro de 2016

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A narração do Evangelho de hoje nos leva, mais uma vez, como no domingo passado, à sinagoga de Nazaré na Galiléia onde Jesus cresceu em família e é conhecido por todos. Ele, que recentemente tinha iniciado sua vida pública, agora retorna pela primeira vez apresentando-se à comunidade em dia de sábado. Lê a passagem do profeta Isaías que fala do futuro Messias e por fim declara: “cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir ” (Lc 4,21). Os conterrâneos de Jesus, a princípio espantados e admirados, em seguida, começaram a murmurar entre eles e a dizer: porque é que este que pretende ser o Consagrado do Senhor, não repete aqui na sua cidade, os prodígios que se diz ter feito em Cafarnaum e nas aldeias vizinhas? Então Jesus diz: “Nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra” (v. 24), e apela aos grandes profetas de outrora Elias e Eliseu, que realizam milagres em favor dos pagãos para denunciar a incredulidade de seus povos. Então, os presentes se sentem ofendidos, se levantam indignados, expulsam Jesus e querem lança-lo no precipício. Mas ele, por força de sua paz “passando pelo meio deles, continuou o seu caminho” (v. 30). Sua hora ainda não tinha chegado.

Esta passagem do evangelista Lucas não é apenas a narração de uma briga entre vizinhos, como às vezes acontece em nossos bairros, motivada pela inveja e pelo ciúme, mas destaca uma tentação à qual o homem religioso está sempre exposto – todos nós estamos expostos – e da qual devemos decisivamente nos afastarmos. E que tentação é essa? É tentação de tratar a religião como um investimento humano e, por consequência, colocar-se num “contrato” com Deus buscando os próprios interesses. Em vez disso, na verdadeira religião trata-se de acolher a revelação de um Deus que é Pai e que cuida de cada uma das suas criaturas, mesmo daquelas menores e insignificantes aos olhos dos homens. Precisamente nisto consiste o ministério profético de Jesus: em anunciar que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão – nenhuma condição humana pode ser motivo de exclusão – do coração do Pai e que o único privilégio aos olhos de Deus é o de não ter privilégios. O único privilégio aos olhos de Deus é o de não ter privilégios, de não ter padrinhos, de estar abandonados nas suas mãos.

“Hoje cumpriu-se a escritura que acabais de ouvir” (Lc 4, 21). O “hoje” proclamado por Cristo naquele dia, vale para todos os tempos; ressoa também para nós nesta praça, lembrando-nos da atualidade e da necessidade da salvação trazida por Jesus à humanidade. Deus vem ao encontro dos homens e das mulheres de todos os tempos e lugares, na situação concreta em que estes se encontram. Vem também ao nosso encontro. É sempre ele que dá o primeiro passo: vem visitar-nos com a sua misericórdia, levantar-nos da poeira dos nossos pecados, vem estender-nos a mão para tirar-nos do abismo em que o nosso orgulho nos fez cair, e nos convida a acolher a consoladora verdade do Evangelho e a caminhar pelo caminho do bem. Mas é sempre ele que vem nos encontrar, nos procurar.

Retornemos à sinagoga. Certamente naquele dia, na sinagoga de Nazaré, estava Maria, a Mãe. Podemos imaginar as batidas do seu coração, uma pequena antecipação do que vai sofrer sob a cruz, vendo Jesus, ali na sinagoga, antes admirado, depois insultado, ameaçado de morte. Em seu coração, pleno de fé, ela guardava cada coisa. Que ela nos ajude a nos converter de um deus de milagres ao o milagre de Deus, que é Jesus Cristo.

Depois do Angelus 

Cristãos devem ser missionários do Evangelho, pede Papa


JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA
PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA JUBILAR
Sábado, 30 de Janeiro de 2016


Existe uma estreita ligação entre a misericórdia e a missão: a Igreja tem uma vida autêntica quando professa e proclama aos homens a misericórdia de Deus. De fato, quando recebemos uma bela notícia, quando experimentamos uma alegria, é natural que tenhamos o desejo de transmiti-la aos outros. Por isso, como aconteceu com os primeiros discípulos, o sinal concreto de que realmente encontramos Jesus é que experimentemos a alegria de querer comunica-lo a quem está ao nosso redor. Todo o cristão deve ser um Cristóforo, um portador de Cristo, pois a misericórdia que recebemos do Pai, em Cristo, não nos é dada como uma consolação privada, mas nos chama a sermos instrumentos para que outras pessoas também possam receber este dom.