segunda-feira, 14 de março de 2016

Má gestão e corrupção agravam crise econômica na Angola, denunciam Bispos

 
A Angola vem passando nos últimos meses por uma dura crise econômico-financeira, atribuída a baixa cotação do petróleo, que reflete na vida da população. Entretanto, mais do que este fator que estaria causando à crise, outros elementos como a má gestão e a corrupção agravam o cenário do país, segundo a Igreja local.

No início de março, em uma reunião com parlamentares, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Pedro de Morais, reconheceu que, devido à nova conjuntura, o país está mais pobre. Segundo ele, desde 2015, o país registra de forma acentuada, um desequilíbrio no mercado de divisas, que tem criado significativa pressão cambial e a depreciação do kwanza, a moeda nacional angolana.

Porém, conforme denunciaram os Bispos angolanos em uma carta pastoral divulgada na quarta-feira, 9, “falta de ética, má gestão do erário público, corrupção generalizada” também são as causas da crise que o país enfrenta, além da “mentalidade de compadrio, nepotismo” e “discriminação derivada da partidarização crescente da Função Pública, que sacrifica a competência e o mérito”.

A esta situação se acrescenta o agravamento da pobreza da população, a instabilidade econômica que paralisa “paulatinamente os agentes econômicos, impossibilitando-lhes a renovação de mercadorias, por falta de poder aquisitivo”.

“Aumenta assustadoramente o fosso entre os cada vez mais pobres e os poucos que se apoderam das riquezas nacionais, riquezas muitas vezes adquiridas de forma desonesta e fraudulenta”, advertem os Prelados, segundo os quais, o país precisa lidar como uma “falta de critério no uso dos fundos públicos, gastos exorbitantes, importação de coisas supérfluas que não aproveitam a comunidade”.

Via-Sacra: 2ª Estação: “Jesus carrega a Cruz” (S. Mateus 27,27-31).


“Salve, rei dos judeus!”

Jesus, Nosso Senhor, toda a Vossa vida sobre a terra foi um caminho de humildade e de cruz. Foi para carregar a madeira do suplício que na humilde cidade de Nazaré Vos aperfeiçoastes no trabalho diário e depois, indo pelas cidades e aldeias, levastes aos pobres o anúncio do Reino dos Céus, o Vosso Reino, que não é deste mundo. A Vossa carga, Senhor, somos nós, nós, duros de coração e lentos de entendimento, somos nós, sempre que atribuímos aos outros o peso da nossa falsa consciência, sempre que em face da pobreza e dos gritos de socorro ficamos parados, como se escravos de nossa covardia.

 Ó bom Pastor, que ainda carregais sobre os Vossos sagrados ombros toda a humanidade, como a uma ovelha perdida e depois resgatada, tende piedade de nós!

“Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mc 8,34)

“Quanto a mim, que eu não mim glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Gal 6,14)

“A perfeição consiste em fazer com amor a vontade de Deus, seja ela doce, seja ela amarga.” (São Padre Pio)

“Não há salvação da alma, nem esperança da vida eterna, senão na cruz.” (Imitação de Cristo, L,II. Cap.XII, p.175) 

20 de março: Coleta Ecumênica Nacional da Solidariedade


Será realizada, no dia 20 de março, Domingo de Ramos, no âmbito da Campanha da Fraternidade Ecumênica, a Coleta Ecumênica Nacional da Solidariedade. Do total arrecadado na Coleta, 40% são enviados ao Fundo Ecumênico de Solidariedade (FES) para apoio a projetos relacionados ao tema da CFE, que este ano trabalha a questão do saneamento básico. O outro montante, 60% do valor, permanece nas dioceses, sínodos, presbitérios e comunidades cristãs para apoiar iniciativas sociais em âmbito local.

O FES é administrado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE). Todos os projetos do FES são analisados e aprovados por um Conselho Gestor formado pelas entidades acima mencionadas e um/a representante de cada Igreja.

“Com o valor arrecadado na Coleta Nacional, apoiaremos projetos e iniciativas comunitárias voltadas para práticas de Cuidado com a Casa Comum. Qualquer igreja ou organização pode enviar projetos para o FES. Em breve será divulgado o Edital e o formulário para envio de projetos. É muito importante que todas as igrejas participem dessa Coleta, afinal, o cuidado com a Casa Comum exige gestos concretos”, disse a secretária-geral do CONIC, Romi Bencke. 

Se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor


Jesus Cristo é o nosso sumo sacerdote e o seu precioso corpo é o nosso sacrifício, que ele ofereceu no altar da cruz para a salvação de todos os homens.

O sangue derramado por nossa redenção não era de novilhos e bodes (como na antiga Lei), mas do inocentíssimo cordeiro Cristo Jesus, nosso Salvador.

O templo onde nosso sumo sacerdote ofereceu o sacrifício não era feito por mãos humanas, mas edificado unicamente pelo poder de Deus. Porque ele derramou seu sangue diante do mundo, que é na verdade o templo construído só pela mão de Deus.

Este templo tem duas partes: uma é a terra que agora habitamos; a outra ainda é desconhecida por nós mortais.

Jesus Cristo ofereceu seu primeiro sacrifício aqui na terra quando padeceu a morte crudelíssima. Em seguida, revestido da nova veste da imortalidade, com seu próprio sangue entrou no Santo dos Santos, isto é, no céu, onde apresentou diante do trono do Pai celeste aquele sangue de valor infinito, que derramara uma vez para sempre por todos os homens cativos do pecado.

Este sacrifício é tão agradável e aceito por Deus que, logo ao vê-lo, não pode deixar de compadecer-se de nós e derramar a sua misericórdia sobre todos os que estão verdadeiramente arrependidos.

É, além disso, um sacrifício eterno. Não é oferecido apenas uma vez cada ano (como acontecia entre os judeus), mas cada dia para o nosso consolo, e ainda mais, a cada hora e a cada momento, para nosso conforto e nossa alegria. Por isso o Apóstolo acrescenta: Obtendo uma eterna redenção (Hb 9,12).

Deste santo e eterno sacrifício, participam todos os que experimentaram a verdadeira contrição e arrependimento dos pecados cometidos, e tomaram a inabalável resolução de não mais voltar aos vícios antigos e de perseverar com firmeza no caminho das virtudes a que se consagraram.

É o que ensina São João com estas palavras: Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto ao Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro (1Jo 2,1-2).


Dos Comentários sobre os Salmos, de São João Fisher, bispo e mártir
(Ps 129: Opera omnia, edit. 1579, p. 1610)

(Séc. XVI)

O que tem destruído tantos casais católicos ultimamente? A resposta é surpreendente!


Entre os numerosos casais católicos que chegam no consultório do sacerdote P. T.G Morrow, em Washington D.C (Estados Unidos), a fim de começar a terapia familiar, dois casos impressionaram de maneira especial o presbítero.

 Em relação a muitos temas, esses casais eram perfeitos: estavam abertos à vida, educavam os seus filhos na fé e normalmente recebiam os sacramentos. Mas ambos os matrimônios acabaram gerando a separação. O culpado? As irritações.

“As irritações são um veneno”, assegurou ao Grupo ACI o Pe. Morrow, teólogo moral e autor de Overcoming Sinful anger (Superando a ira pecaminosa). “Se um esposo constantemente fica zangado com sua mulher, isso destrói a relação. Acaba tornando-a dolorosa até chegar ao ponto de uma separação”.

A experiência desta irritação é universal. É natural, pode ser incontrolável e é uma resposta ao comportamento de outros, afirmou Pe. Morrow. Muitas vezes as irritações podem ser corretas, Santo Tomás de Aquino disse que se a irritação se une à razão era digna de louvor; mas, na maioria das vezes, estão encaminhados à ira pecaminosa, motivada pelo desejo de vingança, explicou.

E a ira como pecado tem efeitos devastadores nas relações.

Santa Matilde



Santa Matilde nasceu em 895. Casou-se aos 14 anos com Henrique, rei da Germânia, com quem teve dois filhos: Oton e Henrique.

Matilde aprendeu a ler e escrever depois de casada. Utilizava seu patrimônio em favor dos necessitados, sendo também bastante atuante nas questões políticas. Em 936 morre Henrique, seu marido, e Oton é coroado imperador em Roma.

Santa Matilde dizia aos filhos: "Meus queridos filhos, gravai bem no vosso coração o temor de Deus. Ele é o Rei e Senhor verdadeiro, que dá poder e dignidade perecíveis. Feliz aquele que prepara sua eterna salvação".

A partir da morte do marido o seu calvário começou, ao ponto de ser traída pelos filhos, com a falsa acusação de que estaria esbanjando os bens com os pobres. Ela foi exilada e seus bens confiscados.

Mais tarde, seus filhos a anistiaram e lhe devolveram os bens. Santa Matilde empregou seu patrimônio na construção de hospitais, mosteiros e igrejas.

Retirou-se para um convento onde faleceu a 14 de março de 968, sendo sepultada ao lado do marido.

A imagem de Santa Matilde traz uma igreja e uma carteira nas mãos, representando a caridade para com os pobres. 

ORAÇÃO


Senhor Jesus, a falta de solidariedade é o grande mal da humanidade. Perdoai-nos por nos fecharmos em nós mesmos, por nos preocuparmos somente com o que nos rodeia, nos negando-nos a estender a mão até mesmo àqueles que nos são mais caros. Pelos méritos de Santa Matilde, nobreza de pessoa e de alma, nós Vos rogamos a graça de bem administrarmos os talentos e bens que de nosso Pai Celeste recebemos. Amém.

domingo, 13 de março de 2016

Centenas de fiéis assistem o ato de reparação pelo roubo do Santíssimo Sacramento na Espanha.

 
Centenas de fiéis acompanharam neste domingo (13), na Comunidade das Irmãs Franciscanas conhecidas como “Las Bernardas em Jaén”, a Hora Santa convocada para reparar a ofensa pelo roubo da Custódia, com o Santíssimo Sacramento, na última sexta-feira. Durante o dia, a polícia havia comunicado o achado de Custódia em estado deteriorado, mas sem a Hóstia consagrada dentro e as pedras preciosas que adornavam o vaso sagrado.

No ato de oração, presidida pelo capelão, D. Manuel Peña, uma das freiras de clausura agradeceu a companhia dos fiéis e lamentou o roubo que tinha ocorrido na sexta-feira à tarde, quando por apenas 10 minutos perderam de vista a Custódia da Capela do Coro para atender aos trabalhadores de algumas obras que estavam ocorrendo no convento.

 
Após a oração, o capelão deixou o Santíssimo Sacramento em uma nova Custódia, no mesmo lugar onde ele havia sido roubado, que está sendo analisado pela Polícia Científica para localizar possíveis vestígios.

“Deus não nos identifica com o mal que realizamos”, disse Papa Francisco


 Papa Francisco
 ÂNGELUS

Praça de São Pedro
Domingo, 13 de março de 2016


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho deste quinto domingo da Quaresma (cf. Jo 8,1-11) é muito bonito. Eu gosto muito de lê-lo e relê-lo. Apresenta a história da mulher adúltera, destacando o tema da misericórdia de Deus, que nunca quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. A cena se passa na esplanada do Templo.

Imagine-a ali, na praça [da Basílica de São Pedro]. Jesus está ensinando as pessoas, e então chegam alguns escribas e fariseus que arrastam perante Ele uma mulher apanhada em adultério. Aquela mulher encontra-se assim entre Jesus e a multidão (cf. v. 3), entre a misericórdia do Filho de Deus e a violência, a fúria de seus acusadores. Na verdade, eles não vieram ao Mestre para pedir sua opinião – eram más pessoas – mas para colocar-lhe uma armadilha. De fato, se Jesus seguir a severidade da lei, aprovando a lapidação da mulher, perderá a sua fama de manso e de bondade que tanto fascina as pessoas; se, pelo contrário, for misericordioso, deverá ir contra a lei, que Ele mesmo disse que não veio para abolir mas para cumprir (cf. Mt 5, 17). E Jesus é colocado nesta situação.

Esta má intenção se esconde sob a pergunta feita a Jesus: “O que você acha?” (V. 5). Jesus não responde, cala e realiza um gesto misericordioso: “abaixou-se e começou a escrever com o dedo na terra” (v. 7). Talvez fossem desenhos, alguns dizem que escrevia os pecados dos fariseus … de qualquer maneira, escrevia, era como se estivesse em outro lugar. Desta forma convida todos à calma, a não agir na impulsividade, e a procurar a justiça de Deus. Mas eles, os maus, insistem e esperam Dele uma resposta. Parecia que tinham sede de sangue. Então Jesus levantou o olhar e disse: “Quem estiver sem pecado, jogue a primeira pedra” (v. 7). Esta resposta quebra os acusadores, desarmando-os no verdadeiro sentido da palavra: todos depuseram as “armas”, isto é, as pedras prontas para serem jogadas, tanto aquelas visíveis contra a mulher, quanto aquelas escondidas contra Jesus. E enquanto o Senhor continua a escrever na terra, a fazer desenhos, não sei…, os acusadores vão saindo um por um, começando pelos mais velhos, mais conscientes de não estarem sem pecado. Quanto bem nos faz sermos conscientes de que também nós somos pecadores! Quando falamos dos demais – tudo coisas que conhecemos bem – , quando bem nos fará ter a coragem de deixar cair por terra as pedras que temos para jogar nos demais, e pensar um pouco nos nossos pecados!

Ficaram lá, sozinhos, a mulher e Jesus: a miséria e a misericórdia, um diante do outro. E isso, quantas vezes nos acontece quando paramos diante do confessionário, com vergonha, para mostrar a nossa miséria e pedir o perdão! “Mulher, onde estão?” (v.10), lhe diz Jesus. E basta esta constatação, e o seu olhar cheio de misericórdia, cheio de amor, para mostrar àquela pessoa – talvez pela primeira vez – que tem uma dignidade, que ela não é o seu pecado, ela tem uma dignidade de pessoa; que pode mudar de vida, pode sai das suas escravidões e caminhar em um novo caminho.