Nos dias 04 e 05 de março, dentro do período da
Quaresma, a Igreja realiza novamente a iniciativa "24 horas para o
Senhor". Em todo o mundo, igrejas abrirão as suas portas pelo período de
um dia para que os fiéis possam procurar o sacramento da reconciliação.
A atividade é motivada pelo próprio Papa
Francisco. Em sua Mensagem para a Quaresma de 2016, ele destacou esse
período como propício à conversão e aproximação da misericórdia divina.
"Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o
convite para que 'a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente
como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus'. Com o
apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa '24 horas para o Senhor', quis
sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra
profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada
cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio".
No Vaticano, o Papa irá presidir celebração
penitencial na Basílica de São Pedro, às 17h (hora local), na sexta-feira 4 de
março, dando início à iniciativa mundialmente.
Com a vivência do Jubileu da misericórdia, a
iniciativa ganha contornos específicos. Conforme anunciado pelo Papa,
durante todo o Ano Santo extraordinário qualquer sacerdote vai poder absolver o
pecado do aborto, uma faculdade atualmente concedida aos bispos. E os
Missionários da Misericórdia (alguns sacerdotes que receberam uma incumbência
especial do Papa) poderão absolver os chamados "pecados reservados à
Santa Sé", que segundo o Direito Canônico são cinco: a profanação das
espécies consagradas, a violência física contra o Papa, a ordenação episcopal
sem o mandato pontifício, a tentativa de absolvição do cúmplice em um pecado
contra o sexto mandamento (não cometer adultério) e a violação direta do
segredo da confissão.
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