O presidente do
México, Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI),
anunciou ontem (18) que o governo promoverá que o reconhecimento do “casamento”
gay na Constituição e no Código Civil Federal, de aplicação obrigatória em todo
o país.
Através da rede
social Twitter, Peña Nieto assinalou: “Assinei iniciativas de reforma para
impulsionar que o casamento igualitário fique plasmado na Constituição e no
Código Civil Federal”.
Durante algumas
horas, o presidente mexicano usou como foto de perfil no Twitter uma imagem com
a bandeira que caracteriza o movimento homossexual como filtro.
Enrique Peña
Nieto teve uma diminuição na sua popularidade desde que começou sua gestão em
2012. Em abril, o diário mexicano ‘Reforma’ assinalou que a aprovação do
mandatário mexicano diminuiu até 30%, a menor aprovação que um presidente teve
nesse país desde 1995.
A desaprovação
de Peña Nieto chegou a 66%, na pesquisa que realiza o jornal ‘Reforma’ a cada
quatro meses.
Para Carlos
Alberto Ramírez Ambriz, presidente do movimento mexicano ‘Dilo Bien’, que
defende a família, Peña Nieto com sua proposta de reforma constitucional busca
“destruir a família como base social”, ao mesmo tempo que concederá “mais poder
à ditadura gay, encarregada de oprimir e censurar toda a sociedade que pense
diferente dela”.
O movimento
‘Dilo Bien’ apresentou um abaixo-assinado através da plataforma internacional
CitizenGO, exigindo aos senadores e deputados mexicanos que não aprovem as
reformas propostas por Peña Nieto.
“A família é a
base da sociedade. A reforma proposta pelo presidente atenta gravemente contra
a instituição da família, a infância e o estado democrático e de direito no
qual vivemos”, indica a carta que acompanha o abaixo-assinado.
Ramírez Ambriz
explicou que a reforma impulsionada pelo presidente mexicano está contra a
democracia e usa a família para esconder outros problemas.
“Há grandes
necessidades no país que devem ser atendidas com rapidez”, assinalou, como por
exemplo “erradicar a corrupção e resolver o tema dos desaparecidos”.
“O presidente e
o partido político que o apoia (PRI) devem pagar um preço político alto”,
assinalou, pois “não é possível que os funcionários públicos façam todo tipo de
ações que prejudicam o México e não haja consequências”.
Por sua parte,
para o Conselho Mexicano da Família (ConFamilia), “a iniciativa que o
Presidente Peña Nieto promove, apoiado pelo seu Partido Político (PRI), é uma
proposta que o posiciona e o seu partido em uma situação antifamília, que
violenta a Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
‘ConFamilia’
promove uma reforma constitucional radicalmente contrária à proposta de Peña
Nieto e busca que a Constituição mexicana reconheça explicitamente o matrimônio
como uma união entre um homem e uma mulher. Sua proposta foi apresentada ao
Senado em fevereiro deste ano, acompanhada por mais de 240 mil assinaturas.
A plataforma
mexicana ‘Red Família’ se pronunciou também contra a proposta do presidente e
questionou em um comunicado se sua proposta “tiver também a intenção de que o
casamento seja para três ou mais pessoas”.
‘Red Família’
exortou o presidente do México a “repensar e evitar impor a visão particular de
alguns grupos e comunidades. Acabar com a finalidade do casamento e danificar
mais nosso ferido tecido social não é o caminho para reivindicar demandas e
ofensas”.
Para apoiar o
Movimento ‘Dilo Bien’, exigindo aos parlamentares mexicanos que não aprovem as
reformas propostas por Peña Nieto, CLIQUE AQUI.