domingo, 29 de maio de 2016

Caso de estupro abala o país e imagem de jovem amparada pela Virgem Maria gera comoção.


A notícia do estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro comoveu o Brasil na quinta-feira de Corpus Christi, 26 de maio. Nas redes sociais, o assunto se tornou o mais comentado e um desenho e um textos postados por uma jovem católica viralizou, criando uma corrente de oração pela vítima.

“Menina, eu chorei por você essa madrugada” é o título da mensagem postada por Juliana Christina em seu perfil no Facebook, acompanhada do desenho de sua autoria no qual aparece a jovem violentada sendo amparada pelos braços maternos de Nossa Senhora.

Na quinta-feira, o caso da jovem foi divulgado pela imprensa e logo alcançou grande repercussão. A adolescente de 16 anos foi violentada por pelo menos 30 homens, em uma comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Em depoimento à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a menina contou que no sábado, 21, teria ido à casa de um rapaz com quem se relacionava e só se lembra de ter acordado no domingo, 22, dopada e nua, em outra casa na mesma comunidade, cercada por 33 homens com fuzis e pistolas.

A garota retornou para casa na terça-feira, 24, mesmo dia em que retornou para a comunidade em busca do seu celular que foi roubado. Ela foi acolhida por um agente comunitário que percebeu seu estado desnorteado e a reconduziu para a família.

Na quarta-feira, 25, descobriram que fotos e vídeos da adolescente nua, desacordada e ferida estavam circulando na internet, com ironias dos agressores. A jovem foi ao médico na quinta-feira, 26, e tomou uma serie de remédios para evitar doenças sexualmente transmissíveis. Quatro suspeitos já foram identificados e estão sendo procurados pela polícia.

No Facebook, a jovem Juliana Christina foi uma dentre as milhares de pessoas que expressaram sua compaixão à vítima do crime. Ela declarou ser “impossível não me compadecer” com a história da adolescente “e tantas meninas que passam por violência semelhante”.

“Menina, hoje fui à procissão de Corpus Christi, e quando tocaram Força e Vitória, eu só pensava em você, só orava por você, chorava de novo por você”, escreveu, referindo à música católica cuja letra diz: ‘Nada poderá me abalar, nada poderá me derrotar, pois minha força e vitória tem um nome e é Jesus’.

Juliana afirma que sentiu a necessidade de se expressar do seu jeito. Foi então que criou o desenho e o texto que já alcançaram mais de 10 mil compartilhamentos.

Considera ainda que nenhum ser humano merece passar pelo que a menina de 16 anos passou e manifesta a esperança de que ela se recupere.

“Eu rogo que a Mãe Maria Santíssima a acolha em seus braços, a ponha no colo, a conforte e dê forças”, acrescenta.

Juliana conclui com um convite a “a quem tem fé – não necessariamente a fé cristã-católica – a orar por essa menina, e por todas as nossas irmãs que diariamente sofrem, que diariamente têm medo”.

Inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em ti



 
Grande és tu, Senhor, e sumamente louvável: grande é a tua força, e a tua sabedoria não tem limites! Ora, o homem, esta parcela da criação, quer te louvar, este mesmo homem carregado com sua condição mortal, carregado com o testemunho de seu pecado e como testemunho de que resistes aos soberbos. Ainda assim, quer louvar-te o homem, esta parcela de tua criação! Tu próprio o incitas para que sinta prazer em louvar-te. Fizeste-nos para ti e inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em ti.  

Dá-me, Senhor, saber e compreender o que vem primeiro: o invocar-te ou o louvar-te? Começar por conhecer-te ou por invocar-te? Mas quem te invocará sem te conhecer? Por ignorância, poderá invocar alguém em lugar de outro. Será que é melhor seres invocado, para seres conhecido? Como, porém, invocarão aquele em quem não creem? ou como terão fé, sem anunciante?

Louvarão o Senhor aqueles que o procuram. Quem o procura encontra-o e tendo-o encontrado, louva-o. Buscar-te-ei, Senhor, invocando-te; e invocar-te-ei, crendo em ti. Tu nos foste anunciado; invoca-te, Senhor, a minha fé, aquela que me deste, que me inspiraste pela humanidade de teu Filho, pelo ministério de teu pregador. Invocarei o meu Deus, o meu Deus e Senhor: mas como? Porque ao invocá-lo eu o chamarei para dentro de mim. Que lugar haverá em mim, aonde o meu Deus possa vir? Aonde virá Deus em mim, o Deus que fez o céu e a terra? Há, então, Senhor, meu Deus, algo em mim que te possa conter? O céu e a terra, que fizeste e nos quais me fizeste, são eles capazes de te conter? Ou, se sem ti nada existiria de quanto existe, é porque tudo quanto existe te contém?

Portanto eu, que também existo, que tenho de pedir tua vinda em mim, em mim que não existiria se não estivesses em mim? Ainda não estou nas profundezas da terra e, no entanto, ali também estás. Pois, mesmo que desça às profundezas da terra, ali estás. Não existiria, pois, meu Deus, de forma alguma existiria, se não estivesses em mim. Ou melhor, não existiria eu se não existisse em ti, de quem tudo, por quem tudo, em quem todas as coisas existem? É assim, Senhor, é assim mesmo. Para onde te chamo, se já estou em ti? Ou donde virás para mim? Para onde me afastarei, fora do céu e da terra, para que lá venha a mim o meu Deus, que disse: Eu encho o céu e a terra?

Quem me dera descansar em ti! Quem me dera vires a meu coração, inebriá-lo a ponto de esquecer os meus males, e abraçar-te a ti, meu único bem! Que és para mim? Perdoa-me, se falo. Que sou eu a teus olhos, para que me ordenes amar-te e, se não o fizer, te indignares e ameaçares com imensas desventuras? É acaso pequena desventura não te amar?

Ai de mim! Dize-me, por compaixão, Senhor meu Deus, o que és tu para mim. Dize à minha alma: Sou tua salvação. Dize de forma a que ela te escute. Os ouvidos de meu coração estão diante de ti, Senhor. Abre-os e dize à minha alma: Sou tua salvação. Correrei atrás destas palavras e segurar-te-ei. Não escondas de mim tua face. Morra eu, para que não morra, e assim possa contemplá-la!



Dos Livros das Confissões, de Santo Agostinho, bispo
(Lib. 1,1.1-2.2; 5,5: CCL 27,1-3)    (Séc.V)

Por que os protestantes são contra as homenagens a Nossa Senhora? Existem várias Nossas Senhoras?


Há algumas objeções levantadas pelos protestantes contra Nossa Senhora que causam indignação aos católicos. Estes, entretanto, inúmeras vezes, por falta de boa formação não sabem como responder ficando numa situação embaraçosa. Assim peço ao Sr. uma palavra de esclarecimento sobre alguns pontos relativos ao culto à boa Mãe de Deus. Os protestantes dizem que Nossa Senhora era uma mulher como outra qualquer, a Bíblia trata muito pouco d’Ela e só no Novo Testamento, e portanto não há motivo para ser venerada. Dizem também que não entendem porque a Igreja Católica faz tantas festas para Nossa Senhora e não as faz para Jesus Cristo. Por outro lado, como se explica que existam tantas Nossas Senhoras: Aparecida, Fátima, das Dores etc??

Com muito gosto passo a responder às objeções levantadas. Basta abrir o Livro Sagrado, quando, no Gênesis, capítulo 3, é narrada a queda de nossos primeiros pais tentados pelo demônio sob aparência de serpente, para vermos um anúncio profético a respeito do Salvador e de sua Santa Mãe.

Depois de amaldiçoar a serpente (o demônio), Deus diz "Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela te esmagará a cabeça e tu armarás traições ao seu calcanhar" (3,15).

Esta mulher, inimiga da serpente, que por ser Mãe de tal Filho esmagará a cabeça do demônio, é Maria Santíssima.

Pode-se ver também referências proféticas à Virgem, em Isaías (7,14), "uma Virgem conceberá", em Miquéias (5, 2-3), Jeremias (31,22), etc.

No Novo Testamento, também se fala da Mãe de Deus. Quem ainda não leu nos Evangelhos a cena da Anunciação do Anjo a Maria; a visita dEla à sua prima Santa Isabel, quando Nossa Senhora compôs e entoou o cântico do Magnificat? Nesse belíssimo cântico, que está logo no início do Evangelho de São Lucas, Ela diz claramente que, dali por diante, "todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque grandes coisas fez em mim Aquele que é poderoso"(1, 48,49)

É o que a Igreja faz: chama Maria de Bem-aventurada. E os protestantes, o que fazem? Chamam-na de "uma mulher como outra qualquer".

Pode-se ler ainda nos Evangelhos, a descrição da viagem d’Ela e de São José a Belém, a procura de hospedagem, o alojamento na gruta, o nascimento do Menino Jesus, a fuga da Sagrada Família para o Egito e a volta para Nazaré, o encontro de Jesus entre os doutores, as bodas de Caná, etc.

Isso é falar pouco de Nossa Senhora? Exclamemos com os Santos e com a Igreja "De Maria nunquam satis"! Ou seja, as glórias de Maria não têm limites! 

Santa Úrsula Ledochowska (Júlia Ledochowska)


Júlia Ledochowska nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses, que residiam na Áustria. Aos vinte e um anos, pronunciou os votos definitivos, tomando o nome de Úrsula. Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria. Após ocupar a função de superiora do seu convento por quatro anos, foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas. Fundou também uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre. Sua cidadania e origem austríaca a fizeram objeto de perseguição por parte da polícia russa, durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando então regressou para o seu convento na Polônia. Em 1920, fundou uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e cuidar dos pobres, velhos e crianças. Quando Madre Úrsula morreu, já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês. Faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939. 


Ó Deus, que pelo amor ao ser humano, fizeste brilhar no mundo a força de Santa Úrsula, fazei-nos recorrer à sua proteção e encontrar motivos para dispensar nossos dias ao serviço dos mais abandonados. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

sábado, 28 de maio de 2016

UFC diz que ato de homem que derramou o próprio sangue sobre um crucifixo exibindo ao fundo um filme pornô é “academicamente validado”.


“A Universidade não vai se pronunciar sobre o assunto”, dizia o texto do e-mail enviado pela Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC na quarta-feira, dia 24. Três dias depois a instituição recuou, emitiu nota, mas não levou em conta as pessoas que tiveram o sentimento religioso ofendido por conta da apresentação de um homem durante Seminário Universitário no qual fez sangria do próprio corpo para derramar  o líquido sobre a cruz, enquanto eram projetadas imagens de pornografia ao fundo da cena.

O Seminário contou com o  apoio, além da UFC, do coletivo LGBT do Partido Comunista do Brasil (PCdob), do Gabinete do Vereador Paulo Diógenes, dos Gabinetes do Deputado Elmano de Freitas da Deputada Augusta Brito, da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT do Governo do Estado do Ceará, da Coordenadoria de Políticas Públicas para Diversidade Sexual da prefeitura municipal de fortaleza,

A nota expõe que “as instituições universitárias têm em comum uma história milenar marcada pela defesa de princípios e valores que visam à promoção da sociabilidade e da emancipação da humanidade”. Mais adiante se diz  convocada “a vir a público para convidar a comunidade universitária e a sociedade a refletir sobre o acontecimento”. Contextualizando o objeto da polêmica a nota explica que no contexto de um seminário acadêmico e temático, “ocorreram também intervenções artísticas, e uma delas, produto de um trabalho acadêmico orientado e avaliado por docentes da UFC e já encenada em outros palcos da cidade, foi motivo de acirrada controvérsia".

 
A nota chama atenção para o fato reprovável de o “ator” e alguns professores terem sofrido “xingamentos e ameaças graves, incluindo intimidações de morte”. Contudo, a nota não comenta o risco assumido pelo “ator” e organizadores do evento pelo fato da performance incluir sangria em ambiente não hospitalar. Em entrevista ao Ancoradouro, o clínico geral, Dr. Ivan Castro, classifica a performance do homem durante o seminário da UFC de atentado contra a própria vida, com o agravante de ser celebrado em público”. O médico explica o porquê: “constitui  exposição a risco biológico para si, pois não se pode garantir a esterilidade dos instrumentos utilizados e, pior, para outrem, visto que o sangue pode carretar inúmeros problemas de saúde”.

A UFC minimizou a presença de uma crucifixo com a imagem de  Jesus, um  dos símbolos mais notáveis  do cristianismo, na apresentação realizada nas dependências da Universidade. “Um símbolo religioso que compunha o cenário da peça foi dado um significado que ultrapassa sua visão estática”. Para a instituição que diz prezar pelos “respeito às posições religiosas” parece contradizer-se ao revelar  um completo desconhecimento sobre o valor desse símbolo para grande parte da sociedade  cearense, não se sabe se isso foi feito por ignorância ou conveniência.

 
A nota da Universidade Federal do Ceará reforça a validade do ato, considerado vilipêndio de objeto de religioso pelos católicos. A instituição argumenta que o fato foi “apresentado fora do contexto da encenação e manipulado em redes sociais”. Prossegue tecendo elogios ao seminário no qual foi apresentado a performance: “um evento simples, rico em significados, academicamente validado”. 

O texto diz que “a UFC continuará defendendo o profundo respeito às manifestações e aos símbolos religiosos dentro e fora da Universidade e jamais admitiria o contrário”, mas “não institucionalizaremos a censura prévia ou a censura como critério preventivo de conflitos intelectuais e ideológicos, pois estaríamos negando nossa maioridade intelectual e universitária se, em vez de enfrentarmos racionalmente os desacordos e dissensos, tão naturais numa sociedade democrática, optássemos por inibi-los, proibi-los e negá-los”.

Jó prefigurava Cristo


Tanto quanto se pode entender, irmãos caríssimos, Jó prenunciava a figura de Cristo, o que é provado por uma comparação: Jó é chamado de justo por Deus. Ora, Cristo é a justiça de cuja fonte bebem todos os bem-aventurados. Dele se disse: Levantar-se-á para vós o sol da justiça. Jó é dito veraz. O Senhor, que declara no evangelho: Eu sou o caminho e a verdade, é a própria verdade.

Jó foi rico. E quem mais rico do que o Senhor? Dele são todos os servos ricos, dele o mundo inteiro e toda a natureza, no testemunho do Santo Davi: Do Senhor é a terra e sua plenitude, o orbe da terra e todos quantos nele habitam. O diabo tentou Jó por três vezes. De modo semelhante, narra o Evangelista, por três vezes o mesmo diabo esforçou-se por tentar o Senhor. Jó perdeu os bens que possuía. O Senhor, por nosso amor, abandonou os bens celestes e fez-se pobre para enriquecer-nos. O diabo, furioso, matou os filhos de Jó. E aos profetas, filhos de Deus, o louco povo fariseu assassinou. Jó manchou-se pelas úlceras. O Senhor, assumindo a carne de todo o gênero humano, apareceu manchado com as sujeiras dos pecadores.

Jó foi instigado pela esposa a pecar. A sinagoga quis obrigar o Senhor a seguir a depravação dos anciãos. Apresentam-se os amigos de Jó a insultá-lo. E ao Senhor insultaram os sacerdotes que deviam cultuá-lo. Jó senta-se no monturo coberto de vermes. Também o Senhor no verdadeiro monturo, isto é, na lama desse mundo se demorou rodeado de homens estuantes de crimes e paixões, os verdadeiros vermes. Jó recuperou tanto a saúde quanto a riqueza. E o Senhor, ressuscitando, concedeu não só a saúde, mas a imortalidade aos que nele crêem e recuperou o domínio sobre toda a natureza, segundo suas próprias palavras: Tudo me foi dado por meu Pai. Jó teve filhos em substituição aos primeiros. O Senhor também gerou, depois dos filhos dos profetas, os santos apóstolos. Jó, feliz, descansou em paz. O Senhor, porém, permanece o bendito eternamente, antes dos séculos, nos séculos e por todos os séculos dos séculos.


Dos Tratados de São Zeno de Verona, bispo
(Tract.15,2: PL 11,441-443)
(Séc.IV)

Por que Deus fez os mosquitos?


Lembro-me de nossos primeiros dias de vida em Athens, Geórgia. Nós tínhamos acabado de mudar para lá vindos de Charlottesville, Virginia, para que eu pudesse assumir uma posição de pós-doutorado na Universidade da Geórgia. Minha filha mais velha tinha acabado de fazer três anos. Estávamos ocupados com a mudança por isso a mandamos para fora para brincar no novo balanço instalado no quintal. Poucos minutos depois, ela já queria vir para dentro – E eu pude entender o porquê. As pernas da pobre garota estavam cobertas de picadas de mosquito.

Situações como estas levantam perguntas como, “Por que Deus criou os mosquitos?”.

A pungência desta questão se estende além do desconforto de uma pequena criança. Os mosquitos causam uma quantidade muito significativa de real sofrimento humano. O mosquito (Anopheles), que abriga o parasita da malária infecta 247 milhões de pessoas com a doença por ano, dos quais cerca de 1 milhão morrem. Os mosquitos também espalham a febre amarela, dengue dentre outras doenças.

Por que Deus criaria os mosquitos, de fato?

A miséria causada por mosquitos levaram a esforços para sua erradicação. Se esse trabalho for bem-sucedido e estas pragas forem completamente eliminadas, o que vai aconteceria? Recentemente, um escritor da revista Nature colocou essa importante questão a cientistas que estudam a biologia dos mosquitos e seu papel ecológico primordial. Poderia a total erradicação dos mosquitos ter um impacto nocivo sobre os ecossistemas? Se não, então se justificaria ver nestas criaturas um verdadeiro incômodo, como sendo incompatível com o trabalho de um todo-poderoso, onisciente, todo-bom Criador. Mas se eles fizessem falta, então isso significaria que os mosquitos são realmente parte da boa criação de Deus.

Como se constata, os mosquitos desempenham um papel importante em uma variedade de ecossistemas. Por exemplo, a cada ano , quando a neve derrete na tundra ártica , mosquitos eclodem dos seus ovos e compõem uma parte significativa da biomassa. Alguns cientistas acreditam que esses insetos servem como uma importante fonte de alimento para as aves migratórias. Os mosquitos também causam impacto nas rotas migratórias das renas. Como as renas se movem através do Ártico, elas tomam determinadas rotas especificamente para evitar enxames de mosquitos. Estas rotas migratórias, em seguida, causam impacto na distribuição das plantas, ditando o comportamento alimentar de lobos, etc.

As larvas de mosquitos, em ambientes aquáticos, servem como uma fonte de alimento para os peixes. Em outros habitats, aranhas, salamandras, rãs, répteis, e outros insetos consomem mosquitos. Os mosquitos se alimentam das folhas em decomposição, de restos orgânicos, e micróbios. Eles servem como polinizadores também. Cerca de 3.500 espécies conhecidas de mosquitos ocupam todos os continentes e todos os habitats concebíveis. No entanto, apenas cerca de 200 dessas espécies vão incomodar os seres humanos e menos ainda vão morder.

Assim, parece que os mosquitos possuem uma função. Como tal, eles podem ser entendidos como parte de um bom projeto de Deus. 

São Germano de Paris


Germano nasceu em 496. Diz a tradição que sua mãe tentou abortá-lo e que na infância ele teria sido envenenado, mas o menino sobreviveu para tornar-se um grande santo. Foi criado por um primo bem mais velho, um ermitão chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano viveu como ermitão durante quinze anos, aprendendo a doutrina de Cristo. Em 531, ele foi ordenado diácono e três anos depois, sacerdote. Foi então para Paris, e pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Tornou-se bispo de Paris. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Frequentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre, feliz por sentir frio, mas tendo a certeza que o pobre estava aquecido. Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade. 


Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Germano de Paris, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.