quarta-feira, 25 de maio de 2016

Na UF Ceará: “Artista” derrama sangue em crucifixo enquanto apresenta filme pornô. Católicos rezam Terço em desagravo.




Uma imagem divulgada nas redes sociais nesta segunda-feira, dia 23, chocou internautas. Um homem nu aparece perfurando o próprio braço vertendo sangue sobre uma cruz enquanto um vídeo pornô gay é exibido ao fundo.  Sobre a mesa de conferência, destaque para uma bandeira estendida do Movimento LGBT. O fato aconteceu no auditório Rachel de Queiroz, bloco de Psicologia, na Universidade Federal do Ceará -UFC, dentro do I Seminário “Conversas empoderadas e despudoradas sobre gênero sexualidade e subjetividades”.

De acordo com apuração do blog do Povo, o auditório foi reservado pelo Departamento de Ciências Sociais a pedido de um professor, que não foi encontrado para dar entrevista. O Ancoradouro solicitou entrevista a um representante da instituição, mas a Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC preferiu silenciar diante do caso. “A Universidade não vai se pronunciar sobre o assunto”, lê-se no e-mail de resposta à solicitação de entrevista.

A espécie de ritual religioso com sangue realizada em ambiente não hospitalar foi alvo de críticas na página “Fortaleza Sem Prefeito”, uma das primeiras a publicar o material. “Pelo amor de Cristo, onde nós estamos? Vamos pelo menos ter respeito”, comentou um dos internautas.

Uma vida eucarística e misericordiosa

 
A bela celebração de Corpus Christi, Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, com suas procissões, belos tapetes confeccionados com temas eucarísticos e com campanhas solidárias revela uma espiritualidade eucarística que vai além das portas de nossas igrejas e vai ao encontro das pessoas, que caminha pelo mundo. Instituída por Cristo na sua última e derradeira ceia com os apóstolos, memorial permanente de sua presença real, antecipação ritual do sacrifício único que iria se consumar na sua morte de cruz, a Eucaristia é o centro e ápice de toda a vida cristã (cf. SC 10). “O único e definitivo sacrifício redentor de Cristo se atualiza incessantemente no tempo” (JOÃO PAULO II, A Igreja da Eucaristia, 12). Ela nos ensina um jeito de viver, uma vida eucarística, na comunhão com Cristo, com os irmãos e irmãs da comunidade e promotores da fraternidade e da misericórdia. 

Na celebração eucarística somos inseridos numa dinâmica de vida, num jeito de viver, como oferta de nós mesmos.  Devemos fazer o que Jesus fez. E o que Ele fez? Partiu o pão e deu-se a si mesmo. Este gesto é, ao mesmo tempo, codivisão e imolação. O pão é Ele mesmo. Jesus partiu a si mesmo, deu-se aos discípulos e a todos nós. No gesto simbólico de partir o pão e entregar o cálice com vinho, antecipou ritualmente sua morte na cruz, dando-lhe o sentido de entrega voluntária, de doação, que caracterizou toda a sua vida e que deverá caracterizar a vida de seus seguidores: corpo doado, sangue derramado, símbolos da vida entregue. Uma vida eucarística é caracterizada pela doação de si mesmo. Sair de si, do egoísmo que prende aos interesses pessoais. Superar a indiferença para ir ao encontro e promover fraternidade. Doar algum alimento ou roupas a quem precisa é necessário, mas a eucaristia nos pede mais, a doação de nós mesmos, nossa vida, nossos dons e nosso tempo.

Bispos convocam dia de oração e penitência pelo Brasil

 
Nesta quinta-feira, 26 de maio, quando a Igreja celebrará a Solenidade de Corpus Christis, fiéis são convocados a realizar “um dia de oração e penitência” pelo Brasil. A iniciativa partiu de uma decisão dos Bispos do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O Regional é composto pelos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Entre os dias 17 e 18, os bispos do Conselho Episcopal do Regional estiveram reunidos para refletir sobre o atual cenário do Brasil.

Eles decidiram, então, divulgar um comunicado à população lançando o convite para rezar pelo país, ato que “justifica-se, diante da situação política, econômica e social que o mesmo atravessa”.

Para o Arcebispo de Olinda e Recife e presidente do Regional, Dom Fernando Saburido, esta atual situação incide na vida de todos, especialmente dos mais pobres.

“A Igreja é viva e atuante e precisa se fazer presente neste momento difícil, congregando fiéis das diversas paróquias para interceder pelo nosso Brasil, bastante sofrido, mas forte e confiante nas providências do Pai”, declarou ao site da Arquidiocese.

Oração não é "varinha mágica", explica Papa




PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 25 de maio de 2016


A parábola da viúva e do juiz iníquo nos ensina a necessidade de rezar sempre, sem cessar. O juiz da parábola, que não temia Deus e era uma pessoa sem escrúpulos, dada a insistência da pobre viúva, que não tinha mais ninguém no mundo, acaba tendo que fazer justiça. Com essa imagem, Jesus ensina que, se até um juiz inescrupuloso se dobrou à insistência da viúva, muito mais fará Deus que não deixará de escutar prontamente as nossas orações. Contudo, o fato de que sempre nos escute na oração, não significa que Deus faça tudo no tempo e no modo que nós gostaríamos. A oração não é uma varinha mágica; ela é uma ajuda para conservar a fé em Deus, confiando n’Ele mesmo quando não compreendemos a sua vontade. De fato, a oração transforma o nosso desejo e o modela segundo a vontade de Deus, seja ela qual for, pois, rezando, aspiramos em primeiro lugar à união com Deus, que é o Amor misericordioso.

Depois do Ângelus:

Nossa Senhora, a Mãe da Eucaristia




Maria, de modo especial, é o templo de Deus por excelência, ela é a Arca da Aliança. Ela trouxe em seu seio imaculado, o próprio Filho de Deus. De tal forma amou o Pai e guardou as palavras do seu Filho que, o Filho e o Pai vieram a ela e nela fizeram sua morada. Ao concebermos Maria como habitação do Sagrado, compreendemos o quanto Deus nos ama, apesar de nossa condição frágil.

É impossível nos aproximarmos de Maria sem nos aproximarmos de Jesus. Maria nos leva a Cristo. Junto de Maria somos banhados pela luz do Espírito Santo que a cumulou de graça. Em toda a Sagrada Escritura não há mulher que tenha sido agraciada dessa maneira a ponto de ter sido convidada para ser a mãe do Filho de Deus. São Lucas nos relata: “O Altíssimo te cobrirá com sua sombra” (Lc 1, 34). Aqui, o evangelista nos apresenta Maria como uma nova tenda do encontro de Deus com a humanidade. Coberta pela sombra do Altíssimo, Maria se torna o santuário onde Jesus toma imagem visível.

Em Maria encontramos o primeiro tabernáculo que Jesus habitou por nove meses. Em Maria, Deus encarnado visita seu povo. Entre todos os santos, a santíssima Virgem Maria resplandece como modelo de santidade e de espiritualidade eucarística. Maria está de tal modo, ligada ao mistério eucarístico que mereceu que o Papa João Paulo II a chamasse de “Mulher Eucarística”. Ela viveu este espírito eucarístico antes que o Sacramento da Eucaristia fosse instituído por Jesus, isto pelo fato de ter oferecido seu seio virginal à encarnação do Verbo de Deus. Logo após o nascimento de Jesus, ela realizou um gesto puramente eucarístico e ao mesmo tempo, eclesial: apresentou o Menino Jesus aos pastores, aos magos e ao sumo-sacerdote no templo em Jerusalém; o fruto bendito de seu ventre  apresenta-o ao povo de Deus e aos gentios para que o adorassem e o reconhecessem como o Messias, o próprio Filho de Deus.

Para ser como Maria, Mulher Eucarística, devemos transformar a nossa vida que deve ser toda ela eucarística. O livro dos Atos dos Apóstolos nos refere que, após a ascensão do Senhor ao céu, os apóstolos voltaram de novo ao Cenáculo, onde costumavam se reunir (At 1, 12-13).  A Mãe de Jesus estava ali presente no seio da Igreja. Lucas, o autor dos Atos, não poderia deixar de anotar esse fato: Maria está presente no instante em que vai resplandecer a Igreja. A Mãe de Jesus, que estava com os apóstolos no desabrochar da Igreja no dia de Pentecostes, continuava no meio deles, participando da fração do pão. A Eucaristia, que por assim dizer, viera dela, que tem com ela relação e origem, era seu alimento de cristã, que caminhava com a Igreja.

Igreja e Eucaristia são inseparáveis. Não há Igreja sem Eucaristia, porque não há Igreja sem sacrifício de Jesus que se renova, como não há Igreja sem encarnação de Jesus que se prolonga no tempo. A peregrinação da Igreja se faz com a Eucaristia e pela Eucaristia, e com Maria, assunta ao céu,  isto é, inseparável da mediação de Maria no céu.

A ciência do discernimento dos espíritos vem da percepção da inteligência






A luz da verdadeira ciência está em discernir sem errar o bem e o mal. Feito isto, a via da justiça que leva a mente a Deus, sol da justiça, introduz então a inteligência naquele infinito fulgor do conhecimento, que lhe faz procurar daí em diante, com segurança, a caridade.

Os que combatem precisam manter sempre o espírito fora das agitações perturbadoras para discernir os pensamentos que surgem: guardar os bons, vindos de Deus, no tesouro da memória; expulsar os maus e demoníacos dos antros da natureza. O mar, quando tranquilo, deixa os pescadores verem até o fundo, de sorte que quase nenhum peixe lhes escape; mas, agitado pelos ventos, ele esconde na turva tempestade aquilo que se via tão facilmente no tempo sereno. Assim, toda a perícia dos pescadores se vê frustrada.

Somente, porém, o Espírito Santo tem o poder de purificar a mente. Se o forte não entrar para espoliar o ladrão, nunca se libertará a presa. É necessário, portanto, alegrar em tudo o Espírito Santo pela paz da alma, mantendo em nós sempre acesa a lâmpada da ciência. Quando ela não cessa de brilhar no íntimo da mente, conhecem-se os ataques cruéis e tenebrosos dos demônios, o que mais ainda os enfraquece sendo eles manifestados por aquela santa e gloriosa luz.

Por esta razão diz o Apóstolo: Não apagueis o Espírito, isto é, não causeis tristeza ao Espírito Santo por maldades e maus pensamentos, para que não aconteça que ele deixe de proteger-vos com seu esplendor. Não que o eterno e vivificante Espírito Santo possa extinguir-se, mas é a sua tristeza, quer dizer, seu afastamento que deixa a mente escura sem a luz do conhecimento e envolta em trevas.

O sentido da mente é o paladar perfeito que distingue as realidades. Pois como pelo paladar, sentido corporal, sabemos discernir sem erro o bom do ruim quando estamos com saúde e desejamos as coisas delicadas, assim nossa mente, começando a adquirir a saúde perfeita e a mover-se sem preocupações, poderá sentir abundantemente a consolação divina e conservar, pela ação da caridade, a lembrança do gosto bom para aprovar o que for ainda melhor, conforme ensina o Apóstolo: Isto peço: que vossa caridade cresça sempre mais na ciência e na compreensão, para discernirdes o que é ainda melhor.


Dos Capítulos sobre a Perfeição Espiritual, de Diádoco de Foticéia, bispo 
(Cap.6,26.27.30: PG65,1160.1175-1176)                 (Séc.V)

O Incenso e seu uso na Liturgia


O incenso é uma resina aromática distilada em lágrimas por árvores da família das terebintáceas (boswellia serrata e boswellia carteri), que crescem espontaneamente na Ásia e na África. Pode-se dizer que todo o mundo, pelo menos o mundo culto, conhecia o incenso para o uso doméstico e religioso, seja com sentido catártico (para purificação e relaxamento), seja apotropaico (para afastar ou destruir influências maléficas e negativas).

a)    O uso pagão. Na vida dos mártires se fala inúmeras vezes da tentativa dos pagãos de seduzir os cristãos para a apostasia, pelo incenso queimado aos ídolos.

b)   O uso pelo povo eleito. Os israelitas por preceito divino deviam oferecer o sacrifício de incenso sobre o altar de ouro no interior do templo. Há inúmeras passagens da Escrituras que mencionam o uso do incenso pelos judeus.

c) O uso cristão. Os cristãos, para evitar a suspeita de idolatria, no princípio não empregavam o incenso na Liturgia, mas sim na vida profana. Desde o século IV, com a quase total extinção do paganismo no mundo cristão, foi usado como perfume para os lugares litúrgicos. Do costume profano queimar incenso diante de pessoas de autoridade, deriva o rito de incensar pessoas (devido à sua função litúrgica), altares e objetos. Obviamente, o uso do incenso na Liturgia não tem mais a ver com o sentido profano, mas remete à comparação do salmista “suba até Vós a minha oração como o incenso” (Sl 140,2) e à metáfora do “suave odor de Cristo” que deve exalar do testemunho cristão (2Cor 2,15).

Embora haja atualmente diversos tipos de incenso, pela mistura de essências e perfumes, incluindo os incensos gregos de resina; é o chamado Olibanum que mais se aproxima do incenso mencionado nas Escrituras, embora não haja nenhuma determinação que limite a esse o uso litúrgico.

Nos ritos anteriores da Liturgia Latina, o incenso era reservado apenas às Missas mais solenes. Hoje, longe do perigo de confusão sobre a utilização do incenso, o seu uso é permitido em toda celebração do Santo Sacrifício, mesmo os nos dias mais simples.

O ato de incensar exprime para os cristãos católicos: a) adoração direta diante do Santíssimo Sacramento; b) adoração indireta diante do Altar, do Evangeliário, do Crucifixo, do Santo Lenho da Cruz, das Relíquias da Santa Cruz e das imagens do Senhor, por serem objetos especialmente relacionados com o Redentor, por sua natureza, ou pela consagração; c) veneração diante das imagens e relíquias dos santos; d) reverência, quando feito a pessoas (devido à dignidade civil ou eclesiástica) ou ao corpo inânime dos fiéis; e) comunicação de pureza, de santidade, de auxílio às almas como sinal de oração dirigida a Deus e de oferta em favor delas, e de proteção contra as influências do demônio; e, por fim, f) símbolo da oração que sobe como fumaça aromática ao trono do Altíssimo. 

São Gregório VII


Hildebrando, o futuro papa Gregório VII, nasceu numa família pobre na Itália, em 1020. Fez-se beneditino no mosteiro de Cluny. Nos estudos destacou-se pela inteligência e a firmeza na fé. Tornou-se o diácono auxiliar direto dos Papas Leão IX e Alexandre II, alcançando respeito e enorme prestígio no colégio cardinalício. Assim, quando faleceu o Papa Alexandre II, em 1073, foi aclamado Papa pelo povo e pelo clero. Assumiu o nome de Gregório VII e deu início à luta incansável para implantar a "reforma gregoriana". Há tempos que a decadência de costumes atingia o próprio cristianismo. A mistura do poder terreno com os cargos eclesiásticos fazia enorme estrago no clero. As investiduras, que consistiam no ato jurídico pelo qual o rei ou nobre confiava a uma autoridade eclesiástica um cargo da Igreja com jurisdição sobre um território, obrigava os eclesiásticos a prestar juramento de fidelidade ao rei ou aos nobres. Foi com Henrique VI, imperador germânico, que Gregório travou a maior luta. Diante da rudeza de Henrique VI, o Papa não teve dúvidas: excomungou o imperador. Tal foi a pressão sobre Henrique IV, que o tirano teve que se humilhar e pedir perdão, em 1077, para anular a excomunhão, num evento famoso que ficou conhecido como "o episódio de Canossa". Pouco tempo depois o imperador saboreou sua vingança, depondo o Papa Gregório VII e nomeando um antipapa, Clemente III. Mesmo assim Papa Gregório VII continuou com as reformas, enfrentando a ira do governante. Foi então exilado em Salerno, onde morreu mártir de suas reformas no dia 25 de maio de 1085, com sessenta e cinco anos.


Deus eterno e todo-poderoso, quisestes que São Gregório VII governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.