quinta-feira, 26 de maio de 2016

Líderes pró-vida denunciam “golpe de estado jurídico” para aprovar aborto em toda América


A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) poderia abrir as portas ao aborto em todo o continente, reinterpretando a Convenção Americana Sobre Direitos Humanos (Pacto de São José), advertiram recentemente diversos líderes pró-vida. Para um deles, o organismo internacional está executando um “golpe de estado jurídico” contra os direitos humanos.

No dia 19 de maio, a Corte IDH iniciou um processo aberto de consultas sobre três artigos do Pacto de São José. Entre estes estão o artigo 4.1, que reconhece o direito à vida desde a concepção.

“Toda pessoa tem o direito de que sua vida seja respeitada. Este direito estará protegido pela lei e, em geral, a partir do momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”, indica o artigo que a Corte IDH poderia interpretar.

A plataforma pró-vida CitizenGO fez um abaixo-assinado exigindo que a Corte Interamericana de Direitos Humanos respeite o direito à vida desde a concepção.

Para Gualberto García Jones, diretor executivo do International Human Rights Group e perito em direitos humanos, a consulta iniciada pela Corte IDH “não é nada mais do que uma tentativa de democratizar seu golpe de estado”.

Em declarações ao Grupo ACI, García Jones advertiu que “a Corte Interamericana pretende nada mais, nada menos que um golpe de estado jurídico aos direitos humanos, protegidos pela maioria das constituições nacionais e pela mesma convenção interamericana sobre os direitos humanos”.

“Em vez do direito à vida, quer impor o direito ao aborto; em vez do direito à integridade familiar, quer a destruição do conceito de família; em vez da liberdade religiosa, quer impor sua versão religiosa à força”, denunciou.

Portugal: Corpo de Deus volta a ser feriado nacional.


Os portugueses voltam hoje a celebrar à quinta-feira, em dia de feriado nacional, a solenidade litúrgica do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como Corpo de Deus, uma celebração com raízes medievais.

Desde o século XII, muitas localidades portuguesas unem-se á celebração da festa do Corpo de Deus, invocadora do "triunfo do amor de Cristo pelo Santíssimo Sacramento da Eucaristia".

A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como "Corpo de Deus", começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula "Transiturus", em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.

Na origem, a solenidade constituía uma resposta a heresias que colocavam em causa a presença real de Cristo na Eucaristia, tendo-se afirmado também como o coroamento de um movimento de devoção ao Santíssimo Sacramento.

Teria chegado a Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de Festa de Corpo de Deus, embora o mistério e a festa da Eucaristia seja o Corpo de Cristo.

Esta exultação popular à Eucaristia é manifestada no 60° dia após a Páscoa e forçosamente a uma quinta-feira, fazendo assim a união íntima com a Última Ceia de Quinta-feira Santa.

Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo Concílio de Vienne (França) e pelo Papa João XXII, respectivamente.

Só durante a Idade Média se registra, no Ocidente, um culto dirigido mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração; no século XII é introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração.

No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se fora da missa e aumenta a afluência popular à procissão do Santíssimo Sacramento.

Ó precioso e admirável banquete!




O unigênito Filho de Deus, querendo fazer-nos participantes da sua divindade, assumiu nossa natureza, para que, feito homem, dos homens fizesse deuses.

Assim, tudo quanto assumiu da nossa natureza humana, empregou-o para nossa salvação. Seu corpo, por exemplo, ele o ofereceu a Deus Pai como sacrifício no altar da cruz, para nossa reconciliação; seu sangue, ele o derramou ao mesmo tempo como preço do nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados.

Mas, a fim de que permanecesse para sempre entre nós o memorial de tão imenso benefício, ele deixou aos fiéis, sob as aparências do pão e do vinho, o seu corpo como alimento e o seu sangue como bebida. Ó precioso e admirável banquete, fonte de salvação e repleto de toda suavidade! Que há de mais precioso que este banquete? Nele, já não é mais a carne de novilhos e cabritos que nos é dada a comer, como na antiga Lei, mas é o próprio Cristo, verdadeiro Deus, que se nos dá em alimento. Poderia haver algo de mais admirável que este sacramento?

De fato, nenhum outro sacramento é mais salutar do que este; nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais.

É oferecido na Igreja pelos vivos e pelos mortos, para que aproveite a todos o que foi instituído para a salvação de todos.

Ninguém seria capaz de expressar a suavidade deste sacramento; nele se pode saborear a doçura espiritual em sua própria fonte; e torna-se presente a memória daquele imenso e inefável amor que Cristo demonstrou para conosco em sua Paixão.

Enfim, para que a imensidade deste amor ficasse mais profundamente gravada nos corações dos fiéis, Cristo instituiu este sacramento durante a última Ceia, quando, ao celebrar a Páscoa com seus discípulos, estava prestes a passar deste mundo para o Pai. A Eucaristia é o memorial perene da sua Paixão, o cumprimento perfeito das figuras da Antiga Aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou. É ainda singular conforto que ele deixou para os que se entristecem com sua ausência.


Das Obras de Santo Tomás de Aquino, presbítero
(Opusculum 57, In festo Corporis Christi, lect. 1-4)              (Séc.XIII)

Eucaristia: prisioneiro de amor


Há um Prisioneiro num cárcere pequeno. O cativo é Rei de reis, Senhor de senhores. Esse cárcere diminuto é o Sacrário: chama-se Prisão de Amor (cfr. São Josemaría Escrivá, Forja, nº 827), porque o delito é de amor. Sendo Deus, veio a ser homem. Eterno, assumiu o tempo. Invulnerável, quis padecer. Onipotente, ficou inerme sobre o Presépio de Belém. Todo poderoso, foi fugitivo, cruzando desertos de amor cheios de areia. Criador do Universo, trabalhou com fadiga por muitos anos na oficina de José. Onipresente, caminhou passo a passo, incansável, pelos caminhos da Palestina. Grossas gotas de sangue escorreram da sua pele até o chão de Getsêmani. Entregou-se – porque quis – a uma flagelação cruel, à coroação de espinhos. Abraçou a Cruz e deixou-se cravar nela, entre dois ladrões, ao som dos insultos blasfemos das suas criaturas. Tudo sem necessidade, por puro amor, para redimir os pecados de todos e de cada um dos homens e para abrir-lhes as portas do Paraíso.

“Sob as espécies do pão e do vinho está Ele, realmente presente com o Seu Corpo e com o Seu Sangue, com a Sua Alma e com a Sua Divindade. Juntando-se a isso um infinito amor, o que haveria de obter-se senão o maior milagre e a maior maravilha?” (João Paulo II, Homilia, 9 VII 1980)

Poderia alguém dizer que é “justo” que estejas aí, Jesus, na tua prisão, indefeso, mais do que em Belém, do que em Nazaré, do que no Calvário? Pois sim, digo que é justo, justíssimo, porque nos roubaste o coração, e o fizeste com “agravantes”. Por que te excedeste tanto no teu amor? Por que nos amas assim, com essa loucura incrível? Não bastava uma só gota do teu Sangue para redimir um bilhão de mundos? Não bastava apenas um só dos teus suspiros? Por acaso não era suficiente apenas a tua Encarnação no seio virginal de Maria Santíssima? Por que tanta dor, por que tanto tormento, por quê?...

É justo, Senhor, que agora estejas aí, cativo na tua pequena prisão escura! Roubaste-nos o coração! É justo com essa justiça maravilhosa, que na sublime simplicidade divina funde-se com o amor, com a misericórdia, com a generosidade, com a verdade, com a liberdade, com a beleza, com a harmonia, com a alegria... É justo que estejas preso porque amas infinitamente, porque te excedeste, e quem se excede tem que pagar por isso! Cumpres a tua expiação no Sacrário.

O que não é de modo algum justo é que eu fique indiferente, ou que te esqueça e passe horas sem me lembrar do teu amoroso cativeiro. Não é justo que passe um só dia sem te visitar no Sacrário ao menos uma vez. Não é justo que o Sacrário não seja o ímã dos meus pensamentos, palavras e obras. Não é justo que – tendo Tu roubado-me o coração – eu não esteja onde está o meu tesouro. Por isso renovo agora o meu propósito de centrar a minha vida no teu cárcere de amor. E sempre que possa, ainda que seja só por uns breves instantes, irei visitar-te para dizer-te: “Adoro-te com devoção, Deus Escondido!” (Hino Adoro te devote). Com uma genuflexão pausada (ia dizer “solene”) direi: Adoro a tua presença real sob as aparências do pão, que já não é pão pois tem a tua substância: o teu Corpo, o teu Sangue, a tua Alma humana, a tua Divindade, com o Pai e o Espírito Santo. 

São Filipe Néri


Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Néri pertencia a uma família rica. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar vocação para vida religiosa, mesmo frequentando regularmente a igreja. Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar Filosofia e Teologia com os agostinianos. No tempo livre praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral. Somente aos trinta e seis anos de idade ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade. Tão grande era sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho. Filipe se preocupou com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Com bom humor, ele dizia aos que reclamavam do barulho das crianças: "Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça". Viveu até o dia 26 de maio de 1595. São Filipe Néri é chamado até hoje de: Santo da alegria e da caridade. 


Ó Pai, pela vossa misericórdia, São Felipe Néri anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Corpus Christi*


A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.

A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.

A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.


Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.


Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro das Vossas Chagas, escondei-me.
Não permitais que de Vós me separe.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós,
para que Vos louve com os Vossos Santos,
por todos os séculos. Amém.
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*Celebra-se na segunda quinta-feira após a festa de Pentecostes.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Na UF Ceará: “Artista” derrama sangue em crucifixo enquanto apresenta filme pornô. Católicos rezam Terço em desagravo.




Uma imagem divulgada nas redes sociais nesta segunda-feira, dia 23, chocou internautas. Um homem nu aparece perfurando o próprio braço vertendo sangue sobre uma cruz enquanto um vídeo pornô gay é exibido ao fundo.  Sobre a mesa de conferência, destaque para uma bandeira estendida do Movimento LGBT. O fato aconteceu no auditório Rachel de Queiroz, bloco de Psicologia, na Universidade Federal do Ceará -UFC, dentro do I Seminário “Conversas empoderadas e despudoradas sobre gênero sexualidade e subjetividades”.

De acordo com apuração do blog do Povo, o auditório foi reservado pelo Departamento de Ciências Sociais a pedido de um professor, que não foi encontrado para dar entrevista. O Ancoradouro solicitou entrevista a um representante da instituição, mas a Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC preferiu silenciar diante do caso. “A Universidade não vai se pronunciar sobre o assunto”, lê-se no e-mail de resposta à solicitação de entrevista.

A espécie de ritual religioso com sangue realizada em ambiente não hospitalar foi alvo de críticas na página “Fortaleza Sem Prefeito”, uma das primeiras a publicar o material. “Pelo amor de Cristo, onde nós estamos? Vamos pelo menos ter respeito”, comentou um dos internautas.

Uma vida eucarística e misericordiosa

 
A bela celebração de Corpus Christi, Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, com suas procissões, belos tapetes confeccionados com temas eucarísticos e com campanhas solidárias revela uma espiritualidade eucarística que vai além das portas de nossas igrejas e vai ao encontro das pessoas, que caminha pelo mundo. Instituída por Cristo na sua última e derradeira ceia com os apóstolos, memorial permanente de sua presença real, antecipação ritual do sacrifício único que iria se consumar na sua morte de cruz, a Eucaristia é o centro e ápice de toda a vida cristã (cf. SC 10). “O único e definitivo sacrifício redentor de Cristo se atualiza incessantemente no tempo” (JOÃO PAULO II, A Igreja da Eucaristia, 12). Ela nos ensina um jeito de viver, uma vida eucarística, na comunhão com Cristo, com os irmãos e irmãs da comunidade e promotores da fraternidade e da misericórdia. 

Na celebração eucarística somos inseridos numa dinâmica de vida, num jeito de viver, como oferta de nós mesmos.  Devemos fazer o que Jesus fez. E o que Ele fez? Partiu o pão e deu-se a si mesmo. Este gesto é, ao mesmo tempo, codivisão e imolação. O pão é Ele mesmo. Jesus partiu a si mesmo, deu-se aos discípulos e a todos nós. No gesto simbólico de partir o pão e entregar o cálice com vinho, antecipou ritualmente sua morte na cruz, dando-lhe o sentido de entrega voluntária, de doação, que caracterizou toda a sua vida e que deverá caracterizar a vida de seus seguidores: corpo doado, sangue derramado, símbolos da vida entregue. Uma vida eucarística é caracterizada pela doação de si mesmo. Sair de si, do egoísmo que prende aos interesses pessoais. Superar a indiferença para ir ao encontro e promover fraternidade. Doar algum alimento ou roupas a quem precisa é necessário, mas a eucaristia nos pede mais, a doação de nós mesmos, nossa vida, nossos dons e nosso tempo.