quinta-feira, 23 de junho de 2016

Festas juninas: mais que folclore, expressão da religiosidade popular brasileira


No dia 24 de junho, celebra-se a Natividade de São João Batista, um dos santos mais lembrados durante as tradicionais festas juninas. Além dele, os festejos fazem memória a Santo Antônio (comemorado em 13 de junho) e São Pedro (29 de junho). Atualmente, as comemorações se apresentam enraizadas na cultura e no folclore popular. Entretanto, mais que folclore, as festas juninas são parte da religiosidade popular brasileira, e estes são alguns aspectos destas celebrações dos quais pouco se fala.



Origem



Apesar de ter se tornado característica do Nordeste brasileiro, as festas juninas tiveram origem na Europa. Na Antiguidade, celebrava-se nesta época do ano deuses pagãos que seriam responsáveis pelo clima – já que neste período ocorre o solstício de verão no hemisfério norte – e pelas boas colheitas. Com o passar dos anos, quando o catolicismo foi se tornando religião predominante na região, foram incorporadas algumas festas pagãs, que tomaram caráter religioso e ajudavam a propagar a fé. Essas festas, então, passaram a se chamar “joaninas”, em homenagem a São João. A tradição chegou ao Brasil com os portugueses.



Instrumento de catequese



Quando os jesuítas chegaram ao Brasil, no século XVI, trouxeram a tradição das festas religiosas e perceberam que isso ajudava na missão de catequizar. Além disso, notaram que as festas juninas coincidiam com o período em que os índios faziam seus rituais pela fertilidade do campo e essa também passou a ser uma festividade para a agradecer pela fartura das colheitas, reforçar os laços familiares e rezar para que a próxima colheita fosse farta. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas deste cereal integram a tradição, como a canjica e a pamonha.



Influências de outros países



As quadrilhas são inspiradas nas danças marcadas dos nobres franceses, de onde vem os gritos “Anavam! Anarriê!”, que, na verdade, seriam os comandos “En avant” e “En arriere”, que em francês significam ir para frente e para trás. Dos espanhóis e portugueses, veio a dança de fitas. E até mesmo os chineses influenciaram esses festejos, com os fogos de artifício, pois, segundo consta, foi na China que teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogo. Nas festas juninas, os fogos passaram a ter um sentido próprio. De acordo com a tradição, seriam fogos para “acordar São João”.



Fogueira



Segundo a tradição, essa prática remeteria a um acordo feito entre Maria e sua prima Isabel. Esta teria que acender uma fogueira no topo de um monte para avisar sua prima que seu filho, João, havia nascido.



Ceia de São João



Nesta véspera do dia de São João, muitos no Nordeste do Brasil vão se reunir em família, com vizinhos e amigos para a tradicional ceia junina. Essa prática remete à ceia natalina, realizada na véspera do Natal esperando o nascimento do Menino Jesus. No caso da ceia junina, espera-se pelo nascimento de João Batista.

Deus é como um rochedo inacessível


O que costuma acontecer àqueles que do alto da montanha olham para a vastidão do mar, verifica-se também na minha inteligência, quando das alturas da palavra do Senhor olho para a insondável profundidade dos seus mistérios. Sucede ainda que em muitos lugares marítimos, ao olhar para um monte do lado voltado para o mar, tem-se a impressão de que está cortado a pique e completamente liso desde o vértice até à base, como se o vértice desse monte estivesse suspenso sobre o abismo; a sensação de vertigem que causa a quem olha de tão elevada altura para o espelho das águas do mar profundo é a mesma que experimenta o meu espírito, suspenso ante a admirável grandeza da palavra do Senhor: Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Deus apresenta-Se à contemplação daqueles que têm o coração purificado.

Ninguém jamais viu a Deus, como diz o grande apóstolo João; e Paulo, com a sua inteligência sublime, confirma e acrescenta: Nenhum homem O viu, nem O pode ver. Este é o rochedo liso, polido e alcantilado, que não apresenta nenhum suporte ou saliência em que se fixe a nossa inteligência; dele falou também Moisés ao declarar que era inacessível, de tal modo que a nossa inteligência não o pode atingir por parte alguma, por mais que tente subir a sua encosta alcantilada e alcançar o cimo, segundo aquela sentença: Ninguém pode ver o Senhor e continuar vivo. Ora a vida eterna consiste em ver a Deus. Mas por outro lado, as colunas da fé, João, Paulo e Moisés afirmam que ver a Deus é impossível. Compreendes agora a vertigem da nossa inteligência ao considerar a profundidade destas palavras?

Se Deus é a vida, quem não vê a Deus não vê a vida. Mas tanto os Profetas como os Apóstolos, inspirados pelo Espírito Santo, testemunham que Deus não pode ser visto. Em que angústias se debate a esperança dos homens! Mas o Senhor levanta e sustenta esta esperança que vacila, como fez a Pedro quando estava em perigo de afundar-se: colocou os seus pés de novo sobre a água, como num pavimento sólido e consistente. Se também a nós o Verbo nos dá a mão, ao ver-nos vacilar sobre o abismo das nossas especulações, se Ele nos ilumina e fortalece a inteligência, então estaremos livres de temor e, conduzidos por sua mão, caminharemos em segurança, até abraçarmos o próprio Verbo: Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.


Das homilias de São Gregório de Nissa, bispo
(Sermão 6.º sobre as bem-aventuranças: PG 44, 1263-1266) (Sec. IV)

Uma vez salvo, sempre salvo?


Eu estava conversando com um colega de trabalho evangélico e ele disse que a Bíblia ensina que uma vez que estamos “salvos”, nunca podemos perder a nossa salvação. Isso é verdade?

Absolutamente não. Na verdade, a Bíblia está cheia de passagens que direta ou indiretamente contradizem essa doutrina de “uma vez salvo, salvo para sempre”. Por exemplo:

Romanos 11,17-23: No entanto, se alguns dos ramos foram arrancados, mas tu, embora sendo oliveira brava, foste enxertado entre eles e te tornaste compartilhador da raiz de untuosidade da oliveira, não exultes sobre os ramos. Se, porém, exultares sobre eles, não és tu que suportas a raiz, mas a raiz [suporta] a ti.  Dirás, então: “Os ramos foram arrancados para que eu fosse enxertado.” Está bem! Foram arrancados por [sua] falta de fé, mas tu estás de pé pela fé. Cessa de ter idéias altivas, mas tem temor. Pois, se Deus não poupou os ramos naturais, tampouco te poupará a ti. Eis, portanto, a benignidade e a severidade de Deus. Para com aqueles que caíram, há severidade, mas para contigo há a benignidade de Deus, desde que permaneças na sua benignidade; senão, tu também serás cortado fora. Eles, também, se não permanecerem na sua falta de fé, serão enxertados; pois Deus é capaz de enxertá-los novamente.

Paulo está falando sobre como veio a salvação aos gentios, enquanto muitos dos judeus rejeitaram-na. E ele deixa muito claro que depois de ter sido enxertado em Cristo, você deve “continuar em Sua bondade,” ou você também pode ser cortado. Assim, mesmo depois de ter sido salvo, você ainda pode ser cortado de Jesus Cristo.

Isto é ainda visto em Gálatas 5,1:

Para tal liberdade [é que] Cristo nos libertou. Portanto, ficai firmes e não vos deixeis restringir novamente num jugo de escravidão.

Se uma vez salvo, salvo para sempre é verdade, então não se pode “enviar de novo” para um “jugo de escravidão”, e a advertência de Paulo não faz sentido.

Mas Paulo continua no versículo 4 a dizer: “Estais apartados de Cristo, quem quer que sejais que tenteis ser declarados justos por meio de lei; decaístes da sua graça”. Paulo está falando aos cristãos gentios que haviam sido erroneamente ensinados pelos judaizantes que eles têm de ser circuncidados e obedecer à Lei mosaica, a fim de ser verdadeiros cristãos. Paulo diz que isso é falso e se submeterem à circuncisão e à antiga lei, estarão “separados de Cristo.” Se uma vez salvo, salvo para sempre é verdade, no entanto, eles não poderiam ser separados de Cristo e, mais uma vez, a advertência de Paulo é sem sentido. 

São José Cafasso

 
José Cafasso nasceu em Asti, na Itália, em 1811. Foi contemporâneo de João Bosco. Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente. Era uma figura magra e encurvada devido a uma lesão na coluna. Cafasso dedicava-se à contemplação e a ouvir seus fiéis em confissão, o que acabou levando-o aos cárceres e prisões. Estava determinado a ouvir os criminosos que queriam se confessar e depois consolá-los mesmo fora da confissão. Padre Cafasso freqüentou o curso de teologia de Turim e ordenou-se aos vinte e dois anos. Com sua voz mansa e suave era muito requisitado pelos companheiros de sacerdócio que procuravam os seus conselhos. Padre José, de fato, dedicava grande parte do seu ministério sacerdotal escutando confissões e confidências de todos os que frequentavam a sua igreja, atraídos pelas grandes qualidades humanas de inteligência e de bondade daquele pequeno padre que compreendia os problemas de todos e sabia falar tanto aos doutos como aos simples, às almas devotas como às dissipadas. Antes de morrer, João Cafasso doou tudo o que possuía à João Bosco, para que ele continuasse sua obra no ensino e orientação dos jovens. Morreu jovem, com apenas quarenta e nove anos, no dia 23 de junho de 1860. Declarado santo em 1947, foi declarado o patrono dos encarcerados e dos condenados à pena capital. 

Deus, nosso Pai, pela intercessão de João Cafasso, ensinai-nos a amabilidade, a alegria, o bom humor, pois um semblante amável, alegre e de bem com a vida tem força divina que eleva o ânimo dos que estão abatido e vale mais que mil conselhos e instruções. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Catedral francesa não foi iluminada com cores da bandeira LGBT



 
A diocese de Orléans, na França, publicou um comunicado no qual denuncia que nunca iluminou a fachada da Catedral de Saint-Croix com as cores da bandeira gay e que a fotografia que circula na internet é uma montagem.

“Trata-se de uma fotomontagem fácil de realizar através de um programa de Photoshop. A cidade de Orléans, que se encarrega de iluminar a catedral, jamais fez a iluminação que aparece nessa foto falsificada”, assinalaram.

Papa assume admiração por Bento XVI em homenagem


O Papa Francisco escreveu o prefácio do livro de homenagem a Bento XVI, no 65.º aniversário da sua ordenação sacerdotal, no qual manifesta admiração pelo exemplo do seu predecessor.

“Ainda antes de ser um grandíssimo teólogo e mestre da fé,vê-se que é um homem que acredita verdadeiramente, que reza verdadeiramente; vê-se que é um homem que personifica a santidade, um homem de paz, um homem de Deus”, assinala.

O texto foi divulgado hoje pela Rádio Vaticano, após publicação no jornal italiano ‘La Repubblica’.

Francisco apresenta o Papa emérito como um exemplo da “Teologia de joelhos”, que valoriza a oração como “fator decisivo” na vida de quem se consagra a Deus.

Bento XVI vai voltar ao palácio apostólico do Vaticano a 28 de junho, para uma cerimónia de homenagem nos seus 65 anos de sacerdócio.

Sacerdote chinês: Em meu país vivemos uma fé em silêncio porque não somos livres.


O Pe. Pedro Liu de origem chinesa, foi ordenado sacerdote há algumas semanas na Catedral de La Almudena em Madri (Espanha). Alguns dias depois, visitou a cidade de Roma com sua família – são cinco irmãos, duas são religiosas – e conseguiram saudar o Papa Francisco, algo que nunca esquecerão.

“Na China eles vivem uma fé em silêncio, mas aqui veem uma Igreja livre, alegre; por isso estão muito contentes, sobretudo de ver o Papa, que abençoou a minha sobrinha. Estamos todos emocionados”, explicou o sacerdote fazendo menção à perseguição que sofre a Igreja Católica em seu país.

“Estou muito contente de servir à Igreja e a minha família veio comigo a Roma para agradecer ao Senhor”, explica ao Grupo ACI. “Participamos da Audiência Geral do Papa e conseguimos saudá-lo porque estivemos muito perto dele”.

Sobre sua vocação, o jovem sacerdote de 33 anos contou: “Em 2003, chegou um grupo de catequistas do Caminho Neocatecumenal na minha cidade e começaram um grupo de catequese”. “Uma religiosa me convidou ao grupo, porque eu estava passando por um momento de crise de fé e minha vida mudou. O Senhor me chamou, me deu a vocação e a confirmou com o tempo”.

Papa: não tenham medo de tocar o pobre e excluído




PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL

Praça São Pedro
Quarta-feira, 22 de junho de 2016

«Senhor, se quiseres, podes purificar-me!»: assim falou a Jesus um leproso; um leproso que não se resignava com a sua doença, nem com as normas sociais que faziam dele um excluído: devia manter-se separado, longe de todos. Este homem, porém, viola aquelas normas, entrando na cidade e aproximando-se de Jesus. Na sua súplica, o leproso mostra-se certo de que Jesus tem poder para curá-lo; tudo depende da vontade d’Ele. Profundamente impressionado com a fé daquele homem, o Senhor toca-o e diz-lhe: «Quero, fica purificado!» Quantas vezes encontramos um pobre que se aproxima de nós, conseguimos sentir compaixão e até dar-lhe uma esmola, mas habitualmente não tocamos a sua mão. Esquecemo-nos de que aquele é o corpo de Cristo! Jesus ensina-nos a não ter medo de tocar o pobre e o marginalizado, porque naquela pessoa está Ele próprio. Creio eu nisto ou não? Sim; mas… E começam as desculpas para não nos envolvermos. Tocar o pobre pode purificar-nos da hipocrisia e levar-nos a preocupar-nos com a sua condição. Mas pensemos em nós, nas nossas misérias… com sinceridade. Quantas vezes as cobrimos com a hipocrisia das «boas maneiras». É precisamente então que é preciso estar a sós, ajoelharmo-nos diante de Deus e rezar: «Senhor, se quiseres, podes purificar-me!»