sábado, 20 de agosto de 2016

Alemanha dá primeiro passo rumo à proibição parcial da burca


O ministro do Interior alemão pediu nesta sexta-feira uma proibição parcial da burca, num momento em que a integração está no centro do debate político após dois ataques terroristas em julho e antes de importantes eleições regionais.

“Estamos de acordo em rejeitar a burca, estamos de acordo que também queremos introduzir legalmente a obrigação de mostrar o rosto onde for necessário para nossa sociedade: ao volante, nos processos administrativos (…) nas escolas e nas universidades, nos serviços públicos, ante os tribunais”, disse Thomas de Maizière em declarações à rede de televisão ZDF.

De Maizière sustentou que um véu inteiro não é compatível com “uma sociedade cosmopolita”.

“Queremos mostrar nossos rostos uns aos outros e esta é a razão pela qual concordamos em rejeitar isso, agora a questão é como traduzimos isso em uma lei”, disse.

Esta proposta ocorre num momento em que há uma polêmica na França pela decisão de vários prefeitos de proibir o burkini, traje de banho que cobre a mulher da cabeça aos tornozelos.

De Maizière defendeu uma proibição parcial da burca, enquanto setores mais duros do partido da chanceler Angela Merkel, a União Democrata Cristã, apoiam uma proibição total.

A proibição parcial provavelmente ganharia apoios no Parlamento, sustentou o ministro, que na semana passada havia dito que uma proibição total do véu seria, em sua opinião, inconstitucional.

No entanto, não estabeleceu um calendário para introduzir esta proibição, que foi defendida há tempos pelos conservadores, mas que não conta com a adesão dos sociais-democratas (SPD), sócios de Merkel no governo.

“Vamos etapa por etapa, mas acredito que muitas coisas podem ser aprovadas”, disse. 

Amo porque amo, amo para amar




O amor subsiste por si mesmo, agrada por si mesmo e por causa de si mesmo. Ele próprio é para si mesmo o mérito e o prémio. O amor não busca outro motivo nem outro fruto fora de si; o seu fruto consiste na sua prática. Amo porque amo; amo para amar. Grande coisa é o amor, desde que remonte ao seu princípio, que volte à sua origem, que torne para a sua fonte, que se alimente sempre da nascente donde possa brotar incessantemente. Entre todas as moções, sentimentos e afectos da alma, o amor é o único em que a criatura pode corresponder ao Criador, se não em igual medida, ao menos de modo semelhante. Com efeito, Deus, quando ama, não quer outra coisa senão ser amado: isto é, não ama por outro motivo senão para ser amado, sabendo que o próprio amor torna felizes os que se amam entre si. O amor do Esposo, ou antes o Amor‑Esposo, não pede senão correspondência e fidelidade. A amada deve, portanto, retribuir com amor. Como pode a esposa não amar, sobretudo se é a esposa do Amor? Como pode o Amor não ser amado? Com razão renuncia a qualquer outro afecto e se entrega total e exclusivamente ao Amor a alma consciente de que o modo de corresponder ao amor é retribuir com amor. Na verdade, mesmo quando toda ela se transforma em amor, que é isso em comparação com a torrente perene que brota daquela fonte? Evidentemente, não corre com igual abundância o caudal do amante e do Amor, da alma e do Verbo, da esposa e do Esposo, da criatura e do Criador; há entre eles a mesma diferença que entre a fonte e quem dela bebe. Sendo assim, ficará sem qualquer valor e eficácia o desejo da noiva, o anseio de quem suspira, a paixão de quem ama, a esperança de quem confia, porque não pode acompanhar a corrida do gigante, igualar a doçura do mel, a mansidão do cordeiro, a beleza do lírio, o esplendor do sol, a caridade d’Aquele que é a caridade? Não. Porque embora a criatura ame menos, porque é menor, se todavia ela ama com todo o seu ser, nada fica por acrescentar. Nada falta onde está tudo. Por isso, este amor total equivale ao desposório, porque é impossível amar assim sem ser amado, e neste mútuo consentimento de amor consiste o autêntico e perfeito matrimónio. Quem pode duvidar de que a alma é amada pelo Verbo, antes dela e mais intensamente? 


Dos Sermões de São Bernardo, abade, sobre o Cântico dos Cânticos
(Sermão 83, 4-6: Opera Omnia, ed. Cist. 2 [l958], 300-302) (Sec. XII)

Esta gruta é o lugar onde São Pedro celebrava a missa?


O capítulo onze do Livro dos Atos dos Apóstolos diz que Antioquia foi a cidade na qual, pela primeira vez, os discípulos de Jesus foram chamados de “cristãos”. A tradição fala de Pedro como o fundador da Igreja de Antioquia, seguindo a história do mesmo livro, que conta não somente a chegada de Pedro e Barnabé à cidade turca, mas também a sua pregação.

 
Mas também esta tradição observa que foi na Knisset Mar Semaan Kefa (“Gruta de São Pedro”, em aramaico), onde Pedro celebraria a Eucaristia para esta comunidade. Ou seja, essa pequena gruta poderia ser o primeiro local de culto da antiga Igreja de Antioquia.

São Bernardo de Claraval




Bernardo nasceu no ano 1090 na França. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde a tenra idade demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso. 

Quando sua mãe morreu, ele manifestou o desejo de ser religioso, mas encontrou resistência do pai. Porém, com determinação, conseguiu convencer o pai, irmãos e amigos, que ingressaram com ele no mosteiro da Ordem de Cister, recém fundada.

A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. Foi um período de abundante florescimento da ordem, que passou a contar com cento e sessenta e cinco mosteiros. Bernardo sozinho fundou sessenta e oito e, em suas mãos, mais de setecentos religiosos professaram os votos.

Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.

Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida. Isto porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com frequência e se impunha severa penitência.

Morreu no dia 20 de agosto de 1153 e foi sepultado no mosteiro de Claraval. É chamado de doutor da Igreja. 


Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Bernardo, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Argentina: Profanam e roubam Eucaristia na festa da Assunção de Maria


No dia 15 de agosto, Festa da Assunção da Virgem Maria, alguns desconhecidos ingressaram na Paróquia Nossa Senhora das Mercedes, na província de Santa Fé (Argentina), onde profanaram e roubaram um sacrário de bronze que continha hóstias consagradas.

Além disso, roubaram um cálice e quatro colunas de mármore de 40 centímetros de altura.

“A profanação aconteceu na segunda-feira passada, dia da Assunção da Virgem Maria, entre às 10h e às 15h. Eu estava celebrando a festa da padroeira em outro povoado”, relatou ao Grupo ACI o administrador paroquial, Pe. Adalberto Lovato.

“Às 10h, o sacristão foi embora da Paróquia e deixou a porta aberta como sempre para que as pessoas pudessem entrar e rezar. Quando o grupo de oração das mulheres chegou ao local às 15h, encontraram isto. Em seguida, avisamos ao Bispo, denunciamos e estamos esperando ver o que acontece”, explicou o sacerdote.

Pe. Lovato assinalou: “Não sabemos as intenções dos responsáveis, mas ante estes acontecimentos temos duas suspeitas: ou roubaram o sacrário para poder vendê-lo ou para poder fazer algum culto satânico com as hóstias consagradas”. 

Belém, a casa do pão


Estamos em Belém do Pará, onde acontece, de 15 a 21 deste mês de agosto, o XVII Congresso Eucarístico Nacional, cujo tema é “Eucaristia e partilha na Amazônia missionária”, com o lema “Eles o reconheceram no partir do Pão” (Cf. Lc 24, 35), tirado da passagem do encontro dos discípulos de Emaús com Jesus ressuscitado. É todo o Brasil de joelhos adorando o Senhor na Eucaristia e ouvindo o seu apelo missionário na Amazônia: “Ide fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).

O Congresso Eucarístico, que congrega milhares de pessoas em torno do altar, testemunhando sua fé cristã, tem como finalidade aumentar o nosso fervor e devoção à Santíssima Eucaristia, porque “a Eucaristia é o coração e o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja. A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação realizada pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica. Enquanto sacrifício, a Eucaristia é também oferecida em reparação dos pecados dos vivos e dos defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais ou temporais” (Cat.Igr. Cat. nn.1407, 1409 e 1414).

Consta que o primeiro Congresso Eucarístico foi celebrado em 1881 em Lille (França), por iniciativa de um grupo de fiéis leigos, apoiados por S. Pedro Julião Eymard. Foi uma celebração solene, de que participaram fiéis e bispos de vários países da Europa. De lá para cá, outros países quiseram repetir a bela iniciativa. No Brasil, até agora, já houve 16 Congressos Eucarísticos Nacionais. O Papa São João Paulo II esteve presente em dois: em Fortaleza - CE (1980) e em Natal - RN (1991). Nos outros ele foi representado por um Enviado Especial. 

XVII Congresso Eucarístico Nacional


Celebramos com alegria o XVII Congresso Eucarístico Nacional. Nossa Igreja de Belém e tantas pessoas do Brasil inteiro têm rezado pela preparação e realização do grande evento de fé.

Proclamamos os louvores de Deus, dizendo assim: “Jesus Eucaristia, fonte de vida para todos, coração dos corações! Nós te acolhemos presente entre nós. Ao recebermos teu Corpo e teu Sangue, mostra-nos a força redentora de teu sacrifício. Tu és partilha de vida e salvação para a vida do mundo. Abre nossos corações para compartilhar com todos os nossos bens. Ensina-nos a testemunhar, amar e servir e proteger a vida, aprendendo a lição do Altar”.

Nossa memória agradecida recordou os grandes feitos de Deus, realizados em Jesus Cristo, Verbo de Deus Encarnado, no qual todas as coisas foram feitas. E dissemos tantas vezes assim: “Em ti todas as coisas foram criadas e nossas terras amazônicas são obra do amor do Pai. Reconhecemos estes sinais de amor, presença e providência em nossa história, e desejamos irradiar na comunhão com Deus e com todos, a missão que nos confiaste”.

Sabemos que o maior tesouro da Amazônia é a fé cristã, recebida como dom que veio do alto. Nossa oração proclamou e proclama: “Senhor Jesus, há quatro séculos a Boa Nova do Evangelho aportou em nossas terras, para aqui plantar raízes. Os teus missionários se alegraram, ao verem as Sementes do Verbo de Deus, que o Espírito Santo havia espalhado, precedendo seus passos, e anunciaram corajosamente a tua Palavra”.

Como acontece em toda oração cristã, depois de louvarmos o Senhor pelos seus dons e fazermos memória agradecida pelos seus feitos, subiu ao Céu nossa oração suplicante, acompanhados pela Virgem Maria: “A partir do Forte do Presépio, sob a proteção de Nossa Senhora da Graça, chamando-a Santa Maria de Belém ou Senhora de Nazaré, a Amazônia recebeu a mensagem da salvação. Renova hoje, Senhor, com a força da Eucaristia, o vigor missionário em nossos povos, e brotem entre nós santas vocações para o serviço do Evangelho”.

E o Espírito Santo nos conduziu a fazer pedidos ousados e corajosos: “Cristo Senhor, ao reconhecer-te no partir do Pão, faze arder nossos corações, para que do Altar da Eucaristia nasça um novo ardor missionário em nossa Pátria”. 

Mensagem para o Dia do Catequista 2016


CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB)

COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA A 
ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA

MENSAGEM PARA O DIA DOS CATEQUISTAS
28 de Agosto de 2016

Caríssima irmã, caríssimo irmão Catequista.

Os caminhos da Igreja no Brasil assinalam o mês de agosto com uma nobre particularidade. A temática vocacional recebe forte acentuação: dia dos pais, dia do padre, dia do religioso, dia do Catequista. Este previsto para o próximo dia 28.08.

Em nome da CNBB quero servir-me da data para uma palavra permeada de sincero afeto e imensa gratidão. Embora não seja possível ser suficientemente grato a tanta dedicação, com muita simplicidade, apresento-me para uma reflexão agradecida. 

Começo chamando-lhe à recordação uma sua experiência pessoal muito singular: lembra quando alguém lhe dirigiu o convite a tornar-se Catequista? Certamente está presente em sua memória a pessoa, as frases e o contexto. Lembra também de sua própria reação? Talvez inquietação, ou dúvidas, ou temor por não se sentir apta(o). É até possível que lhe tenha aflorado a preocupação pela falta de tempo...

Mesmo assim, embora com tantas objeções, Você aceitou. Estou certo que ainda estão bem presentes os motivos que moveram a aceitar... E o Espírito Santo estava lá: movia, suscitava, inquietava. E eis que desde sua liberdade e desde sua capacidade de amar houve um movimento de afeição amorosa pelo Senhor, pela comunidade, pelos “seus” catequizandos.