quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Novo "Altar" da Basílica de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, lembra os altares dos templos maçônicos.


Depois de cerca de dois anos fechada ao público para obras de restauro, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Santuário de Fátima, Portugal, reabre com uma desagradável surpresa: um novo “altar” sagrado pelo Bispo de Leiria Fátima, D. António Marto.

Escreve-nos um leitor português:

O polêmico novo altar da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, lembra os altares dos templos maçônicos.

Coincidência ou não, a forma de cubo e as três velas que ladeiam o novo altar lembram indubitavelmente os templos da Maçonaria, causando alguma perplexidade entre os fiéis. O Santuário não deu nenhuma explicação, mas pensa-se que as três velas estejam relacionadas como que representando os videntes da Cova da Iria.

O altar, inserido no novo presbitério, foi consagrado no passado dia 2 de Fevereiro pelo Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, perante centenas de fiéis. Mas a estética e a lembrança da Maçonaria deixam muito a desejar…

O altar anterior:



O verdadeiro temor do Senhor


Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos (Sl 127,1). Todas as vezes que na Escritura se fala do temor do Senhor, nunca se fala isoladamente, como se ele bastasse para a perfeição da nossa fé; mas vem sempre acompanhado de muitas outras virtudes que nos ajudam a compreender sua natureza e perfeição. Assim aprendemos desta palavra que disse Salomão no livro dos Provérbios: Se suplicares a inteligência e pedires em voz alta a prudência; se andares à sua procura como ao dinheiro, e te lançares no seu encalço como a um tesouro, então compreenderás o temor do Senhor (Pr 2,3-5).

Vemos assim quantos degraus é necessário subir para chegar ao temor do Senhor. Em primeiro lugar, devemos suplicar a inteligência, pedir a prudência, procurá-la como ao dinheiro e nos lançarmos ao seu encalço como a um tesouro. Então chegaremos a compreender o temor do Senhor. Porque o temor, na opinião comum dos homens, tem outro sentido. É a perturbação que experimenta a fraqueza humana quando receia sofrer o que não quer que lhe aconteça. Este gênero de temor manifesta-se em nós pelo remorso do pecado, pela autoridade do mais poderoso ou a violência do mais forte, por alguma doença, pelo encontro com um animal feroz e pela ameaça de qualquer mal. Esse temor, por conseguinte, não precisa ser ensinado, porque deriva espontaneamente de nossa fraqueza natural. Não aprendemos o que se deve temer, mas são as próprias coisas temíveis que nos incutem o terror. Pelo contrário, sobre o temor de Deus, assim está escrito: Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus (Sl 33,12). Portanto, se o temor do Senhor é ensinado, deve-se aprender. Não nasce do nosso receio natural, mas do cumprimento dos mandamentos, das obras de uma vida pura e do conhecimento da verdade.

Para nós, todo o temor do Senhor está contido no amor, e a caridade perfeita expulsa o temor. O nosso amor a Deus leva-nos a seguir os seus conselhos, a cumprir os seus mandamentos e a confiar em suas promessas. Ouçamos o que diz a Escritura: E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e guardes os mandamentos do Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, para que sejas feliz (Dt 10,12-13).

Ora, os caminhos do Senhor são muitos, embora ele próprio seja o Caminho. Pois, ele chama-se a si mesmo caminho, e mostra a razão porque fala assim: Ninguém vai ao Pai senão por mim (Jo 14,6).

Devemos, portanto, examinar e avaliar muitos caminhos, para encontrarmos, por entre os ensinamentos de muitos, o único caminho certo, o único que nos conduz à vida eterna. Há caminhos na Lei, caminhos nos profetas, caminhos nos evangelhos e nos apóstolos, caminhos nas diversas obras dos mestres. Felizes os que andam por eles, movidos pelo temor do Senhor.


Dos Tratados sobre os Salmos, de Santo Hilário, bispo

(Ps 127,1-3:CSEL 24,628-630)             (Séc.IV)

10 verdades sobre a vida de um Seminarista


Seminário é uma instituição conhecida historicamente, mas extremamente desconhecida pela verdade dos fatos. Às vezes nos apegamos a estereótipos quase infantis como o de que um padre se faz como se faz receita de bolo: juntando um ingrediente aqui, outro ali, esperando o tempo necessário, e “voilà!”, forma-se um sacerdote perfeito. Não é tão fácil assim. Conhecemos os estereótipos, mas poucas vezes ouvimos falar a partir de dentro o que realmente acontece. Pensando nisso, seria possível elencar algumas verdades sobre a vida de seminário que poucas vezes são comentadas por aí, como as seguintes:

1. Formar não é colocar numa forma

Como dissemos, não se trata de juntar ingredientes ou fazer cálculos matemáticos. A formação sacerdotal é muito complexa. Em primeiro lugar porque cada um tem uma história própria. Em segundo lugar porque a configuração em Cristo é um movimento muito mais interior que exterior. Em outras palavras, requer força de vontade, convicção, caráter e, sobretudo, fé. A maior parte desse processo depende da disposição do candidato a adequar-se ao “molde” que chamamos Cristo. Você pode passar 8, 9, 10 anos formando um candidato. Se ele endurece o interior, não há forma capaz de conter a pressão que ele próprio representa. Portanto, formar é dar diretrizes para que o próprio candidato se converta à luz do Espírito Santo. Sem a participação ativa do maior interessado na vocação, não há forma capaz de dar o formato almejado.

2. Há conflitos

Mais uma vez aqui pesa a história de vida de cada um. Porém, essa talvez seja a mais natural das verdades sobre a vida de seminário. Afinal, todos viemos de determinados grupos, como a família, os amigos, o trabalho, etc. Se por um lado faz parte da nossa condição humana viver em sociedade, por outro cada pessoa que atravessa a nossa história representa um desafio. O mais interessante do convívio com as diferenças no seminário é que ele representa uma verdadeira escola para o convívio com fiéis (nem sempre agradáveis) da nossa futura paróquia.

3. Não passamos o dia rezando

Eis mais um estereótipo pueril. Temos uma vida extremamente diversificada, ainda que disciplinada: jogamos futebol, lavamos louça, jogamos cartas, estudamos, rezamos, assistimos TV e até saímos para assistir a um filme de vez em quando…Não só na vida de seminário, mas para todos é importante ter uma rotina equilibrada, que contemple diferentes necessidades. Normalmente a formação sacerdotal cuida desses aspectos dividindo didaticamente a vida do candidato em quatro dimensões: Intelectual, Pastoral, Espiritual e Humano-afetiva. Isso é importante para que o futuro padre saia do seminário mais que intitulado padre, que saia com uma personalidade integrada e mais parecida com o rosto de Cristo.

4. Dizer sim todos os dias é mais difícil

No começo temos muitas expectativas, queremos dar tudo a Cristo, até o sangue se fosse necessário. Com o tempo, assim como o namoro, as coisas vão se esfriando, o sim dito lá atrás vai aos poucos se transformando numa distante lembrança de um tempo que não volta. Às vezes temos a impressão de que estamos apenas nos arrastando e esperando o dia da ordenação (ou o da morte se não for pedir muito). Apesar de ser um desafio, dizer sim todos os dias vale muito mais a pena. Assim as coisas deixam de ter um peso para assumirem a bela dimensão da grandiosidade daquilo que esperamos.

5. Um padre não se faz no dia da ordenação

Um dos nossos formadores sempre diz: “Um padre não se faz no improviso”. Grande verdade! Pode até parecer cansativo esse exemplo para alguns, mas se não acordo todos os dias para ir à missa no seminário, dificilmente terei disposição para instituir uma missa cedo na minha paróquia, ainda que seja uma necessidade para os fiéis. Outro exemplo: se não crio o hábito de rezar a liturgia das horas todos os dias, quando padre sempre inventarei alguma outra atividade “mais importante”. Criar hábito é forjar-se. Isso é difícil, requer sacrifício e abnegação. Porém, quando temos diante dos olhos o Modelo, Cristo Jesus, qualquer sacrifício se torna um ato verdadeiramente salvífico, para nós e para os outros. 

São Cesário de Nazianzo


O santo de hoje era irmão de São Gregório. Foi médico da corte imperial, sob o reinado de Juliano, que o tentou inutilmente convertê-lo ao paganismo. Cesário foi um catecúmeno durante grande parte da sua vida e só recebeu o batismo depois de sobreviver milagrosamente de um terremoto em Nicéia. Alguns detalhes de sua vida nos são conhecidos através da oração fúnebre composta por Gregório.

O nome Cesário, de origem latina, significa grande, honrado. Nasceu em 330 e viveu grande parte da vida em Alexandria, onde estudou geometria, astronomia e medicina. O ofício de médico o levou a corte imperial de Constantinopla. Como médico imperial, Cesário foi tentado várias vezes a abandonar o cristianismo e assumir a vida pagã.

Mas depois do episódio do terremoto, onde teve sua vida salva pela graça de Deus, Cesário deixou a medicina e passou a dedicar tempo para a salvação das pessoas. Recebeu o batismo, viveu vida de penitente, mas faleceu jovem, em 369.

Em seu testamento deixou o desejo expresso de doar sua riqueza aos pobres. Em tudo serviu a Deus e soube amar Jesus Cristo mesmo em situações adversas.  


Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de São Cesário de Nazianzo, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A misericórdia de Deus é mais forte que o pecado humano, diz Papa.


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
24 de fevereiro de 2016


Queridos irmãos e irmãs, bom dia.

Prosseguimos as catequeses sobre misericórdia na Sagrada Escritura. Em diversos trechos, fala-se dos poderosos, dos reis, dos homens que estão “no alto”, e também da sua arrogância e de seus abusos. A riqueza e o poder são realidades que podem ser boas e úteis ao bem comum, se colocadas a serviço dos pobres e de todos, com justiça e caridade. Mas quando, como muitas vezes acontece, são vividas como privilégio, com egoísmo e prepotência, transformam-se em instrumentos de corrupção e morte. É o que acontece no episódio da vinha de Nabot, descrito no Primeiro Livro dos Reis, no capítulo 21, sobre o qual nos concentramos hoje.

Neste texto, conta-se que o rei de Israel, Acab, quer comprar a vinha de um homem de nome Nabot, porque esta vinha fica ao lado do palácio real. A proposta parece legítima, até mesmo generosa, mas em Israel as propriedades terrenas eram consideradas quase inalienáveis. De fato, o livro do Levítico prescreve: “A terra não se venderá para sempre, porque a terra é minha e vós estais em minha casa como estrangeiros ou hóspedes” (lv 25, 23). A terra é sagrada, é um dom do Senhor, que como tal deve ser protegido e conservado, enquanto sinal da benção divina que passa de geração em geração e garantia de dignidade para todos. Compreende-se, então, a resposta negativa de Nabot ao rei: “Deus me livre de ceder-te a herança de meus pais!” (1 Re 21, 3).

O rei Acab reage a esta recusa com amargura e desdenho. Sente-se ofendido – ele é o rei, o poderoso – diminuído na sua autoridade de soberano, e frustrado na possibilidade de satisfazer o seu desejo de posse. Vendo-o tão abatido, sua mulher Jezabel, uma rainha pagã, que tinha incrementado os cultos idólatras e fazia matar os profetas do Senhor (cfr 1 Re 18, 4), – não era bruta, era má! – decide intervir. As palavras com que se dirige ao rei são muito significativas. Sintam a maldade que está por trás dessa mulher: “Não és tu, porventura, o rei de Israel? Vamos! Come, não te incomodes. Eu te darei a vinha de Nabot de Jezrael” (v. 7). Ela coloca ênfase sobre o prestígio e sobre o poder do rei que, segundo o seu modo de ver, é questionado pela recusa de Nabot. Um poder que ela, em vez disso, considera absoluto, e pelo qual todo desejo do rei poderoso se torna ordem. O grande Santo Ambrósio escreveu um pequeno livro sobre este episódio. Chama-se “Nabot”. Fará bem a nós lê-lo neste tempo de Quaresma. É muito belo, é muito concreto. 

Homilética: 3º Domingo da Quaresma - Ano C: "Pecado e salvação".



A liturgia deste terceiro domingo de Quaresma traz novamente à nossa reflexão o tema da conversão e nos convida a reconhecer o mistério de Deus, que se torna presente na nossa vida, como ressalta na primeira leitura tirada do Livro do Êxodo e nos mostra Moisés, que, enquanto apascentava o rebanho, vê uma sarça em chamas, mas que não se consome. Aproxima-se para observar este prodígio, quando uma voz pronuncia o seu nome e o convida a tomar consciência da sua indignidade. Esta mesma voz lhe ordena a tirar as sandálias, porque o lugar é santo.  E Deus revela a Moisés o seu próprio nome, ao dizer: “Eu sou Aquele que sou!” (Ex 3,14), para que ele o comunique ao povo de Israel.  Esta expressão pode ser traduzida também como “Eu serei aquele que serei”, que quer dizer: “Vós entendereis quem eu serei; vereis por aquilo que farei quem sou eu”.  O Deus que se revela assim a Israel é um Deus que participa dos problemas do seu povo.  E nos tempos atuais Deus não mudou o seu nome.  Ele é sempre aquele que é sensível aos gritos de quem sofre.

A página do Evangelho prescrita para este domingo, nos narra dois acontecimentos históricos: um crime cometido por Pilatos e o desabamento de uma torre ao lado da piscina de Siloé. Dois acontecimentos trágicos bem diversos: um provocado pelo homem e o outro acidental. Segundo a mentalidade da época, pensava-se que uma desgraça com vítimas era sinal de uma culpa pessoal grave. Mas Jesus diz: “Julgais que esses galileus eram maiores pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido? E aqueles dezoito… eram mais culpados que todos os outros habitantes?” (v. 2.4). E para ambos os casos conclui: “Não, Eu vo-lo digo, mas, se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo” (v. 3.5).

Com estas exortações, Jesus faz aos seus ouvintes um apelo à conversão. Para tornar ainda mais claro esta sua posição, ele cita mais um fato: a morte de 18 pessoas, provocada pelo desabamento de uma torre.  Essas pessoas não foram punidas por causa dos seus pecados: foram vítimas de uma fatalidade.  Também este acontecimento pode ser interpretado como um apelo à conversão, que consiste na mudança no nosso modo de agir e de pensar.

Cristo nos convida a responder ao mal, antes de tudo, com um sério exame de consciência e com o compromisso de purificar a própria vida. Somos chamados a vencer o mal com o bem. Na verdade, a conversão vence o mal na sua raiz que é o pecado, ainda que nem sempre seja possível evitar as suas consequências.

Na segunda parte do Evangelho, referindo-se a um costume do seu tempo, Jesus apresenta a parábola de uma figueira plantada numa vinha. Esta figueira, contudo, é estéril, não dá frutos (v. 6-9). O diálogo que se desenvolve entre o dono e o vinhateiro, manifesta, por um lado, a misericórdia de Deus, que é paciente e deixa ao homem, ou seja, a todos nós, um tempo para a conversão; e, por outro, a necessidade de iniciar imediatamente a mudança de vida, para não perder as ocasiões que a misericórdia de Deus nos oferece para superar a nossa preguiça espiritual e corresponder ao amor de Deus com o nosso amor filial.

Deus hoje nos convida a fazer uma mudança em nossa própria existência, para que possamos viver segundo o Evangelho, corrigindo algo no nosso agir, porque ele quer o nosso bem, a nossa felicidade e a nossa salvação. Possamos responder com um sincero esforço interior.

24 horas para o Senhor 2016: "A Festa do Perdão começa hoje", dias 04 e 05 de março.


Nos dias 04 e 05 de março, dentro do período da Quaresma, a Igreja realiza novamente a iniciativa "24 horas para o Senhor". Em todo o mundo, igrejas abrirão as suas portas pelo período de um dia para que os fiéis possam procurar o sacramento da reconciliação. 

A atividade é motivada pelo próprio Papa Francisco. Em sua Mensagem para a Quaresma de 2016, ele destacou esse período como propício à conversão e aproximação da misericórdia divina. 

"Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que 'a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus'. Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa '24 horas para o Senhor', quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio". 

No Vaticano, o Papa irá presidir celebração penitencial na Basílica de São Pedro, às 17h (hora local), na sexta-feira 4 de março, dando início à iniciativa mundialmente. 

A Água que sai do lado direito de Jesus


Um dos grandes mistérios redentoristas é a chaga do lado direito do Senhor, quando “um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água” (Jo 19,34). A água expiatória nos remonta à água lustral da Antiga Aliança (Nm 5,17;8,5-7) a qual atinge sua plenitude de libação na água nova aspergida do Senhor como profetizou Ezequiel: “Derramarei sobre vós águas puras, que vos purificarão de todas as vossas imundícies e de todas as vossas abominações” (36,25).

A água aspergida é a mesma que recebemos no sacramento do batismo pois somos batizados na Sua morte (Rm 6,3) por isso o batismo dos apóstolos era feito por aspersão e não por imersão (At 18,7-8; At 9,17-18), participamos dessa água em todas as ritualísticas litúrgicas de água benta como o “asperges me” evocando a aspersão lustral do Salmo 50,9.

De acordo com a explicação natural é provável que a água seja um liquido pleural acumulado devido aos tormentos e segundo o significado teologal de Santo Agostinho e muitos pais da Igreja é essa água que dá vida à Igreja e faz brotar os sacramentos: “Ali abria-se a porta da vida, donde manaram os sacramentos da Igreja, sem os quais não se entra na verdadeira vida (...). Este segundo Adão adormeceu na Cruz para que dali fosse formada uma esposa que saiu do lado daquele que dormia (...). Que ferida mais salutar que esta? (In Ioann. Evang., 120,2), assim interpretou também o Concílio Vaticano II sobre o nascimento da Igreja: “ Tal começo e crescimento exprimem-nos o sangue e a água que manaram do lado aberto de Jesus crucificado” (Lumen genitum, n. 3).